Situada na ilha desabitada de Staffa, nas Hébridas Interiores, Argyll, a Caverna de Fingal é o tipo de lugar que parece ter saído de um sonho, tão irreal é o seu cenário. Com 69 metros de altura sobre o oceano, esta caverna marinha, visualmente impressionante, confunde-se com uma obra-prima contemporânea exibida num qualquer Museu de Arte Moderna.
Foto: WildaboutArgyll
Formada por colunas geométricas hexagonais de basalto, moldadas em pilares de seis lados que não parecem obra do acaso, elas não são, como se poderia pensar, um feito humano, mas um precioso presente da mãe natureza.
COMO SE FORMOU?
A Caverna de Fingal foi criada há cerca de 60 milhões de anos pelo mesmo antigo fluxo de lava que criou a Calçada dos Gigantes na Irlanda — que fica exatamente do outro lado do mar.
Como os dois locais apresentam as mesmas colunas de basalto, a lenda diz que eram as peças finais de uma enorme estrada construída pelo gigante irlandês Fionn MacCumhaill, para chegar à Escócia, onde tinha um duelo marcado com Fingal, o seu gigantesco rival. Se assim é não sabemos, mas o que torna a Gruta do Fingal realmente especial é o seu tamanho, uniformidade e o facto de, por um acaso da natureza, existir um passadiço natural que permite aos visitantes entrar logo na maré baixa.
A “CANÇÃO” DA CAVERNA
Graças aos tectos arqueados naturalmente formados, o eco gerado pelas ondas do oceano ao entrar na caverna, cria uma “canção” detons melódicos hipnóticos. Essas harmonias de arrepiar são muitas vezes comparadas, por quem já teve a oportunidade de as ouvir, ao som da música tocada nas grandes catedrais.
De facto desde que o famoso botânico Joseph Banks, em 1772, trouxe pela primeira vez à atenção popular a Caverna Fingal, que um fluxo constante de visitantes, alguns famosos, vem todos os anos numa espécie de peregrinação, a esta “catedral do mar”.
Entre esses “peregrinos” contam-se artistas como o jovem Felix Mendelssohn que visitou a caverna em 1829 e, devidamente inspirado por ela, escreveu a abertura do concerto Die Hebriden, também conhecida simplesmente como Fingal's Cave.
COMO VISITAR
Vários operadores turísticos em Oban, na Escócia, como a Seafari Adventures oferecem viagens para a ilha de Staffa e para a Caverna Fingal.
Os mais aventureiros podem ainda fazer mergulho selvagem na Caverna de Fingal. O Basking Shark Scotland oferece um passeio personalizado, o“Swim Fingal's Cave”, onde o visitante é convidado a nadar ou a mergulhar com snorkel na caverna. Andar de caiaque na caverna também é possível.
Londres é uma das cidades europeias com mais para ver e fazer. Desde palácios a exposições de arte, passando pelos musicais do West End e pelos jardins, cada centímetro das suas ruas movimentadas parecem esconder novos lugares para visitar e descobrir. Uma semana seria o ideal, mas se só tiverem 24 horas para explorar a capital inglesa não desesperem e espreitem este itinerário ambicioso para descobrir o que Londres tem de melhor para oferecer.
Fotos: PxHere
Para aproveitar ao máximo as 24 horas em Londres e não perder tempo comprem um travel cardválido por um dia para os transportes públicos e comecem bem cedo visitando o Sky Garden (piso 36 do edifício Fenchurch Building, também conhecido como “The Walkie-Talkie”), o jardim público mais alto da cidade. A entrada é gratuita e a Darwin Brasserie que se encontra no local, serve pequenos almoços de quarta a domingo, a partir das 8h30, acompanhado de vistas panorâmicas sobre o centro de Londres, o rio Tâmisa e a Tower Bridge.
Do Sky Garden sigam pela Lombard Street até St Paul's Cathedral, um dos marcos da cidade. Construída após o Grande Incêndio de Londres, a Catedral de São Paulo foi, durante 250 anos, o edifício mais alto da cidade e a sua cúpula ainda é uma das maiores do mundo. Já recebeu funerais de várias figuras britânicas importantes, incluindo Lord Nelson e Winston Churchill, e foi o local do casamento do príncipe Carlos e Lady Diana.
Continuem o passeio atravessando a Millenium Bridge e visitem mais dois ícones da cidade: Shakespeare's Globe e Tate Modern. O Shakespeare's Globe é uma reconstrução do Globe Theatre, um teatro elizabetiano para o qual William Shakespeare escreveu as suas peças e o Tate Modern é o mais importante museu de arte moderna e contemporânea do mundo, abrigando obras de Picasso, Andy Warhol e Dali, entre outros. A entrada para a coleção principal é gratuita.
