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The Travellight World

Inspiração, informação e Dicas de Viagem

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Ter | 29.10.24

Tavë Kosi | O prato nacional da Albânia

O Tavë kosi  é um prato preparado com cordeiro assado, originário da cidade albanesa de Elbasan, que se converteu no prato nacional da Albânia. É uma receita deliciosa e reconfortante. Perfeita para os dias mais frios do outono e inverno.

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Aprenda aqui a preparar a receita.

INGREDIENTES

600 g de cordeiro (ou borrego) cortado em cubos

70 g de manteiga

2 colheres (de sopa) de azeite

70 g de arroz

2 colheres (de chá) de orégãos

450 ml de água a ferver

2 dentes de alho cortados em cubos

Sal

Pimenta

2 colheres de sopa de farinha

750 g de Iogurte grego

6 ovos

PREPARAÇÃO

Numa panela grande (com tampa) derreta as 20 g de manteiga e o azeite e adicione o cordeiro aos cubos. Doure a carne, em lume médio, por cerca de 5 minutos.

Adicione o alho, os orégãos, 300 ml de água e tempere com sal e pimenta. Misture bem antes de cobrir com a tampa. Deixe ferver durante 50 minutos mexendo algumas vezes para garantir que o cordeiro não começa a queimar.

Quando os sucos começarem a secar, adicione mais 150 ml de água juntamente com o arroz. Misture tudo, deixe ferver, tape e deixe apenas 10 minutos. É aconselhável verificar por volta dos 8 minutos — pretende-se que o líquido evapore deixando apenas uma leve camada húmida de água do cordeiro e do arroz.

Coloque o cordeiro e o arroz numa caçarola. A mistura deve cobrir totalmente a base e deixar pelo menos 5 centímetros de sobra para adicionar o iogurte. Em alternativa, pode dividir o cordeiro e o arroz por quatro taças de barro que possam ir ao forno.

Prepare um roux. Numa panela pequena derreta 50 g de manteiga em lume médio e adicione duas colheres de sopa de farinha mexendo continuamente durante dois minutos (adicione um pouco mais de farinha se necessário). O roux não deve ser espesso, mas também não deve ser muito líquido. Deite o roux numa tigela e reserve.

Noutra tigela junte o iogurte, os ovos e tempere com sal e pimenta. Misture e adicione o roux, continuando a mexer rapidamente durante um minuto para garantir que o roux e o iogurte ficam bem combinados.

Deite a mistura de iogurte sobre o cordeiro assado e o arroz e polvilhe com um pouco de orégãos.

Coloque na prateleira de baixo do forno a 180 graus durante 35 minutos e depois leve para o meio durante mais 10 minutos. O Tavë kosi está pronto a servir quando o iogurte crescer e formar uma crosta dourada.

 

Receita adaptada do site My Albanian Food

 

 

Seg | 28.10.24

Tirana | Uma capital europeia que vale a pena descobrir

Principal centro económico, político e cultural da Albânia, Tirana ainda é uma capital europeia relativamente desconhecida, porém não o será por muito mais tempo. A cidade é hoje já um destino turístico emergente e em rápido desenvolvimento. Se a quer visitar antes dos preços começarem a subir, agora é a hora!

fullsizeoutput_8069Fotos: Travellight e H. Borges

Tirana é difícil de definir. É uma cidade que desperta um misto de emoções. Uma espécie de encruzilhada cultural que nos deixa confusos de início, mas depois felizes.

As sombras do regime brutal, que controlou a Albânia  com mão de ferro por mais de 40 anos, ainda se fazem sentir. Continuam por lá os bunkers mandados construir pelo ditador Enver Hoxha e os edifícios de arquitetura soviética, mas esta cidade, que cresceu sem qualquer tipo de ordenamento urbano, respira agora novos ares que enchem de cor as fachadas dos seus prédios, antes tristes e cinzentos, com murais magníficos.

Basta um pequeno passeio pelas ruas de Tirana para perceber logo que é uma capital jovem, com uma vibração maravilhosa, gente simpática, cafés e restaurantes incríveis.

