Embora seja conhecida pelo excelente vinho e pelo rugby, dificilmente Toulouse figura no topo da lista de destinosfranceses preferidos para férias, mas isso talvez devesse mudar. Longe da agitação das ruas parisienses, Toulouse tem tudo. Além do seu centro histórico e cultural que encanta o visitante com os seus edifícios rosa, Toulouse é uma cidade animada que recebe mais de 1.000 eventos por ano. Com uma atmosfera leve e descontraída, esta cidade universitáriafoi recentemente eleita a localidade mais agradável para se viver na França. Vamos perceber porquê?
Fotos: Travellight e H. Borges
Às vezes, os destinos de viagem menos óbvios são os melhores, e uma escapadinha de três dias a Toulouse provou-me exatamente isso.
Toulouse é uma cidade maravilhosa para explorar e conhecer a pé.O grande número de estudantes e a população em constante expansão — atraída por empregos na sua próspera indústria aeronáutica — contribuem para o melting pot cultural, que enche a cidade com uma energia jovem e descontraída.
Quando passeamos pelas ruas de Toulouse uma coisa que chama logo a atenção são os seus edifícios. Para além de uma abundância de detalhes arquitetónicos, tem na sua maioria, tijolos de tonalidade rosa que mudam a intensidade da sua cor ao longo do dia, variando de um laranja quente até um magenta profundo. Essa singular característica valeu a Toulouse o bonito título de La Ville Rose — A Cidade Rosa.
Toulouse tem um número recorde de residências privadas do século XVI e é muito agradável passear pelas velhas ruelas do seu centro histórico e descobrir estes belos edifícios.
A cidadeé muito, muito antiga. Na verdade tem mais de 2.000 anos. Foi fundada pelos romanos no século II a.C, e existem até hojevestígios da muralha galo-romana de Toulouse que podemos visitar.
A Place du Capitole é o coração da cidade. É uma praça animada, com restaurantes, cafés e esplanadas onde podemos parar para comer ou simplesmente beber um café. Tem desenhada no chão, bem no centro, umaenorme cruz occitana de bronze (obra do artista plástico Raymond Moretti) e abriga arcadas coloridas e o Capitólio — um monumento que funciona como sede do governo municipal desde o século XII. É um prédio neoclássico com uma fachadaimpressionante, assim como um magnifico interior. A entrada é gratuita e vale a pena aproveitar. O seu pátio interno exibe uma estátua do rei Henrique IV e o corredor sul do edifício abriga a Ópera-Teatro, um importante local para a arte lírica. O interior da Câmara Municipal tem como destaque a “grande salle des illustres”, com mais de 70 metros de comprimento, classificada como monumento histórico desde 1994, onde são exibidos os bustos de personalidades famosas dacidade.
Patrimónios Mundiais da UNESCO para visitar é o que não falta em Toulouse. Lugares como o Canal Royal du Languedoc, mais conhecido como Canal du Midi, ou a Basílica de Saint-Sernin — uma das maiores igrejas românicas da Europa. Foi construída no século XI, no local onde foi martirizado o primeiro Bispo de Toulouse. Servia os peregrinos a caminho de Santiago de Compostela e ao longo dos séculos sofreu sucessivas restaurações, mas manteve o seu destaque principal — uma original torre sineira octogonal com 65 metros. O interior da Basílica é também digno de nota. É absolutamente extraordinário!
Bem perto da basilica fica o Museu Saint Raymond que também merece uma visita. Está instalado num edifício do século XVI e é dedicado à arte e à arqueologia.
O Convento dos Jacobinos é outro dos tesouros patrimoniais da cidade. É uma obra-prima da arte gótica do Languedoc, com um bonito claustro e jardim. Durante o verão acontecem aqui uma série de concertos e durante o outono tem lugar na sala capitular o Festival de Piano.
A Cidade Rosa pode ser no sul da França, mas fica a apenas 120 km da fronteira espanhola e tem fortes raízes na Occitânia, uma região linguística histórica que abrangia esta parte da França e pequenas áreas da Itália e da Catalunha. Aliás muitas das ruas de Toulouse têm placas em dois idiomas, primeiro o francês e depois o occitano.
Toulouse tem na verdade um toque espanhol, particularmente evidentena quantidade debares de tapas que existem na cidade e nos seus menus que misturam pintxos bascos com produtos locais.
Uma das coisas mais agradáveis que podemos fazer nesta cidade é ir até ao rio Garonne e relaxar um pouco nas suas margens ou admirar as belas fachadas dos edifícios do século XVIII que por ali se encontram. Durante a caminhada, podemos descobrir vários pontos de interesse como a Igreja de Saint Pierre-des-cuisines, a Place de la Daurade, a Pont Neuf (cuja construção levou 100 anos) e a Basílica Notre-dame de la Daurade, famosa por ter a imagem de uma virgem negra que dizem ajudar as mulheres grávidas durante o trabalho de parto.
Na margem esquerda do rio Garonne, fica o Quartier Saint Cyprien. Antigamente era a área da cidade mais exposta a enchentes, por isso abrigava as comunidades mais carênciadas. Hoje porém, é um bairro vibrante, moderno e popular entre os jovens, com espaços culturais como o Musée des Abattoirs de arte moderna e contemporânea ou a Galerie Le Château d'Eau, um centro fotográfico que apresenta exposições rotativas de trabalhos de alguns dos fotógrafos mais famosos do mundo. O edifício em si é um belo exemplo da arquitetura do século XIX e é um lugar interessante para visitar, quer se esteja interessado em fotografia ou não.
Há muitos séculos, os italianos trouxeram violetas para Toulouse, e estas flores fundiram-se com a identidade local, estando presentes um pouco por todo o lado. A cidade criou licor de violeta, violetas cristalizadas, brioche com sabor de castanha e violeta, chocolates e macarons com sabor de violeta, e outros tantos produtos com infusão desta flor.
Depois de 3 dias aqui, senti que fazia todo o sentido a violeta ter-se convertido num dos símbolos da cidade. Pareceu-me perfeito porque Toulouse tem o caráter forte dos jogadores de rugby, mas ao mesmo tempo tem a delicadeza das flores.
Foi sem dúvida uma boa surpresa para quem ia a contar com muito pouco!
A fénétraé uma tarte feita com massa quebrada, recheio de doce de damasco e limão cristalizado. É uma receita tradicional da região de Toulouse que remonta a tempos romanos. Foi passada de geração em geração, sem nunca perder a popularidade e foi assim que conseguiu chegar aos nossos dias.
A fénétraé uma tarte deliciosa, com um sabor refrescante que a transforma numa excelente opção para uma sobremesa de primavera ou verão.
Aprenda aqui a preparar.
