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The Travellight World

Inspiração, informação e Dicas de Viagem

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Sab | 29.04.23

Pastéis de Lorvão 

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Pequeno bolo de textura densa e húmida, feito à base de gemas e amêndoa moída, os Pastéis de Lorvão foram originalmente produzidos pelas freiras do Mosteiro de Santa Maria do Lorvão, em Penacova, cujos afamados doces conquistaram personalidades como o General Wellington, quando ali esteve hospedado por ocasião da Guerra Peninsular. Após a extinção das ordens religiosas, a receita foi adotada pelas gentes locais, sendo hoje disponibilizada em várias pastelarias e outros estabelecimentos da região.

Espreite aqui a receita

INGREDIENTES

450 g de açúcar

120 g de miolo de amêndoa moído

50 g de farinha

12 gemas

2 Ovos

Canela em pó q.b.

Raspa de limão q.b.

Margarina para untar

Farinha para polvilhar

Açúcar em pó para polvilhar

PREPARAÇÃO

Unte pequenas formas com margarina e polvilhe-as com farinha. Pré-aqueça o forno a 180ºc.

Leve ao lume um tacho com o açúcar e 200 ml de água e deixe ferver, até atingir ponto de pérola.

Numa tigela, bata as gemas e os ovos, até ficarem volumosos. À parte, misture a farinha com a amêndoa, canela e raspa de limão a gosto. Junte ao preparado dos ovos e envolva.

De seguida, adicione a calda de açúcar, em fio, mexendo sempre. Divida o preparado pelas formas e leve ao forno, em banho-maria, durante 35 minutos. Retire, deixe arrefecer e desenforme.

Sirva polvilhados com açúcar em pó.

 

Receita do site teleculinaria

Sex | 28.04.23

Quinta da Conchada Hotel & SPA

Sobranceira à barragem da Aguieira, a Quinta da Conchada goza de uma localização privilegiada em Travanca do Mondego. Está inserida numa paisagem de sonho, de frente para o rio e é um lugar maravilhoso para uma escapadinha rural de fim de semana. 

fullsizeoutput_741dFotos: Travellight e H. Borges

Ficar hospedado na Quinta da Conchada, é deixar para trás todas as preocupações e abraçar a tranquilidade e a natureza, porém devo confessar que levei uns minutos a libertar-me do meu irritante stress citadino pois quando cheguei ao hotel não encontrei ninguém na receção. 

Esperei, esperei, esperei mais um pouco... e como ninguém aparecia, voltei à porta e toquei a campainha. Imediatamente o problema se resolveu: um funcionário, muito simpático e prestável saiu do restaurante e tratou rapidamente do check-in (mais tarde percebi, que a “falta” não era exatamente uma “falta”, mas sim a extraordinária polivalência de funcionários que, sempre com um sorriso na cara, na falta de pessoal, fazem um pouco de tudo no hotel).

Já mais calma e bem disposta segui para a minha habitação. O hotel tem 10 quartos, duas suítes e um bungalow. Escolhi o bungalow pela originalidade e não me arrependi. É uma pequena cabana de madeira, quase uma casa de bonecas, que é capaz de ser apertada para alguém com um metro e oitenta, mas que é perfeita para uma “meia-leca” como eu.

É um espaço confortável e aconchegante. Tem uma casa de banho com chuveiro e ar condicionado (muito necessário para os dias quentes e para as manhãs frias).

O deck de madeira sobre o Mondego é o melhor de tudo: sair para esta varanda de manhã, enquanto o rio ainda está a dormir e ver o perfeito espelho de água que reflete o céu, é um sonho!

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O  Ryokan SPA é outra das mais valias do hotel, principalmente porque podes marcar uma hora e usufruir do espaço por inteiro — jacuzzi, banho turco e sauna — com toda a privacidade. Massagens e tratamentos também estão disponíveis e podem ser marcados com antecedência. Existe igualmente um pequeno ginásio para os hóspedes e uma piscina exterior que ajuda a refrescar os dias mais quentes.

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Para quem gosta de caminhar, há uma pequena zona pedonal, em redor do hotel que permite desfrutar do enquadramento paisagístico e relaxar, aproveitando a natureza. Atividades como canoagem, passeios de barco e remo podem ser organizadas, a pedido dos hóspedes, pelos funcionários.

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Ao jantar o restaurante oferece as riquezas e sabores da gastronomia local, com uma ementa tradicional, que não deixa de ser atual. O serviço é rápido e atencioso e as vistas para o rio ao pôr do sol, maravilhosas!

O buffet de pequeno-almoço é servido no mesmo espaço e está recheado de coisas boas como ovos, bacon, queijos, pasteis de nata, vários tipos de pão, croissants...

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O acesso ao hotel é bastante simples já que passam por aqui duas importantes vias rodoviárias — o IP3 e o IC6. O estacionamento também não é problema. Existe um parque para os hóspedes próximo da estrada e outro, mais em baixo, perto do bungalow.

Gostei imenso da estadia. Recomendo muito! 

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Qui | 27.04.23

Os Moinhos de Vento da Serra da Atalhada

A localização geográfica, a altitude e a existência de zonas ventosas propiciaram, durante anos, que os habitantes do concelho de Penacova aproveitassem a força da natureza construindo moinhos que, movidos pelo vento, transformavam os cereais em farinha. Com o tempo a atividade foi abandonada e os engenhos entraram em ruína. Felizmente estão a ser recuperados e hoje lugares como a Serra da Atalhada encantam quem os visita.

fullsizeoutput_743aFoto: Travellight e H. Borges

No topo da Serra da Atalhada, como sentinelas vigiando o território, encontramos moinho, atrás de moinho. São mais de 20 no total, todos em fila. 

Imponentes, como aqueles que D. Quixote confundiu com gigantes e enfrentou em batalha, ou talvez poéticos como os de Fernando Pessoa — movidos não à força de vento ou água, mas de mágoa… Tudo depende do estado de espírito.

O que importa realmente é que a paisagem é linda de morrer! 

Vistas panorâmicas, flores por todo lado — afinal é primavera —, e um bem vindo silêncio, só interrompido pelo zumbido das abelhas e pelo ocasional chilrear de um passarinho.

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Não deve ser sempre assim, muitos destes moinhos, parece-me, são agora alojamentos locais e no verão a área deve encher-se de pessoas e de movimento, mas no inicio de Abril a tranquilidade era total.

Observei os moinhos com atenção. Alguns ainda estão degradados, mas a maioria foi completamente restaurado. Penacova  possui um dos maiores núcleos molinológicos do país e é um gosto perceber que está a cuidar bem desta parte importante da sua cultura, pois se no passado, estes engenhos constituíram uma fonte de rendimento e uma forma de subsistência, hoje são uma mais-valia patrimonial para o turismo local. 

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O acesso até aos moinhos é fácil, seguindo o GPS, não há como enganar (principalmente se colocarem “Parque de Estacionamento Moinhos da Serra da Atalhada”. A estrada que leva ao topo da serra está em boas condições e tem várias placas a indicar o caminho. Depois é só estacionar e andar um pouco a pé até ver os primeiros moinhos.

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Os moinhos de vento da Serra da Atalhada são mais uma joia deste nosso Portugal que vale a pena conhecer.

É um passeio lindo de fim de semana, perfeito para tirar fotografias, apreciar a vista, ou só para aproveitar a tranquilidade e a paz da serra.

 

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Tchau!