A Praça Skanderbeg é o centro da capital albanesa. Quase tudo o que interessa em Tirana está nesta praça ou nas ruas em seu redor. É aqui que estão reunidos os principais monumentos de Tirana como a Estátua de Skanderbeg, herói nacional e grande símbolo do país, que dá nome à praça; a Torre do Relógio (construção de 1822); o Museu de História Nacional (atualmente encerrado para obras), a Ópera e a Mesquita Et'hem Bey.  A Mesquita é o monumento mais antigo. Foi construída em 1791, altura em que ficava em frente ao antigo Bazar. Hoje está cercada por edifícios modernos muito altos, alguns ainda em construção. 

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Nas ruas à volta da enorme Praça Skanderbeg, que sozinha cobre uma área de 40.000 metros quadrados, encontramos muitas das outras atrações da cidade. A Pirâmide é das que mais chama a atenção.

Concluída pouco antes da queda do comunismo, foi concebida como um museu para homenagear o despótico ditador Enver Hoxha, que governou a Albânia de 1944 a 1985. Quando o regime caiu, o edifício foi abandonado e durante anos o seu destino foi incerto. Uns queriam que fosse demolida, outros que fosse restaurada e usada para outros fins. 

Ganharam os que defendiam a restauração do edifício. A Pirâmide foi recuperada e hoje serve como miradouro da cidade e espaço para eventos e exposições temporárias de arte. Em volta há também um conjunto de casas engraçadas, colocadas em posições estranhas, como se por ali tivesse passado um furacão.

A ”Nuvem”, uma instalação artística criada pelo arquiteto japonês Sou Fujimoto, é outra atração interessante. É uma estrutura tridimensional, que pretende lembrar uma nuvem, constituída por barras brancas de aço fino, que juntas formam uma cobertura semitransparente e irregular.

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Algumas das atrações de Tirana como o Bunk’Art e a Casa das Folhas, são sinistras, mas colocam em perspetiva o passado recente da Albânia, contando e não deixando esquecer, este período conturbado da sua história. Visitar o Bunk'Art, por exemplo, é uma experiência sombria. Este enorme bunker subterrâneo, construído para proteger os políticos da era comunista e os altos escalões militares de Tirana em caso de guerra nuclear, está distribuído por cinco andares e tem mais de 100 salas. Algumas estão abertas e expõe fotografias e artefactos ligados à repressão política. 

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A cena gastronómica de Tirana é tão diversa como a sua história e acrescenta uma nota (bastante) mais alegre à cidade. Os cafés e restaurantes com esplanada estão por todo o lado e servem desde cozinha tradicional albanesa, até sabores internacionais. Uma das melhores zonas para experimentar a cultura gastronómica de Tirana é o bairro de Bloku, que deixou de ser uma zona restrita durante os tempos comunistas para se transformar num bairro animado, repleto de restaurantes, bares e cafés da moda. 

Em Bloku, podemos saborear especialidades locais como o byrek (pasteis de massa filo recheados com queijo, espinafres ou carne), sôufle de pistácio, e o prato nacional da Albânia — tavë kosi (empadão de cordeiro e iogurte).

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O Castelo de Tirana é outra área excelente para almoçar ou jantar. Do Castelo, na verdade, só restam alguns muros que cercam uma rua pedonal no centro de Tirana chamada Rua Murat Toptani (nome da família que dominou a Albânia otomana desde 1700 até à Segunda Guerra Mundial). Hoje à sombra das ruínas da fortificação estão uma série de restaurantes, cafés e lojas de souvenirs. Bem perto fica o Toptani, o maior centro comercial de Tirana. 

Os mercados da cidade também merecem ser explorados, são lugares animados, onde encontramos de tudo a bom preço, principalmente para quem é bom a regatear!

A nova Mesquita Namazgah, designada a “Grande Mesquita de Tirana” por ser a maior dos Balcãs e a Catedral Ortodoxa são testemunho da diversidade religiosa da Albânia, que conta ainda com igrejas católicas como a Catedral de São Paulo, onde se destaca um mosaico dedicado a Madre Teresa de Calcutá.

