Conhecida como a “Amalfi Inglesa”, Clovelly é uma vila piscatória localizada em Devon, um condado do sudoeste de Inglaterra, que com as suas bonitas casas antigas, empoleiradas numa falésia com vista para o mar, e caminhos íngremes recorda a paisagem romântica da costa italiana.
Fotos: Clovelly Village.co.uk
Clovelly é uma das aldeias mais emblemáticas do Reino Unido e a sua beleza inspirou artistas e escritores como JMW Turner e Charles Dickens. Parte do seu charme reside no bosque que a envolve, nas ruas estreitas e íngremes, pavimentadas com pedrinhas brancas, que conduzem à Baía de Bideford, e no encanto das casas antigas, datadas do século XVI, decoradas com cestos de flores.
As ruas são tão íngremes que durante muitos anos os burros foram o único meio de transporte da vila. Atualmente, para além dos burros, existem alguns jipes a circular pela vila e uma espécie de trenós de madeira, usados para transportar mercadorias e outros itens mais pesados. Em consequência não há trânsito na vila e há muito pouco ruído, exceto o das ondas que rebentam na falésia.
Clovelly é na verdade uma propriedade privada e para a visitar é necessário pagar uma taxa de entrada.
Começou por pertencer a Guilherme, o Conquistador, Rei de Inglaterra, e continuou na família real até 1242, altura em que a família Giffard a adquiriu. Hoje o proprietário é John Rous, um dos herdeiros da família.
Clovelly tem pouco mais de 400 habitantes, todos empenhados em proteger as suas origens estruturais e tradicionais e, embora pagar para a visitar possa parecer estranho, as contribuições são utilizadas para a manutenção da vila.
São pontos de interesse nesta vila, cenário de postal ilustrado, a Fisherman’s Cottage — uma casa-museu que mostra como viviam os pescadores na década de 1930 e as lojas de artesanato, onde o visitante tem a oportunidade de entrar em contacto com a comunidade, que mantendo o ritmo do passado, adaptou-se aos tempos modernos.
Como visitar e onde ficar hospedado
A forma mais simples dechegar a Clovelly é alugando um carro e conduzindo até lá,mas se isso não for possível pode ir de transportes públicos apanhando umcomboio na estação de London-Paddington para Barnstaple, a estação ferroviária mais próxima de Clovelly e depois apanhar um autocarro para a vila.
O bilhete de acesso a Clovelly (£7,75 por adulto) pode ser adquirido na entrada, e a vila oferece visitas guiadas que podem ser marcadas no Centro de Visitantes. O horário de visita é das 9h às 18h.
Em Clovelly pode ficar hospedado no Red Lion Hotel, uma pousada do século XVIII, situada no cais junto ao antigo porto. Cada um dos seus 17 quartos oferecem vista para o mar e o Restaurante Harbour oferece lagosta, caranguejo, robalo, arenque e outros peixes frescos apanhados todos os dias na baía, juntamente com produtos sazonais de Clovelly Court Gardens.
À noite o Snug Bar é o local onde se pode misturar com os habitantes locais, ouvindo e partilhando as suas histórias.
Aninhada na costa alentejana, a sul de Lisboa e da Comporta, Melides, que recentemente se converteu num destino muito apetecívelpara turistas internacionais, continua a ser a pacata e bonita aldeia que sempre foi, com 500 anos de história e muitas memórias para contar.
Foto: The Travellight World
Fernão Mendes Pinto, em 1523, na sua obra Peregrinação, já referia a praia de Melides, contando queteria sido ali largado por corsários franceses no seguimento de um ataque à nau em que seguia para Setúbal. Porém os primeiros dados conhecidos sobre esta aldeia remontam ao séc. XV e dão conta de que existiria ali um porto piscatório que funcionava como principal fonte de rendimento do povoado até que, na segunda metade do século XVII, a barra deixou de ser navegável em função do acumulo de sedimentos e detritos levados pela água das chuvas, obrigando os habitantes de Melides, cujo número aumentou progressivamente, a dedicarem-se ao cultivo da terra e a atividades artesanais como a produção de rolhas de cortiça e olaria.
Pequenina em área e fácil de percorrer a pé, a Aldeia de Melides tem, ainda assim, muitos pontos de interesse como a Igreja de São Pedro que remonta ao séc. XVII ; o conjunto escultórico “A cultura saiu à rua num dia assim”, obra de Isaque Pinheiro; a Fonte dos Olhos, um agradável parque junto a um espetacular espelho de água, criado por uma fonte que abastece a aldeia e parte da freguesia; o Hotel Vermelho eo seu restaurante, propriedadedo célebre designer de sapatos Christian Louboutin, que atraiu para a aldeia os olhos do mundo e muitos turistas estrangeiros, incluindo algumas celebridades; e oNúcleo Museológico da Olaria de Melides — “ Memórias do Barro”, último testemunho da atividade oleira na região. Este interessante espaço pretende documentar, proteger e divulgar os testemunhos materiais e imateriais da atividade que se desenvolveu em Melides, pelo menos desde o século XVII, valorizando a memória coletiva e preservando o seu património histórico.
A entrada é gratuita e dá acesso a cinco espaços expositivos, integrados na casa do oleiro, oficina e forno, onde o visitante poderá conhecer a forma tradicional de preparar e modelar o barro e os últimos oleiros da localidade.
Próximo, encontram-se também duas oficinas de cerâmica com rodas de oleiro, onde ceramistas estão em permanência a modelar peças e onde é possível adquirir objetos de cerâmica produzidos pelos oleiros e ceramistas locais.
Nas imediações da aldeia encontram-se ainda a maravilhosa Praia de Melides, considerada a praia com a maior extensão do país, a Praia da Galé - Fontainhas, que é rodeada por uma incrível arriba fóssil, com formações que têm cerca de cinco milhões de anos; e a Lagoa de Melides, que se prolonga até ao povoado através de extensos arrozais e pequenas ilhas, onde a riqueza da flora e da fauna atraem os amantes dobird watching e os que gostam de fazer caminhadas na natureza ou praticar canoagem.
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Considerado por muitos como o prato nacional da Arábia Saudita, o Kabsa é um saboroso prato de arroz, normalmente confecionado com arroz basmati, carne, vegetais e uma mistura de especiarias. As suas variações de região para região sublinham a diversidade da paisagem culinária do país e a adaptabilidade da sua cozinha. Com os seus sabores profundamente aromáticos e a sua combinação saudável de ingredientes, o Kabsa personifica o amor da Arábia Saudita por refeições saciantes e infundidas com especiarias.