Travellight

Qua | 26.04.23

As melhores coisas para fazer em Londres sem gastar um tostão

Às vezes custa a acreditar, mas é mesmo verdade, há uma série de atividades e atrações em Londres que são completamente gratuitas. Desde fantásticos museus e impressionantes galerias de arte, passando por concertos de música clássica ou lindos parques e jardins. A capital do Reino Unido tem muito para oferecer sem que para isso precise de tirar a carteira do bolso.

animals_birds_nature_seagulls_doves_pigeons_wall_riverside-883483.jpg!dFoto: PxHere

Aproveite ao máximo a sua visita a Londres e veja como poupar dinheiro, explorando a lista em baixo para descobrir as melhores atrações gratuitas da cidade.

The Garden at 120

Localizado no topo do edifício Fen Court na 120 Fenchurch Street, o The Garden at 120 é um oásis no coração da cidade. É o maior terraço público de Londres e oferece vistas excepcionais de 360 graus sobre a cidade. Tem entrada gratuita e não exige reserva. O Garden, foi projetado pelos arquitetos paisagistas alemães Latz + Partner, abriga 85 glicínias italianas, mais de 30 árvores frutíferas e uma fonte de água corrente. Tem um café e lugares onde o visitante se pode sentar e descontrair.

the-garden-at-120.x722fcf08Foto: Crédito: © visitlondon/City of London/Antoine Buchet

Tate Modern

Galerias, cafés, exposições temporárias, vistas para a Catedral de St Paul’s… os londrinos nem queriam acreditar na sua sorte quando o Tate Modern abriu pela primeira vez em 2000 e revelou um espaço tão grande e multifuncional que mudou completamente a ideia do que um museu poderia ser. Desde então, tornou-se ainda maior e diversificado. Está repleto de arte moderna e milagrosamente continua a ter entrada gratuita!

modern_art_gallery_london_student_sketching_studying_tate-1142651.jpg!dFoto: PxHere

Concertos de música clássica

Londres é a casa de três das melhores escolas de música do mundo — Royal Academy, Royal College e Guildhall School of Music & Drama — e as apresentações públicas são uma parte fundamental dos seus programas de estudo. Então porque não tentar identificar as futuras estrelas da música clássica desfrutando de um concerto gratuito?

É preciso reservar com antecedência no site da Royal Academy e no site da Guildhall, mas vale a pena. 

A Royal Academy, durante o ano letivo costuma fazer concertos sextas-feiras às 13h, enquanto os alunos do Guildhall costumam tocar às 16h ou 18h, como solistas, conjuntos e orquestras. Também há masterclasses diurnas frequentes.

music_violin_person_string_instrument-138718.jpg!dFoto: PxHere

Museu Britânico

Foi o primeiro museu público nacional do mundo e possui uma grande coleção de antiguidades, como múmias egípcias, hieróglifos, a pedra de Roseta e muito mais. O British Museum é uma das melhores atrações de Londres e a sua coleção permanente tem entrada gratuita. Para garantir a entrada porém, é aconselhável reservar com antecedência no site do British Museum, um bilhete com hora marcada.

museum_roof_architecture_london_landmark_history_city_building-1333652.jpg!dFoto: PxHere

Queen Elizabeth Olympic Park

O Queen Elizabeth Olympic Park é gratuito para visitar todos os dias da semana – e em 2,2 quilómetros quadrados há sempre algo novo para explorar. Construído para os Jogos Olímpicos e Para-olímpicos de Londres 2012, o Parque agora é um lugar de lazer onde as pessoas vão para praticar desporto, assistir a eventos, ver instalações de arte ou apenas relaxar.

Queen_Elizabeth_Olympic_Park_(50006216988)Wikimedia Commons | Bex Walton - https://www.flickr.com/people/7831824@N04

Museus de South Kensington

Ao sair na estação de metro South Kensington vai encontrar o maior centro de museus de Londres. São três vastos palácios  — o Victoria & Albert, o Science Museum e o Natural History Museum. A entrada é gratuita e não é necessário fazer reserva.

Veja os fósseis de enormes dinossauros no Museu de História Natural, explore o espaço no Museu da Ciência e admire as galerias de moda no Museu Victoria e Albert. Tudo sem gastar um tostão!

london_museum_england_uk_victoria_and_albert_museum_british_landmark-497621.jpg!dFoto: PxHere

Borough Market 

Borough Market é a alma da cena gastronómica londrina. Delicatessens, mercearias, queijarias, bancas de comida de rua que vendem pratos gourmet de todo o mundo — você escolhe, o Borough Market tem. 

Visite numa sexta ou no sábado para experimentar a melhor comida de rua e provar as muitas amostras gratuitas nas bancas e nas lojas. Certifique-se de chegar cedo, antes que a multidão encha as escassas mesas nos cafés e restaurantes. O Borough Market abre ao público às 10h00 durante a semana e às 8h00 aos sábados.

fruit_stall_market_london_borough_market-718619.jpg!dFoto: PxHere

London Mithraeum Bloomberg SPACE

O Templo de Mithras, originalmente construído por volta de 240 DC, foi descoberto em 1954 durante a escavação de um local de bombardeio da Segunda Guerra Mundial. Esta descoberta capturou a imaginação do público, com mais de 400.000 pessoas a visitar os restos descobertos ao longo de duas semanas. Fechado durante anos, voltou a poder ser visitado pelo público quando abriu o London Mithraeum  para abrigar a nova sede europeia da Bloomberg.

Desça sete metros abaixo do nível da rua e explore o antigo templo através de uma experiência imersiva. Veja o movimentado mundo de Roman Londinium ganhar vida, à medida que as histórias dos primeiros londrinos são reveladas e descubra uma seleção notável de artefatos romanos encontrados durante as escavações, juntamente com arte contemporânea, num dos sítios arqueológicos mais importantes do Reino Unido. O bilhete de entrada é gratuito, mas é recomendado pré-reservar no site do London Mithraeum.

Mithraeum-Re-Opening-016Foto: Bloomberg SPACE Adam Dant | London Mithraeum

Victoria Park

Localizado nas margens do Regent’s Canal, o Victoria Park é um dos mais bonitos espaços verdes da capital – para não dizer o mais variado. Se procura um local tranquilo para apanhar sol, praticar desporto, fazer um piquenique ou apenas dar um passeio tranquilo, este é um dos melhores locais.

Victoria Park tem dois lagos extensos, um com uma ilha e um pagode chinês, e outro para passeios de barco. O  Vicky Park é maravilhoso para famílias com crianças: o V&A Playground está equipado com baloiços e outros brinquedos e o Pools Playground tem um design fantástico que incentiva a criatividade. É também o lugar ideal para atividades ao ar livre com quadras de ténis, pista de bowling e pista de corrida, além de campos de futebol e críquete. 

Victoria_park,_londonFoto: Wikimedia Commons Shaun MItchem - https://www.flickr.com/photos/21767783@N00

National Gallery

A National Gallery de Londres é provavelmente o museu de arte mais famoso do Reino Unido. Tem obras de artistas famosos como Da Vinci, Caravaggio, Botticelli, Cézanne e Van Gogh. Foi fundado em 1824 e está localizado no lado norte da Trafalgar Square. Possui uma das maiores coleções de peças diversificadas do mundo e tem entrada gratuita.

Funciona de segunda a sábado, das 10h às 17h. Também está aberto das 11h às 18h aos domingos.

united_kingdom_england_london_national_museum_trafalgar_square_britain_architecture-1248010.jpg!dFoto: PxHere

Floresta de Epping

Este longo e estreito trecho de floresta - que remonta a pelo menos 3.000 anos - é o maior trecho contínuo de vegetação de Londres, mas apesar das suas belas paisagens naturais,  permanece pouco visitado, apesar de ser servido pela Linha Central, bem como por uma Estação em Chingford.