Quem gosta de natureza e observação de aves, não pode deixar de visitar o Grande Parque de Tirana. Esta zona ajardinada com 230 hectares e um imenso lago artificial, fica localizada a sul do prestigiado bairro de Blloku e é um verdadeiro pulmão verde no centro da cidade, com trilhos de caminhada e parques infantis, perfeito para passeios tranquilos, piqueniques ou simplesmente para relaxar na natureza.

O Parque Nacional Montanha Dajti, a curta distância de Tirana, é fácil de aceder apanhando o teleférico Dajti Ekspres, o mais longo dos Balcãs, que leva até ao pico da montanha, onde é possível desfrutar de vistas deslumbrantes da capital albanesa e da paisagem circundante. A Montanha Dajti oferece uma variedade de atividades, incluindo trilhas de  caminhada, ciclismo de montanha e parapente. É ideal para os entusiastas de atividades ao ar livre.

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Tirana é uma cidade em transição, em franco desenvolvimento e modernização, o que a torna um destino cada vez mais atraente para os visitantes internacionais.

Se procura algo fora dos roteiros habituais, Tirana, pode ser uma boa opção!

 

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Ter | 22.10.24

Polneti Piperki | Uma iguaria da Macedónia do Norte

Polneti piperki, prato muito popular na Macedónia do Norte, é uma receita rápida e fácil de preparar que leva ingredientes simples como pimentos, carne picada, arroz e especiarias. Os pimentos são recheados com os outros ingredientes e depois levados ao forno para assar, antes de serem servidos com pão torrado ou puré de batata.

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Espreite aqui a receita e aprenda a preparar este prato tradicional da Europa de Leste.

INGREDIENTES

10 pimentos grandes

200 g de carne de vaca picada

200 g de carne de porco picada

1 cebola grande

200 g de arroz

200 ml de polpa de tomate caseira

1 colher (de chá) de paprica

Salsa fresca

Alho, sal e pimenta a gosto

Azeite

PREPARAÇÃO

Frite a cebola picada no azeite. Adicione a carne de vaca e depois a carne de porco picada

Quando estiver tudo frito, adicione o  arroz e mexa.

Frite por mais 2-3 minutos, até o arroz ficar translúcido. Tempere com paprica, sal e pimenta a gosto

Corte o topo dos pimentos e recheie-os com esta mistura. Cubra os pimentos com a parte superior que cortou (como se fosse uma tampa) 

Disponha os pimentos numa assadeira (ou numa panela de barro) e regue com a polpa de tomate

Adicione água até 2/3 da altura dos pimentos.

Polvilhe com sal e agite para o sal temperar bem a polpa de tomate.

Leve ao forno a 180ºC durante uma hora e meia, até que os pimentos estejam assados e a polpa de tomate engrosse.

Pique o alho e a salsa fresca e espalhe sobre os pimentos

Sirva os pimentos recheados quentes, acompanhados de puré de batata ou pão torrado e, ao cortá-los, regue com o molho grosso de tomate.

Se quiser que o molho fique mais espesso, antes de adicionar o alho e a salsa, adicione um pouco de farinha misturada com um pouco de água fria, e leve a assadeira, com os pimentos, ao forno por mais 10 minutos.

 

Receita adaptada do site Macedonia Food 

Seg | 21.10.24

Ohrid | Um destino maravilhoso para descobrir no outono (e não só!)

Ohrid, outrora conhecida como a “Jerusalém dos Balcãs” pelo grande número de igrejas e mosteiros que albergava, hoje é Património Mundial da UNESCO e um dos principais destinos turísticos da Macedónia do Norte. Embora não seja o primeiro lugar que vem à mente das pessoas para umas férias, é um local bonito, ainda pouco conhecido, perfeito para quem quer experimentar uma cultura rica, gastronomia deliciosa e belas praias, sem as multidões ou os preços elevados de alguns dos destinos mais populares da Europa.

fullsizeoutput_8034Fotos: Travellight e H. Borges

Localizada nas margens do lago com o mesmo nome, Ohrid é um destino encantador, com paisagens deslumbrantes, um pitoresco centro histórico e muitas igrejas.

Testemunho de um dos mais antigos assentamentos humanos da Europa, a sua origem remonta ao século II a.C., altura em que era uma cidade grega e um importante ponto de escala na Via Aegnatia, rota terrestre que ligava as costas do Mar Adriático às do Mar Egeu.