Depois de sair do Tate Modern apanhem o metro na estação Blackfriars para a estação de Westminster (linha verde - District). Em Westminster vão encontrar uma série de ícones da cidade de Londres: Palácio de Westminster (um dos quatro Patrimónios Mundiais de Londres); Big Ben, Abadia de Westminster, Westminster Cathedral e Trafalgar Square. Nas proximidades estão igualmente o St James's Park; o Palácio de Buckingham; o Hyde Park e o London Eye.
Comecem pelo Palácio de Westminster (também conhecido como Houses of Parliament) e admirem o Big Ben antes de seguirem para a Abadia de Westminster. Fica a uma curta caminhada pelo Parliament Square Garden, onde podem ver a célebre estátua de Sir Winston Churchill.
A Abadia de Westminster é um dos exemplos mais prestigiados da arquitetura gótica na Inglaterra. Possui mais de 1.000 anos de história e ali tiveram lugar as coroações de todos os monarcas britânicos desde 1066 e mais recentemente o funeral da Rainha Isabel II. Mas não é apenas a importância na história da monarquia que torna a Abadia de Westminster um marco em qualquer itinerário de Londres — o lugar é mais do que isso. Os amantes da arte com certeza vão se maravilhar com as muitas pinturas a óleo, os entusiastas da literatura ficarão encantados com o Poets' Corner, onde mais de 100 poetas e escritores estão enterrados ou têm memoriais, e todos os visitantes ficarão surpresos com os extraordinários artefactos exibidos na Galeria do Jubileu de Diamante da Rainha.
E já que estamos a falar de monarquia e da rainha, nenhuma visita a Londres fica completa sem uma passagem pelo Palácio de Buckingham que desde 1837, é a residência oficial da Família Real do Reino Unido e palco de importantes cerimónias, bem como o lugar onde se realiza a audiência semanal do monarca reinante com o primeiro-ministro da Inglaterra (não se sabe se o Rei Carlos III vai alterar isto). As salas de estado estão abertas ao público apenas por 10 semanas no verão e em determinadas datas no inverno e na primavera, por isso se estão interessados em visitar confiram as datas com antecedência.
Continuando pelo St. James Park vão chegar a Trafalgar Square onde podem ver a Coluna de Nelson, as fontes e as famosas quatro esculturas de leões — os “Landseer Lions”. Cada leão é distinto, observem bem e vão notar as diferenças.
Depois de tanto sightseeing a fome já deve estar a apertar e na zona de Westminster há uma abundância de restaurantes, pubs e cafés onde podem almoçar bem independentemente do orçamento. Para provar a tradicional cozinha britânica sem gastar demasiado parem no Fuller’s Kitchen (33 Tothill St), mas se quiserem cometer uma extravagância e experimentar um dos melhores restaurantes estrela Michelin de Londres reservem mesa no Olivomare (10 Lower Belgrave St).
Na parte da tarde apanhem o metro novamente e saiam na estação South Kensington para visitar o Museu de História Natural e admirar os extraordinários fósseis de dinossauros que lá estão expostos.
A pouca distância a pé do museu, seguindo por Cromwell Road e depois por Brompton Road, fica a meca das compras em Londres — o Harrods! Pisos e pisos de roupa de marca, produtos de beleza, móveis, brinquedos… Aproveitem e celebrem a tradição britânica do chá das 5 no Harrods Tea Room. Podem marcar uma mesa aqui.
Do Harrods sigam para a estação de metro de Knightsbridge e saiam em Picadilly Circus, a famosa praça londrina cheia de outdoors. Não deixem de reparar na Fonte Memorial de Shaftesbury onde os londrinos se costumam reunir.
Próxima paragem: Convent Garden!
Covent Garden fica em West End, a principal zona de entretenimento e teatro de Londres. Há sempre artistas de rua a atuar na Covent Garden Piazza e outros eventos sazonais como o Pumpkin Market no Halloween ou o Mercado de Natal em Dezembro.
Covent Garden também apresenta uma grande variedade de restaurantes e bares e muitos oferecem um menu pré-teatro perfeito para jantar antes de assistir a um dos espetáculos do West End. Marquem os bilhetes on-line com antecedência para não correr o risco de não haver disponibilidade para o show que querem ver ou tentem um bom desconto aqui arriscando comprar no próprio dia (às vezes o desconto chega aos 65%).
Terminem a noite num bar do Soho para sentir um pouco da vibração da London by night. Sugiro o Punch Room At The London Edition (10 Berners St) para algo very british ou o Barrio Soho (6 Poland St) para algo completamente diferente.
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