INGREDIENTES
para a massa
75 g manteiga amolecida
70 g açúcar granulado
1 limão
10 g açúcar baunilhado
135 g farinha de trigo
1 ovo
Para decorar
200 g doce de damasco
100 g de casca(s) de limão cristalizadas
30 g açúcar granulado
Para o recheio
25 g farinha de trigo
35 g açúcar em pó (de confeiteiro)
35 g amêndoa moídas (em pó)
90 g clara de ovo
PREPARAÇÃO
Misture o açúcar, a pitada de sal, as raspas de limão e a manteiga.
Assim que o creme estiver pronto, adicione 1/2 ovo à mistura, misture bem e incorpore a farinha para finalizar a massa.
Leve ao frigorífico por 15 minutos antes de desenrolá-lo numa forma. Forre a forma com a massa e levante as bordas para incorporar o recheio.
Espalhe generosamente o doce de damasco no fundo da tarte e reserve.
Num recipiente misture a farinha, o açúcar de confeiteiro e as amêndoas moídas. Para tornar esta mistura o mais fina possível, peneire-a.
Bata as claras em castelo e envolva-as no açúcar em pó.
Despeje depois, muito delicadamente, a mistura de farinha, açúcar e amêndoas moídas em cima das claras batidas e envolva tudo com cuidado.
Espalhe a mistura obtida sobre a base da tarte que tem no fundo o doce de damasco.
Decore com as cascas de limão cristalizadas antes de assar por 25 minutos em forno previamente aquecido a 180°C.
Se não tiver limão cristalizado, pode decorar a tarte depois de a tirar do forno com açúcar de confeiteiro e fatias de limão fresco.
Terra de encantos e tradições, a Beira Baixa oferece algumas das paisagens e experiências mais espetaculares de Portugal. Faça uma escapadinha de 3 dias até esta região e descubra a sua cultura, natureza e gastronomia. Conheça os castelos, monumentos e museus que retratam a história e as artes das gentes beirãs. Caminhe por trilhos e passadiços e deixe-se envolver pela poesia e beleza das Aldeias do Xisto. Prove delícias gastronómicas que o vão fazer esquecer qualquer dieta ou relaxe numa das fantásticas praias fluviais. Viva dias felizes. A Beira Baixa espera por si!
Foto: CIMBB
Localizada no centro do País, próxima da fronteira com Espanha, a região da Beira Baixa é composta pelos concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Penamacor, Proença-a-Nova, OleiroseVila Velha de Ródão — Seis territórios como propostas únicas, mas absolutamente complementares na experiência que oferecem ao visitante.
Em Castelo Branco, a capital da Beira Baixa, das Aldeias de Sarzedas, São Vicente da Beira e Martim Branco, passando pelo sabor do borrego Merino da Beira Baixa servido à mesa, muitas são as razões que prendem quem por aqui passa.
No centro histórico destacam-se as muralhas e os vestígios do Castelo Templário, assim como o maravilhoso Jardim do Paço Episcopal, classificado como monumento nacional por ser um dos mais originais exemplares do Barroco em Portugal.
Extraordinário é também o Centro de Interpretação do Bordado, parte integrante da identidade da cidade, que através de imagens e exposições, ensina o processo de produção da seda e o cultivo do linho — as duas matérias-primas principais desta arte. Na Oficina-Escola, localizada no primeiro piso, é possível ver as bordadeiras em ação, o que torna toda a experiência ainda mais completa e interessante.
As celebrações da Páscoa são vividas de forma muito intensa emCastelo Branco e esta é uma das melhores épocas para visitar o concelho e assistir à Procissão do Enterro do Senhor, à Vigília Pascal e à bênção dos ramos no adro da Sé Catedral.
Foto: CIMBB
Em Idanha-a-Nova pare em Monsanto. A aldeia, outrora eleita “a mais portuguesa de Portugal”, é um lugar tão extraordinário e único, com as suas casinhas “encaixadas” em enormes rochas, que até já serviu de cenário para a série internacional Guerra dos Tronos: “House of The Dragon”.
Procura o equilíbrio físico e mental? Idanha-a-Nova pode ser a sua resposta. Uma das mais antigas fontes termais do país, encontra-se aqui. Esta fonte termal é considerada a mãe das Termas de Monfortinho, um paraíso natural onde pode descansar e recuperar do desgaste do dia-a-dia. É “um lugar sem tempo e com tempo para tudo”, cuja origem remonta à época dos romanos. Se se interessar por este período da história e por arqueologia, visite a Casa de Átrio e o Arquivo Epigráfico de Idanha-a-Velha, onde vai descobrir numerosos vestígios dessa antiga civilização.
Já se o seu interesse é a paleontologia, não perca o Parque Icnológico de Penha Garcia que integra o Geopark Naturtejo da Meseta Meridional, pertencente às redes Europeia e Global de Geoparques da UNESCO. Aqui foram identificadas diversas formas bem preservadas de icnofósseis que se pensa terem cerca de 480 milhões de anos, altura em que a região era banhada por um oceano cheio de vida.
Se visitar Idanha-a-Nova na Páscoa, não perca a celebração do Sábado Aleluia onde toda a população do concelho e a centenária Filarmónica Idanhense se junta na Igreja Matriz com apitos e chocalhos.
Antes de deixar o concelho não deixe de provar (e de trazer para casa) os borrachões — deliciosos bolos secos, típicos da região. São feitos para durarem muito tempo porque substituem os ovos por azeite, vinho e aguardente.
Terras de Ouro, na Beira Baixa, poderá provar o doce azeite, feito predominantemente com azeitona galega e surpreender-se com os olivais que se prolongam até ao horizonte.
Foto: Município de Oleiros
Em Oleiros esteja preparado para cair de amores pela natureza beirã. Algumas das paisagens mais bonitas da Beira Baixa encontram-se aqui!
Escolha entre fazer a mais exigente Grande Rota Muradal-Pangeia, um circuito com aproximadamente 37 km, integrado no Trilho Internacional dos Apalaches, ou a mais acessível Geo Rota do Orvalho, cujos destaques são os Passadiços do Orvalho, a Cascata da Fraga da Água d’Alta e o Miradouro doCabeço do Mosqueiro. A Geo Rota do Orvalho tem cerca de 9 km de extensão, mas os passadiços só foram construídos em pontos chave do percurso para tornar viável a passagem por zonas mais difíceis e assim, permitir o acesso a um número mais alargado de pessoas.
Acha que vai ficar cansado de tanto caminhar? Não se preocupe. As praias fluviais de Cambas e Açude Pinto em Oleiros, são perfeitas para descansar e para se refrescar nos dias mais quentes de verão.
À mesa também não vão faltar petiscos que ajudem a repor as energias gastas com o exercício físico. Num dos restaurantes do centro de Oleiros, peça um Cabrito Estonado, prato típico da localidade, e acompanhe-o com um cálice de Vinho Callum, um vinho branco, muito ligeiro, de baixo teor alcoólico, que deve ser servido bem fresco.
