Dicas para quem vai viajar para Israel
Foto: pomegranate-travel.com
Seja por motivos religiosos, culturais ou simplesmente para conhecer um novo país, se sonham em conhecer Israel, confiram as dicas e informações básicas que deixo em baixo:
1- Documentação necessária
Os cidadãos portugueses estão isentos de visto para uma estada de turismo até 90 dias. O passaporte deverá ter uma validade igual ou superior a 6 meses a contar da data do regresso. Convém no entanto ter presente que podem impedir a entrada de turistas no país em casos de suspeita de risco de imigração ilegal e de actividades que possam pôr em perigo a ordem pública e segurança nacional. Para evitar situações embaraçosas, é aconselhável o recurso a passagens de ida e volta e ter à mão reservas de hotéis ou comprovativos de locais de estadia alternativos.
2- Como chegar?
A TAP e a EL AL Israel Airlines tem voos diretos de Lisboa para Tel Aviv que ficam por pouco mais de 400,00 €, se optarem por um voo com conexões pode ficar ainda mais barato. Do Porto não há voos directos mas se utilizarem a Ryanair e a WizzAir, via Sofia, na Bulgaria, por exemplo, o voo para Tel Aviv fica por cerca de 316,00€.
A partir do aeroporto há vários tipos de transporte disponíveis. O táxi é a solução mais cómoda, embora custe cerca de 160 NIS (38,00 €) para Tel Aviv;
3- Vacinas
O certificado internacional de vacinação e profilaxia da poliomielite é exigida a viajantes que tenham permanecido pelo menos 4 semanas em países onde circula o vírus selvagem da poliomielite (mais informação disponível aqui)
Os viajantes com permanência de pelo menos 4 semanas, que não possuírem esta prova de vacinação podem ser novamente vacinados contra a poliomielite.
4- Melhor época para visitar Israel
Israel pode ser visitado durante o ano inteiro. O clima é agradável na maior parte do tempo e o sol quase sempre brilha no céu. No inverno o frio pode atingir regiões mais altas, como Jerusalém. A temporada alta é entre Julho e Agosto. Nesta época voos e hotéis costumam ser mais caros.
5- Principais cidades e locais turísticos do país
Para começar, claro, Jerusalém, onde podemos visitar locais sagrados de várias religiões. Em poucos metros de caminhada encontramos o Santo Sepulcro (cristão), o Muro das Lamentações (judeu) e a Mesquita de Al-Aqsa (muçulmano).
Depois temos Tel Aviv, Jaffa, Nazaré, Tiberíades, Cesarea, Haifa, a região do Mar Morto e, na parte Palestiniana, Belém e Jericó são especialmente interessantes para quem faz turismo religioso.
6- Comida
Uma das melhores coisas de Israel. A diversidade da culinária do país resulta da mistura de povos nesta região. Podemos perceber nos intensos sabores a tradicional culinária kosher, a culinária árabe, a culinária de países do Norte de África, e do Mediterrâneo.
Em Tel Aviv especialmente é possível saborear pratos de todo o mundo. Os judeus que hoje vivem em Israel trouxeram com eles um pouco da herança de cada lugar de onde vieram o que torna a culinária ainda mais rica. Os mercados de rua em Jerusalém estão repletos de deliciosos sabores e temperos. Entre os mais populares do país está o Mercado Árabe da Cidade Velha de Jerusalém.
A não ser que o serviço esteja incluído na conta, é costume deixar-se entre 10% a 15% de gorjeta nos restaurantes.
7- Que roupa levar?
O país em geral é quente, mas lembrem-se que a maioria dos lugares que irão visitar são sagrados para alguém, seja judeu, cristão ou muçulmano, por isso nesses passeios evitem usar calções ou roupas muito curtas, transparentes ou justas, por uma questão de respeito e bom senso. Se levarem uma camisola de alças, levem também um lenço ou um casaco leve que possam usar para cobrir os ombros caso seja necessário. Se viajarem durante o
inverno, em geral, não é preciso roupas muito pesadas, mas na dúvida, consultem a meteorologia para ver como está o clima, não é costume mas pode acontecer de nevar em Jerusalém.
