A origem da receita das Brisas do Lis não é completamente clara. Uns dizem que a iguaria nasceu das mãos das monjas do Convento de Santana, outros que se deve a Georgina Santos, uma senhora que pertencia a uma conhecida família da cidade de Leiria e que em Angola, país onde viveu, conheceu e tornou-se amiga de Maria do Céu Lopes, com quem começou a trocar receitas. Mais tarde, nas primeiras décadas do século XX, de regresso a Portugal, mais concretamente a Leiria, a amizade das (...)
Oliveira do Hospital guarda no seu património doceiro a genuína receita de Tigelada beirã. É tradicionalmente confecionada num pequeno caçoilo (tacho de barro) em forno de lenha bem quente, depois de concluída a fornada de pão ou de cabrito. A sua textura rica e encorpada, dada pela quantidade generosa de ovos, funde-se com o aroma quente da canela, ponderado pelo limão. No fundo da “tigela”, forma-se uma calda doce onde a nossa colher tende a mergulhar enquanto comemos. Parti (...)
As Cavacas das Caldas fazem parte da gastronomia típica da região constituindo, desde tempos longínquos, um forte pólo de atração a algumas das icónicas pastelarias da cidade como as da Rua da Liberdade, que une a famosa Praça da Fruta ao largo do Hospital Termal. A história da sua confeção está ligada à freguesia de S. Gregório, local onde nasceram as irmãs Rosalina e Gertrudes Carlota. Conta-se que estas duas senhoras, doceiras da Corte, viram-se obrigadas a abandonar o (...)
A escarpiada, um ex-líbris da gastronomia de Condeixa, é um doce feito à base de massa de pão, com açúcar amarelo, canela e azeite. A sua textura única, entre o crocante da crosta dourada e as várias camadas de recheio, fazem lembrar as paisagens escarpadas (como sugere o nome do doce) da Serra de Sicó. Segundo a lenda, as escarpiadas foram criadas numa altura de crise com aquilo que os padeiros tinham à mão, mas a verdade é que pouco se sabe acerca da sua origem, a não ser (...)