Se lhe sobrar tempo, não deixe de visitar a encantadora Aldeia de Álvaro, uma das Aldeias do Xisto da região. É uma das designadas “aldeias brancas” porque o xisto que compõe as casas foi todo pintado dessa cor. Aqui pode fazer a Rota do Religioso ou do Percurso das Capelas, O conjunto escultórico do Senhor Morto e das Santas Mulheres por si só merecem uma visita.
Foto: Câmara Municipal de Penamacor
O município de Penamacor oferece-nos uma das mais belas áreas protegidas de Portugal — A Reserva Natural Serra da Malcata. Criada para proteger o lince-ibérico e todo o património natural envolvente, abriga várias espécies animais. É um lugar que convida à observação de pássaros e a caminhadas longas ou a passeios curtos, mas sempre sem pressa. Uma série de percursos pedestres permitem descobrir, não só a natureza deslumbrante do município, como também a tradição, a cultura e a história deste local que já foi uma das mais importantes fortalezas da fronteira portuguesa.
Se só puder fazer um percurso escolha a Rota da Vila que passa por algumas das principais atrações de Penamacor e quando o estômago começar a dar horas, pare num restaurante local e experimente as sopas de couve e batata, o cabrito, o arroz com carne, os queijos e o mel de rosmaninho.
Na Páscoa não perca a maior romaria da Vila de Penamacor — A Romaria de Nossa Senhora do Incenso. É um evento intenso, comovente e um dos principais símbolos identitários da comunidade penamacorense.
Já no verão são as praias fluviais de Meimoa e Benquerença que ganham a preferência dos locais e dos visitantes. Ideais para repousar, nadar ou merendar, tem infraestruturas construídas a pensar no bem-estar de todos aqueles que as frequentam.
Fotos: CIMBB
Localizada entre as ribeiras do Alvito e da Isna, Proença-a-Nova — que já se chamou “Cortiçada” pela abundante produção de cortiça e elevado número de colmeias (também chamados cortiços) que em tempos dominaram a economia da região, — brilha hoje como uma das joias do turismo de natureza português.
Miradouros, monumentos megalíticos, geossítios e fauna e flora diversificada, atraem quem procura ar puro e paisagens deslumbrantes. Existem 8 percursos pedestres disponibilizados pelo município.
Sete dos percursos são circuitos pequenos de dificuldade fácil/moderada e um deles — a Grande Rota da Cortiçada — é uma trilha com 135 quilómetros, apropriada para os mais resistentes, que pode ser percorrida a pé ou de bicicleta, e que permite a descoberta de Proença-a-Nova, das suas gentes e tradições, do seu património histórico e cultural e, acima de tudo, da sua biodiversidade.
A partir do centro de Proença-a-Nova também é possível percorrer os vários pontos do Roteiro das Artes, que passa por obras como a escultura de Carlos Farinha sobre a Cortiçada, ou a intervenção de Yola Vale nas Escadinhas do Duque, entre outros.
O Centro Ciência Viva da Floresta é outro destaque deste concelho onde o convite é experimentar, tocar e sentir a floresta, com atividades disponíveis para toda a família. Os mais aventureiros (e corajosos), podem ainda experimentar o salto tandem no aeródromo de Proença-a-Nova.
Para algo mais calmo, sugere-se uma visita à Aldeia da Figueira, integrante da Rede de Aldeias do Xisto de Portugal onde pode experimentar uma das especialidades gastronómicas da região — Plangaio, um enchido tradicional, semelhante ao maranho e ao bucho que inclui na sua confeção a massa de farinheira a que se adiciona os ossos do espinhaço do porco.
A Encomendação das Almas, é uma celebração a não perder por quem visita o concelho no período da Quaresma. É realizada tradicionalmente a altas horas da noite e em pontos altos das aldeias de Cunqueiros, Galisteu e Chão do Galego.
Aldeia Ruiva, Alvito, Cerejeira, Fróia e Malhadal constituem a rede de praias fluviais do concelho, que no verão são ideais para fugir do rebuliço urbano.
Foto: CIMBB
Quem vai até Vila Velha de Ródão nunca esquece a magnífica paisagem e a imponência das Portas de Ródão. Cartão postal do município, a monumental garganta escavada pelo rio Tejo na serra do Perdigão é uma ocorrência geológica natural que atualmente serve de habitat para a maior colónia de grifos do país. Pode-se visitar o local de barco e observar de perto algumas das 116 espécies de aves que aí vivem.
O Castelo do Rei Wamba é outra das atrações. Ergue-se numa escarpa sobranceira ao rio Tejo, sobre as Portas de Ródão e testemunha a importância, ao longo dos séculos, deste ponto estratégico para a definição de fronteiras e defesa do território.
Prove uma sopa de peixe do rio, especialidade local e passe no Centro de Interpretação de Arte Rupestre do Vale do Tejo. Visite a sua exposição permanente e descubra o vasto património arqueológico deixado pelas comunidades pré-históricas da Península Ibérica.
Para conhecer a região mais a fundo, percorra a Rota das Invasões ou escolha outro dos percursos pedestres oferecidos pelo município. São sete ao todo.
Em agosto não perca a Romaria de Nossa Senhora do Castelo, na aldeia de Vilas Ruivas, a mais antiga e tradicional festa do concelho de Vila Velha de Ródão e até da região, pois remonta ao século XII.
Artigo patrocinado pela CIM Beira Baixa e originalmente publicado no Sapo Viagens
Taktouka é uma espécie de salada, muitas vezes apresentada como um molho, muito comum nas mesas marroquinas. É um prato delicioso e muito fácil de preparar.
Taktouka é feito com ingredientes muito simples: pimentão verde, tomate, alho e azeite. Os pimentões grelhados adicionam um delicado sabor defumado à salada, perfeitamente equilibrado pela doçura natural dos tomates. Podemos comer este prato à maneira marroquina — mergulhando um pouco de pão no taktouka, ou servi-lo para acompanhar um prato de carne ou peixe grelhado.
INGREDIENTES
2 grandes pimentões verdes
3 colheres (de sopa) de azeite
4 tomates grandes
1 colher (de chá) de alho picado, cerca de 2 dentes
4 colheres (de sopa) de salsa fresca picada e coentros
1 colher (de chá) de páprica
½ colher (de chá) de cominho
Pimenta caiena (cayenne)
½ colher (de chá) de sal ou mais a gosto
½ colher (de chá) de açúcar mascavado (opcional)
PREPARAÇÃO
Pré-aqueça um grelhador antiaderente ou uma frigideira antiaderente em fogo alto.