INGREDIENTES
2 chávenas de arroz basmati
500g de frango ou borrego
2 cebolas grandes picadas
5 dentes de alho picados
1/4 chávena de passas
1/4 chávena de amêndoas fatiadas
4 tomates grandes picados
4 cenouras raladas
2 limões secos
1 colher de sopa de mistura de especiarias Kabsa *
Sal a gosto
4 chávenas de água quente
*Especiarias Kabsa
½ colher de chá de açafrão.
½ colher de chá de canela em pó.
½ colher de chá de pimenta da Jamaica moída.
½ colher de chá de pó de limão inteiro seco.
¼ de colher de chá de cardamomo moído.
¼ de colher de chá de pimenta branca moída.
PREPARAÇÃO
Comece por refogar a cebola numa panela até alourar, adicione o alho, o tomate e a cenoura e continue a cozinhar por mais alguns minutos.
Adicione a carne e aloure todos os lados. De seguida, adicione a mistura de especiarias Kabsa, limão seco e sal.
Adicione água quente à panela, tape e deixe ferver até a carne ficar macia.
Por fim, coloque o arroz, as passas e as amêndoas na panela, tape e deixe cozer até o arroz ficar macio e toda a água ser absorvida.
Solte o arroz com um garfo e o Kabsa está pronto a ser servido.
Hegra é o sítio arqueológico mais famoso da Arábia Saudita. Foi o primeiro do país a ser inscrito na lista do Património Mundial da UNESCOe é um lugar de extraordinária beleza que consegue deslumbrar e até surpreender quem já visitou a famosa Petra e viu de perto a grandeza das obras deixadas pelo antigo povo Nabateu.
Fotos: The Travellight World
Hegra, também conhecida como Al-Hijr ou Mada’in Saleh, está localizada na parte noroeste da Arábia Saudita, perto da cidade-oásis de Al Ula. Acredita-se que tem pelo menos 2.000 anos e que a sua construção terá decorrido entre o primeiro século a.C. e o primeiro século d.C.
As ruínas de Hegra, tal como as de Petra (que ostenta o título de uma das sete maravilhas do mundo moderno), incluem uma impressionante necrópole com túmulos esculpidos nas rochas de arenito que se erguem, na extensa paisagem do deserto saudita, como fantásticas obras de arte.
Os Nabateus eram um povo nómada do qual se sabe pouco. São raros os registos históricos sobre a sua vida quotidiana. Os seus incríveis locais de descanso final, em Petra e Hegra, são o maior testemunho da sua civilização.
Hegra, em tempos um centro próspero de comércio posicionado ao longo das principais rotas de especiarias e incenso, terá atingido o seu apogeu durante o século I d.C., quando se tornou o assentamento mais meridional do Reino Nabateu, a cerca de 480 quilómetros da sua capital, Petra.
Anexada pelo Império Romano, entrou em progressivo declínio até ser finalmente abandonada e esquecida.
Durante muitos séculos os segredos de Hegra ficaram enterrados na areia, sendo a cidade antiga mencionada, apenas ocasionalmente, por peregrinos a caminho de Meca, que a utilizavam como estação de abastecimento de mantimentos e de água ao longo da rota do Hajj.
Petra tem uma história semelhante, mas foi redescoberta no início do século XIX e as suas ruínas já foram muito estudadas, Hegra, porém, permanece em grande parte desconhecida. O seu potencial para nos ensinar mais sobre a extinta cultura nabateia é enorme. Mais de 30 dos seus 111 túmulos monumentais apresentam inscrições bem preservadas que contém detalhes sobre os seus proprietários e, no seuinterior, foram encontrados artefactos como contas de vidro, colares de sementes e pulseiras de bronze que deram aos historiadores uma ideia de como teria sido a vida naquela época.
A visita a Hegra começa no Welcome Center (Centro de Acolhimento), onde os turistas são recebidos com tâmaras, sumos e chávenas de café saudita, antes de partir com um guia, num autocarro turístico ou num Land Rover (mais caro e para pequenos grupos) para explorar o local. Há também tours à noite, para quem preferir experimentar a magia deste local à luz das estrelas.
Os guias tem um conhecimento aprofundado da fascinante história de Hegra e acompanham os visitantes até alguns dos maiores destaques das ruínas, como o Siq, uma passagem estreita natural; Al Diwan, uma enorme cavidade com três bancos, escavada na rocha que, acredita-se, tenha sido utilizada como salão para banquetes sagrados; Face Rock, uma formação rochosa que se assemelha a dois rostos humanos; Jabal AlAhmar (A Montanha Vermelha), onde um colar muito antigo, feito de caroços de tâmaras foi descoberto num túmulo escavado nos últimos anos; Jabal AlBanat(A Montanha das Mulheres), considerado um dos maiores aglomerados de túmulos comissionados por mulheres ou feitos para estas, que podem ser percorridos a camelo ou a pé e Qasr al-Farid, (Túmulo de Lihyan filho de Kuza), um túmulo nabateio do século I d.C., esculpido numa única e enorme rocha, isolado do resto dos túmulos, na parte sudeste de Hegra. Embora inacabado é um dos marcos mais impressionantes deste sítio arqueológico.
Muitos visitantes combinam a sua visita a Hegra com visitas aoutros locais históricos próximos como o Vale de Jabal Ikmah, a que os sauditas chamam “biblioteca ao ar livre”, por conter uma série de inscrições antigas em aramaico, dadanítico, tamúdico, mináico e nabateu.
Como Visitar
Para chegar a Hegra, pode voar para o aeroporto de Al Ula, via Dubai, Riade ou Jeddah.
As visitas guiadas ao sitio arqueológico podem ser marcados através do site oficial de turismo da região, oExperience AlUla.
Se quiser ficar hospedado na região, há muito boas opções de alojamento como o Hotel Banyan Tree AlUla, Habitas AlUla ou Caravans by Habitas, isto só para mencionar alguns.
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O pique macho é um dos pratos mais representativos e emblemáticos da gastronomia boliviana. É uma saborosa combinação de carne de vaca, batatas fritas, legumes frescos e um toque picante. Reza a história que a receita foi criada na década de 1970, na cidade de Cochabamba, quando um grupo de amigos pediu num restaurante uma refeição forte depois de uma longa noite de festa. O dono do restaurante, inspirado pelo pedido, misturou todos os ingredientes que tinha à mão e assim nasceu o pique macho Cochabambino.O seu nome vem da palavra “pique”, que na Bolívia se refere a algo picante, e “macho”, que sugere que é um prato para os mais corajosos, aqueles que ousam apreciar o seu sabor intenso.