Conquistada pelos romanos, foi mais tarde integrada no Império Bizantino e converteu-se num importante centro do Cristianismo. Era conhecida como a “Jerusalém dos Balcãs” e diz-se que chegou a ter 365 igrejas — uma por cada dia do ano.

Durante os séculos VI e VII estabeleceram-se na cidade os eslavos, depois vieram os búlgaros e por fim os sérvios, mas a influência destas culturas não foi tão duradoura como a dos otomanos que dominaram Ohrid entre 1394 e 1912.

Ainda assim não é difícil encontrar, espalhados pela cidade, elementos das várias civilizações que ao longo dos tempos ocuparam a região.  Entre os destaques históricos estão o Antigo Teatro de Ohrid, um teatro helénico, construído 200 anos antes de Cristo; a Fortaleza de Samuel, uma fortaleza onde se estabeleceu, na viragem do século XI, a capital do Primeiro Império Búlgaro; várias basílicas, mosteiros e igrejas medievais, como a Catedral de Santa Sofia, obra-prima da arte bizantina, com os seus frescos que se estendem por mais de 400 m², a Igreja de São João Teólogo, um dos marcos mais emblemáticos de Ohrid, localizada num penhasco com vista para o Lago, que oferece o melhor pôr-do sol da cidade, e a Igreja dos Santos Clemente e Panteleimon, a igreja mais sagrada de Ohrid. Foi construída no século IX por São Clemente, sobre as ruínas de uma igreja ainda mais antiga e foi também o local da primeira universidade eslava.

Numerosos vestígios arqueológicos que datam da pré-história podem ser encontrados no local da cidade velha, mas o que realmente chama a atenção do visitante são as casas antigas, datadas dos séculos XVII e XIX, caiadas de branco, com janelas perfiladas a madeira.

A influência otomana está muito presente nas mesquitas e na Rua do Velho Bazar, um dos locais mais emblemáticos de Ohrid. Está cheio de cafés e lojas que vendem artesanato, souvenirs e produtos regionais. As joalharias locais merecem uma visita, nem que seja para ver as bonitas peças de filigrana e as pérolas do Lago Ohrid — pérolas produzidas através de um processo único, secreto, passado verbalmente, de geração em geração, desde 1920.

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No verão, a maior atração da cidade são as praias à beira do Lago e o próprio Lago, mas uma caminhada pelas suas margens, qualquer que seja a época do ano, vai ter sempre o seu encanto. É fácil encontrar restaurantes que servem gastronomia internacional e pratos tradicionais como Polneti Piperki, tavče gravče, pindzur e sutlijash. E também é possível alugar bicicletas para passear e apreciar as panorâmicas vistas das montanhas e das margens.

As melhores praias de Ohrid, são a Praia Gradiste, conhecida pelas suas águas cristalinas e ambiente animado; a Praia Kaneo  que oferece vistas maravilhosas e está perto da Igreja de São João Teólogo, e a Praia do Labino, localizada num local mais tranquilo e isolado das margens do Lago, perfeita para quem precisa de relaxar.

Uma das melhores formas de conhecer o Lago Ohrid é fazendo um passeio de barco. Há caiaques que se podem alugar quando o tempo está bom e há excursões de barco que levam os visitantes até ao Museu da Baía dos Ossos — recriação ao ar livre de um povoado pré-histórico que existiu ao longo do Lago Ohrid durante as Idades do Bronze e do Ferro, e ao Mosteiro de Saint Naum, duas atrações próximas.

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A Oficina Nacional de Papel Artesanal é outra das atrações da cidade. Esta oficina local dá continuidade, geração após geração, à antiga tradição de fabrico e impressão artesanal de papel. Alberga uma réplica de uma impressora de Gutenberg (uma das duas existentes no mundo), que ainda é utilizada para imprimir textos e imagens.

São realizadas demonstrações para os visitantes, que podem ter a hipótese de fazer o seu próprio papel artesanal utilizando a prensa.