A Floresta de Epping está repleta de vida selvagem e abriga muitas árvores antigas, lagoas e clareiras deslumbrantes que oferecem belos locais para piquenique. O trecho mais bonito fica a norte, sob as imponentes faias de Jack's Hill. Não perca também o pavilhão de caça da rainha Elizabeth e o Santuário dos Cervos.

trees_forrest_forests_portland_oregon_portland_oregon_tree-994162.jpg!dFoto: PxHere

Galeria White Cube

A experiência de conhecer a galeria White Cube é quase tão divertida quanto a arte em si. Vá da estação London Bridge, sob o conhecido edifício Shard, até a discreta Bermondsey Street, vai ver que de repente, um espaço se abre ao lado da calçada, e anuncia esta galeria de vanguarda. As portas estão escancaradas. Não há bilhetes pagos nem é necessária nenhuma pré-reserva, é só entrar e apreciar a arte!

cerith-wyn-evans-white-cube-bermondsey-2020-8Foto: White Cube | Gallery Exhibitions - No realm of thought… No field of vision

 

Arte de rua 

A arte contemporânea não fica apenas nas galerias. Siga para o túnel Leake Street, sob as linhas ferroviárias da estação Waterloo, perto de South Bank, para encontrar 300 m de murais e outra arte de rua. Banksy tornou-o famoso em 2008, com seu "Cans Festival" — e graças ao seu status como um lugar cool e gratuito para pintar com spray, tem sido inundado desde então por uma profusão de cores e intervenções artísticas. Mas não pare por aí. Dirija-se a Brick Lane, a leste da cidade, para uma boa amostra de criatividade e depois siga para Shoreditch. Procure on-line um dos muitos roteiros de street art londrina para orientar melhor os seus passos.

street_art_london_shoreditch_eastend_street_brick_lane_art_facade-1189705.jpg!dFoto: PxHere

Troca da (outra) guarda

Não gosta das multidões do Palácio de Buckingham, mas gostava de assistir à “troca da guarda”? Opte pela Horse Guards Parade. Às 11h, todos os dias da semana, os King's Life Guards, de serviço na Horse Guards em Whitehall, são substituídos por um novo destacamento de cavaleiros, que descem do Hyde Park Barracks. Espere ver pelo menos 12 desses brilhantes soldados do Regimento Montado de Cavalaria Doméstica e ao contrário de Buckingham, aqui não há barreiras nem grades a obstruir a vista. 

buckingham_palace_changing_of_the_guard_london_england_united_kingdom_royal_kingdom_city-1102069.jpg!dFoto: PxHere

St. James Park, Hyde Park e Holland Park

Visite os bonitos jardins londrinos. Não só pode desfrutar do verde que proporciona uma agradável pausa do cinzento da cidade, como não tem de gastar um cêntimo para o fazer. Se procura um parque pitoresco, visite St James’s, fica a poucos passos da Trafalgar Square, do Big Ben e da Horse Guards. Tem lindos canteiros de flores e o seu lago central é um ótimo lugar para observar cisnes e gansos.

O Regent's Park é outro belo local. Abriga mais de 100 espécies de aves  e a maior coleção de aves aquáticas de acesso livre no Reino Unido. O coreto serve muitas vezes de palco para apresentações musicais. Primrose Hill, uma das melhores vistas de Londres fica aqui. Suba o cume e quando estiver no topo, procure o grande carvalho — é conhecido como a “Árvore de Shakespeare” e foi plantada em 1864 para marcar o 300º aniversário do nascimento do escritor.

Holland Park, situado a leste de Kensington, é perfeito para quem  gosta de algo um pouco menos popular ou turístico. É um jardim lindo com impressionantes arranjos florais e apresentações de ópera ao ar livre nos meses de verão. 

park_london_england_nature_uk_city_britain_grass-1327657.jpg!dFoto: PxHere

 

 

Seg | 24.04.23

Vai a Londres assistir à coroação do Rei? Veja aqui tudo o que precisa de saber

Faltam apenas algumas semanas para a coroação do rei Carlos III e o Reino Unido prepara-se para o maior evento histórico da década, assim como milhares de turistas. Se é um deles, encontre aqui todos os detalhes para não perder nada da festa.

london_parade_crowd_buckingham_palace_england-1237655.jpg!dFoto: PxHere

Cortejos e coroações reais não são coisas que aconteçam todos os dias. A multidão vai ser grande e a confusão imensa, mas a festa é única e vale a pena ir bem preparado para não perder nenhum detalhe. 

Espreite o guia em baixo e saiba onde vai decorrer o cortejo real, quais as estações de metro mais próximas, os melhores lugares para assistir ao evento e muito mais.

A cerimónia

O serviço religioso na Abadia de Westminster começará às 11h de sábado, 6 de maio de 2023 — esta é a primeira coroação de fim de semana em mais de um século. 

O rei e sua esposa viajarão em cortejo até à igreja, no "Diamond Jubilee State Coach", deixando o Palácio de Buckingham antes de descer o The Mall via Admiralty Arch, virando para passar por Whitehall e depois pelos lados leste e sul da Parliament Square até Broad Sanctuary.

Após a cerimónia, os reis farão o caminho inverso de volta ao palácio, uma viagem mais curta do que a mãe de Carlos, a falecida rainha Elizabeth II, fez após a sua coroação em 1953, quando acenou para multidões ao longo de Piccadilly, Oxford Street e Regent Street.

É necessário bilhete para assistir ao cortejo?

Não há bilhetes para quem quiser se juntar à multidão de pessoas que esperam por um vislumbre da família real, mas é melhor planear com antecedência. Há bancadas a ser montados do lado de fora do Palácio de Buckingham e no Horse Guards Parade, perto da Abadia de Westminster, mas para conseguir um bom lugar é necessário um certo sacrifício — houve relatos em 2022 de pessoas a acampar 48 horas antes das comemorações do jubileu de platina para garantir lugar e não se espera que desta vez seja diferente.

Qual é o melhor lugar para ver o cortejo?

O Palácio de Buckingham é onde a cerimónia oficial começa e termina, e é também onde os membros da Família Real se reúnem na varanda para saudar a população e assistir ao voo em formação dos aviões da Royal Air Force. Este é portanto um dos melhores lugares para assistir à comemoração.

Outro lugar bom para ficar é ao longo do The Mall — um dos favoritos das multidões durante os eventos reais. Embora não se consiga ver muito da procissão do St James's Park, é provavelmente um dos melhores lugares para sentir a atmosfera de festa (e pode ser que haja ecrãs grandes a mostrar o cortejo e o serviço, embora isso não tenha sido ainda confirmado).

Outros lugares a ter em conta são Trafalgar Square,  Whitehall e Parliament Square, nos arredores da Abadia de Westminster.

Quais são as estações de metro mais próximas?

As estações de metro mais próximas ao longo da rota do cortejo são:

  • St James' Park (linhas District e Circle)
  • Green Park (linhas Piccadilly, Victoria e Jubilee)
  • Charing Cross (linhas Bakerloo e Northern)
  • Westminster (linhas Circle, District e Jubilee)

Vale a pena usar o autocarro?

Existem muitas paragens de autocarro perto do percurso da procissão, mas, haverá algumas mudanças nas rotas e horários dos autocarros londrinos devido ao encerramento de estradas por isso se pensa usar este meio de transporte, o melhor é  consultar o site oficial para encontrar a melhor opção consoante o seu ponto de partida e eventuais alterações;

Coronation Capsule

O London Eye criou uma “Coronation Capsule” especial, que estará aberta ao público entre 29 de abril e 8 de maio. Aqui você poderá fingir a sua própria coroação. Para esse fim, a cápsula disponibiliza adereços como uma réplica da Cadeira da Coroação e réplicas das Joias da Coroa. Os bilhetes para a cápsula custam £ 60 por pessoa e incluem uma taça de champanhe (ou refrigerante) e embarque prioritário.

