Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

The Travellight World

Inspiração, informação e Dicas de Viagem

The Travellight World

Inspiração, informação e Dicas de Viagem

Sex | 04.08.23

As 10 Praias Fluviais Mais Belas da Região Centro

No calor do verão, quem procura o contacto com a natureza encontra nas águas calmas e refrescantes das praias fluviais da Região Centro uma excelente alternativa aos banhos de mar na costa portuguesa. A maioria destas praias está inserida em cenários deslumbrantes e muitas localizam-se em zonas protegidas ou junto a aldeias com um importante património histórico. Não há duas iguais, mas todas tem algo especial. Veja aqui o nosso TOP 10!

Poço da Monteira, Cortes do Meio. Foto_Pedro RibeiroPoço da Monteira, Cortes do Meio | Foto: Pedro Ribeiro

Tão belas como as suas companheiras costeiras, as praias fluviais da rede iNature são pequenos paraísos, escondidos por entre vales e serras, que permitem combinar os mergulhos nas águas frescas e límpidas dos rios, ribeiras e nascentes, com maravilhosos passeios na natureza.

Eleja a sua preferida e prepare-se para um verão incrível! 

1- ZONA BALNEAR DO PEGO, GEOPARK NATURTEJO

A Praia Fluvial do Pego, localizada em Penha Garcia, Idanha-a-Nova, é formada por um açude, alimentado  pelas águas límpidas do Rio Pônsul, no seio do Parque Icnológico de Penha Garcia — que integra o Geopark Naturtejo, o primeiro geoparque português a integrar a rede UNESCO.  

É uma zona balnear de uma beleza extraordinária, realçada pela presença de uma cascata e de enormes rochas graníticas que em si guardam icnofósseis com cerca de 480 milhões de anos.

Pode não parecer, mas é uma praia de fácil acesso, com estacionamento próximo e um caminho bem assinalado. Na área envolvente existem também algumas árvores que proporcionam sombra, assim como um local para fazer piqueniques e alguns bancos. 

A Praia Fluvial do Pego é uma das paragens da Rota dos Fósseis, um percurso pedestre de 3 quilómetros, que leva o visitante a percorrer a Aldeia de Penha Garcia e a subir ao que resta do seu Castelo — hoje um soberbo miradouro que permite ver para norte as arribas que envolvem o vale encaixado do Rio Pônsul e para sul o Cabeço de Monsanto. 

A partir do Castelo, a rota segue em direção ao paredão da barragem onde as rochas que já pertenceram a um leito marinho, expõe uma profusão de vestígios dos seres que, no Paleozóico, ali habitavam. Um pouco mais à frente, seguindo  o curso do rio Pônsul, chega-se aos velhos Moinhos de Rodízio.  

Estes moinhos foram em tempos o maior conjunto de unidades moageiras do concelho e 4 dos 24 que antes existiam, foram recuperados e agora podem ser visitados, assim como a chamada Casa dos Fósseis: uma pequena exposição pedagógica sobre a Era Paleozoica e sobre os seres mais importantes desses tempos — as trilobites!

Por entre os mergulhos nas águas da Praia Fluvial do Pego e as caminhadas pelo Parque Icnológico de Penha Garcia, não deixe de visitar Monsanto, a aldeia mais portuguesa de Portugal, considerada uma das mais belas aldeias históricas da Europa. 

Zona Balnear do Pego, Penha Garcia. Foto_Idalécio FranciscoZona Balnear do Pego, Penha Garcia | Foto: Idalécio Francisco

2- ZONA BALNEAR DE CASTELO NOVO, PAISAGEM PROTEGIDA REGIONAL DA SERRA DA GARDUNHA 

A Zona Banear de Castelo Novo, localizada no município do Fundão, tem como  pano de fundo o cenário da belíssima Serra da Gardunha e é um pequeno oásis dotado de infraestruturas como um bar com esplanada de apoio, mesas de piquenique e balneários.

A praia fluvial é ladeada por um extenso e verdejante relvado que oferece boas sombras naturais e possui dois açudes ou piscinas com águas frescas e cristalinas oriundas da Ribeira de Alpreade que, mais à frente, desagua no Rio Pônsul. Um dos açudes é mais profundo, ideal  para os que sabem nadar bem, o outro é mais baixo e está reservado para os mais pequenos. 