Como visitar

O aeroporto mais próximo é o Aeroporto de Ohrid, mas também é fácil chegar a partir de autocarro de Skopje (Macedónia do Norte) ou de Tirana (Albânia).

 

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Sex | 11.10.24

O Deslumbrante e Sereno Lago Mono

Situado na parte oriental da Califórnia, nos Estados Unidos da América, o Lago Mono é um lago salino alcalino que se estende por cerca de 180 quilómetros quadrados. Ficou famoso pela paisagem única criada pelas suas torres de tufo que emergem da água como castelos surreais, oferecendo aos visitantes do lago um espetáculo deslumbrante, especialmente ao pôr-do-sol.

fullsizeoutput_7e14Foto: Wikimedia Commons / Vezoy 

Com uma história geológica que remonta há cerca de 760 mil anos, o Lago Mono é um dos mais antigos da América do Norte e sofreu alterações significativas ao longo dos milénios. A salinidade deste lugar, formada por séculos de depósitos de sais evaporados por ação das alterações climáticas, é cerca de três vezes superior à do oceano, o que dá origem a um ambiente extremo onde, em principio, poucas formas de vida conseguiriam sobreviver, porém nada podia estar mais longe da verdade. A natureza é extraordinária e resiliente e a prova disso é que pequenos crustáceos abundam por aqui, servindo como fonte de alimento para outras espécies, nomeadamente aves migratórias. 

As moscas alcalinas, por outro lado, depositam os seus ovos nas águas pouco profundas do lago, criando uma grande população, o que representa outro recurso alimentar essencial e transforma o Lago Mono numa paragem obrigatória  para milhões de aves nas suas rotas migratórias. 

Todos os anos, espécies como os falaropos de Wilson, as gaivotas da Califórnia e os alfaiates americanos reúnem-se nas margens deste lago para se alimentarem da abundante artémia e das moscas, atraindo centenas de visitantes interessados em observar as aves e cientistas dedicados à investigação ornitológica.

Na década de 1940, com o desvio de afluentes para abastecer a cidade de Los Angels, o nível da água do Lago Mono diminuiu drasticamente, causando quase o seu desaparecimento, mas graças aos esforços dos ambientalistas, o nível da água foi parcialmente restabelecido, foram implementadas medidas para proteger o seu ecossistema e por fim foi criada uma reserva natural para preservar a biodiversidade e as espetaculares "torres de tufo”.

Estas estruturas de  carbonato de cálcio, formadas pela interação de nascentes de água doce e água alcalina, além de serem uma das atrações mais emblemáticas do lago, protegem também a própria superfície, bem como as zonas húmidas e outros habitats sensíveis para os cerca de 2 milhões de aves que se alimentam e descansam no Lago Mono todos os anos.

fullsizeoutput_7e16fullsizeoutput_7e17fullsizeoutput_7e18fullsizeoutput_7e19fullsizeoutput_7e15Fotos: PxHere

Onde fica o Lago?

Seguindo pela Autoestrada 395, o Lago Mono fica 21 quilómetros a leste do Parque Nacional de Yosemite, perto da cidade de Lee Vining, Califórnia

Qual é a melhor altura para o visitar?

O Lago Mono pode ser visitado durante todo o ano, mas as melhores épocas são a primavera e o outono, quando as temperaturas são amenas e as condições são ideais para a observação de aves. O inverno, embora frio, oferece uma paisagem serena e menos movimentada, ideal para fotografar.

O que se pode fazer no Lago Mono?

Caminhadas, observação de aves, natação, fotografia e passeios de barco são apenas algumas das muitas atividades possíveis neste lago invulgar.

Visite o site oficial para mais informações sobre o Lago Mono

 

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Qua | 09.10.24

Os 5 principais destinos SPA do mundo para descobrir neste outono

Num mundo cheio de ruído, onde o stress é grande e as exigências do trabalho são cada vez maiores, saber “desligar” é fundamental para manter uma boa saúde física e mental, há por isso, cada vez mais pessoas a procurar destinos spa para relaxar, rejuvenescer e reconectar-se. Com paisagens exóticas e retiros de luxo, estes lugares prometem revigorar, mimando o corpo e acalmando a alma. Descubra aqui os principais.

phang_nga_bay_phuket_province_james_bond_island_thailand_island_andaman_sea_asia_beach_clear_sky-1369388.jpg!dFotos: PxHere

Phuket, Tailândia

Phuket, oferece uma grande variedade de experiências de spa para todos os gostos e, mais importante, para todas as carteiras.

