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The Travellight World

Inspiração, informação e Dicas de Viagem

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Sab | 15.01.22

Viagem numa chávena de café: Descubra os segredos da Tanzânia

Famosa pela sua estonteante beleza natural, a Tanzânia é uma terra de contrastes, onde os grupos culturais e as práticas tradicionais diferem muito. No norte vivem os Maasai; em Zanzibar existe uma população predominantemente muçulmana; na região de Kagera vivem os Haya, que trouxeram o café para este país; ao sul do Equador e entre as águas salinas do lago Eyasi e o Grande Vale do Rift, vivem os Hadza, uma pequena tribo de caçadores-coletores. São muitos povos, muitas histórias. Diferentes religiões e costumes.

Esse é o verdadeiro charme da Tanzânia, esse é o segredo do seu encanto e da sua cor.

fullsizeoutput_5770Foto: PxHere

A Tanzânia é um dos destinos mais belos do mundo. Áreas como o Parque Nacional de Serengueti, o Parque Nacional de Gombe e a Cratera de Ngorongoro oferecem oportunidades únicas para observar de perto a vida selvagem; locais como Kendwa, Paje, Nungwi e Jambiani, na ilha de Zanzibar convidam a relaxar e a aproveitar praias paradisíacas de areia branca e água cristalina.
Os visitantes podem conhecer os magníficos lagos Victoria, Manyara e Eyasi, subir o monte Kilimanjaro ou explorar as ruínas históricas de Kilwa e os becos estreitos de Stone Town —Património Mundial da UNESCO.

Tudo isto são experiências incríveis, mas aquilo que torna esta nação africana absolutamente inesquecível são as suas gentes. São os mais de 120 grupos étnicos que se juntaram no mesmo país, quando em 1964 a República Unida da Tanzânia nasceu da fusão de Zanzibar e Tanganica. O suaíli, a língua dos comerciantes costeiros, tornou-se a língua nacional, mas os costumes e tradições de cada grupo mantiveram, em grande medida, a sua individualidade.

Assim, é possível visitar atualmente aldeias Maasai e descobrir a sua cultura. Assistir às danças, ver as roupas coloridas e aprender as suas técnicas de caça e sobrevivência, ou então viajar até ao Lago Eyasi e observar o modo de vida de tribos rurais como os Datooga e Hadzabe.

Na região de Kagera, no noroeste da Tanzânia, encontra-se outra tribo fascinante — a tribo Haya, responsável, segundo a tradição oral, pela introdução, durante o século XVI, do café neste país.
Este “café Haya”, ou amwani, era uma variedade Robusta e supostamente foi importado da Abissínia (atual Etiópia). O amwani era preparado fervendo as cerejas verdes de café com ervas e depois deixando a mistura em fumeiro por vários dias. O produto resultante era depois mastigado.

O café na cultura Haya tinha uma função ritualistica. Era usado em cerimónias religiosas e homenagens à realeza e quem quisesse plantar café, necessitava da autorização do rei. Este controlo apertado, aumentou o valor e o status do café e tornou-o mais raro.

Quando os alemães assumiram o controle da África Oriental no final do século XIX, rapidamente instituíram leis que permitiram a plantação de café por toda a região. Estas leis tinham como objetivo tornar os Haya menos independentes e mais facilmente governáveis. Quando o café se tornou comum, os Haya perderam o seu monopólio e este produto transformou-se numa das mais importantes exportações da Tanzânia, representando atualmente um papel crucial na economia e na subsistências de muitas famílias.

Antes da independência do país em 1959, Julius Nyerere, o futuro presidente da nação, disse: “Nós, o povo de Tanganica, gostaríamos de acender uma vela e colocá-la no topo do Monte Kilimanjaro, para brilhar além das nossas fronteiras dar esperança onde antes havia desespero , amor onde havia ódio e dignidade onde antes só havia humilhação”. É por isso que o cume do Kilimanjaro é chamado de Pico de "Uhuru", a palavra em suaíli para “liberdade”.

E é precisamente nas encostas do majestoso Monte Kilimanjaro — o mais alto de África—, que hoje encontramos a maioria das plantações de café do país.

O clima quente e húmido, aliado a um solo vulcânico extremamente fértil e a uma altitude adequada, fazem do café tanzaniano — ou kahawa, como é conhecido localmente — um dos cafés mais apreciados no mundo.

Não admira…

O seu aroma e  o seu sabor rico encerram em si, todo o exotismo de África.

Experimente em sua casa uma chávena de café Delta Q Origens Tanzania — um blend único, que revela um expresso de corpo consistente, acidez penetrante e um aroma intenso e frutado — e com certeza vai perceber porquê.

 

Artigo patrocinado por Delta Q Origens e publicado originalmente no SAPO Viagens

 

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