Quem escolhe esta praia fluvial para refrescar os dias quentes de verão não pode deixar de explorar as redondezas e conhecer uma das aldeias mais antigas do país — a Aldeia Histórica de Castelo Novo. 

Esta Aldeia começou por pertencer aos extensos territórios doados pelos monarcas portugueses à Ordem dos Templários (depois Ordem de Cristo) e apresenta, juntamente com as suas  características medievais, um invulgar conjunto arquitetónico, marcado pelas intervenções realizadas durante o período Barroco e durante o período Manuelino, no qual se destaca o Chafariz D. João V, a  Casa da Câmara, a Cadeia e o Pelourinho. Não deixe de fazer o Caminho Histórico de Castelo Novo, um percurso circular que começa e termina no Largo da Igreja e passa por estes pontos de interesse e por outros desta Aldeia Histórica, como a Capela de Santa Ana, o Castelo e a Lagariça.

Zona Balnear de CasteloNovo, Castelo Novo - Fundão. Foto_Municipio do FundãoZona Balnear de Castelo Novo | Foto: Município do Fundão

3- PISCINAS NATURAIS DE CORTES DO MEIO, PARQUE NATURAL DA SERRA DA ESTRELA

Cortes do Meio, localidade perto de Tortosendo, no concelho da Covilhã, pertence à rede de Aldeias de Montanha e é conhecida como a capital das piscinas naturais porque ali existem, nada mais, nada menos, do que 12 piscinas naturais: Poço da Fatela; Poço da Ponte Velha; Poço da Monteira; Poço das Azenhas; Poço do Funil; Poço do Forno Velho; Poço da Formiga; Poço do Combarão; Poço do Embude; Poço da Penha Fundeira; Poço do Inferno ou Penha Cimeira e Poço da Cascata.

As Piscinas Naturais de Cortes do Meio são seguramente um dos mais preciosos tesouros naturais da Serra da Estrela. Algumas são de fácil acesso e ficam mesmo à beira da estrada, outras exigem uma caminhada mais longa, porém a recompensa é grande — águas frescas, ar puro da serra e uma paisagem estonteante!

Aventure-se na Rota das Pontes, um percurso pedestre circular, com extensão aproximada de 7,5 km e descubra os melhores segredos do Vale das Cortes. Percorra veredas e caminhos rurais, passe por pontes, azenhas, lagares, levadas e mergulhe nas águas cristalinas das maravilhosas piscinas naturais.

Comece e termine em Cortes do Meio, mas não tenha pressa. Caminhe devagar, aprecie o cenário natural e desfrute de todas as piscinas que encontrar pelo caminho.

Depois de conhecer o melhor da natureza local descubra a importância que a industria teve nesta região visitando o Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior.

O Museu é constituído pelos núcleos da Real Fábrica de Panos, da Real Fábrica Veiga e das Râmolas de Sol. O Núcleo da Real Fábrica de Panos está instalado num dos edifícios mais imponentes da cidade — a antiga Real Fábrica de Panos. Aqui pode ver uma exposição que conta a história dos lanifícios na Covilhã e observar as fornalhas e os poços cilíndricos usados, no passado, para tingir as lãs.

Poço da Monteira, Cortes do Meio. Foto_Pedro RibeiroPoço da Monteira, Cortes do Meio | Foto: Pedro Ribeiro

4- ZONA BALNEAR DE VALE DAS ÉGUAS, VALE DO CÔA

A Zona Balnear de Vale das Éguas, ou Praia da Ínsua como também é conhecida, é uma praia tranquila, imersa na natureza, localizada a poucos quilómetros do Sabugal, nas margens do Rio Côa. Tem estruturas de apoio como um parque de merendas, espaço para grelhados, bar, parque infantil, zona de paintball e balneários. Dispõe ainda de uma pequena piscina biológica e apresenta boas condições para a prática de canoagem. 

Esta praia é uma das paragens da Etapa 4 da Grande Rota do Vale do Côa, um percurso de 13,2 Km, que se inicia na Aldeia de Rapoula do Côa. O trilho mantém-se junto à margem esquerda do Côa, atravessando caminhos agrícolas até ao sítio da Ínsua onde é possível aceder à Aldeia de Vale das Éguas e à Praia Fluvial de Vale das Éguas.