Massagens tradicionais tailandesas, banhos de vapor com ervas locais e tratamentos corporais exóticos, todos realizados por terapeutas qualificados, são muitas as opções — basta escolher.

Na ilha existem numerosos resorts à beira-mar  com luxuosos spas, mas também existem spas tradicionais mais modestos, mas nem por isso com menos qualidade. Se tiver mais tempo disponível, aproveite as praias imaculadas, águas cristalinas e paisagens tropicais exuberantes e faça um retiro. De certeza que não se vai arrepender!

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Toscana, Itália

Rodeados por colinas verdes, pontuadas por ciprestes e vinhas, os spas da Toscana incorporam o conceito tão italiano da dolce vita onde luxuosos resorts termais, situados em villas antigas e quintas recuperadas, oferecem tratamentos inspirados na rica herança culinária da região, com esfoliações que usam sementes de uva, banhos de vinho e massagens com azeite. 

É caso para dizer que quem sai daqui, sai feliz (e bem temperado!) 

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Ubud, Bali, Indonésia 

Ubud, com os seus pavilhões ao ar livre e paisagens exuberantes, onde se destacam os bonitos arrozais plantados em socalcos, é conhecido como um paraíso para os que procuram experiências de bem-estar. Neste destino,  técnicas tradicionais de cura são combinadas com comodidades de spa modernas, para oferecer uma infinidade de opções a quem procura relaxamento e renovação.

Mergulhe num banho de ervas com ingredientes botânicos locais, participe de um retiro tranquilo à beira-rio ou faça uma massagem balinesa com óleos essenciais. Recupere o corpo e a alma e regresse mais tranquilo ao trabalho. 

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Sedona, Arizona, EUA 

Há muitos séculos que os índios americanos reconhecem o valor espiritual de Sedona, acreditando que as formações geológicas únicas da região emitem energias curativas, porém foi apenas nas últimas décadas que as deslumbrantes rochas avermelhadas do Arizona se tornaram populares entre os entusiastas do bem-estar, que aqui se começaram a deslocar, para retiros e terapias holísticas.

Hoje, são vários os spas que aqui recebem visitantes para lhes oferecer tratamentos como massagens com pedras quentes, sessões de equilíbrio energético e rituais inspirados nas tradições dos nativos americanos.

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Rishikesh, Índia

Situada no sopé dos Himalaias, Rishikesh é famoso por ser um centro de iluminação espiritual e o berço do ioga. Dificilmente, quem procura  uma abordagem holística à cura e ao rejuvenescimento, encontra melhor lugar para o fazer do que as margens tranquilas do rio Ganges. Este é o cenário perfeito para um retiro de spa. Aqui, antigas terapias ayurvédicas são conjugadas com sessões revigorantes de ioga e práticas atuais de bem-estar, para trazer harmonia e tranquilidade à vida moderna.

 

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Seg | 07.10.24

Será este esqueleto na praia um fóssil de dinossauro? 

À primeira vista  pode parecer um fóssil de dinossauro, saído diretamente de uma escavação arqueológica, mas a Serpent d'Océan ou Serpente do Oceano, é na verdade uma extraordinária escultura de metal que, conforme a maré, surge das águas, na praia da cidade francesa de Saint-Brevin-les-Pins, no limite onde o estuário do Loire se junta ao Oceano Atlântico.

fullsizeoutput_7be8Foto: FRANGK DUBRAY/OUEST FRANCE

Quem não conhece, pode apanhar um grande susto ao dar de caras, na praia, com este enorme esqueleto de serpente, com 130 metros de comprimento, que parece emergir assustadoramente do fundo do mar, mas logo vai perceber que esta cobra pré-histórica que brinca com as marés, não é um fóssil, mas antes uma obra do artista chinês Huang Yong Ping, feita de alumínio e criada originalmente para uma exposição de arte contemporânea, designada “Estuaire 2012”, do Festival Voyage à Nantes.