Festas de Rua

A Grovesnor Square realizará uma festa gratuita no jardim, nos dias 6 e 7 de maio, com bancos de piquenique, wine bars e apresentações de música ao vivo. O Connaught Hotel também dá uma festa de rua a 7 de maio. E ao sul do rio, Battersea Power Stations tem planeado um fim de semana de atividades.

Feriados 

O governo do Reino Unido proclamou segunda-feira, 8 de maio, feriado nacional.

O Palácio de Buckingham, o Palácio de Kensington e a Torre de Londres estão  fechados no dia da coroação. Assim como os museus e as galerias ligadas à realeza, como a Queen’s Gallery e o Household Cavalry Museum. A única exceção é o Palácio de Hampton Court — embora o palácio esteja fechado a 6 de maio, os seus jardins permanecerão abertos.

Ter | 18.04.23

Bolo das Rosas de Grândola

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O bolo das rosas é uma referência da doçaria regional de Grândola. Acredita-se que a receita terá tido origem nos anos 70, mas a verdade é que existem referências anteriores a esta iguaria na tradição oral. 

Servido em ocasiões festivas, este bolo, que deve o seu nome ao aspeto com que fica depois de pronto, é feito à base de leite e manteiga, com recheio de amêndoas.

INGREDIENTES

Para a massa

1 pitada de sal

125 g de manteiga derretida

2o g de fermento de padeiro fresco

2 ovos

250 ml de leite

500 g de farinha

Para o recheio

120 g de manteiga derretida

120 g de açúcar

120 g de amêndoa

Para a calda

1 colher (chá) de essência de baunilha (ou uma vagem)

150 g de açúcar

400 g de água

PREPARAÇÃO 

Dissolva o fermento no leite morno.

Misture a farinha com a manteiga e o sal.

Junte o leite, aos poucos, e vá amassando até que a massa se solte das mãos.

Acrescente um ovo de cada vez e amasse muito bem.

Tape a massa e deixe-a levedar até dobrar de volume (aproximadamente 1 hora).

Forre uma forma de fundo amovível (26 cm ) com papel vegetal.

Estando lêveda, estenda a massa com o rolo numa superfície enfarinhada, dando-lhe a forma de um retângulo.

Pincele com a manteiga do recheio derretida e espalhe por cima a amêndoa misturada com o açúcar.

Enrole a massa como se estivesse a fazer uma torta, começando pelo lado mais comprido do retângulo e divida-a em nove partes iguais para criar as “rosas”.

Coloque as “rosas” na forma, com uma pequena distância entre si, de modo a formar um “bouquet – uma rosa no centro e as restantes ao seu redor.

Deixe a massa levedar mais 30 minutos, até as rosas aumentarem de volume, ocupando todo o espaço livre e pressionando-se entre si.

Coza o bolo, em forno pré-aquecido a 180ºC, cerca de 35 minutos.

Para a calda, leve a água, o açúcar e a baunilha a aquecer em lume brando, mexendo sempre até engrossar e ganhar o ponto de xarope.

Regue o bolo, ainda na forma, com a calda e aguarde um pouco para que seja absorvida.

Desenforme para um prato e sirva.

 

Receita do site Cozinha Tradicional

 

 

Seg | 17.04.23

Sobreiras Alentejo Country Hotel

Localizado a cerca de uma hora e meia de Lisboa e a poucos minutos da Vila de Grândola, o Sobreiras Alentejo Country Hotel é uma propriedade rural de particular beleza, que promove o descanso na natureza, com conforto e tranquilidade.

Foto: Hoteis de Campo

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Assim que o carro estacionou perto do discreto edifício branco, com uma série de troncos de madeira a decorar a entrada, achei que tinha acertado na escolha: este era capaz de ser o lugar certo para fugir da cidade e descansar.

A minha primeira impressão logo materializou-se num check-in rápido e sem stress. Em pouco tempo estava a caminho do quarto.

O Sobreiras Alentejo tem um desenho simples, elegante e contemporâneo. Claramente inspirado na natureza que o rodeia e nas paisagens alentejanas. O hotel procurou preservar o património florestal existente e é por isso que está dividido em vários módulos. O maior abriga a entrada principal e a receção e também um conjunto de áreas comuns e de estar. Os módulos menores, dispostos em grupos de 4 ou 5 unidades, correspondem aos quartos e suites.

Fotos: Travellight e H. Borges

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O quarto onde fiquei hospedada era amplo, tinha uma decoração minimalista e uma varanda com vista para a paisagem rural, aqui e ali, salpicada por sobreiros e pinheiros. O espaço era muito luminoso, já que afastando as cortinas, as janelas do quarto iam do chão ao teto. 

À minha espera estava um pequeno mimo: cupcakes recheados com creme — uma delícia!

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A piscina infinita deve ser perfeita para passar os dias quentes de verão, mas infelizmente estava muito frio para a apreciar, por isso optei por um pequeno passeio pela propriedade. Afinal a escapadinha era para aproveitar a natureza e não há nada melhor do que uma caminhada no campo para repor as energias.

Um enquadramento natural harmonioso, muitos passarinhos a cantar e um céu absolutamente mágico. Fiquei de alma lavada!

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Para além das caminhadas, o Sobreiras Alentejo oferece uma série de serviços como massagens, passeios a cavalo, campo de padel e ténis e passeios de bicicleta que, se marcados com antecedência, podem ser usufruídos pelos hóspedes.

O pequeno almoço, servido em buffet no Restaurante Sobreiras, tem uma boa seleção de produtos, com os habituais ovos, bacon, diversos tipos de pão, panquecas, bolos, croissants, fruta… O suficiente para te levantares da mesa satisfeito.

O jantar também foi bom. Pratos bem preparados e cheios de sabor. O serviço porém, apesar de extremamente simpático, foi algo intrusivo e apressado. Ninguém gosta de se sentir “pressionado” na hora de escolher o prato do menu 😳.

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No geral gostei muito do Sobreiras Alentejo. É o refúgio perfeito para uma escapadinha de fim de semana. 😊

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Sex | 14.04.23

Grândola | A Eterna Vila Morena em 22 Fotografias

Na História de Portugal, o nome de Grândola ficará para sempre associado à canção, escrita e cantada por José  Afonso. Foi a música que tocou na rádio, na véspera do 25 de Abril e serviu como sinal para colocar os militares revoltosos em marcha. Transformou-se no hino da Revolução e num símbolo da liberdade reconquistada. É uma herança importante, que se faz presente, ainda hoje, na arte urbana e nos monumentos que podemos encontrar nas ruas da famosa “Vila Morena”. 

fullsizeoutput_73e6Fotos: Travellight e H. Borges

A Vila de Grândola é um lugar pacato, bonito de visitar. Ao sol da tarde quase parece deserta. São poucas as pessoas que se encontram na rua e as que lá estão, concentram-se no Jardim 1º de Maio. O jardim é de fato muito agradável. Tem um lago central com peixes dourados e árvores altas que dão sombra e suportam no topo ninhos de enormes cegonhas. 

Uma escultura em mármore, com mais de dois metros chama a atenção. Simboliza um “cocho’ de cortiça”, que os homens do campo utilizam para beber.  A inscrição “Bebi contigo”, é uma homenagem aos corticeiros — uma atividade com muita expressão no concelho de Grândola.

Eu não bebi com os corticeiros, mas comi um delicioso gelado na Gelataria Pica-Pau, enquanto observava as cegonhas que vivem no jardim a posar e a levantar voo.

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Numa breve caminhada descubri a Igreja Matriz, o Coreto, os Antigos Paços do Concelho, a Casa Frayões Metellos, o Mercado Municipal e outros pontos que facilmente me fazem parar e fixar a câmara para fotografar.