Esta receita, muito colorida, é fácil de preparar eideal para partilhar em reuniões familiares ou entre amigos, ganhou popularidade não só na Bolívia, mas também em todo o mundo, pela generosidade das suas porções e pela sua capacidade de saciar até os mais esfomeados.
Aprenda aqui a fazer:
INGREDIENTES
1 kg de carne de vac (lombo ou similar), cortada em pedaços ou tiras
1 kg de batatas cortadas em palitos
2 tomates fatiados
1 corpete fatiada
1 cebola roxa grande, cortada em rodelas
1 pimento vermelho ou verde cortado em tiras
2 locotos (pimenta boliviana) cortados em rodelas (pode substituir por piri-piri em pó)
4 dentes de alho picados
1 pitada de cominhos
Óleo vegetal para fritar
Azeite q.b.
2 ovos cozidos laminados (opcional)
Sal e pimenta q.b.
PREPARAÇÃO
Marine a carne, colocando-a num recipiente juntamente com o alho picado, sal, pimenta e cominhos. Misture tudo muito bem e deixe marinar durante 30 minutos.
Enquanto a carne marina, aqueça óleo suficiente numa frigideira funda. Frite os palitos de batata até ficarem dourados e crocantes. Retire do lume e coloque sobre papel de cozinha para absorver o excesso de óleo.
Por outro lado, numa frigideira grande aqueça um pouco de azeite e salteie a carne marinada em lume médio-alto até ficar dourada.
De seguida, adicione a cebola, o pimento, a cougete e as locotos (ou pó de piri-piri). Misture bem, coloque a tampa. Cozinhe durante 10-15 minutos, mexendo de vez em quando, até os legumes estarem macios e a carne cozinhada.
Numa travessa ou tabuleiro grande, coloque as batatas fritas como base. Por cima das batatas coloque a carne salteada com os legumes. De seguida, distribua as rodelas de tomate e os ovos cozidos cortados (opcional) sobre a carne.
Localizado a quase 4.000 metros acima do nível do mar, entre o Peru e a Bolívia, o Lago Titicaca é o maior reservatório de água doce da América do Sul. É o lago navegável mais alto do mundo e esta característica só por si bastava para otornar famoso, mas há mais: as suas águas albergam invulgares aldeias flutuantes, feitas inteiramente de "totora", uma espécie de junco, que cresce em abundância nas águas pouco profundas do lago.
Asilhas do Lago Titicaca são conhecidas como Ilhas Flutuantes dos Uros, e começaram a ser construídas há muitos séculos por esta antiga etnia, que ainda hoje habita uma vasta região entre a Bolívia e o Peru.
Os Uros, que começaram a construir estas originais ilhotas para escapar aos ataques de outros grupos étnicos como os Incas, falavam o seu próprio idioma, o uruquilla, mas por terem sido dominados, por um longo período, pelos Aimarás, acabaram por adotar a sua língua, deixando desaparecer a sua.
As ilhas flutuantes dos Uros são construídas empilhando camadas sobre camadas de juncos e raízes da planta totora, uma planta resistente à água, que cresce abundantemente no lago.
As ilhotas estão ancoradas no fundo do lago, mas podem subir e descer sozinhas, de acordo com o nível da água, como se fossem jangadas. As casas e os barcos também são feitos de junco totora, que é a espinha dorsal da vida dos Uros. Esta planta é usada não apenas na construção, mas efetivamente em todas as áreas da vida comunitária: é consumida como alimento (chamam-lhe ”banana do lago”), é utilizada como remédio para tratar várias maleitas e as suas flores ainda são usadas para fazer chá.
Hoje existem cerca de 40 ilhas flutuantes no lago, cada uma habitada por um máximo de trinta pessoas. Mas nem todos lá vivem. Alguns chegam apenas de manhã para esperar pelos turistas que desejam ver de perto as construções“tortora” e conhecer melhor a cultura local, as suas tradições de pesca, caça e artesanato.
O turismo tornou-se uma importante fonte de subsistência para os Uros e os visitantes podem explorar as suas ilhas embarcando em canoas tradicionais.
As casas nas ilhas estão equipadas com painéis solares que produzem a energia necessária para fornecer eletricidade aos eletrodomésticos básicos e os ilhéus que ali vivem em permanência criam inúmeras espécies de aves, que depois usam para se alimentar.
É um modo de vida sustentável, com séculos de existência, mas virado para o futuro e com muito para ensinar às gerações vindouras.
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Masca é o nome dado a uma encantadora aldeia de montanha, situada na ilha de Tenerife, nas Canárias. É conhecido como o Machu Picchu espanhol pela sualocalização, 750 metros acima do nível do mar, rodeada por enormes falésias e ravinas, que recordam as do Património Mundial do Peru.
Foto: Andie Venzl / Pexels
Masca ergue-se nas cristas das montanhas, com vista para o Atlântico, empoleirado à beira do abismo das ravinas mais profundas da ilha de Tenerife.
Está localizada no município de Buenavista del Norte, especificamente no Parque Rural de Teno, que alberga para além desta, outras aldeias como El Palmar, Teno Alto, Las Lagunetas, Las Portelas, Los Carrizales e Erjos, mas é o casario de Mascaque mantém viva a essência autêntica da arquitectura rural das Canárias. Por essa razão foi declarado pelo Estado Espanhol, Bem de Interesse Cultural com a categoria de Sítio Histórico.
História da Aldeia
Masca tem uma importante história que se confunde com a paisagem acidentada da ilha e a resistência do seu povo.
Foi habitada pelos indígenas Guanches antes da conquista espanhola das Canárias, no século XV e após a conquista castelhana,passou a fazer parte das extensas propriedades da abastada família genovesa dos Lercaro. No entanto, devido à sua localização remota e terreno acidentado, Masca permaneceu relativamente isolada durante séculos.
O seu isolamento não impediu porém, que desempenhasse um papel importante na economia da ilha de Tenerife, através da agricultura, com o cultivo, nos socalcos que adornam as suas encostas íngremes, de milho, batatas e fruta.
No final do século XX, a aldeia ganhou popularidade entre os viajantes aventureiros pela sua impressionante beleza natural e reputação como destino para caminhadas.
O turismo trouxe novas oportunidades e desafios a Masca e apesar de ter proporcionado benefícios económicos à comunidade local, também pressionou as infra-estruturas e o ambiente da aldeia, habitada por menos de 90 pessoas.