A mensagem da serpente marinha

A imagem da serpente está ligada  à mitologia chinesa e transmite uma mensagem de apoio à proteção ambiental — uma lembrança de como os erros humanos podem matar, não apenas a vida nos oceanos, mas também toda a sua beleza e fantasia. 

As curvas da Serpent d'Océan refletem aproximadamente as voltas e reviravoltas da ponte vizinha de Saint-Nazaire,  e a sua pose lembra a arquitetura única dos carrelets, (típicas cabanas de pesca que se encontram ao longo da costa atlântica francesa), ligando desta forma a peça ao progresso humano e à ameaça que este representa para a vida animal.

O movimento sinuoso das vértebras da serpente cria a ilusão de uma criatura morta-viva, que surge das águas do oceano e depois desaparece ao ritmo da maré.

V38304B-8590855Foto: ARCHIVES OUEST-FRANCE

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Huang-Yong-Ping-Serpent-docean-Saint-Brevin-les-Pins-France-oeuvre-du-parcours-Estuaire-Nantes__Saint-Nazaire-©-Franck-Tomps-_-LVAN-1-1536x1155Foto: Le Voyage A Nantes - https://www.levoyageanantes.fr/en/artworks/serpent-docean/

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serpent-ocean-saint-brevin-12-860Foto:  La Loire à Vélo -https://www.loirebybike.co.uk/tsft/le-serpent-docean-saint-brevin-les-pins-en/

Como visitar

A Serpent d'Océan está instalada à beira do estuário do Loire, na entrada do Oceano Atlântico, exatamente em Nez-de-Chien, em Mindin,  Saint-Brevin-les-Pins, uma pequena cidade francesa a cerca de 45 minutos de Nantes (a EasyJet oferece voos diretos de Lisboa e Porto para Nantes).

De Nantes a Saint-Brévin-les-Pins são cerca de 55 km pelas estradas N844 e D751 se optar por alugar um carro. 

Se preferir o transporte público, a opção mais conveniente é apanhar um comboio para a cidade vizinha de Saint-Nazaire e dali apanhar um autocarro para a praia de Saint-Brévin-les-Pins.

 

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Sex | 04.10.24

Lagoa Salgada de Torrevieja |  A Lagoa Rosa de Espanha

A Laguna Salada ou Lagoa Salgada, fica em Torrevieja, Espanha, a poucos quilómetros de Alicante. É um dos maiores e mais salgados lagos da Europa, mas não foi isso que lhe deu fama. A sua popularidade, na verdade deve-se a um pormenor único e encantador: a cor rosa brilhante das suas águas.

IMG_2896Foto: Wikimedia Commons / Moisés Pastor 

A Lagoa Salgada de Torrevieja encontra-se inserida na bela reserva natural da Costa Blanca espanhola e nos últimos anos ganhou popularidade pelo bonito tom rosado das suas águas.

A sua cor única tem origem numa variedade de microrganismos típicos de ambientes salinos, nomeadamente as bactérias  halobacterium dunaliella salina e micro-algas que, quando combinadas, criam a cor rosa brilhante da lagoa.

A Lagoa Salgada produz até 350 gramas de sal por litro de água, uma concentração muito elevada não muito longe da do Mar Morto, e as lagoas de Torrevieja (são duas: La Mata, que tem uma coloração verde-azulada e Torrevieja, com coloração rosa) fornecem até 700.000 toneladas de sal por ano, que Espanha exporta para o estrangeiro. 

A elevada concentração de minerais e iodo na área deu vida a um dos micro-climas mais exclusivos do mundo, criando um ar cheio de benefícios para o sistema respiratório. As lamas depositadas no fundo da lagoa são igualmente um remédio perfeito para doenças de pele e articulações.

A melhor altura para visitar a Lagoa Salgada é no final do verão, quando as cores das suas águas atingem uma intensidade máxima de rosa, chegando até um fúcsia cintilante. De meados de Agosto até finais de Setembro a paisagem ganha ainda maior esplendor com a chegada de mais de 2.000 flamingos que aqui vem para se reproduzir.