Coloque os pimentões verdes na chapa e vire ocasionalmente a cada 3 a 4 minutos, até que cada lado esteja tostado (levemente queimado) e macio.
Retire os pimentões verdes da chapa e deixe arrefecer.
Enquanto isso, descasque, retire as sementes e pique grosseiramente os tomates em pedaços de 1,5 cm.
Assim que os pimentões verdes atingirem a temperatura ambiente, descasque-os e corte-os em pedaços de 1,5 cm.
Numa caçarola grande ou numa frigideira funda, aqueça o azeite em lume médio-baixo e junte os tomates picados, os alhos, as especiarias, a salsa e os coentros, o sal e o açúcar (opcional). Cubra com uma tampa por 10 minutos até que os tomates estejam macios. Mexa de vez em quando.
Destape a frigideira, adicione o pimentão verde picado e misture todos os ingredientes. Deixe ferver suavemente por 10 minutos até que todos os líquidos evaporem.
Saboreie quente ou frio, como acompanhamento ou recheio de um saboroso sanduíche!
O Deserto de Agafay, localizado a uma curta distância de carro da movimentada cidade de Marrakech,é uma joia escondida de Marrocos. Muitas vezes ofuscado pelo seu vizinho mais famoso, o Deserto do Saara, Agafay oferece uma experiência mais íntima e autêntica a quem quer fugir da agitação da vida na cidade ouestá em busca de uma nova aventura.
Agafay, também conhecido como “deserto lunar”, é um deserto único e de tirar o fôlego. Fica a cerca de 30 km de Marrakech, no sopé das montanhas do Atlas e estende-se por mais de 30.000 quilómetros quadrados. Abriga várias aldeias berberes tradicionais que os visitantes podem explorar para aprender um pouco sobre a cultura e os costumes locais e ter um vislumbre do modo de vida tradicional no deserto.Nos últimos anos, Agafay tornou-se igualmente um destino popular para desportos de aventura, como escalada, mountain bike e parapente. A localização remota e o terreno acidentado com imponentes formações rochosas, desfiladeiros sinuosos e vastas extensões de areia, fazem dele o local ideal para quem gosta de emoções fortes. No entanto, quem prefere algo mais calmo, pode optar antes por fazer glamping ou voar num balão de ar quente. Os que amam a natureza também se podem surpreender, pois apesar das suas duras condições, Agafay abriga uma vida selvagem diversificada, que inclui raposas, lebres, várias espécies de pássaros e o macaco de barbary, uma espécie ameaçada de extinção.
Como ir de Marrakech até ao Deserto de Agafay
Chegar até a Agafay a partir de Marrakesh não é difícil. As opções são muitas. A mais simples e segura é marcar uma visita guiada. Existem vários operadores turísticos a oferecer passeios guiados ou excursões noturnas de Marrakech até Agafay. Estas excursões geralmente incluem transporte, refeições e atividades como passeios de 4x4 ou caminhadas.
Pode também alugar um carro particular com motorista ou um táxi para levá-lo diretamente de Marrakech até ao deserto e vice-versa. Esta é a opção mais conveniente e confortável, mas também pode ser a mais cara.
Alugar um automóvel e dirigir até ao Deserto de Agafay é a opção que oferece mais liberdade e flexibilidade, mas é importante notar que dirigir em Marrocos pode ser um desafio, especialmente nas áreas rurais.
Quem preferir uma opção mais económica pode usar o transporte público. O autocarro 33 que sai de Marrakesh em direção a Sebt Dar Jdida, percorre uma rota que passa perto de Agafay. A paragem mais próxima do deserto é Domaine Hanaa.
Ficar hospedado no Deserto de Agafay
Os visitantes do deserto de Agafay têm uma variedade de opções de acomodação por onde escolher, desde glamping em acampamentos com piscina e todo o conforto, ou uma cama numa tenda berber tradicional que custa apenas 29 euros por noite. Muitas dessas acomodações oferecem pacotes com tudo incluído, que englobam refeições, atividades e transporte de/e para o deserto.
Alguns acampamentos oferecem experiências diurnas e outros noturnas (muitos oferecem ambas) ligadas à cultura e tradições berberes. É só escolher o que melhor se adapta a si e ao seu orçamento paraviver uma experiência confortável e única no deserto.
A melhor época para visitar o Deserto de Agafay em Marrocos depende das suas preferências pessoais e das atividades que planeia fazer.
O clima em Agafay é seco e quente, com temperaturas que podem chegar a 40 graus Celsius, assim a melhor época para visitar, em termos de clima, seria durante a primavera ou outono quando as temperaturas são mais amenas e confortáveis, mas esta é a altura em que mais pessoas visitam o local, por isso se preferir evitar as multidões, opte por ir no período de outono ou inverno.
Explorar a cultura berbere
Durante séculos, o povo berbere chamou Agafay de lar, e a sua cultura e tradições foram moldadas pelo ambiente hostil, mas bonito do deserto.
Os berberes, que chamam a si próprios Imazighen, que significa "homens livres" ou "homens nobres"; são um povo com uma cultura muito rica e fascinante que vale a pena explorar, e esta é uma das melhores coisas que os visitantes do deserto de Agafay podem fazer. Aqui podemaprender sobre os costumes e modos de vida tradicionais berberes, sobre a sua arquitetura, música e culinária e experimentar tradições antigas como as tatuagens de henna.
As mulheres berberes são conhecidas pelas bonitas peças de artesanato que criam, principalmente em tecelagem e bordados, usando corantes naturais e técnicas tradicionais transmitidas de geração em geração, e também pelo óleo de aragão que produzem de forma artesanal a partir da icónica árvore de Argan.
O Deserto de Agafay oferece uma grande variedade de atividades e atrações para os visitantes. Uma das atividades mais populares é o trekking no deserto, que permite aos visitantes explorar o terreno único e apreciar as vistas deslumbrantes. Observar as estrelas em Agafay é algo inesquecível. O céu noturno, longe da poluição luminosa das cidades, oferece uma visão espetacular das estrelas e constelações.
Além das atividades tradicionais ligadas à cultura berbere, o Deserto de Agafay oferecetambématividades mais modernas, como andar de moto 4 e passeios de balão de ar quente. Maneiras únicas e emocionantes de experimentar a paisagem do deserto.
Para inspiração e ideias de férias e escapadinhas de fins de semana, acompanhem as minhas últimas viagens na página de Instagram do The Travellight World.
Alcácer do Sal é centro de uma região de terrenos arenosos onde se desenvolveu bem o pinheiro manso. É, por esta razão, uma das zonas consagradas de produção do pinhão que, sendo um produto típico de Alcácer, naturalmente é usado como ingrediente base em receitas tradicionais como as pinhoadas.
As pinhoadas são um doce popular de Alcácer do Sal que começou por serapresentado e consumido em feiras e depois se converteu num dos doces mais típicos desta região. É vendido aos viajantes de passagem em várias pastelarias de Alcácer, mas também é fácil de preparar em casa.