Sem querer, interrompo a sesta de um gato que desagradado, deita-me a língua de fora. Embaraçada por incomodar tão distinto habitante da Vila, sigo o meu caminho. Tinha intenção de visitar o Museu de Arte Sacra, mas não tive sorte — estava fechado.

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Voltei então a minha atenção para tudo o que em Grândola, recorda a Revolução dos Cravos: A Escultura a José Afonso, o Monumento à Liberdade, o Mural “o povo é quem mais ordena”, o Memorial ao 25 de Abril

Demorei-me mais no Memorial ao 25 de Abril. É um monumento grande, com detalhes interessantes. 

Constituído por uma parede elíptica, no centro é intersectado por uma área circular cuja face principal é forrada a azulejos. No círculo central está pintado um grande cravo que vai até à base do monumento, como se rompesse da terra. Na parte inferior encontra-se um retângulo com os nomes dos “Capitães de Abril” e as paredes dos lados estão decoradas com a pauta musical e a letra da canção “ Grândola, Vila Morena”

Na parede posterior do monumento, encontra-se ainda a “Declaração Universal dos Direitos do Homem” e no centro, há um círculo, dentro de outro, revestido com azulejos em vários tons de amarelo, que representa o Sol.

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Concluí aqui, a minha agradável visita à eterna "Vila Morena". A vila que a História transformou no hino de uma revolução!

 

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Seg | 10.04.23

Sabia que na Roménia há uma reserva natural com pedras vivas?

Muzeul Trovantilor, Património Mundial da UNESCO, é uma reserva natural romena que foi transformada num museu ao ar livre porque abriga algo único: um número incrível de “pedras vivas" — rochas únicas e misteriosas que parecem ser capazes de crescer, mover e até de se reproduzir.

fullsizeoutput_73b9Foto: Harta Romaniei

O Muzeul Trovantilor, está localizado no vale Costesti, na Roménia e abriga rochas muito peculiares, designadas por “trovanti”, um termo geológico que traduzido da língua romena significa "areia cimentada". 

As “trovanti” são um estranho fenómeno geológico que há muito intriga os cientistas. Possuem uma aparência bizarra, quase alienígena. Têm tamanhos diferentes, que podem ir de alguns centímetros a vários metros. “Nascem" numa colina arenosa, deslizam por uma ravina e caem num vale. 

As trovanti conseguem realmente mover-se, crescer e multiplicar-se?

A resposta é sim. Estudos recentes realizados no local revelam que estas pedras que se começaram a formar há cerca de 6 milhões de anos após uma violenta atividade sísmica, crescem cerca de 4 a 5 centímetros a cada 1.000 anos.

Como são compostas por uma alta concentração de sais minerais absorvem a água da chuva e sofrem um aumento da pressão interna  que gera a sua expansão. Isto quer dizer que quando entram em contacto com a água estas rochas “crescem” ou seja, aumentam de volume transformando-se de pequenos seixos, em verdadeiros pedregulhos que podem atingir de 6 a 10 metros de diâmetro e que, quando cortados, apresentam anéis esféricos semelhantes aos de um tronco de árvore.

Trovant-Muzeul-Trovantilor-Romania-2Foto: Andreass96 | Dreamstime

trovantFoto: Nicu Buculei -  http://photoblog.nicubunu.ro/

Já a capacidade que estas pedras tem de se mover e se multiplicar resulta do aumento aleatório no volume de um dos seus lados, um “inchaço” que permite que as rochas se inclinem e mudem de posição. Embora a evolução seja demorada e consista em apenas alguns centímetros de cada vez, decorrido um período longo de tempo, alguns fragmentos de rocha sempre se conseguem desprender da matriz e rolar, “dando vida” a uma nova trovanti.

The Mysterious Living Stones of Romania They Grow and MoveFoto: Harta Romaniei

Estas pedras enigmáticas podem ser encontradas em mais lugares do mundo, mas a Roménia, além de manter a maior concentração, possui as pedras com formas e tamanhos mais extraordinários.

Sab | 08.04.23

Pască | O pão doce que decora as mesas romenas durante a Páscoa 

Com a sua forma redonda, crosta dourada e centro amarelo, diz-se que o pască, uma receita tradicional romena, se assemelha ao sol e simboliza o renascimento da natureza na primavera. Tal como o seu nome indica, este pão doce é preparado na época pascal com massa fermentada que geralmente é aromatizada com baunilha e limão e contém um recheio delicioso, feito com uma combinação de requeijão, ovos, açúcar e passas.

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De acordo com a tradição cristã na Roménia, o pască recém-assado deve ser levado à igreja no domingo de Páscoa para ser abençoado e assim trazer abundância e prosperidade a quem o preparou.

Veja aqui a receita

INGREDIENTES

Massa

200 g de farinha 

2 gemas

70 ml de leite a temperatura ambiente

20 g de manteiga derretida e arrefecida

40 g de açúcar

3 g de fermento seco 

uma pitada de sal

½ colher (de chá) de casca de limão ralada

Recheio

150 g de requeijão gordo, bem escorrido

80 g de açúcar

2 ovos

40 g de passas

½ colher (de sopa) de rum ou essência de baunilha para as passas

1 colher (de chá) de extrato de baunilha

1 colher (de chá) de casca de limão ralada

uma pitada de sal

1 gema de ovo para pincelar por cima

PREPARAÇÃO

Bata as gemas com o açúcar e o leite e acrescente o sal e a casca de limão

Peneire a farinha numa tigela grande, adicione o fermento seco e despeje a mistura que preparou antes, por cima.

Comece a amassar a massa à mão ou num processador de alimentos. Incorpore a manteiga derretida na massa, despejando um pouco de cada vez e amassando continuamente para incorporar bem antes de despejar novamente.

Deixe a massa crescer em local quente, até dobrar de volume (cerca de 30 minutos, talvez um pouco mais).

Quando a massa estiver pronta, coloque-a sobre uma superfície enfarinhada e divida-a em 2 partes iguais.

Abra uma parte até ter um círculo do tamanho de uma forma de 18 cm de diâmetro e coloque na forma (antes forrada com papel vegetal).

Divida a restante parte da massa em 2 partes novamente. Um deles, novamente dividido em dois, deverá  tornar-se o “cordão” que depois colocará na borda do pão. Deixe o molde de lado, coberto com uma toalha para não secar.

Divida o último pedaço de massa em dois e faça a cruz que vai decorar o cimo do pão. A cruz tem de ser fina, lisa porque vai crescer à medida que o bolo assa e não se quer que a cruz cubra todo o recheio. Deixe a cruz de lado, coberta com uma toalha, enquanto trabalha no recheio.

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Deixe as passas hidratarem em água morna na qual deve colocar o rum ou a essência de baunilha, por pelo menos 30 minutos. De seguida junte todos os ingredientes indicados para o recheio e mexa até ter uma mistura homogénea.

Despeje o recheio na forma preparada com a massa base e enrole o cordão de massa em volta. Coloque a cruz de massa por cima do recheio e pincele a massa e o recheio com ovo batido.

Leve ao forno que deve ser pré-aquecido a 180 graus. Asse o bolo por 20 min a 180º C e depois mais 25 minutos a 170º. Verifique com um palito se a massa está bem assada e o recheio solidificado.

Deixe arrefecer na forma e só depois passe para um prato.

Fatie o pascã só depois do pão estar completamente frio.

 

Receita traduzida do site Bucate Aromate

 

 

Sex | 07.04.23

Roma, a cidade eterna

A primavera é uma das épocas mais bonitas para visitar a cidade de Roma. Nos meses de abril e maio principalmente, o clima é ameno, há menos multidões que no verão e há festejos que comemoram a Páscoa e o dia da fundação da cidade.

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Nestas férias da Páscoa, aproveite e vá com toda a família, só com a sua cara metade ou sozinho, conhecer Roma e deixe-se conquistar pela famosa cidade eterna!