São elementos de interesse turístico a Casa dos Aviculados, no Caserío de Piedra, uma pequena igreja do século XVIII, o Museu Etnográfico onde poderá conhecer as raízes do povo Guanche e a evolução destepovo ao longo dos séculos; e ainda um centro de artesanato.
O Mirador de Cherfe e o Mirador de Cruz de Hilda também são imperdíveis, oferecendo aos visitantes maravilhosas vistas panorâmicas do povoado e da sua espetacular ravina.
Para os entusiastas da natureza, a caminhada pelo desfiladeiro de Masca apresenta um desafio emocionante, passando por ravinas estreitas, por cascatas e até por uma deslumbrante praia de areia negra que fica mesmo na foz do desfiladeiro. No final da trilha, é possivel partir de barco da Baía de Masca para a Marina de Los Gigantes, mas o bilhete deve ser comprado com antecedência.
Ao longo do percurso é possível admirar a diversidade da flora e da fauna local, incluindo espécies endémicas que não se encontram em mais nenhum lugar do planeta.
Claro que também há tempo para relaxar e saborear a boa comida canária. Basta parar num dos encantadores restaurantes de Masca e experimentar iguarias regionais como um prato de batatas esmagadas servidas com molho mojo.
A recompensa vale a pena, mas chegar a Masca não é fácil.
Os poucos quilómetros que a separam da cidade de Santiago del Teide, podem ser percorridos de carro, de autocarro (linha 355 e 365) ou de táxi, mas qualquer uma das opções escolhidas exigirá uma boa dose de paciência para completar cada metro, já que a estrada é estreita, tem só uma faixa e está cheia de curvas.
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O Porto, com as suas ruas de paralelepípedos e arquitetura histórica, é uma cidade que convida a ser explorada a pé. Para quem deseja realmente sentir a alma da Invicta, caminhar pelos seus bairros emblemáticos é a melhor forma de descobrir os segredos mais bem guardados da cidade. Neste artigo, vou mostrar como explorar o Porto a pé pode ser uma experiência única e cativante, destacando as walking tours guiadas da Bluedragon como uma excelente opção para quem quer conhecer o melhor da cidade com um toque local.
Foto: Freepick
Visitar o Porto a Pé: Uma Experiência Autêntica e Sustentável
Explorar o Porto a pé não é apenas uma forma autêntica de conhecer a cidade, mas também uma opção mais sustentável, evitando transportes poluentes e permitindo ao visitante interagir diretamente com os habitantes locais e o ambiente urbano. Desde o icónico centro histórico, classificado comoPatrimónio Mundial pela UNESCO, até às margens do rio Douro, caminhar no Porto oferece uma experiência enriquecedora que vai além das atrações turísticas tradicionais.
Caminhar pela cidade permite um olhar mais próximo das suasruas estreitas, dos edifícios decorados com azulejos e das muitas histórias que essas paredes centenárias têm para contar. Este ritmo mais lento proporciona uma perspetiva mais profunda, ao contrário da pressa de outros meios de transporte.
Descubra o Porto com a Bluedragon: A Melhor Walking Tour Guiada
Se está à procura de uma forma enriquecedora e informativa de explorar o Porto, awalking tour Portoem 3 horas, acompanhado por um guia local é uma escolha ideal. Esta tour leva os visitantes a uma jornada peloslocais mais emblemáticos do Porto, enquanto um guia experiente e apaixonado pela cidade partilha histórias fascinantes e curiosidades que muitas vezes passam despercebidas.
Durante este tour de 3 horas, os participantes têm a oportunidade de conhecer osbairros mais históricos, passando pela Sé do Porto, Torre dos Clérigos, e pelas ruas charmosas da Ribeira. Ao longo do caminho, o guia não só oferece um contexto histórico e cultural, mas tambémdicas de locais menos conhecidos, perfeitos para quem deseja fugir às multidões e descobrir o lado mais autêntico do Porto.
Além disso, esta walking tour é uma excelente oportunidade para explorar a cidade de forma sustentável, promovendo uma experiência imersiva sem impacto ambiental. ABluedragondestaca-se pela sua abordagem personalizada, garantindo que cada participante tem uma experiência única e adaptada aos seus interesses.
Roteiro a Pé pelo Porto: Os Locais Imperdíveis
Ribeira: O Coração do Porto
Começar uma caminhada pela Ribeira é entrar diretamente no coração histórico do Porto. Este bairro pitoresco, situado à beira do rio Douro, é famoso pelas suas casas coloridas e atmosfera vibrante. As ruelas apertadas que sobem e descem a colina levam-nos a pequenos cafés e restaurantes tradicionais, onde o visitante pode saborear a gastronomia local. Uma visita à icónica Praça da Ribeira é obrigatória, e dali, a vista para a Ponte D. Luís I é de tirar o fôlego.
Sé do Porto e o Caminho até a Igreja de São Lourenço
Após explorar a Ribeira, uma caminhada até à Sé do Porto, a catedral da cidade, é a próxima paragem. Este monumento imponente oferece uma visão magnífica sobre o Porto e o rio Douro. De lá, as ruas históricas levam-nos até à Igreja de São Lourenço, mais conhecida como Igreja dos Grilos, uma joia escondida no meio do burburinho urbano.
Clérigos e Livraria Lello
Nenhuma caminhada pelo Porto estaria completa sem uma visita à Torre dos Clérigos, um dos símbolos mais conhecidos da cidade. Subir os seus 240 degraus pode parecer desafiante, mas a vista panorâmica lá de cima vale todo o esforço. Perto dali, encontra-se a Livraria Lello, uma das mais belas do mundo, e um local que atrai tanto fãs de arquitetura como de literatura.
Foto: Freepick
Passeio pela Rua das Flores
A Rua das Flores é uma das mais encantadoras artérias do Porto, repleta de edifícios renovados e restaurantes charmosos. É um excelente local para fazer uma pausa e apreciar um café enquanto se observa o movimento da cidade. Esta rua pedonal liga o centro ao Palácio da Bolsa, outro ponto de interesse histórico.
Aliados e Avenida dos Clérigos
Continuando o passeio, a Avenida dos Aliados é a principal artéria da cidade, ladeada por imponentes edifícios de granito e com a icónica estátua de D. Pedro IV no centro. Esta avenida leva-nos até à Câmara Municipal, uma construção neoclássica que marca o fim desta caminhada, mas não o fim da exploração.