O caminho prossegue até à Ribeira do Boi (que é possível atravessar durante a Primavera, Verão e parte do Outono), sobe até à Aldeia de Seixo do Côa e volta a descer até alcançar de novo o Rio Côa e a praia fluvial de Seixo do Côa. Continua, atravessando o rio junto ao Moinho dos Pontões, passa pela Aldeia de Valongo do Côa e percorre o caminho de acesso à Ponte de Sequeiros, uma obra prima da engenharia medieval, construída no estilo românico, em alvenaria de granito.

Depois de atravessar a Ponte de Sequeiros, a rota segue junto à margem esquerda do Côa, até alcançar a estrada e a Ponte José Luís. 

Termina depois da travessia da ponte e da subida até à Vilar Maior, aldeia fundada no século XII que pertence à rede das 5 Vilas Medievais do Sabugal, e tem um enorme património histórico do qual se destaca um castelo em bom estado de conservação. 

Zona Balnear de Vale das Eguas, Ínsua - Sabugal. Foto_Municipio do SabugalZona Balnear de Vale das Éguas | Município do Sabugal

5- ZONA BALNEAR DA MEIMOA, RESERVA NATURAL SERRA DA MALCATA

A Zona Baalnear da Meimoa, situada nas margens da ribeira da Meimoa, em Penamacor, junto a uma ponte quinhentista romano-filipina, é o local perfeito para o lazer e descanso de toda a família. Conta com excelentes estruturas de apoio que, durante os dias quentes de verão garantem, a miúdos e graúdos,  entretenimento e diversão. Tem uma área de relva para estender as toalhas, sombras, um bar com esplanada, parque de merendas, parque infantil,  piscina fluvial,  campos de futsal e futebol de praia, zona de estacionamento e instalações sanitárias. Também é possível alugar canoas e gaivotas para passear pela ribeira.

Entre os banhos de sol e rio, os amantes de trilhos não podem deixar de fazer a  Pequena Rota do Sobreiral, um percurso com início e fim junto ao painel informativo localizado na margem esquerda do paredão da Barragem da Meimoa. O percurso é ideal para quem gosta de observar aves aquáticas e passa próximo da Fonte do Carapeteiro, de onde se pode avistar toda a extensão da Albufeira da Meimoa e grande parte da Serra da Malcata. 

Centro de Interpretação do Lince Ibérico da Malcata é outra das atrações imperdíveis da região. Orientado para a divulgação do lince-ibérico e do papel que este felino em risco de extinção desempenhou na Serra da Malcata, ali, é possível conhecer a ecologia e o comportamento do Lince ibérico, os seus habitats, as grandes ameaças à sua sobrevivência, mas também quais as medidas de proteção e conservação em curso para evitar a extinção do felino da Península Ibérica. 

Zona Balnear da Meimoa, Meimoa - Penamacor. Foto_Município de PenamacorZona Balnear da Meimoa | Foto: Município de Penamacor

6- PRAIA FLUVIAL DO VIMIEIRO, SERRA DO BUSSACO

A Praia Fluvial do Vimieiro, alimentada pelo Rio Mondego e pelo Rio Alva, encanta todos que a visitam pelo extraordinário cenário natural que a envolve. Águas calmas e límpidas, uma paisagem verde de sonho e um antigo moinho de água são os destaques, mas são as boas infraestruturas, que garantem segurança e tranquilidade a quem escolhe esta praia com Bandeira Azul para descansar.

Dispõe de um restaurante e bar, parque de merendas, casas de banho com chuveiro e zona de estacionamento. Na época balnear conta com o serviço de um nadador-salvador. 

Na região de Penacova, onde se insere a Praia Fluvial do Vimieiro, vale a pena explorar percursos pedestres como o PR5 PCV – Livraria do Mondego. O percurso de 10,5km, parte da Pérgula Raúl Lino, uma varanda magnífica com uma vista panorâmica sobre o leito do rio Mondego e segue, com uma passagem pela igreja Matriz da Nossa Senhora da Assunção, por ruas estreitas até à descida da Costa do sol do Mirante Emydgio da Silva. Percorrendo a margem esquerda do rio, rapidamente se alcançam os passadiços de onde se pode contemplar, na sua plenitude, o imponente bloco quartzítico conhecido como A Livraria do Mondego — um geomonumento natural com mais de 400 milhões de anos que deve o seu nome ao facto de  ser constituído por altas assentadas quartzíticas, semelhantes a livros dispostos numa estante.