Para além das atrações incontornáveis como o Coliseu, o Fórum Romano, a Fontana de Trevi e o Museu Capitolino, veja aqui tudo o que não pode perder durante umas férias em Roma.

IR A ROMA E VER O PAPA

A Páscoa é um tempo muito especial em Roma e no Vaticano. Realizam-se nesta época cerimónias importantes como a Via Sacra conduzida pelo Papa, na Sexta-Feira Santa, no interior do Coliseu e a Missa da Páscoa realizada no Domingo na Praça de São Pedro.

Os bilhetes para assistir a estas cerimónias são gratuitos, mas devem ser solicitados com antecedência porque são difíceis de obter. 

Os eventos mais importantes tem lugar na Quarta-feira de Cinzas — missa do Papa na Basílica de São Pedro; no Domingo de Ramos — Bênção das Palmas das Mãos, Procissão e Santa Missa, realizada uma semana antes da Páscoa na Praça de São Pedro; Quinta-feira Santa — Missa do Crisma na Basílica de São Pedro; Sexta-Feira Santa — Celebração da Paixão do Senhor, na Basílica de São Pedro e Via Sacra no Coliseu; Sábado — Missa da Vigília Pascal, realizada na Basílica de São Pedro; Domingo de Páscoa — Missa na Praça de São Pedro e Bênção “Urbi et Orbi”.

fullsizeoutput_3518OVOS DA PÁSCOA, COLOMBA, GELATTO E OUTRAS DELÍCIAS

Durante a Páscoa não faltam delicias para provar em Roma, como mimosos ovos da Páscoa de chocolate — que encontramos em lojas e pastelarias por toda a cidade; Colomba — um delicioso bolo em forma de cruz, semelhante ao panetone de Natal, que se vende na maioria dos mercados romanos, e deliciosos Pizzarrelle — bolinhos de massapão embebidos em mel, que podem ser encontrados em várias padarias e lojas nos bairros judeus de Roma (a uma curta distância da Piazza Venezia, atrás do Teatro Marcello).

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Mas os doces não são os únicos reis das mesas romanas. Os italianos apreciam as frutas e verduras que estão dentro da época e na primavera, as alcachofras merecem destaque. Experimente alcachofras judaicas fritas (alla Carciofi giudia) servidas em restaurantes locais no Bairro Judeu ou alcachofras romanas (carciofi alla romana), uma entrada muito popular servida em muitos restaurantes locais. São fervidas com azeite, ervas verdes e alho.

Outras especialidades romanas, populares na primavera são: puntarelle  Uma variante da chicória com um leve sabor amargo que é servida com um molho leve de anchova, alho, vinagre e sal; e fave e pecorino — favas tenras servidas com queijo pecorino envelhecido (queijo feito de leite de ovelha).

Não esqueça também de provar gelatto. Procure aquele que é “artigianale” (gelato artesanal) que usa ingredientes frescos e da estação. Dois belos lugares para experimentar gelatto artigianale são a Cremeria Monteforte (ao lado do Panteão do outro lado da praça de táxis) e a Gelataria Old Bridge (em Trastevere na Via della Scala)

FLORES, FLORES E… MAIS FLORES

A muito antecipada Mostra delle Azalee, transforma os degraus da Piazza di Spagna (ou Scalinata di Trinità dei Monti) numa explosão de cores, quando — no final de abril ou início de maio — milhares de vasos com azaléias vermelhas e rosas são colocados na escadaria deste famoso marco. As datas variam de ano para ano, dependendo do tempo e da altura em que as azáleas florescem.

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Em meados de abril florescem também as glicínias cor de lavanda, em cachos perfumados, que decoram a Via Margutta (perto das escadas da Piazza di Spagna); a área junto do Monumento Vittorio Emanuele; a Piazza Venezia; o Fórum Romano e muitos outros lugares de Roma.

Já as flores de laranjeira com a sua fragrância convidativa aparecem no Jardim Laranja (Giardino degli Aranci) no Monte Aventino — um maravilhoso parque para visitar na primavera. A vista panorâmica de Roma a partir do terraço deste parque, vale por si só, uma visita.

Perto dali fica o “buraco da fechadura” dos Cavaleiros de Malta, um dos pontos turísticos mais intrigantes da cidade. Com a sua vista perfeitamente enquadrada da Basílica de São Pedro, tornou-se uma paragem obrigatória para viajantes que procuram atrações alternativas na cidade.

O "buraco da fechadura" faz parte da propriedade do Priorado dos Cavaleiros de Malta que se encontra na piazza Cavalieri di Malta e os jardins só podem ser visitados com marcação.

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Outro dos segredos mais bem guardados da primavera em Roma é o Jardim das Rosas (Roseto Comunale), também localizado no sopé do Monte Aventino, em frente ao Circus Maximus.

Durante os meses quentes de primavera, entre o final de abril e meados de junho, uma profusão de 1.100 variedades de rosas, com várias cores e fragrâncias, floresce, transformando este num dos mais românticos e tranquilos parques da cidade.

O Jardim das Rosas está geralmente aberto entre 21 de abril e 19 de junho das 8h30 às 19h30, com entrada gratuita.

Também por um curto período — de meados de março até a primeira semana de abril (dependendo do clima) — pode-se apreciar o desabrochar da sakura, as cerejeiras japonesas que florescem ao longo do lago no Bairro EUR de Roma. As flores de cerejeira que pontilham o lago artificial são uma homenagem à tradição japonesa de Hanami, o festival que celebra a chegada da primavera.

ANIVERSÁRIO DE ROMA (Natale di Roma)

De acordo com a tradição antiga, Roma foi fundada a 21 de abril de 753 a.C. por Rómulo, e se todos tem direito de celebrar o seu aniversário, então porque não Roma?

No domingo mais próximo da data 21 de abril, centenas de pessoas (muitos de toda a Europa) desfilam em trajes históricos que representam as várias eras da Roma Antiga, incluindo a época dos etruscos (a civilização pré-romana da Itália Central que Roma conquistou e integrou). O desfile histórico acontece entre as 10h e as 16h.

Espetáculos de luzes e fogo de artifício, que variam de ano para ano, bem como eventos históricos e encenações realizadas no Circus Maximus fazem deste, um evento muito esperado, que lembra moradores e visitantes dos fortes laços de Roma com o seu passado distante.

FESTIVAL DE ARTE 

Durante a primavera, uma organização de artistas profissionais chamada “Cento Pittori Via Margutta" (100 Pintores da Via Margutta) monta ao longo desta estreita rua, uma galeria ao ar livre  — um famoso oásis artístico que remonta a meados de 1800 e reúne uma série de artistas e galerias de arte, que no decorrer do evento, exibem as suas obras para os visitantes poderem apreciar e comprar.

As datas do festival variam entre o final de março e maio.

A Via Margutta, é também famosa por ser um dos locais onde o clássico filme “Férias em Roma", protagonizado por Audrey Hepburn e Gregory Peck foi filmado e por aqui ter vivido o conhecido cineasta italiano Federico Fellini que frequentava um bar e restaurante nas redondezas que ainda hoje pode ser visitado — o Bar Restaurante Canova, na Piazza del Popolo.

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Tchau!

Travellight

Artigo patrocinado pela TAP e originalmente publicado no Sapo Viagens

Qui | 06.04.23

Tarta Pasqualina 

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Esta tarte que comemora a Páscoa é originária da Itália, mas ganhou igualmente popularidade na América Latina, nomeadamente na Argentina e no Uruguai. É apreciada tanto pelas suas cores e sabor primaveril, quanto pelo seu significado religioso. Tradicionalmente era feita com 33 folhas de massa fina — uma por cada ano da vida de Jesus — mas hoje é mais simplificada, sendo preparada com apenas duas folhas de massa, espinafres, ricotta e ovos. Ao cortar a tarte, deve se conseguir ver uma amostra dos ovos cozidos que estão por dentro, para dar um toque pascal ao prato. 

