RODIN | O ESCULTOR DA ALMA HUMANA
Olá amigos viajantes,
Hoje vou falar-vos sobre um local em Paris que adoro e que nunca me canso de visitar, um dos meus museus preferidos - O Museu Rodin.
O Museu Rodin é um oásis inesperado de calma e beleza artística no centro da movimentada Paris.
Apesar de toda a sua dimensão, é um museu que nunca perde a atmosfera intimista.
Há tantas galerias e museus em Paris que os mais pequenos podem ser esquecidos ou ofuscados pelos maiores e mais famosos, como o Louvre ou o Musée d'Orsay. No entanto, se vocês são fans de escultura, o Museu Rodin é incontornável. Por isso não me canso de o visitar e de o recomendar a amigos que vão a Paris.
Mesmo quem não sabe nada sobre escultura fica maravilhado com as belas obras de arte e com a paz e a tranquilidade que se respira nos seus jardins.
O museu contém 6.000 esculturas e mais de 7.000 obras em papel. algumas obras são exibidas no interior do edifício e outras são exibidas pelos jardins. Visitar é um prazer. Podemos ir ao nosso próprio ritmo sem sentir que estamos no caminho de alguém.
Este museu e as suas obras "mexem" comigo.
Arte para mim é emoção, e Auguste Rodin era um mestre a transmitir emoções, a mostrar a alma humana naquilo que tem de bom e naquilo que tem mau.
Considerado por muitos como um dos escultores mais talentosos de sempre e pai da escultura moderna, Rodin modelava como poucos, representando o corpo humano com bastante realismo e individualidade.
Como aconteceu com tantos génios, durante a sua vida, Rodin viu muitas de suas esculturas mais notáveis serem duramente criticadas mas ele trabalhava com tal intensidade que conseguia comunicar com as suas obras um leque imenso de emoções humanas.
Sua crença de que nada faz a arte mais comovente do que uma representação do sofrimento é clara em alguns de seus trabalhos.
A obra “Os Portões do Inferno” retrata pessoas em tormento.
“O Pensador” desperta-nos a curiosidade - os músculos das costas parecem tensos, a sua testa está franzida - em que pensará ele? o que vai na sua alma?
O “Beijo”, - é uma verdadeira homenagem ao amor - mostra toda a sensualidade e paixão dos enamorados.
A título de curiosidade partilho convosco que a versão exposta em Paris é anatomicamente correcta, ao contrario da versão que está em Londres onde o órgão sexual masculino foi “amputado” (sempre que lá vou não resisto a espreitar 😜)
Uma das suas obras que mais admiro é “La Danaide”.
Na mitologia Grega, as filhas de Danao, as Danaides, foram obrigadas a encher repetidamente um barril sem fundo com água como punição por matar os seus maridos na noite do casamento.
Em vez de representar a Danaide com o barril, como na iconografia convencional, Rodin construiu uma bonita e sensual "paisagem" feminina, destacando a curva das costas e o pescoço para mostrar o desespero de Danaide quando percebe a inutilidade e o absurdo de sua tarefa. Exausta, ela chora enquanto descansa a cabeça no braço. O seu cabelo flui e funde-se com a água do seu vaso virado.
A peça foi esculpida por Jean Escoula, segundo modelo de August Rodin e é uma escultura belíssima.
Este Museu, que nos jardins tem também um restaurante /café muito agradável, é um dos locais favoritos para lançamento de produtos de marcas de luxo como a Christian Dior e a Guerlain.
Se forem a Paris não deixem de visitar (ou re-visitar) 😊
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Tchau!
Travelight