Segredos Escondidos nas Ruelas
Explorar o Porto a pétambém significa descobrir os seus segredos escondidos. Para além dos pontos turísticos mais famosos, há pequenos detalhes e locais menos conhecidos que fazem da cidade um lugar especial. Por exemplo, omiradouro da Vitória, escondido entre as ruelas do centro, oferece uma vista deslumbrante sobre o Douro e Vila Nova de Gaia, sem o fluxo turístico dos outros miradouros.
Outro segredo é oJardim das Virtudes, um espaço verde em socalcos, onde os locais vão para relaxar e apreciar o pôr do sol sobre o rio. Estas descobertas fazem parte da magia de caminhar no Porto – há sempre algo novo e inesperado à espera de ser encontrado!
Dicas para Explorar o Porto a Pé
Para tornar a caminhada pela cidade ainda mais agradável, deixo algumas dicas práticas:
Calçado Confortável:As ruas do Porto, especialmente na zona histórica, são íngremes e de paralelepípedos, por isso é essencial usar calçado adequado para caminhadas.
Mapa ou App de Navegação:Embora se perca nos encantos da cidade, é sempre bom ter um mapa ou uma aplicação para garantir que não perde nenhum ponto importante.
Hora do Dia:Explorar o Porto nas primeiras horas da manhã ou ao final da tarde oferece uma experiência mais tranquila, sem as multidões, e permite apreciar a luz dourada que cobre a cidade.
Em conclusão, explorar o Porto a pé é uma oportunidade única de conhecer a cidade de forma autêntica, absorvendo a sua história, cultura e paisagens. As walking tours da Bluedragon oferecem uma experiência imersiva e rica em detalhes, guiada por especialistas apaixonados pela cidade, garantindo que cada visita ao Porto seja memorável. Se procura uma forma envolvente de conhecer a cidade, as tours da Bluedragon são uma escolha a não perder. E com o aumento do turismo sustentável, optar por caminhar é também contribuir para a preservação da beleza e autenticidade do Porto.
Calce os seus sapatos mais confortáveis e prepare-se para uma aventura a pé pela cidade Invicta – quem sabe que segredos irá descobrir?
O mergulho ecológico promete uma mistura única de aventura, bem-estar pessoal e consciência ambiental. Se ainda não conhece a nova tendência do turismo de wellness, descubra aqui como esta nova abordagem pode beneficiar a sua saúde e o planeta.
O que é afinal o mergulho ecológico?
Combinando técnicas tradicionais de mergulho com práticas ecológicas e colocando fortemente a tónica na conservação marinha, o mergulho ecológico é uma abordagem sustentável ao mergulho que se concentra em minimizar o impacto ambiental e, ao mesmo tempo, maximizar os efeitos positivos na saúde física e mental dos mergulhadores, contribuindo para uma melhoria da força muscular, da flexibilidade, da capacidade pulmonar e cardiovascular e uma redução do stress, aumentando a produção de hormonas do bem-estar como a serotonina e a dopamina.
De que forma ajuda a conservação marinha?
Mergulhar no mar promove uma profunda ligação com a natureza,aumentando a consciência ambiental e proporcionando uma sensação de pertença a algo maior. Desta forma incentiva projetos como o restauro de recifes de coral e projetos de limpeza subaquática para remover detritos e plásticos; aumenta a consciência para a importância de apoiar o turismo sustentável e reduzir o desperdício e as emissões de gases com efeito de estufa; e, em suma, transforma os eco-mergulhadores em embaixadores da conservação dos oceanos para depois inspirar outras pessoas a proteger os mares e as criaturas que nele habitam.
Quais são os destinos mais populares para a prática de mergulho ecológico?
Estes destinos, que oferecem paisagens subaquáticas deslumbrantes, são alguns dos mais conhecidos pelo seu compromisso com práticas de mergulho sustentáveis:
Bonaire, Caraíbas
Raja Ampat, Indonésia
Palau, Micronésia
Ilha de Chumbe, Tanzânia
Poor Knights Islands, Nova Zelândia
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Localizada a 13 km do centro da cidade de Cracóvia, a Mina de Sal de Wieliczka, joia cultural e histórica da Polónia, atinge uma profundidade de 327 metros e estende-se por passagens horizontais e câmaras escavadas no interior da rocha salgada por mais de 287 quilómetros. É umexemplo surpreendente da junção da indústria com a arte e maravilha todos que a visitam pela sua grandiosidade e beleza.
Fotos: Travellight e H. Borges
Desde que, no final dos anos 1200, os colonos eslavos da Polónia medieval descobriram a presença de sal-gema em Wieliczka, que a mina não parou de crescer, até ter deixado de produzir em 1996, altura em que já contava com quase 300 quilómetros de túnel navegável. Este facto já seria assinalável se fosse o único, mas há muito mais: ao longo das décadas o labirinto subterrâneo de Wieliczka converteu-se na improvável tela em branco de algumas das expressões artísticas mais originais da Europa, encontrando-se aqui um pouco de tudo, desde estátuas cinzeladas de rocha salgada que ecoam personagens do universo de Tolkien, até projetos religiosos elaborados e inspiradores que podem fascinartanto o engenheiro como o amante de arte.
A visita guiada pelas minas inicia-se na câmara de entrada — um poço escuro e frio com mais de 100 metros, que nos obriga a descer cerca de 400 degraus para chegar ao nível 1 de Wieliczka onde começa o passeio por algumas das mais impressionantes câmaras, escavadas na rocha. Estátuas de figuras míticas, grosseiramente esculpidas, uma estátua em tamanho real do venerado antigo Papa João Paulo II de Cracóvia, uma réplica esculpida em sal da Última Ceia de Da Vinci, espetaculares construções de madeira, lagos salinos e finas e pendentes estalactites naturais de sal, tão apropriadamente chamadas de “esparguete”, são algumas das coisas que chamam a atenção enquanto descemos.
A mina atinge uma profundidade de 327 metros e possui nove níveis. Os turistas podem descer até ao terceiro nível (a 135 metros de profundidade) e a rota turística tem 3 quilómetros de extensão.
O ar é frio, mantendo-se a uma temperatura constante de 14 graus Celsius, e há um aroma agradável e persistente a sal natural enquanto percorremos as 2.400 câmaras que ocupam os túneis.Este “aerossol" natural tem propriedades curativas semelhantes às proporcionadas pela inalação da água salgada do mar.
Respirar o ar em Wieliczka pode ajudar a melhorar significativamente a saúde das pessoas com doenças do trato respiratório superior, graças ao teor de cloreto de sódio, potássio, magnésio e cálcio.
