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The Travellight World

Inspiração, informação e Dicas de Viagem

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Qui | 16.01.20

Pequena reflexão sobre a importância da arte urbana num passeio pela Covilhã

Quem segue o meu blog ou página de Instagram, já deve ter reparado que gosto imenso de arte urbana. São obras que podemos apreciar fora dos lugares habitualmente destinados a exposições e apresentações artísticas, como galerias ou museus. Estão um pouco por todo o lado, completamente disponíveis para quem as quiser olhar.

Eu valorizo muito essa "democratização" da arte e uma visita recente à Covilhã, conduziu-me a uma reflexão um pouco mais demorada, sobre a importância que este tipo de trabalho pode ter na dinamização de áreas esquecidas, abandonadas e degradadas de uma cidade.

fullsizeoutput_441bFotos: Travellight e H.Borges

A Covilhã possui um conjunto admirável de intervenções espalhadas, maioritariamente, pela zona histórica da cidade.
A Rota de Arte Urbana é um verdadeiro “museu” ao ar livre onde se presta uma homenagem ao passado glorioso da Covilhã enquanto um dos mais importantes centros de produção de lanifícios do País.

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Muitos não sabem, mas a arte urbana existe desde a antiguidade clássica. Os povos gregos e romanos já transmitiam mensagens pelas ruas da cidade através de desenhos. Aliás graffiti é uma palavra que deriva do italiano “graffito” ou “graffiato” que significa "rabisco", e já naquela época possuía uma caráter transgressor. Podia representar um protesto, uma declaração, uma denúncia ou uma piada.

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O graffiti moderno, tido como arte urbana, feito com tinta spray, como o conhecemos hoje, é um movimento de arte moderna que surgiu, em grandes cidades como Nova Iorque, durante a década de 60 e ganhou força no inicio dos anos 70. Funcionava como expressão do indivíduo e como uma forma deste se revoltar contra uma existência que ele sentia ser marcada pela opressão.

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Os temas usados atualmente pelos artistas de rua são bastante diversos, mas tal como no passado, muitos trabalhos pautam-se pelas críticas sociais, políticas e económicas.

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Em algumas cidades, murais são projetados e implementados por artistas com uma conexão pessoal ao bairro em que estão instalados. E são, na maioria dos casos, realizados com a permissão dos proprietários dos edifícios.
É uma maneira fácil e económica de manter as paredes livres de vandalismo e criar uma atração visual — de repente lugares que antes se encontravam sujos e degradados, ganham nova vida e transformam-se em polos de atração turística.

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A arte urbana torna as ruas mais interessantes e acrescenta personalidade àquilo que, de outro modo, seria apenas aborrecido.

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Embeleza o espaço. Acorda as pessoas, alerta-as para problemas da sociedade atual e pode até motiva-las a mudar comportamentos.
Exemplo disso são as obras de Bordalo II que se intitula de “artivista”, e nos últimos anos tem atraído a atenção nacional e internacional com a sua arte feita a partir de lixo.

Bordalo II reutiliza o lixo para dar forma a belas criações e deste modo transmitir ao mundo a mensagem da necessidade de mudança de hábitos e da importância da sustentabilidade.

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Se estiverem interessados em saber mais sobre a rota de arte urbana da Covilhã, podem consultar aqui o seu itinerário.

Tchau!

Travellight

 

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