INGREDIENTES

900 g de espinafre fresco picado

2 chávenas de ricotta

2 folhas de massa folhada ou massa quebrada

¼ chávena de queijo parmesão

6 ovos

Sal e pimenta a gosto

PREPARAÇÃO

Numa tigela grande adicione o espinafre, a ricotta, o parmesão, 1 ovo, e sal e pimenta ao espinafre. Misture tudo bem.

Pressione uma folha de massa folhada uniformemente de maneira a cobrir a base e as laterais de um forma (já forrada com papel vegetal).Despeje a mistura de ricotta com espinafre na forma, alisando o topo. Use uma colher para fazer quatro “buracos” de tamanho uniforme para colocar quatro ovos.

Parta os quatro ovos, um em cada buraco, deixando de lado um pouco mais da mistura de espinafre, se necessário, para garantir que o ovo não transborda.

Pressione a folha restante de massa folhada em cima da forma, pressionando levemente para aderir, mas sem esmagar os ovos. Apare qualquer excesso das bordas da forma.

Marque levemente uma cruz no topo da massa, para ajudar a mostrar onde estão os ovos, cada um no seu próprio quadrante. Pincele todo o topo com o ovo batido restante e polvilhe com uma pitada de sal, se desejar.

Ponha no congelador por 15 minutos, pré-aquecendo o forno a 190º C enquanto isso.

Asse por 1 hora, até que a tarte fique firme ao toque e a massa fique dourada. Deixe arrefecer pelo menos uma hora antes de cortar.

Qua | 05.04.23

Scala dei Turchi | Um dos lugares mais belos da costa siciliana

A Scala dei Turchi , na província de Agrigento, na Sicília, é conhecida pela sua beleza forjada ao longo de milhões de anos pelas ondas e pelo vento, já serviu de cenário a muitos filmes famosos e é um dos destinos mais procurados pelos turistas italianos e estrangeiros que visitam o Vale dos Templos. 

Scala3Foto: Davide Ragusa

A Scala dei Turchi ou Escada dos Turcos, não é uma verdadeira escada, mas um espetacular trecho de costa que se tornou um ícone turístico da paisagem marítima siciliana graças às suas características especiais.

Este penhasco branco, outrora abrigo e porto de desembarque de piratas sarracenos (indevidamente chamados de turcos pelas populações locais), está localizado entre Realmonte e Porto Empedocle, na província de Agrigento. É uma obra prima da natureza que como um artista esculpiu, com a ajuda do mar e da brisa salgada, a sua cintilante rocha branca, tornando a arriba suave, atenuando todos os ângulos e formando terraços que convidam os banhistas a aproveitar o sol.

A “scala” é constituída por marga, uma rocha sedimentar de cor branca pura, composta por calcário e argila. A brancura da rocha é evidenciada pelo contraste com o mar azul intenso siciliano que torna todo o cenário ainda mais bonito.

A sua beleza não passou despercebida a muitos realizadores de cinema como Giuseppe Tornatore que em 2000 aqui gravou algumas cenas do filme “Malena”, com Monica Bellucci.

scala-dei-turchi-3552640_1280Foto: Pixabay | DonnaSenzaFiato

Infelizmente todo o trecho de costa onde se encontra o Scala dei Turchi está em risco e requer ações de preservação para a segurança das pessoas e para a proteção do meio ambiente, para que a sua aparência original seja mantida ou, em qualquer caso, não determinada pela atividade humana.

Recentemente, muitas associações de proteção ambiental denunciaram a gravidade da situação, cada vez mais complicada pela má gestão e pelo impacto da presença turística. Nesse sentido, já há quem fale em restringir o número de visitas permitidas por dia.

O futuro da Scala dei Turchi, porém, parece estar assegurado pois nos últimos 10 anos várias ações de recuperação e preservação da arriba foram levadas a cabo e este monumento geológico é agora candidato a Património Mundial da UNESCO.

beach-sea-coast-water-mountain-lake-558436-pxhere.comFoto: PxHere

Como visitar

Para chegar ao Scala dei Turchi a partir da cidade de Agrigento, na Sicília, siga a SS115 em direção a Porto Empedocle, depois via Nereo ao longo da costa na direção a Lidi por 2,4 km, até ver as placas que indicam "Estacionamento" ou "Belvedere Scala dei Turchi".

Existem vários parques de estacionamento pagos ao longo da costa que estão bem sinalizados. É fortemente aconselhado não estacionar fora dos lugares indicados, especialmente na época alta de verão para evitar multas pesadas ou a remoção forçada do veículo.

Assim que o carro estiver estacionado, pode caminhar até à Scala dei Turchi, mas para chegar à arriba terá que entrar no restaurante "Lido Scala dei Turchi" e seguir o caminho que foi disponibilizado pelos proprietários do restaurante. Após uma curta caminhada de 5 minutos, estará no sopé da esplêndida Scala dei Turchi, entre duas praias de areia fina.

De maio a setembro também é possível visitar a Scala dei Turchi de barco. É só contactar uma das várias agências turísticas da região de Agrigento que oferecem passeios privados ou em grupo.

 
 
 
 
 
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Artigo publicado originalmente no Sapo Viagens

Ter | 04.04.23

Scaccia | A melhor street food siciliana 

Scaccia é um prato tradicional siciliano. É a street food original da região. A sua autoria perdeu-se no tempo e hoje é disputada pelas cidades de Ragusa e Modica. Pode ser descrito como um cruzamento entre pizza calzone e pão assado com chouriço e é preparado recheando uma massa fina com vários ingredientes e depois dobrando essa massa algumas vezes sobre si mesma. Antes de ser servido o scaccia é cortado em fatias para revelar a quem o vai comer todas as suas saborosas camadas de recheio.

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Tradicionalmente o scaccia tem como ingredientes o tomate, o presunto e a mozarella e é isso que é partilhado nesta receita, mas tal como na pizza existem muitas variações que pode fazer é só escolher o recheio que gosta mais.

INGREDIENTES

Para a base

500 g Farinha de sêmola de trigo

350 ml Água quente

50 g Farinha 00

5 g Fermento fresco

1 colher (de sopa) Azeite extra virgem

1/2 colher (de sopa) Sal fino

Para o recheio

500 ml Molho de tomate

100 g Presunto 

200 g Queijo mozzarella

Ervas aromáticas a gosto

PREPARAÇÃO

Dissolva o fermento fresco em água morna 

Numa tigela misture a sêmola com o sal. Adicione o azeite, a solução de fermento e a água e misture tudo. Adicione também a farinha e amasse até obter uma massa lisa e homogénea. Cubra a massa  com um pano de algodão e deixe crescer por 1 hora.

Divida a massa em 2 partes e estenda-as com um rolo, abrindo uma folha fina quadrada ou retangular. 

Barre cada folha com o molho de tomate, polvilhe com a mistura de ervas aromáticas, o presunto fatiado e a mozarela bem seca.

Dobre a massa nas pontas em cima e em baixo e barre as pontas que dobrou com molho de tomate.

Enrole a massa e feche bem as bordas. 

Disponha os 2 scaccia num tabuleiro forrado com papel vegetal e pique-os com os dentes de um garfo antes de levar  ao forno pré-aquecido a 190°C durante 25-30 minutos. 

Retire do forno, corte em fatias e sirva.