No geral não há grandes restrições às roupas para os turistas (apesar de muitos árabes e judeus usarem trajes tradicionais). Na praia de Tel Aviv, por exemplo, é normal as mulheres usarem biquíni e há muitos homens a fazer exercício no passadiço de madeira sem camisa.
8- Quanto tempo ficar?
Se apenas quiserem visitar Tel Aviv e Jerusalém cinco dias são suficientes. Sete dias se quiserem ir até Massada e Mar Morto; E dez dias para ir até a Cesarea, Galileia, Nazaré e Haifa e 15 para ir até ao Mar Morto e aproveitar a região de Eilat ou visitar as grutas de Rosh HaNikra.
9. Transportes
A maneira mais prática de viajar em Israel, especialmente para quem vai visitar várias cidades, é ir num tour organizado ou alugar um carro. As estradas são seguras mas o trânsito nas grandes cidades é, como seria de se esperar, mais complicado.
O transporte entre as cidades também pode ser feito de autocarro ou comboio mas atenção que toda a informação sobre as paragens está escrita em hebreu, por isso se forem usar esta opção peçam ajuda ao motorista ou a outros passageiros para não saírem no lugar errado.
A rede ferroviária não é má e cobre quase todas as regiões, mas é muito limitada, pode no entanto ser uma boa opção para o turista independente que tenha mais tempo disponível. Os mais aventureiros podem ainda experimentar os Sheruts (carrinhas compartilhadas populares em Israel).
Se usarem táxis, para não terem surpresas desagradáveis, combinem antecipadamente o preço com o condutor ou peçam para ele ligar o taxímetro.
10. Excursões e guias particulares
Os guias são muito experientes e o controle feito pelo Ministério do Turismo de Israel em relação a estes profissionais é bem rígido. O Ministério mantém, no site do governo, uma lista actualizada com nomes de guias indicados que podem consultar aqui se estiverem interessados em contratar um. Os guias privados e os tours são uma boa opção para quem tem poucos dias no país e quer aproveitar ao máximo o tempo.
11. Língua
As línguas oficiais em Israel são o hebraico e o árabe mas o Inglês é falado por todos. As placas de sinalização na sua maioria são escritas nas três línguas. O mesmo acontece com a maioria dos menus de restaurante.
12. Dinheiro
A moeda oficial em Israel é o New Israeli Shekel (NIS), ou apenas Shekel. Cartões de crédito são amplamente aceites e facilmente encontramos uma máquina multibanco na rua.
13. Segurança
Este é, sem dúvida, um dos pontos que mais preocupam os turistas que desejam viajar para Israel. Apesar de parecer estranho (já que Israel vive em constante zona de risco) o país é bastante seguro para o turismo. Incidentes como assaltos, furtos e outros delitos comuns não acontecem com frequência nas ruas de Israel mas o risco de atentados é sem dúvida real (mas hoje em dia, infelizmente o mesmo é verdade para cidades Europeias como Paris e Londres...). Para mais informações consultem www.portaldascomunidades.mne.pt
14. Shabat
O Shabat é o dia de descanso semanal do judaísmo e é levado muito a sério. Para os turistas, isso pode implicar uma grande dor de cabeça se precisarem de comprar comida, usar transportes públicos ou outros tipos de serviço.
O Shabat começa a partir do pôr-do-sol de sexta e vai até ao pôr-do-sol de sábado mas é muito comum as pessoas pararem de trabalhar na sexta depois do almoço, portanto fiquem atentos a isso.
Tel Aviv é a excepção, como cidade cosmopolita, muitos bares e restaurantes funcionam normalmente durante o Shabat, mas não há nenhum meio de transporte para além de táxis no país inteiro. Nas outras cidades, o Shabat é mais tradicional e quase ninguém trabalha.Esta mesma regra também se aplica a qualquer feriado religioso.
Leiam mais sobre Israel aqui, aqui e sobre o Mar Morto aqui