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The Travellight World

Inspiração, informação e Dicas de Viagem

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Seg | 30.01.23

A melhor data para visitar Alcobaça? O Dia dos Namorados, claro! 

Se ainda não tem planos para o Dia dos Namorados, anote esta sugestão: convide a sua cara metade para um passeio por Alcobaça — a Cidade do Amor Eterno. Percorra a Rota “Dê Lugar ao Amor” e perca-se pelas ruas deste romântico lugar, para sempre marcada pela comovente e inabalável paixão de Pedro e Inês, o mais lindo e dramático episódio da História de Portugal. 

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Que melhor data pode haver para visitar Alcobaça  do que o Dia dos Namorados? O tema do amor faz parte da sua identidade e isso reflete-se por todo o lado. Está na arquitetura, na sua história, na cerâmica, na arte urbana, na doçura dos doces conventuais… em tudo!

Muitas das atrações da cidade como o Mosteiro de Alcobaça, o Jardim do Amor ou o Percurso Camoniano Pedro e Inês, são um hino ao amor proibido entre o Infante e a Dama de Companhia galega com quem D. Pedro passou a viver maritalmente após a morte da sua esposa D.Constança. 

O Jardim do Amor

Alcobaça deve o seu nome aos dois rios que convergem no seu centro, o Alcôa e o Baça, e no local onde se entrelaçam existe um pequeno jardim — o Jardim do Amor — dedicado, como não podia deixar de ser, a Pedro e Inês. Tem “tronos reais” esculpidos em pedra da região por Thierry Ferreira e Renato Silva e um coração em aço corten, material com propriedades anti-corrosivas… talvez porque nunca devemos deixar o amor enferrujar.

O jardim, com os seus amorosos banquinhos em madeira, constitui um dos pontos de interesse da Rota "Dê Lugar ao Amor" e permite aos mais românticos preparar uma surpresa original para o seu amado — adquirir um kit no comércio alcobacense que inclui:

– duas chaves para um dos 700 Cofres do Amor embutidos nas paredes do Jardim
– um conjunto de amostras dos sabores do concelho (ginja e maçã de Alcobaça);
– um pequeno papiro onde poderá escrever uma mensagem, dedicatória, ou jura de amor.

O conteúdo dos Cofres do Amor é mantido durante um período de três anos. Decorrido esse tempo poderá regressar a Alcobaça para renovar o seu cofre e deste modo, cumprir o mote da cidade: “quem passa por Alcobaça, não passa sem lá voltar”.

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Os Túmulos de Pedro e Inês no Mosteiro de Alcobaça

A relação proibida entre D. Pedro e D. Inês e o nascimento dos seus 3 filhos provocou forte reprovação da corte e do povo e afrontou o rei D. Afonso IV, seu pai, que acabou por mandar assassinar D. Inês de Castro em Janeiro de 1355. Louco de dor, Pedro liderou uma revolta contra o rei, nunca perdoando ao pai o assassinato da amada. 

Quando finalmente assumiu a coroa em 1357, D. Pedro mandou prender e matar os assassinos de Inês, arrancando-lhes o coração, como ele sentia que tinham feito com ele. Mais tarde, jurando que se havia casado secretamente com Inês de Castro, D. Pedro impôs a sua coroação póstuma e o seu reconhecimento como Rainha de Portugal. 

Em Abril de 1360, ordenou a trasladação do corpo de Inês, de Coimbra para o Mosteiro Real de Alcobaça, onde mandou construir dois túmulos, para que pudesse descansar para sempre ao lado da sua eterna amada. Os túmulos de pedra, magnificamente esculpidos, jazem, por indicação do rei, frente a frente, porque D. Pedro queria ter a certeza que ao despertar para a vida eterna, o rosto da sua amada seria a primeira coisa que ele iria ver, e o  rosto dele a primeira coisa que D. Inês veria.

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As Cerâmicas do Percurso Pedro&Inês e a Arte Urbana

O Percurso Pedro e Inês em cerâmica de Alcobaça, é um agradável percurso à beira-rio inaugurado em 2017, que nasce da interpretação do episódio de Inês de Castro nos “Os Lusíadas” de Luís Vaz de Camões; de um soneto do mesmo autor e de um outro de Miguel Torga.

As 10 fábricas de cerâmica de Alcobaça participantes neste projeto de arte urbana traduziram, em cada peça, o universo literário, identitário e simbólico do amor de D. Pedro I e D. Inês de Castro.

Mas a arte urbana contemporânea não se limita à cerâmica, existem alguns bons exemplos de street art espalhados pelo centro de Alcobaça onde o amor também parece ser o tema central.

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Os Doces da Pastelaria Alcôa

Feitos à mão, com ingredientes frescos e muito carinho, há quem diga que os doces conventuais de Alcobaça são 

a materialização do amor doce.

A incontornável pastelaria Alcôa, fundada em 1957, atrai, só por si, muitos visitantes.  As cornucópias, os diários de Inêsm as castanhas de ovos, as queijadas do céu, mimos de freira, ovos do paraíso, torrão real, manjar dos deuses e toucinho-do-céu, entre outros, são alguns dos doces conventuais ainda hoje confecionados como no tempo das monjas de Cós. 

Passe por lá com o seu amor e delicie-se com estes pecados da gula.

3Foto: Pastelaria Alcôa

O Museu do Vinho

Diz-se que “no banquete da vida, a amizade é o pão e o amor é o vinho”.  Ligação mais sedutora, de facto, não há, pois tanto o vinho como a prática do amor devem ser degustadas sem pressa, aproveitando os preliminares, os cheiros, os sabores e o aflorar das emoções. Assim, a maneira perfeita de terminar uma romântica visita por Alcobaça, é parando no Museu do Vinho e fazendo a visita guiada pelo acervo  museológico que termina com uma prova de vinhos.

Onde se hospedar em Alcobaça

O Challet Fonte Nova é romântico e elegante. Um excelente exemplo do que um pequeno hotel de charme deve ser. Tem quartos no chalé histórico e numa ala nova. O estacionamento é gratuito e um spa no local convida os hóspedes a se entregarem a momentos de puro prazer.

Este hotel oferece um programa romântico por 135€ que inclui: 1 Noite de alojamento em quarto double/twin com pequeno-almoço buffet, tratamento Vip no quarto à chegada (com garrafa vinho e fruta), e oferta de serviço de pequeno-almoço no quarto;

O Vale d’Azenha Hotel Rural & Residences é outra boa opção. Está localizado a meio caminho entre a cidade de Alcobaça e a Nazaré e é ideal para quem prefere um hotel moderno, num ambiente rural e vista para a montanha.

Pode ler mais sobre a estadia no Vale d’Azenha Hotel Rural & Residences aqui.

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Tchau!

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