Espreite aqui a receita.
INGREDIENTES:
1 chávena de mel 2 chávenas de pinhões
PREPARAÇÃO:
Leve o mel ao lume e deixe levantar fervura. Junte os pinhões, mexa e deixe o mel ganhar ligeiramente ponto.
Deite o preparado numa base previamente humedecida e fria e, com as mãos também passadas por água fria, bata o doce até obter uma camada mais ou menos regular. Esta operação deve ser rápida. Em seguida, com uma faca aquecida em água a ferver, corte o doce em tiras.
Sirva num prato ou sobre folhas de laranjeira.
Fonte: Cozinha Tradicional Portuguesa (Editorial Verbo, 1998)
O Cais Palafítico da Carrasqueira é um lugar com uma dimensão dramática, quase teatral. Um labirinto de plataformas precariamente equilibradas sobre finas estacas de madeira, que parece desafiar a gravidade. Um cenário único em Portugal que junta mar, céu e terra e apaixona fotógrafos e observadores de aves.
Fotos: Travellight e H. Borges
À primeira vistao Cais Palafítico da Carrasqueira pode recordar as construções de madeira do Lago Songkhla na Tailândia, mas é uma obra bem portuguesa. Fica em Alcácer do Sal e foi erguida durante as décadas de 50 e 60 do século XX, para servir de ancoradouro para os barcos de pesca da região — função que continua a cumprir até hoje.
Na Carrasqueira foi a necessidade que levou ao engenho. Os pescadores da zona, sobretudo de ostras, tinham de enfrentar quando a maré baixava, cerca de dez metros de lama ou até mais, a separar a terra da água. Por causa disso um pescador teve a ideia de martelar palafitas na borda da parede da maré (que protege as terras agrícolas) e colocar algumas tábuas por cima. Outros seguiram o mesmo método e juntos empilharam novas palafitas e pranchas. Gradualmente o cais cresceu e estendeu-se à confusão de plataformas que hoje podemos observar.
Dependendo das marés, os barcos flutuam na água ou ficam atolados na lama, mas os pescadores nunca perdem o acesso às suas embarcações.
Em cima do cais encontramos igualmente algumas cabanas de madeira, de pequenas dimensões, que realçam a teatralidade do cenário e lhe conferem algum misticismo, pois estão decoradas com bonecos, inscrições e outros elementos que parecem ligados às superstições das gentes do mar.
Quem gosta de observar pássaros também não perde a viagem. Neste local encontram-se várias espécies interessantes do estuário do Sado: maçaricos de bico-direito, garças brancas, ibís pretas, corvos marinhos, rolas do mar, gaivotas de cabeça preta e muitos outros.
É um lugar muito bonito. Maravilhoso para fotografar em todas as estações do ano, e um bonito passeio de fim de semana.
Esta receita foi desenvolvida por Shane Philip Coffey, chef do restaurante Alias, no Lower East Side de Nova York para um menu de degustação do Dia de São Patrício. É um pudim de chocolate combinado com Guinness e colocado num copo de cerveja coberto de chantilly para se assemelhar a uma stout.
INGREDIENTES
8 gemas grandes
1 chávena de açúcar
Uma lata de Guinness (44 cl)
3 chávenas de natas
200 g de chocolate amargo de alta qualidade (70 a 72% de cacau), finamente picado
PREPARAÇÃO
Numa tigela grande misture as gemas e o açúcar.
Abra a lata de Guinness e despeje lentamente num copo medidor, despejando na lateral do copo para reduzir a formação de espuma. a partir do copo medidor despeje metade da Guinness (cerca de 7/8 chávenas) numa panela de fundo grosso. Adicione 2 1/4 de chávena de natas e bata tudo para combinar. Leve ao fogo médio e aqueça, mexendo ocasionalmente, até que bolhas comecem a se formar nas bordas. Retire do fogo, acrescente o chocolate e bata tudo até ficar homogéneo.
Despeje lentamente a mistura de chocolate quente nos ovos, mexendo sempre para evitar que coagule. Volte a colocar a mistura na panela e leve ao fogo moderadamente baixo. Cozinhe, mexendo sempre, até a mistura engrossar e cobrir as costas da colher, cerca de 15 minutos. Despeje no liquidificador e bata em velocidade alta por 1 minuto. Divida o pudim entre 6 copos de cerveja, deixando pelo menos 2,5 cm de espaço em cima de cada um. Cubra com película aderente e leve ao frigorífico até arrefecer e ficar firme.
Enquanto isso, despeje o restante da Guinness numa panela pequena e deixe ferver em fogo médio. Reduza o fogo para moderadamente baixo e cozinhe, com a panela descoberta, até reduzir até uma 1 colher de sopa, cerca de 20 minutos. Despeje essa calda numa tigela pequena e deixe esfriar.
Bata as natas restantes até formar picos moles. Adicione a calda de Guinness e bata até tudo ficar bem combinado. Divida o creme entre os 6 copos e sirva.
Dublin é uma cidade bonita, cheia de história, com bons lugares para comer e beber e muitos locais interessantes para visitar. Ao contrário de capitais como Londres ou Nova Iorque, a capital da República da Irlanda é uma "pequena-grande" cidade que facilmente podemos percorrer a pé. Um único dia pode ser pouco para a conhecer a fundo, mas é mais que suficiente para ficar apaixonado por ela.
Quando se pensa em Dublin, invariavelmente, a primeira coisa que nos vem à cabeça é a cerveja Guinness e o dia de St. Patrick. Confesso que, pelo menos para mim, era assim. A cidade tem uma população jovem e calorosa e muitas das suas atracções de facto tem cariz alcoólico. O risco de acabar uma visita feliz, mas com uma tremenda ressaca é grande, mas não tem necessariamente de ser assim. Em 24 horas há muito mais para conhecer e explorar em Dublin.
Chegar a Dublin
O Dublin Express é a forma mais simples e barata de viajar entre o Aeroporto Internacional de Dublin e o centro da cidade. O bilhete de ida e volta custa 9 Euros e o bus faz 15 paragens incluindo em Temple Bar, Trinity College, O'Connell Street e Heuston Station. Parte do lado de fora dos terminais 1 e 2 e tem Wi-Fi gratuito. Pode consultar horários e comprar o bilhete on-line aqui .
O que visitar
Comece o seu passeio pela Grafton Street, a rua principal de Dublin. Pode ser uma das ruas mais caras para fazer compras, mas, com os seus homens-estátua, músicos e outros artistas de rua, é também uma das mais animadas. Beba um café ou um chocolate quente noButlers e depois siga para O'Connell Street para ver uma parte essencial da história da Irlanda — o General Post Office (GPO) Museum.O museu é uma experiência imersiva e interativa que conta a história do Levante da Páscoa de 1916, que conduziu à declaração de independência e à história moderna da Irlanda. Não perca o filme central especialmente criado para colocar o visitante bem no meio da ação do Levante.
