Aquele abraço!
Foi num dia quente de Verão, (Rio, 40 graus, como canta Fernanda Abreu…) que resolvi subir ao Corcovado.
O céu estava praticamente limpo e as poucas nuvens que passavam não chegavam para tapar o famoso Cristo Redentor.
Fotos: Travellight e H. Borges
Depois de anos a ver aquele icónico monumento em postais, filmes e novelas, sentia que o meu encontro com ele estava marcado há muito. Ainda assim o facto de ter chegado finalmente esse dia, fazia o meu coração bater mais forte.
Nunca vos aconteceu sentirem nostalgia de um lugar ou de um tempo que nunca conheceram ou viveram? A mim sim...
Enquanto esperava na estação do Cosme Velho para subir no funicular, que atravessa a densa floresta Atlântica da Tijuca, a nostalgia e alegria misturavam-se no meu espírito. De certo modo era como se toda a vida tivesse conhecido aquele lugar.
A meio do caminho, uma boa surpresa: entrou no funicular um grupo de pagode que, com os seus pandeiros e vozes afinadas, animou ainda mais a experiência.
Aguardando no topo, de braços abertos para nos receber, estava o Cristo Redentor, uma das 7 maravilhas do mundo moderno.
Uma multidão de turistas rodeava a enorme estátua Art Deco, inaugurada em 1931 e concebida pelo engenheiro Brasileiro Heitor da Silva Costa e pelo escultor francês Paul Landowski.
Eu circundei-a, observando todos os detalhes e inconscientemente comparando-a com o Cristo Rei de Lisboa. A inspiração é evidente mas o original Brasileiro tem um desenho mais moderno e menos clássico que o Português.
Mas a magia deste lugar, aquilo que realmente o torna inesquecível são as extraordinárias vistas sobre a cidade. São de tirar a respiração!
De longe, o Rio de Janeiro parece perfeito… olhando aquela beleza, eu quase esqueci todos os (enormes) problemas que assolam a região.
Ali, no topo do Corcovado, abraçado pelo Redentor, o Rio volta a ser simplesmente a “cidade maravilhosa, cheia de encantos mil”, aquela que quero guardar para sempre no meu coração...
Tchau!
Travellight