Grândola | A Eterna Vila Morena em 22 Fotografias
Na História de Portugal, o nome de Grândola ficará para sempre associado à canção, escrita e cantada por José Afonso. Foi a música que tocou na rádio, na véspera do 25 de Abril e serviu como sinal para colocar os militares revoltosos em marcha. Transformou-se no hino da Revolução e num símbolo da liberdade reconquistada. É uma herança importante, que se faz presente, ainda hoje, na arte urbana e nos monumentos que podemos encontrar nas ruas da famosa “Vila Morena”.
Fotos: Travellight e H. Borges
A Vila de Grândola é um lugar pacato, bonito de visitar. Ao sol da tarde quase parece deserta. São poucas as pessoas que se encontram na rua e as que lá estão, concentram-se no Jardim 1º de Maio. O jardim é de fato muito agradável. Tem um lago central com peixes dourados e árvores altas que dão sombra e suportam no topo ninhos de enormes cegonhas.
Uma escultura em mármore, com mais de dois metros chama a atenção. Simboliza um “cocho’ de cortiça”, que os homens do campo utilizam para beber. A inscrição “Bebi contigo”, é uma homenagem aos corticeiros — uma atividade com muita expressão no concelho de Grândola.
Eu não bebi com os corticeiros, mas comi um delicioso gelado na Gelataria Pica-Pau, enquanto observava as cegonhas que vivem no jardim a posar e a levantar voo.
Numa breve caminhada descubri a Igreja Matriz, o Coreto, os Antigos Paços do Concelho, a Casa Frayões Metellos, o Mercado Municipal e outros pontos que facilmente me fazem parar e fixar a câmara para fotografar.
Sem querer, interrompo a sesta de um gato que desagradado, deita-me a língua de fora. Embaraçada por incomodar tão distinto habitante da Vila, sigo o meu caminho. Tinha intenção de visitar o Museu de Arte Sacra, mas não tive sorte — estava fechado.
Voltei então a minha atenção para tudo o que em Grândola, recorda a Revolução dos Cravos: A Escultura a José Afonso, o Monumento à Liberdade, o Mural “o povo é quem mais ordena”, o Memorial ao 25 de Abril…
Demorei-me mais no Memorial ao 25 de Abril. É um monumento grande, com detalhes interessantes.
Constituído por uma parede elíptica, no centro é intersectado por uma área circular cuja face principal é forrada a azulejos. No círculo central está pintado um grande cravo que vai até à base do monumento, como se rompesse da terra. Na parte inferior encontra-se um retângulo com os nomes dos “Capitães de Abril” e as paredes dos lados estão decoradas com a pauta musical e a letra da canção “ Grândola, Vila Morena”
Na parede posterior do monumento, encontra-se ainda a “Declaração Universal dos Direitos do Homem” e no centro, há um círculo, dentro de outro, revestido com azulejos em vários tons de amarelo, que representa o Sol.
Concluí aqui, a minha agradável visita à eterna "Vila Morena". A vila que a História transformou no hino de uma revolução!
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