A obra-prima de Wieliczka é a impressionante Capela Central de Santa Kinga, um notável feito de engenharia, decorada com murais religiosos esculpidos na face da rocha, todos iluminados com lustres meticulosamente trabalhados que são eles próprios criações de sal-gema.
A capela é dedicada à princesa Kinga da Hungria, que, segundo a lenda trouxe a mineração de sal para a Polónia, depois de lançar o seu anel de noivado (prenda do príncipe Boleslaw de Cracóvia) num buraco, para depois o recuperar do solo em Wieliczka, ordenando aos mineiros que escavassem num local até então desconhecido, e apontando o caminho para os ricos filões de sal que por ali passavam.
A forma da capela, os tetos baixos e os pisos frios e hexagonais de paralelepípedos levam muitos visitantes a considerá-la o melhor espaço acústico fechado do mundo. É uma das poucas, se não a única, igreja subterrânea da Europa e nas suas paredes podem ver-se belos relevos que retratam acontecimentos descritos na Bíblia Sagrada, como o casamento em Caná,a fuga para o Egito, Cristo a ensinar no templo e o massacre dos inocentes.
A Mina de Sal de Wieliczka, Património Mundial da Unesco, é verdadeiramente surpreendente e uma atração que quem visita Cracóvia não pode perder!
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Considerada uma parte inerente da identidade culinária goesa, a Bebinca é uma sobremesa multicamadas, muitas vezesapelidada de "rainha das sobremesas de Goa”.
Diz a lenda que a sua receita foi criada pela irmã Bebiana, uma freira do Convento de Santa Monica, em Velha Goa, usando sobras de leite de coco e — no seguimento da tradição conventual portuguesa — as gemas que restavam quando as freiras usavam as claras de ovo para branquear os seus hábitos.
A sua confeção é demorada, mas o resultado é tão saboroso que compensa todo o esforço.
Veja aqui como preparar:
INGREDIENTES
900 g de açúcar granulado
18 ovos
1 litro e ½de leite de coco
300 g + 2 colheres de sopa de farinha
1 pitada de noz-moscada em pó
pitada de sal
120g de manteiga clarificada (manteiga ghee) ou em alternativa, manteiga sem sal
PREPARAÇÃO
Numa pequena frigideira, deixe cozinhar 75g (5 colheres de sopa) de açúcar em lume médio-alto, girando a panela ocasionalmente, até que o caramelo comece a ganhar uma cor âmbar, 6 a 8 minutos. Retire do lume imediatamente. Adicione ¼chávena de água ao caramelo para arrefecer a mistura e reserve.
Utilizando um processador de alimentos ou um liquidificador, transforme o restante açúcar em pó fino.
Em 2 taças grandes, separe as gemas de ovo e as claras de 15 ovos. Adicione os 3 ovos inteiros às gemas de ovo e reserve as claras.
Adicione o açúcar em pó às gemas de ovo e bata bem para o tornar cremoso e fofo.
Misture a farinha no leite de coco. Retire 2 colheres de sopa da mistura de leite de coco e coloque numa tigela pequena; misture com a noz-moscada em pó.
Bata a mistura de ovo com a mistura de leite de coco e a mistura de noz-moscada. Passe isto através de um coador para garantir uma mistura de bebinca sem fios. Adicione uma pitada de sal. Divida a mistura de bebinca uniformemente em 2 taças separadas.
Adicione o caramelo arrefecido a uma das taças bebinca e mexa para obter uma bela cor castanha.
Pré-aqueça o forno a 200ºC Aqueça uma forma de bolo de 25 cm em lume médio num fogão. Adicione 2 colheres de sopa de manteiga, certificando-se de que cobre o fundo. Adicione o suficiente da primeira camada de massa (a massa mais clara) para cobrir a base. Deixe cozinhar no fogão com mais de 180ºC durante cerca de 8 a 10 minutos até ver bolhas e as laterais ficam castanhas claras. Transfira a forma para o forno e leve a assar durante 10 minutos. Retire a forma e espalhe ½ colher de chá de manteiga no topo da primeira camada.
Adicione a segunda camada de massa (a massa mais escura), o suficiente para cobrir a primeira camada. As camadas devem ser finas, por isso não adicione muita massa. Reduza a temperatura do forno para 180ºC.
Coloque a forma no forno e leve a assar durante 15 minutos, até que a segunda camada esteja cozinhada. Se vir bolsas de ar, não se preocupe; pressione a massa com a parte de trás de uma colher de sopa para libertar o ar. Espalhe ½ colher de chá de manteiga sobre a camada.
Adicione a terceira camada, apenas o suficiente para cobrir a segunda camada. Coloque a forma no forno e repita este processo, alternando as camadas leves e escuras, assando cerca de 15 minutos por camada, até que toda a massa seja utilizada. Deve haver um total de 7 camadas. Deixe a bebinca arrefecer totalmente na forma durante 12 horas.
Para desenformar coloque a forma em lume médio até que a manteiga que colocou na sua base no inicio da confeção, derreta. Use uma faca ou espátula para libertar a bebinca das paredes laterais da forma. Coloque uma placa plana no topo da forma e vire-a para libertar a bebinca.Corte em fatias finas e sirva.
A Cascata de Dudhsagar, com os seus 310 metros de altura, quatro níveis e 30 metros de largura média, é conhecida por ser uma das mais altas da Índia e a mais bela de Goa. O seu nome, que significa “Mar de Leite”, descreve apropriadamente o aspeto da queda de água durante a estação das monções.
Foto: Samson Joseph
Localizada na fronteira de Goa e Karnataka, no meio da vegetação exuberante das Montanhas dos Gates Ocidentais — Património Mundial da UNESCO, Dudhsagar está integrada no Santuário Bhagwan Mahaveer e no Parque Nacional de Mollem. A sua altura fenomenal cria um espetáculo fascinante à medida que a água vai descendo pelos vários níveis.
As densas florestas que rodeiam Dudhsagar, transformam-na num refúgio perfeito para a biodiversidade e atraem turistas aventureiros e amantes da natureza.
Há várias opções para chegar às cataratas, sendo as caminhadas e os passeios de comboio as escolhas mais populares, já que as estradas que conduzem até à cascatas por vezes são encerradaspor falta de condições, principalmente na altura das monções.
Quem optar por caminhar, deve fazê-lo com um guia local. A trilha passa por florestas densas, riachos e terrenos rochosos e pode-se tornar difícil, se realizada por quem não conhece bem o terreno, mas quando realizada com segurança, é perfeita para quem aprecia caminhadas na natureza.