Terminada a visita ao museu, siga a pé para o Trinity College.Esta universidade fundada em 1592 é um lugar especial e em si bastante impressionante, mas as principais atrações estão no seu interior, nomeadamente na sua belíssima biblioteca de tectos altos abobadados, em madeira, que parece saída de um filme do Harry Potter.
A biblioteca guarda 250.000 dos livros mais antigos do mundo, incluindo o Livro de Kells —um precioso manuscrito do século IX. A biblioteca abriga também um dos tesouros mais relevantes da Irlanda: uma harpa do século XV que é hoje o emblema do País.
Foto: PxHere
A uma curta caminhada do Trinity College, fica a Merrion Square — uma linda e elegante praça com jardim, construída no final do século XVIII, cercada por casas de estilo georgiano, com portas de cores vibrantes. Reza a lenda que as mulheres começaram a pintar as portas de cores diferentes porque os maridos voltavam bêbados e enganavam-se na casa. Com portas de cores diferentes deixaram de ter desculpa para acabar a noite na cama errada.
Muitas das casas têm placas com informações de pessoas famosas que lá moraram, como Oscar Wilde, W.B.Yeats e Daniel O'Connell.
Foto: PxHere
A beleza de uma cidade do tamanho de Dublin é que realmente podemos caminhar entre atrações sem perder muito tempo, por isso da Merrion Square siga logo para aGuinness Storehouse que fica a cerca de 35 minutos a pé de distância, porque ir a Dublin e não visitar a Guinness é, como diz o ditado, ir a Roma e não ver o Papa.
A famosa cervejeira oferece uma visita guiada que permite descobrir a história da marca irlandesa favorita em todo o mundo, ver como é fabricada a icónica stout preta e ainda provar algumas das suas variantes. Aproveite para almoçar no 1837 Bar e Brasserie ou no Arthur's Bar onde poderá experimentar alguns pratos inspirados na cervejaGuinness e, em seguida, visitar o Gravity Bar e desfrutar de um pint de Guinness (incluido no preço da visita) enquanto aprecia as vistas de 360º graus sobre Dublin.
O Guinness Storehouse oferece muitas experiências diferentes. Podem verificar todas as opções e os preços dos bilhetes (que podem ser comprados on-line) aqui.
Depois do almoço na Guinness Storehouse dirija-se até à Catedral de St. Patrick’s, a maior igreja da Irlanda, dedicada ao seu santo padroeiro. Foi construída em 1191 e tem belíssimos vitrais.
Se para além de cerveja aprecia um bom whisky, não deixe igualmente de fazer uma visita guiada à Destilaria Jameson. Durante a visita são explicados os processos de destilação, a moagem e a maturação da bebida. No fim é feita uma degustação de whisky que ensina os menos versados nestas áreas a diferenciar a qualidade da bebida irlandesa frente à escocesa e americana.
Se ainda estiver em condições depois de toda a Guinness e whiskey que provou, siga para Dublinia. Neste museu/exposição vai descobrir como era Dublin no tempo dos Vikings e na era medieval. É uma atracção divertida pois pode-se pegar em objectos como espadas e armaduras, tocar nos personagens e vestir as suas roupas.
Continue no tema histórico e visite o Castelo De Dublin, um castelo bem preservado, que remonta ao início do século XIII.
Foto: wikimedia commons - J.-H. Janßen
Desça do Castelo até ao Rio Liffey, o rio que atravessa Dublin. É muito agradável caminhar ao lado do rio, tirar fotografias ou fazer um passeio de barco. Os cruzeiros no rio duram cerca de 45 minutos e tem um guia que explica a história de Dublin desde a chegada dos Vikings até aos tempos modernos.
Termine o dia em Temple Bar, na margem sul do rio Liffey. Temple Bar, ao contrário do que possa pensar não é um único bar, mas sim um animado bairro com diversos restaurantes, pubs e bares irlandeses com música ao vivo. Aqui há sempre muitos turistas e a diversão é garantida.
Jante no Rustic Stone (17 South Great George's Street) que combina gastronomia moderna com o rústico irlandês e tem boa comida preparada com produtos locais e sazonais, e depois acabe a noite no McDaids (3 Harry St), um famoso pub que já foi uma morgue, uma capela e é também o pub mencionado na abertura do conto de James Joyce “Grace”. Este era o lugar favorito do famoso autor e de outros grandes escritores e dramaturgos irlandeses. No McDaids pode ouvir jazz e blues e encontrar uma atmosfera relaxada, autêntica e cheia de história.
O cuscuz nordestino faz parte da dieta dos pernambucanos à muito tempo e pode ser encontrado em qualquer restaurante de Recife, no Brasil, podendo ser consumido em qualquer refeição.Pode ser servido com ovos, queijo ou carne. Também existe uma versão doce, que pode ser consumida com leite de coco e coco ralado. É uma receita deliciosa super fácil de preparar!
INGREDIENTES
2 chávenas (de chá) de água (500ml)
1 colher (de chá) de sal (10gr)
1 pacote de 500g de farinha de milho amarela tipo flocão (vende-se no Auchan)
PREPARAÇÃO
Numa tigela, misture o cuscuz, o sal e a água até formar uma farofa húmida.
Coloque essa mistura na cuscuzeira e alise sem apertar.
Tape a cuscuzeira e leve a fogo brando durante 15 minutos. Retire e coloque num prato.
Depois de pronto, o cuscuz pode ser ensopado em leite de coco para ficar doce ou pode ser servido com ovo frito ou como acompanhamento de um prato de carne.
Receita retirada, com pequenas adaptações, do site Cybercook
A Baía do Sancho, ou Praia do Sancho, é uma das muitas praias paradisíacas de Fernando de Noronha, a principal ilha do arquipélago com o mesmo nome. Fica localizada a cerca de 355 quilómetros da costa do Brasil, no Estado de Pernambuco e é considerada a praia mais bonita do país. Não é para menos — é impossível ficar indiferente a este paraíso!
Fernando de Noronha é um verdadeiro paraíso terrestre com um agradável clima temperado e um extraordinário ecossistema natural, rico em flora e fauna. Foi declarado Parque Nacional Marinho do Brasil e incluído entre os patrimónios naturais da UNESCO pela sua espetacular biodiversidade.
É na costa nordeste da ilha de Fernando de Noronha, cercada por verdejantes escarpas rochosas e banhada pelas águas cristalinas do Oceano Atlântico que encontramos a Baía do Sancho — a bela praia de areia dourada que tem repetidamente sido apontada como a "praia mais bonita do mundo" pelo seu formato emmeia-lua e areia fina, beijada por um mar com um fantástico fundo marinho, habitado por peixes coloridos, golfinhos e tartarugas marinhas.