Receita do site Cookist

Seg | 03.04.23

Procura um destino de lua de mel diferente? Viaje para Milão e descubra o Tirol do Sul

Conhecida por ser uma das portas de entrada para as Dolomitas — uma cadeia de montanhas classificada como património mundial pela UNESCO, a pequena cidade italiana de Bolzano, no Tirol do Sul, pode ser o refúgio perfeito para um casal apaixonado.

fullsizeoutput_2b51Fotos: Travellight e H. Borges

Não é uma escolha óbvia para uma lua de mel, mas para quem procura uma alternativa aos habituais destinos de praia e mar, pode ser uma opção interessante.

Chegar até esta cidade é muito fácil, basta apanhar um dos voos para Milão da TAP e depois daqui, apanhar um comboio direto para Bolzano.

Romântica e encantadora a pequena cidade de Bolzano foi fundada há mais de 800 anos e os seus primeiros registos históricos remontam ao século I A.C., quando os romanos aqui se instalaram.

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Um passeio pelas suas ruas estreitas revelam uma paisagem deslumbrante e uma arquitetura gótica caracterizada por edifícios dignos de um conto de fadas.

fullsizeoutput_2be5A catedral e os muitos castelos circundantes sublinham o importante papel que a cidade desempenhou no passado quando foi o principal centro de comércio entre os países a sul e a norte dos Alpes e um ponto de encontro de diferentes culturas.

Atualmente, os antigos edifícios e as suas arcadas abrigam lojas cheias de doces tentações, boutiques charmosas e restaurantes maravilhosos!

fullsizeoutput_2bdfUma curiosidade sobre Bolzano é que apesar de oficialmente, fazer parte de uma região autónoma de Itália, esta pequena cidade recorda mais a Áustria ou a Alemanha. A razão para isto é simples: até 1918 Bolzano integrou o Império Austro-húngaro e esta influência nunca desapareceu.

Ainda hoje a maioria da população fala alemão e em muitos lugares as placas estão escritas nesta língua. Até a principal praça de Bolzano tem no seu centro uma estátua erigida em homenagem a Walther, um conhecido poeta germânico.

A cidade dá acesso a uma rede de ciclovias que permitem percorrer a região e visitar, entre outras coisas, belas adegas que oferecem degustação de vinhos.

De Bolzano parte também a estrada das Grandes Dolomitas que atravessa toda a cadeia montanhosa desde Bolzano até Cortina d'Ampezzo, uma via construída em 1895, quando o território ainda fazia parte do Império Austro-húngaro.

Ao longo da estrada é possível admirar as vistas mais bonitas das Dolomitas e chegar ao Passo Pordoi e ao Passo de Sella — dois dos mais importantes e panorâmicos desfiladeiros dos Alpes.

O roteiro perfeito começa em Bolzano, atravessa o vale de Ega e continua para leste, por entre as montanhas Rosengarten e Latemar. 

A primeira paragem aconselhada é o Lago Carezza, um dos lagos mais bonitos das Dolomitas. De manhã cedo, quando uma ligeira neblina cobre o local e ainda não há pessoas, o cenário parece mesmo saído de um sonho…

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Voltando à estrada, a atração que se segue é a passagem de Costalunga (Costalunga Pass).
Localizada entre as encostas do Pico Latemar e o maciço montanhoso de Catinaccio, a passagem proporciona vistas fantásticas e é o ponto de partida para inúmeras trilhas com diferentes níveis de dificuldade e para os teleféricos que conduzem até várias estâncias de esqui.

Alberga também o histórico "Grand Hotel Carezza”, um hotel construído em 1893, considerado o primeiro hotel de luxo das Dolomitas e que já teve como hóspedes personalidades tão ilustres como a Imperatriz Sissi, Sir. Winston Churchill e a escritora Agatha Christie.

Uma curiosidade é que toda esta região está associada à lenda romântica do Rei Laurin, um rei que segundo a tradição popular tinha um belo jardim de rosas no majestoso maciço de Catinaccio, quando caiu de amores pela filha do rei do Rio Adige, que nessa altura já estava prometida a outro. Sem se conformar com a situação, o Rei Laurin raptou a bela rapariga e levou-a para o seu jardim. O noivo da princesa e os seus cavaleiros foram até lá liberta-la, mas Laurin usou um manto mágico e tornou-se invisível.

Infelizmente a sua posição foi denunciada pelo movimento das rosas e este foi rapidamente dominado pelos seus inimigos.

Então o rei Laurin amaldiçoou o jardim de rosas que o traiu, proclamando que nenhum olho humano deveria voltar a ver a sua beleza, nem de dia nem de noite, mas... ele esqueceu-se do crepúsculo e é nesses breves momentos que, segundo dizem, o maciço Catinaccio — que em alemão se chama Rosengarten (ou Jardim das rosas) — brilha com lindas cores vermelhas. É um fenómeno espetacular conhecido como “Enrosadira” e quem já teve a sorte de assistir garante que nunca mais se esquece!

De regresso à estrada, a viagem continua pelo desfiladeiro de Costalunga e em pouco tempo chega-se ao Vale de Fassa, em Trentino e às vilas de Vigo di Fassa e Canazei que oferecem vistas deslumbrantes para as montanhas de Sella e Marmolada. Vigo di Fassa alberga o interessante instituto cultural Ladin, dedicado à antiga língua ladina e tem um teleférico que transporta as pessoas do centro da vila para a montanha Ciampinei, de onde partem inúmeras trilhas.

A secção da estrada que se segue é famosa por ter um conjunto de 27 curvas que conduzem à Passagem de Pordoi, que fica 2.239 metros acima do nível do mar. O teleférico para o topo de Sass Pordoi está aberto do final de maio até meados de outubro e do Natal até à Páscoa. Vale a pena subir porque a vista do topo é verdadeiramente impressionante!

Da Passagem de Pordoi segue-se para a Passagem de Sella, onde a paisagem, novamente, é de tirar o fôlego.
As paredes verticais do Maciço de Sella, o glaciar Marmolada e a majestosa Sassolungo — a montanha principal do Vale de Gardena, todos são visíveis a partir desta Passagem.

O Vale de Gardena e a vila de Ortisei são a próxima paragem.

A vila pitoresca de Ortisei está classificada como Património Mundial da UNESCO e é considerada o centro internacional da escultura em madeira. Tem numerosos hotéis, residências e alojamentos locais. A animada zona pedonal no centro da vila está cheia de lojas e bares.
Ortisei é igualmente um destino popular para entusiastas de caminhadas e desportos radicais como o parapente.

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Antes de regressar a Bolzano mais um lugar merece atenção: o Lago di Braies ou Pragser Wildsee (em Alemão), a joia mais brilhante das Dolomitas!

Poucos lugares no mundo são tão bonitos como parecem ser nas fotografias, mas este lago consegue a proeza de ser ainda mais belo e hipnotizante ao vivo, do que nas centenas de fotos que diariamente dele se publicam no Instagram.

Localizado 1.500 metros acima do nível do mar, no ponto mais ao norte do Parque Natural Fanes, Sennes e Braies, este lago natural foi formado por um deslizamento de terras que bloqueou o rio Braies.

Para além do cenário extraordinário de cartão postal, composto por montanhas dramáticas, vegetação exuberante e águas cristalinas com tons que vão do verde-esmeralda ao azul-turquesa, o Lago di Braies oferece diversas atividades para os que amam a natureza. Pode-se andar de barco ou de caiaque, percorrer a trilha que fica em volta do Lago ou simplesmente relaxar nas suas margens.

É um lugar super romântico, e é aconselhável passar uma noite no Hotel do Lago di Braies para poder apreciar o local com calma depois de a maioria dos turistas partirem e de manhã antes das multidões chegarem.

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Já imaginou que bonitas podem ficar as suas fotos de lua de mel se optar por viajar para aqui?

Tchau!

Travellight

Artigo patrocinado pela TAP e originalmente publicado no SAPO Viagens