Na época mais seca, quando o nível da água está mais baixo, os visitantes são convidados a levar fato de banho e a mergulhar nas águas da cascata. Um banho bem apetecível quando se quer escapar do calor intenso e refrescar o corpo depois da caminhada.
Fotos: Travellight e H. Borges
De comboio há duas rotas: Collem – Mollem – Dudhsagar e Carambolim – Velha Goa – Ponda – Tiska – Mollem – Dudhsagar.
A viagem de comboio oferece uma perspetiva única à medida que os carris serpenteiam por túneis, oferecendo vislumbres da cascata ao longo do caminho. Durante a estação das monções, quando as chuvas são abundantes, Dudhsagar atinge todo o seu esplendor. A água desce com grande força, criando um rugido estrondoso que ecoa a grande distância.
A beleza desta catarata, prova do extraordinário poder da natureza, deixa, há muitos séculos, visitantes maravilhados e quem a visita pela primeira vez não tem dificuldade de perceber porquê. É uma paragem obrigatória numa viagem a Goa!
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Solar do século XIX, belissimamente recuperado e transformado em unidade hoteleira, o Lilases Boutique House & Garden, é um luxuoso refúgio que se esconde em Mora, no centro do Alto Alentejo.
Fotos: The Travellight World
Todos os verões, o Alentejo consegue surpreender-me com uma joia da hotelaria. Este ano, com o Liláses Boutique Hotel, não foi diferente.
Uma receção simpática e atenciosa brinda-nos à chegada com uma limonada fresca, para aliviar o intenso calor do exterior.
Com o check-in tratado, somos levados num pequeno tour para conhecer os salões e o jardim da casa.Os tetos altos, primorosamente restaurados, chamam a atenção pela sua beleza, e a decoração, entre o clássico e o moderno, ajuda a criar espaços agradáveis e românticos, onde apetece estar.
Os quartos, distribuídos por três pisos, seguem a mesma linha: aconchegantes, luminosos, ricos em detalhes decorativos e com uma varanda para relaxar. Achei o colchão confortável, porém a fraca qualidade dos lençóis contrastou com a dos maravilhosos roupões, chinelos e atoalhados. Já no quarto de banho eram os amenities da marca portuguesa 8950 e um bom chuveiro, que asseguravam a sensação de luxo.
Os jardins são um encanto e a piscina, com confortáveis espreguiçadeiras, é uma bênção no calor abrasador do Alentejo Interior.
Apesar de uma seleção de snacks e refeições ligeiras estar disponível durante todo o dia, o jantar, quedeve ser reservado com pelo menos 72 horas de antecedência, é o ponto alto da estadia. O menusazonal, que usa ingredientes locais na confeção das iguarias e é inspirado nos sabores do Alentejo, é servido num terraço envidraçado com chão em mosaico, que tem vista para o casario de Mora, para o rio Raia e para os campos de amendoeiras que rodeiam a vila.O pôr do sol aqui é memorável!
É também neste espaço que se serve o pequeno-almoço, à carta, sem marcação de hora, ao estilo brunch. Ovos, iogurte com granola, croissants, pão alentejano, queijo, doces, fruta… tudo o que é preciso para começar bem o dia!
O lilás é a cor da paz e da serenidade e é exatamente isso que se sente durante um fim de semana no Lilases Boutique House & Garden. É perfeito para quem gosta do conceito de slow living e quer desacelerar e parar para respirar.
A revista National Geographic chamou-lhe “escola de arqueologia”, e de facto o Museu Interativo do Megalítico de Mora é uma verdadeira aula sobre o megalitismo em Portugal.
Fotos: The Travellight World
Espaço cultural único no Alentejo, o Museu Interativo do Megalítico de Mora é um dos mais originais e interessantes museus do país. Inaugurado em 2016,integra a reabilitada antiga estação ferroviária de Mora, o que só por si já justificava a visita. A estação e dois novos edifícios estão interligados por um bonito corredor, protegido com placas metálicas cujas pequenas aberturas simbolizam o geometrismo das placas de xisto.
Construído de raiz, o espaço museológico de 750 metros quadrados acompanha a modelação do terreno, e integra três espaços representativos do quotidiano das populações: a Vida, a Morte e a Contemplação. O visitante é acolhido por um filme em 3D, que apresenta a vida num povoado neolítico, e depois pode percorrer diferentes mesas interativas para aceder à informação sobre as peças expostas, algumas com mais de seis mil anos, cedidas maioritariamente pelo Museu Nacional de Arqueologia e provenientes das dezenas de escavações arqueológicas, que, no Concelho de Mora, tiveram início em 1914.
A estrutura antiga do museu, onde ficava a antiga estação ferroviária, acolhe espaços de lazer para jovens e crianças, com uma sala de internet e biblioteca, cujo acesso é livre, mais uma sala de atividades com diversos jogos interativos.
Essencial para conhecer o importante património megalítico do nosso país, uma visita ao Museu Interativo do Megalítico de Mora, é também uma experiência divertida, tanto para crianças como para adultos.
Espanha consolidou-se como um dos líderes gastronómicos mundiais pela combinação perfeita que oferece entre a cozinha clássica e a vanguardista. Hoje, o país tem 250 Estrelas Michelin e a sua gastronomia encontra-se entre as mais reconhecidas do mundo. Se é fã desta cozinha, siga estas dicas para descobrir, passo a passo, os bairros mais deliciosos de Madrid, assim como os melhores lugares para fazer compras na capital espanhola.
Foto: Turismo de Espanha
Madrid aceita todos os tipos de influências, todos os tipos de culinária. Conta com uma própria, além da daquelas que, mesmo não tendo nascido na cidade, acabaram por se tornar madrilenas.
Basta dar uma volta pelos seus bares para comprovar aspetos típicos como os pequenos-almoços feitos à base decafé com leite e torradas com manteiga ou azeite, e, acima de tudo,churros, finos, dobrados sobre si mesmos,ou as “porras”, de maior tamanho. Encontra também os madrilenos pincho de tortilla (tapa de omelete); a cerveja de barril; os camarões, que podem ser cozidos, na chapa, panados ou ao alho; os mexilhões, a vapor ou em escabeche; as anchovas em vinagree oscroquetes e cazuelitasde quase tudo.
Com tanta escolha, é natural ficar perdido. Se tem dúvidas sobre o que provar e por onde começar, guarde estas dicas.