Nos últimos anos, a cor das suas águas converteu este local num dos mais famosos do Instagram e uma das paragens para fotografia mais cobiçadas pelos viajantes que passam pela Costa Blanca. Tenha porém em atenção, que mesmo que encontre muitas imagens de banhistas a flutuar à superfície da Lagoa, testando a salinidade das suas águas, o banho aqui, para garantir a conservação deste valioso ecossistema, é totalmente proibido.

Há alternativas de lazer melhores para desfrutar desta paisagem incomparável sem a destruir. Caminhar ou andar de bicicleta, por exemplo, são as melhores. 

Concentración_de_sal_en_la_orilla,_TorreviejaFormaciones_salinas_en_TorreviejaFormaciones_salinasFotos: Wikimedia Commons / Moisés Pastor 

fullsizeoutput_7e82Foto: Wikimedia Commons / Werner Wilmes

26714776630_80f3fcedab_bFoto: @Alberto Casanova - https://www.flickr.com/photos/alberto_c/26714776630/in/photostream/

Como visitar

De Alicante (a onde, se quiser, pode chegar de avião a partir de Lisboa, Porto ou Faro), se não tiver carro, pode ir de autocarro até Torrevieja. A viagem dura cerca de 1h e 15 m e o autocarro (direto) parte da Estación de Alicante-Terminal.

Em Torrevieja apanhe o comboio turístico para as Salinas de Torrevieja no Paseo de la Libertad, perto do antigo casino de Torrevieja.

Se preferir algo mais simples, faça uma excursão até à Lagoa com um dos operadores turísticos de Alicante.

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Qua | 02.10.24

Durdle Door Beach: A Praia Mais Bonita da Costa Jurássica Inglesa

Com falésias dramáticas, bonitas enseadas e uma extraordinária variedade de formações rochosas, moldadas pelo vento e pelo mar no decurso de milhões de anos, a Costa Jurássica de Dorset é uma das joias mais preciosas (e menos conhecidas) da Grã-Bretanha.

fullsizeoutput_7e1aFotos: PxHere

A Costa Jurássica de Dorset é uma faixa de terra que se estende por mais de 150 quilómetros ao longo da costa sudeste de Inglaterra, e no seu coração encontra-se a Durdle Door Beach, uma bonita praia com uma característica especial: um majestoso arco rochoso conhecido como “a porta de Durdle”, que se eleva em direção ao céu acima de uma magnífica enseada de águas cristalinas.

A praia é uma extensão de areia dourada e seixos, perfeita para relaxar ao sol ou dar um passeio tranquilo ao longo da costa. Para quem gosta de aventura e exploração, a praia oferece inúmeras atrações. Trilhos bem marcados serpenteiam ao longo da costa, permitindo descobrir vistas panorâmicas e locais históricos. 

Uma caminhada pela Costa Jurássica, que alberga uma extraordinária variedade de fósseis e formações geológicas, é uma experiência única que deixa o visitante sem fôlego.

Alguns dos principais destaques deste percurso são  locais históricos e geológicos, como Lulworth Cove, com a sua famosa piscina natural chamada Stair Hole, ou Chesil Beach (praia de Chesil), com o seu trecho de seixos que se estende por quilómetros ao longo da costa. 

Para além da sua beleza paisagística, esta região, designada Património Mundial da UNESCO em 2001, é também um recurso valioso para a investigação científica, oferecendo aos estudiosos um vislumbre privilegiado da história geológica da Terra e da vida que habitou esta região ao longo de milénios. 

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Como visitar 

Não há estação de comboios perto de Durdle Door. A estação ferroviária mais próxima fica na vila de Wool, na linha ferroviária entre Londres Waterloo e Weymouth. O tempo de viagem de Londres para Wool é de cerca de 2,5 horas e há comboios regulares durante todo o dia. 

A estação ferroviária de Wool fica a cerca de 10 km a norte de Durdle Door, mas pode apanhar um táxi na estação. A viagem demora cerca de 15 minutos. Em alternativa, pode apanhar um autocarro na estação ferroviária, o autocarro X54, mas o percurso demora cerca de 30 minutos e os horários são incertos, especialmente fora da estação alta do verão.

 

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