O primeiro domingo de cada mês é dia de entrada gratuita no Museu do Moinho Vitorino Nemésio, outra das atrações da região. Aliás o concelho de Penacova possui um dos maiores núcleos molinológicos do país, encontrando-se estes espalhados pelas Serras da Atalhada, Aveleira e Roxo, Gavinhos, Paradela de Lorvão e Portela da Oliveira.

Doado pelos herdeiros do escritor à autarquia, o Museu do Moinho Vitorino Nemésio fica localizado no lugar da Portela da Oliveira, em pleno perímetro florestal da Serra do Bussaco. É um espaço especial que tem como objetivo preservar a história dos moinhos de vento e água e a memória dos seus moleiros.

Praia Fluvial do Vimieiro. Penacova. Foto_Município de PenacovaPraia Fluvial do Vimieiro, Penacova | Foto: Município de Penacova

7- ZONA BALNEAR DE FOZ D' ÉGUA, PAISAGEM PROTEGIDA SERRA DO AÇOR

Localizada perto da Aldeia Histórica de Piódão, a Zona Balnear de Foz d' Égua é uma praia extraordinária, banhada pelas ribeiras de Piódão e Chãs D’Égua. Tem uma área verde envolvente e excelentes zonas de lazer que incluem um bar com esplanada, parque de merendas e equipamento de socorro a náufragos. 

Conhecida  pelas suas águas límpidas e frescas esta praia está inserida num cenário de inigualável beleza onde se destacam variadas construções em xisto, desde moinhos, a habitações e pontes. Ali perto fica a  Aldeia Histórica de Piódão, considerada uma das mais belas Aldeias de Portugal. Disposta em socalcos, em redor de uma encosta íngreme, lembra um presépio e está cheia de belos lugares para visitar: a Eira e a vista a partir dela, a Fonte dos Algares, a Igreja Matriz, o Forno do Pão, a capela de São Pedro, o museu onde também funciona o posto de turismo, todas as escadarias e ladeiras e, na verdade, a quase totalidade das casas em xisto, com as suas fantásticas portas e molduras azuis nas janelas.

Vale a pena fazer a Rota dos Povos das Ribeiras de Piódão, um dos percursos pedestres disponíveis no território, para conhecer melhor a região. Este percurso circular tem início e fim na aldeia de Piódão, e é uma excelente opção para quem aprecia caminhadas e natureza. Com cerca de 10 km de extensão, o trilho passa por caminhos rurais e florestais e oferece vistas deslumbrantes sobre os socalcos do Vale da Ribeira de Piódão e o Vale da Ribeira de Chãs d’Égua.

Zona Balnear de Foz DEgua, Piódão. Foto_Aldeias Historicas de PortugalZona Balnear de Foz d'Égua, Piódão | Foto: Aldeias Históricas de Portugal

8- PRAIA FLUVIAL DA LOUÇAINHA, SERRA DA LOUSÃ

A qualidade das águas, os excelentes equipamentos fluviais e a preocupação ambiental têm valido à  Praia Fluvial da Louçainha a atribuição regular da Bandeira Azul, que exibe a par da classificação de Praia Acessível, pois tem rampas de acesso para pessoas com mobilidade reduzida.

É a praia ideal para a prática de natação já que, com exceção da zona reservada às crianças, a profundidade da área balnear ultrapassa os três metros. Tem parque de merendas, um bar e restaurante com esplanada, balneários, posto de primeiros socorros e estacionamento.

O Percurso Pedestre da Pedra Ferida à Louçainha, é um percurso deslumbrante, incontornável para quem visita a região, pois antes de terminar na Praia fluvial da Louçainha, passa, ao  longo da Ribeira da Azenha, por pequenas lagoas e quedas de água das quais se destaca a Cascata da Pedra Ferida, uma cascata com cerca de 30 metros de altitude, cuja designação remete para o tom avermelhado das rochas, ricas em ferro, — como se estivessem “feridas”. No verão, a par da Praia Fluvial da Louçainha, a Cascata da Pedra Ferida, transforma-se numa piscina muito apetecível. 

A Ribeira de Azenha atravessa  igualmente diversos bosques autóctones constituídos por louriçais com todas as características e interesse ecológico que este tipo de habitat desperta. Ao longo do percurso o caminhante pode usufruir de um conjunto de equipamentos e infraestruturas, como Pontos de Encontro, Zona de Merendas, Zona de Estadia e, ainda nove travessias que permitem atravessar entre as margens da Ribeira. 

