O reino perdido de Angkor | Cambodja
A primeira vez que vi Angkor Wat era de noite. Tinha acabado de chegar a Siem Reap e o taxista que me levava para o hotel onde iria ficar hospedada, parou por momentos na estrada e apontou, chamando a minha atenção. A iluminação era fraca e todo o complexo parecia uma cidade fantasma. Era surreal!
Nessa noite até sonhei com aquele local. Mal podia esperar que amanhecesse para o visitar. 😃
Comprei um Temple Pass, que era válido para visitar todos os templos de Angkor (custou 20 USD) e cheguei bem cedo, porque sempre ouvi dizer que o nascer do sol em Angkor era épico.
Descobri com prazer que os relatos não eram falsos - de facto é um momento memorável!
Se também estiverem interessados em ver o pôr-do-sol e visitar o complexo à noite, fiquem a saber que os passes são validos a partir das 17:00 horas do dia anterior a que se visita.
O parque arqueológico de Angkor, Património Mundial da UNESCO, estende-se por cerca de 400 quilómetros quadrados e por lá encontramos as ruínas de inúmeros templos, reservatórios e canais.
Angkor é um excelente exemplo de planeamento urbano na antiguidade.
As principais atracções turísticas deste parque arqueológico são Angkor Thom, Banteay Srei, Bayon, Preah Khan, Ta Prohm e, claro, o templo principal - Angkor Wat.
Angkor, segundo me disseram, é quase quatro vezes maior que o Vaticano e foi em certo momento o maior centro urbano pré-industrial do mundo.
As pedras usadas na sua construção são mais do que as que foram usadas em todas as pirâmides egípcias e foram necessários 35 anos, 300.000 trabalhadores e mais de 6.000 elefantes para o completar.
Angkor foi construído pelo império Khmer. Um império que floresceu entre os séculos IX e XV na região onde actualmente está situado o Camboja, e ocupou regiões que fazem parte da Tailândia, de Laos e do sul do Vietname.
Hoje em dia muitas das estruturas de Angkor pouco mais são do que ruínas. O clima tropical, a selva, e a poluição deixaram as suas marcas, mas está a ser feito um esforço de recuperação. Existem muitas obras e trabalhos de restauração a decorrer.
Comecei por visitar o templo principal - Angkor Wat. Este é o maior e mais bem preservado templo dos que integram o parque arqueológico. É também o único que mantém, desde a sua fundação, importante significado religioso - inicialmente hindu, e depois budista - O templo é o ponto máximo do estilo clássico da arquitectura Khmer e é considerado a maior estrutura religiosa já construída.
Depois visitei os templos de Banteay Srei, considerados por muitos como a galeria de arte de Angkor, por possuir algumas das mais finas esculturas de pedra do mundo, Banteay Srei é dedicado a Shiva e tem esculpidas nas suas paredes um numero impressionante de relevos de divindades.
Explorei depois a antiga cidade de Angkor Thom, a última capital do Grande Império Khmer, onde se destacam os Terraços dos Elefantes e o fascinante Templo de Bayon, conhecido pelas suas gigantes caras de pedra (216 rostos sorridentes no total 😊)
O último templo que visitei, e o meu preferido, foi Ta Prohm (que mereceu um post à parte que podem encontrar aqui).
Gostei muito de visitar este incrível Património da Humanidade e do Cambodja no geral. O país é lindo, o seu povo é simpático e hospitaleiro e a cultura fascinante.
É verdadeiramente uma viagem de sonho 😊
Espero que se tenham sentido inspirados a conhecer este lugar.
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Tchau!
Travellight