O arquipélago de Fernando de Noronha é formado por 21 ilhotas de origem vulcânica e a sua natureza selvagem e intocada é protegida por regras apertadas que restringem o número de visitantes a 700 turistas diários.
Para chegar à praia há que passar primeiro por um centro de visitantes, onde deve ser adquirido o bilhete para entrar no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha. A partir daqui existe um passadiço que facilita o acesso inicial à praia, ao Miradouro dos Golfinhos e ao Miradouro da Baía dos Porcos. É só seguir as indicações para chegar até às atrações. Mas, quando conseguir avistar a Praia do Sancho de cima, vai perceber que para chegar ao areal tem duas opções: ou vai de barco pelo mar, ou desce por uma (assustadora) escada com 208 degraus, que passa por dentro de uma fenda na encosta rochosa que cerca a praia. É complicado, mas vale o esforço
Quais são as principais atrações da praia?
A tonalidade da água do mar é uma das características mais bonitas e distintas da praia do Sancho.Quando visitar, leve equipamento de snorkel e descubra o maravilhoso fundo do mar com a sua imensa variedade de peixes coloridos grandes e pequenos.
Se viajar na época das chuvas procure a cascata que se forma por essa altura. O acesso também é difícil: tem de seguir primeiro por um pequeno riacho no canto direito da praia (contrário à localização da escada) e depois por um caminho cheio de pedras, para conseguir finalmente chegar à queda de água.
Se gosta de caminhar, antes ou depois de descer para a praia, percorra a trilha que conduz até ao miradouro da Baía dos Porcos e dos Dois Irmãos. É dali que se consegue tirar a foto mais famosa da Ilha!
Júzcar é uma cidade pequena, andaluza, localizada na província de Málaga. Fica a apenas 20 minutos de carro da antiga e mais popular cidade de Ronda. É uma vila com cerca de 300 habitantes, que foi toda pintada de azul e é por isso conhecida como “a vila azul" ou " a cidade dos smurfs".
Outrora anónima, a vila de Júzcar, ficou famosa em 2011 quando as suas casas brancas, típicas da Andaluzia, foram todas coloridas de azul para servirem de cenário ao filme da Sony Pictures dedicado aos smurfs. Terminadas as filmagens, a produtora de cinema ofereceu-se para restaurar Júzcar à sua cor original, mas a cidade recusou a oferta, percebendo, rapidamente, que poderia recolher grandes benefícios com o turismo se mantivesse a cor azul.
Nos últimos anos, a vila dos Smurfs foi visitada por milhares de turistas de todo o mundo, tornando-se uma autêntica atração para crianças e adultos. É um lugar mágico completamente azul e com edifícios decorados com lindos murais temáticos dos vários personagens smurfs, incluindo a câmara municipal, a igreja e o cemitério(?).
Passear pelas pequenas e estreitas vielas de Júzcar é uma experiência realmente engraçada, pois a qualquer momento podemos nos cruzar com casas em forma de cogumelo ou com bonecos do Papa Smurf, Smurfette e Gargamel.
Os caminhos estão bem marcados e conduzem o visitante a todas as principais atrações.
A transformação da vila deu um forte impulso à economia local, levando a um importante crescimento do emprego graças ao nascimento de novos e pequenos negócios como restaurantes, bares, pensões e lojas de artesanato. No entanto, apesar de Júzcar ter perdido a permissão de se publicitar como a “Cidade dos Smurfs” tendo de remover qualquer referência aos fofos personagens azuis, ainda hoje mantém o seu aspeto divertido e lúdico inalterado. Júzcar mudou apenas o seu nome para “Vila Azul“ e continua a ser um dos destinos turísticos mais encantadores da Andaluzia.
Prato típico norueguês, o salmão com molho de endro, ou aneto como também é chamado em Portugal, é uma receita simples e fácil de preparar, onde o delicioso sabor natural do salmão é perfeitamente complementado com o molho picante de endro.
INGREDIENTES
4 lombos de salmão
160 g de iogurte natural
1 dente de alho
2 colheres (de sopa) de sumo de limão
1 punhado de endro (aneto), fresco ou seco
Pimenta preta
sal marinho
PREPARAÇÃO
Pré-aqueça o forno a 220°C. Unte levemente uma assadeira ou forre uma assadeira com papel de alumínio e, em seguida, adicione o salmão e tempere com uma colher (de sopa) de sumo de limão, uma pitada de sal marinho e pimenta preta moída na hora.
Asse o salmão no forno até que esteja cozido no meio. Enquanto isso, faça o molho misturando o iogurte, 1 colher (de sopa) de sumo de limão, endro e alho. Regue o salmão e antes de servir decore o prato com um raminho de endro.
O Estádio Henningsvaer é um campo de futebol localizado na vila com o mesmo nome, nas Ilhas Lofoten, na costa norte da Noruega. É considerado um dos estádios mais bonitos do mundo pela sua vista para o Mar da Noruega, não muito longe do Círculo Polar Ártico.
Foto: Pexels
Henningsvaer é uma pequena vila das Ilhas Lofoten, na Noruega que abriga 500 pescadores e menos de 25.000 habitantes. Cercada pelo mar, Henningsvaer, conecta-se à ilha principal do arquipélago por meio de uma ponte construída em 1983 e nos últimos anos ganhou popularidade nas redes sociais por causa da extraordinária localização do seu estádio de futebol imerso no panorama deslumbrante do Mar da Noruega.
O estádio foi construído a partir do nivelamento da sólida camada rochosa, tem um relvado sintético e está cercado por enormes “grelhas” laterais que evitam que quando há jogos de futebol, a bola vá parar à água.
Uma curiosidade? Estas mesmas “grelhas” servem igualmente para secar bacalhau!
Foto: Wikimedia Commons Cappo80
Foto: PexelsFoto: Pexels
O Estádio Henningsvaer não tem arquibancadas e só pode receber equipas de futebol amadoras, mas é certamente um estádio único e original. Talvez o mais extraordinário campo de futebol de todos os tempos!
Há momentos na vida em que ter um carro pode ser mais um incómodo do que um luxo, e a degustação de vinhos é um desses momentos. Porque vamos ser honestos, ninguém realmentedá só um gole por taça! É por isso bom saber que muitas das regiões vinícolas da Europa são acessíveis de comboio e que podemos facilmente viajar dentro e entre os países, provando sem qualquer preocupação vinhos, em cada paragem.
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Com centenas de regiões vinícolas para conhecer em toda a Europa, escolher um itinerário ferroviário pode ser um grande desafio, mas é também um prazer e uma maneira épica de beber não só bom vinho, mas “beber” também a beleza e a cultura europeia.