Praia Fluvial da Louçainha, Lousã. Foto_Idalécio FranciscoPraia Fluvial da Louçainha, Lousã | Foto: Idalécio Francisco

9- ZONA BALNEAR DOS OLHOS D'ÁGUA, PARQUE NATURAL DAS SERRAS DE AIRE E CANDEEIROS

Na nascente do rio Alviela, em Alcanena podemos encontrar a Zona Balnear dos Olhos D’Água. É uma praia bastante conhecida pela sua beleza e por no passado, a nascente que a banha ter sido responsável pelo abastecimento de água a grande parte da cidade de Lisboa.

Foi requalificada em 2016, transformando-se num agradável espaço de descontração e lazer com infraestruturas de apoio que incluem um parque infantil, parque de merendas com mesas e grelhadores, casas de banho, restaurante e campo de jogos. Tem um magnífico espaço verde com zona de sombra onde os banhistas podem estender a sua toalha.

Aproveite a visita à região para conhecer o Centro de Ciência Viva do Alviela – Carsoscópio, um espaço de divulgação científica e tecnológica, integrado na Rede Nacional de Centros Ciência Viva. Foi  desenvolvido com o objetivo de valorizar o imenso património natural da nascente do rio Alviela e da sua zona envolvente. Os morcegos, a água e o carso são as temáticas exploradas neste Centro Ciência Viva através de exposições interativas e atividades diversas.

O Percurso Pedestre Olhos de Água do Alviela, um percurso fácil, circular, com cerca de 1,5 km que começa e termina na Praia Fluvial dos Olhos d’ Água é uma boa alternativa ao dolce far niente das férias.

Embora seja um dos mais pequenos dos percursos pedestres das Serras de Aire e Candeeiros,  é um dos mais interessantes a nível geológico pois a Ribeira dos Amiais é um dos raros cursos de água superficiais do maciço calcário estremenho e forma estruturas geológicas de rara beleza ao atravessar os calcários do Jurássico Médio. A sua beleza geológica rodeada pela vegetação mediterrânea essencialmente arbustiva torna este percurso um dos mais atrativos da região.

Praia Fluvial dos Olhos De Agua, Alcanena. Foto_Município de AlcanenaPraia Fluvial dos Olhos d’ Água, Alcanena | Município de Alcanena

10- PRAIA FLUVIAL DO PORTO DA VÁRZEA, VOUZELA, PARQUE NATURAL LOCAL VOUGA CARAMULO

Praia Fluvial de Porto Várzea situa-se no concelho de Vouzela, do lado direito da estrada que liga Campia a Cercosa, e é uma zona balnear do Rio Alfusqueiro, afluente do Águeda.

Com águas calmas e de temperatura agradável no verão, dispõe de um bom espaço de lazer, com parque de merendas equipado com churrasqueiras, parque infantil, e um bar/restaurante.

A vegetação envolvente, caracterizada por freixos, amieiros, choupos e salgueiros, proporciona abundantes áreas de sombra aos banhistas.

Também a Reserva Botânica de Cambarinho, ali perto, é um local de grande biodiversidade, albergando inúmeras espécies de grande valor conservacionista,  nomeadamente o loendro, espécie endémica da Península ibérica, que nos meses de maio e junho entra em floração, representando um dos ex-libris naturais deste território.

Para quem desejar conhecer melhor os locais mais recônditos de Vouzela, tem à disposição uma rede de nove percursos pedestres, dos quais o Trilho das Poldras é um dos mais populares.

Percurso circular com aproximadamente 8,5 km, a Rota das Poldras tem início e fim na Aldeia de Souto de Lafões e segue a margem do rio, pelo Percurso lnterpretativo do Cunhedo, até Porto de Areias. Ao longo do  trilho, o caminhante encontra painéis ilustrados com toda a informação relativa a fauna e flora desta área geográfica.

A ultima etapa do percurso faz-se nas margens da Ribeira de Varzielas, onde a paisagem é dominada pelo verde, percorrendo levadas e carreiros. É um trilho cheio de história evidenciado nos nomes pitorescos dos sítios de passagem.

Zona Balnear do Porto da Varzea, Vpuzela. Foto_Municipio de VouzelaZona Balnear do Porto da Várzea, Vouzela | Foto: Município de Vouzela

Artigo patrocinado pela Rede iNature e originalmente publicado em Sapo Viagens