La Latina: O melhor para tapas
Com mais de 70 anos de história, otapeovai mais além do aspeto culinário — é parte da cultura! Por isso quem visita Espanha, tem deir de tapas.
As tapas são pequenos aperitivos pedidos antes do almoço ou jantar, acompanhados de uma bebida (geralmente vinho ou cerveja).Em Madrid, há uma infinidade de bares que as servem, mas é em La Latina que encontra alguns dos melhores.
Tabernas, bares, restaurantes, esplanadas…A oferta é longa, principalmente na zona de Calle Cava Baja e Calle Cava Alta. Os estabelecimentos mais populares encontram-se em Cava Baja, entre a Plaza de la Paja e a Plaza del Humilladero, onde existem mais de 50 tabernas ao longo de apenas 300 metros, algumas muito antigas.
Vá de casa em casa, beba um vermute e prove os calamares fritos,patatas fritas especiadas,croquetas,oreja a la planchaoupescado blanco en vinagre—algumas das tapas mais comuns, ou arrisque em opções novas, mais criativas.
Se quiser almoçar ou jantar num restaurante específico, reserve a mesa com antecedência pois a zona é muito concorrida, principalmente aos fins de semana.
Malasaña: Paraíso dos foodies
Além da reputação de ser contra-corrente e quebrar normas culturais, este animado bairro de Madrid é conhecido pela sua eclética cena gastronómica. É o lugar perfeito para quem viaja para comer e quer saborear uma ampla variedade de pratos da culinária espanhola. Da mais tradicional à cozinha vegetariana e de fusão, aqui encontra um pouco de tudo e pode experimentar cozinhas regionais de toda a Espanha.Nos restaurantes de Malasaña pode provar pratos clássicos comopaellas,cocido madrileñooucallos, pratos que parecem preparados em casa por umaabuela(avó),deliciosos pratos vegetarianoscheios de sabor,e pratos originais, de cariz mais vanguardista.
Foto: Barrio de Malasaña /Turismo de Espanha
Malasañaé também a capital das cafeterias de Espanha, com uma enorme concentração detrendycafés onde as pessoas socializam e trabalham.
De noite, o bairro ganha outra vida, principalmente a área ao redor da Plaza de San Ildefonso.
A grande variedade de bares que vendem tapas, cerveja e coquetéis a preços acessíveis faz de Malasaña um sucesso entre os jovens (e menos jovens também).
Chamberi: Calle Pozano
O bairro de Chamberí é conhecido principalmente por uma rua — a Calle Pozano,uma popular artéria da cidade, cheia de bares da moda e restaurantes com atmosfera animada, que misturam o clássico com o contemporâneo.
A concentração de estabelecimentos num único local e a variedade de opções — de bares com música alta a restaurantes românticos —aumenta a atração por Ponzano.
Mercados
Se adora visitar mercados, Madrid vai encantá-lo. As opções são muitas e todas boas!
Do mercado mais tradicional ao contemporâneo, daquele que oferece os mais frescos produtos agrícolas às tapas prontas a comer, esta cidade tem espaço para todos, difícil é escolher só um.
Otapeode Madrid ganha uma nova dimensão noMercado de San Miguel(Plaza de San Miguel), um espaço inaugurado originalmente em 1916 junto à Plaza Mayor. Tem uma estrutura de ferro, vidro e cerâmica e foi completamente reabilitado em 2009 para acolher as novas tendências culinárias. É umlugar encantador no qual se podedegustar vinhos espanhóis, provar presunto de bolota ou comer um delicioso gelado de iogurte natural.
Foto: Mercado de San Miguel / Comunidad de Madrid
OMercado de San Ildefonso(Calle de Fuencarral) é o mais internacional dos mercados madrilenos. Inspirado nos mercados de rua de Londres e Nova Iorque, este espaço de design industrialestádistribuído por três andares e cerca de vinte barracas onde a cozinha coreana ou peruana convive com a cozinha tradicional espanhola, com tapas, croquetes, hambúrgueres gourmet, vinhos selecionados e wraps.
Três bares e duas esplanadas completam o traçado deste mercado que foi pioneiro em fazer do conceito street food o símbolo de identidade de um mercado em Madrid.Localizado no epicentro da moda jovem — a Calle de Fuencarral — este mercado gastronómico é perfeito para visitar se estiver pelas zonas de Chueca, Malasaña e Tribunal.
No espectro oposto ao do Mercado de San Ildefonso, está oMercado de la Paz(Calle de Ayala, 28B),o mais local e tradicional mercado de Madrid. Fica localizado no bairro de Salamanca e oferece os melhores produtos locais e regionais.
A atmosfera pode ser menos glamorosa, mas os preços são mais acessíveis e o lugar menos turístico, logo, a experiência é mais verdadeira e interessante.
San Anton(Calle de Augusto Figueroa),San Fernando(Calle de Embajadores) ouMostenses(Plaza de los Mostenses) são outros mercados populares em Madrid, onde vale a pena parar, se estiver de passagem pela vizinhança.
Compras
Doces, presunto, roupas, gadgets, joias… Quem viaja gosta sempre de fazer compras e trazer, um ou mais,recuerdospara casa.São centenas as lojas que pode encontrar no centro de Madrid e no popular Bairro de Salamanca.
Entre as ruas do centro com maior oferta comercial destacam-se aCalle Gran Vía, que abriga grandes lojas de departamentos e lojas de marcas internacionais; aCalle de Preciados, uma rua pedestre com grandes lojas de moda, mas também pequenas boutiques;Calle de Serrano, onde pode encontrar centros comerciais, relojoarias e joalharias e lojas de marcas de luxo e aCalle de Fuencarral, rua conhecida pela oferta de lojas de moda alternativa e boutiques de designers pouco conhecidos, mas muito talentosos.
Foto: Gran Via / Turismo de Espanha
Quem gosta de uma boa feira não pode perderEl Rastro on Calle de la Ribera de Curtidores, amais famosa feira de Madrid.
Tem lugar todos os domingos na Plaza de Cascorro e nas ruas adjacentes e fazer compras aqui é uma verdadeira experiência madrilena. Em El Rastro encontra peças de roupa novas e usadas, livros, antiguidades, aparelhos eletrónicos, etc. — praticamente tudo que possa imaginar.
As melhores épocas para fazer compras em Madrid são de janeiro a março quando ocorrem os saldos de inverno, e de julho a setembro, época de saldos de verão.
Artigo patrocinado pelo Turismo de Espanha e publicado originalmente no Sapo Viagens