1. Bordéus, França
Bordéus, no sudoeste da França é,desde o século VIII, uma das maiores regiões vinícolas da Europa. Para conhecer a região, fazer passeios pelas vinhas e degustar vinhos, vá até a cidade de Saint-Émilion. Para lá chegar, apanhe o comboio que parte da estação ferroviária de Bordeaux. A viagem leva cerca de 30 minutos e o bilhete ida e volta, se marcado com antecedência no site da SNCF, custa cerca de 10€.
2. Piemonte, Itália
Piemonteé uma região vinícola no noroeste de Itália. Os conhecidos vinhos Barolo e Barbaresco dominam amplamente esta região e as uvas Nebbiolo são as estrelas locais. Aqui encontrará vinhos que se caracterizam por taninos profundos e grande longevidade. Outros vinhos que pode experimentar ou comprar em Piemonte são Barbera d'Asti, Barbera del Monferrato e Asti Spumante. Asti e Alba são as duas principais cidades desta notável região vinícola e podem ser facilmente alcançadas apanhando um comboio regional na cidade de Torino.
O bilhete ida e volta, comprado com antecedência no site da Trenitalia fica por cerca de 11,60€
3. Champanhe, França
Champagne é uma das regiões vinícolas mais famosas da Europa. Esta região é facilmente acessível de comboio saindo de Paris. Pode passar a noite aqui, fazer algumas degustações e aproveitar para fazer uns passeios em Reims. Algumas vinícolas permitem que o visitante se aventure por adegas centenárias instaladas em baixo da cidade. Para uma experiência de degustação de champanhe numa pequena cidade, desça do comboio em Épernay. Rapidamente compreenderá porquê esta cidade é o coração histórico da produção de champanhe.
Apanhe o TGV de alta velocidade de Paris a Reims ( 50€ ida e volta) e em menos de uma hora estará com uma taça de champanhe na mão. Em alternativa viaje no comboio regional, que leva cerca de 2 horas e lhe permite descer onde quiser, o bilhete ida e volta fica por volta de 38€.
4. Mosel, Alemanha
Embora a maioria das pessoas associe a Alemanha à cerveja, a Alemanha ocupa o quinto lugar nas regiões vinícolas da Europa e o país possui uma rede ferroviária eficiente que ajuda muito a chegar lá. Dirija-se a Mosel para provar um excelente vinho. A viagem de comboio, à beira do rio, entre Koblenz e Cochem é bastante cênica, e ambos os locais são boas bases para explorar a região vinícola de Mosel.
Pode chegar a Koblenz a partir de Frankfurt apanhando um comboio da DB. A viagem dura cerca de 1 hora e meia e o bilhete ida e volta fica por cerca de 42€
5. La Rioja, Espanha
La Rioja é uma pequena região no norte da Espanha que ficou famosa devido à Tempranillo, a uva nobre local. Os vinhos fortes e encorpados ganham o seu carácter pelo longo tempo que passam em barris de carvalho e a melhor maneira de provar os vinhos de La Rioja é passar uma noite inteira degustando tapas e vinhos pela capital regional de Logroño. Visite La Rioja apanhando um comboio AVE ou Alvia em Bilbau. Pode apanha o comboio da Renfe em Bilbau para Logroño. A viagem leva cerca de 2 hora e meia e o bilhete custa entre 14€ e 18€
6. Tokaj-Hegyalja, Hungria
A Hungria é um país vinícola subestimado, mas bem desenvolvido, com mais de mil anos de experiência em vinificação. Existem 22 regiões vinícolas no país. A mais notável é a região vinícola de Tokaj-Hegyalja, que também é Património da Humanidade. Um excelente lugar para começar a exploração da região é no sopé das montanhas Zemplén, em Tokaj. Esta cidade é famosa pelo seu vinho de sobremesa doce e encorpado — Tokaji Aszú. Se quiser degustar este vinho no local onde é produzido, pode apanhar um comboio da Hungarian Railways (MÁV) emBudapeste para Tokaj. A viagem é um pouco longa, dura cerca de 2 horas e 40 minutos, mas vale a pena. O bilhete custa entre 10 e 13 €
7. Toscana, Itália
A Toscana, na Itália alberga várias regiões vinícolas individuais. Embora a rede ferroviária italiana não chegue a todas as pequenas vilas vinícolas que existem entre Florença e Siena, ela consegue chegar com eficiência a estas cidades principais que, por si só, são destinos extraordinários e um ótimo lugar para provar os vinhos locais.
8. Morávia, Chéquia
Tal como a Alemanha, a Chéquia é principalmente famosa pelas suas cervejas. No entanto, na Morávia, no lado leste do país, o vinho é claramente favorecido. Portanto, se é um amante do bom vinho, vai querer ir diretamente para o sul da Morávia. Znojmo é uma boa cidade para se inteirar sobre o vinho, a cultura e a história da Morávia. Pode chegar lá numcomboio da Czech Railways (ČD) a partir de Praga em 4 horas e a partir de Brno em 2 horas.
9. Vale do Rhône, França
O Vale do Rhône, na França, é uma região vinícola altamente subestimada. Aqui encontrará alguns vinhos encorpados, de cor profunda, dominados pela uva Syrah, uma das mais antigas castas do mundo. Siga o Rio Rhône até a cidade ribeirinha de Tain-l’Heritage, que é cercada por encostas repletas de vinhas. A cidade tem imensos lugares onde pode degustar alguns saborosos vinhos do Rhône. Apanhe o comboio regional francês da SNCF a partir de Lyon Part Dieu até Condrieu (a viagem dura 28 minutos e o bilhete custa 10€) e comece a explorar esta região.
10. Porto e Vale do Douro, Portugal
O Porto não podia faltar nesta lista. As uvas utilizadas para produzir o mais famoso vinho português são cultivadas ao longo do rio Douro, no norte de Portugal. Para conhecer a região viaje na linha férrea ao longo do Douro, apanhando o comboio que faz o trajeto entre a cidade do Porto e a estação do Pocinho. Vai ficar deslumbrado com a beleza cénica desta região vinícola.
Na cidade do Porto e em Gaia encontra as caves que guardam e envelhecem o Vinho do Porto. É possível fazer passeios e degustações na maioria dessas adegas.
11. Viena, Áustria
Viena pode ser famosa pelos seus palácios imperiais, legado artístico e intelectual deixado por Mozart, Beethoven e tantos outros, mas aventure-se a uma curta distância do centro da capital austríaca e descobrirá mais de 600 vinhas que proporcionam deliciosas degustações. Se desejar ficar perto da cidade, viaje de comboio até Cobenzl ou Kahlenberg, no norte de Viena, e vai descobrir não apenas bons vinhos, mas também vistas épicas.