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The Travellight World

Inspiração, informação e Dicas de Viagem

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Qua | 28.09.22

Sopa de Lentilhas Egípcia

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Nas culturas ocidentais, a canja de galinha é o exemplo típico de um prato que proporcionam calor e conforto. No Egito, essa confort food é a sopa de lentilhas.

A culinária egípcia é centrada em alimentos acessíveis e nutritivos, e a sopa de lentilha é o epítome perfeito desses elementos.
Diz-se que as lentilhas são originárias do Oriente Médio e acredita-se que tenham sido a primeira leguminosa a ser cultivada. Elas são consumidas há séculos por diferentes culturas e vem mencionadas até na Bíblia. Por produzirem um caldo rico, são um ingrediente popular para sopas e pratos saudáveis.

Existem muitas receitas de sopa de lentilhas, mas a versão egípcia, apesar de poder parecer minimalista em termos de ingredientes, oferece um sabor rico e delicioso, perfeito para aquecer as noites que começam a ficar frias.


INGREDIENTES

1 colher (de sopa) de manteiga sem sal
1 cenoura grande (picada grosseiramente)
2 chalotas médias (picadas grosseiramente)
4 dentes de alho
2 chávenas de lentilhas vermelhas (lavadas e escorridas) *
2 colheres (de chá) de açafrão moído
2 colheres (de chá) de cominho moído
2 colheres (de chá) de páprica
Sal a gosto
Pimenta preta moída a gosto
4 chávenas de água a ferver

Ingredientes opcionais
Leite de coco
Coentro fresco,
Pimenta vermelha esmagada,
Sumo de limão
Azeite extra-virgem

* Use lentilhas vermelhas ou amarelas para fazer esta sopa icónica e super simples do Oriente Médio, porque as lentilhas verdes ou pretas não amolecem o suficiente para conseguir um creme suave.


PREPARAÇÃO

Comece por preparar os legumes. Corte uma cenoura grande em pedaços, retire os dentes de alho das cascas e pique as chalotas em quartos.

Numa panela de fundo grosso derreta a manteiga. Adicione o alho, as chalotas e a cenoura e deixe amolecer.

Adicione as lentilhas, açafrão, cominho, páprica, sal e pimenta. Misture tudo na panela. Continue a mexer por 4-5 minutos ou até sentir o cheiro perfumado das especiarias.

Despeje a água e misture o conteúdo da panela novamente. Deixe ferver e misture de novo. Reduza o fogo para médio-baixo e tape a panela com a tampa. Cozinhe por 15-20 minutos ou até que as lentilhas estejam macias.

Quando as lentilhas estiverem bem cozidas, passe tudo com uma varinha mágica até obter um creme suave.

Sirva num prato fundo e se quiser acrescente um fio de leite de coco por cima, ou azeite ou ainda um pouco de sumo de limão.

Para decorar use coentros frescos e uma pimenta vermelha esmagada.

 

Receita adaptada do site food dolls

Qua | 28.09.22

O Templo Mortuário de Hatshepsut, a mulher Faraó

Localizado em Deir el Bahari, no lado oeste do rio Nilo, o Templo Mortuário de Hatshepsut é um dos feitos mais impressionantes da arquitetura antiga. Representa o legado daquela que foi uma das governantes mais prolíficas do Egito e uma das primeiras líderes femininas do mundo — Hatshepsut, a mulher Faraó.

fullsizeoutput_6f41Fotos: Travellight e H. Borges e Adriana Silva

A primeira governante feminina importante, conhecida na história, viveu mil anos depois das pirâmides terem sido construídas e dezassete séculos depois dos egípcios começarem a escrever em hieróglifos. Ela reinou sobre o Egito por duas décadas (de 1473 a 1458 a.C.) e embora seja muito menos conhecida para o público moderno do que uma das suas sucessoras, a famosa Cleópatra, as realizações de Hatshepsut foram muito mais significativas.

Governando primeiro como regente, depois como co-governante com o seu sobrinho Tutmés III, Hatshepsut desfrutou de um reinado relativamente pacífico durante o qual ela restaurou o comércio do Egito com a Ásia ocidental, com a África Oriental e com as ilhas do Mar Egeu.
A prosperidade económica que daqui resultou refletiu-se na arte da época, caracterizada por notáveis inovações em escultura e artes decorativas e produziu maravilhas arquitetónicas como o seu templo mortuário em Deir el-Bahri.

Por razões que ainda não são claras, vinte anos após a morte de Hatshepsut, o seu sobrinho mandou destruir as suas estátuas e apagar o seu nome e imagem de todos os monumentos. Apesar dessa destruição deliberada, a memória de uma governante feminina persistiu por mais de mil anos e a sua vida foi bem documentada, incluindo a sua relação de trabalho (e amorosa?) com o arquiteto Senenmut.

Mesmo quem não conhece a história do Antigo Egito, não pode deixar de ficar impressionado pela grandiosidade do projeto de construção do Templo Mortuário de Hatshepsut. A arquitetura só por si já vale a visita!

Todo o complexo foi construído usando o mesmo material das montanhas que o circundam, por isso mistura-se perfeitamente com a paisagem natural, parecendo “sair de dentro” dela. Sob o sol escaldante do meio dia a estrutura colossal quase parece uma miragem…

De longe, as linhas limpas e o aspeto minimalista da construção fazem lembrar um edifício moderno. Mas, à medida que nos aproximamos, as enormes esculturas de arenito emergem e a história do templo rapidamente ganha vida.

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Diz-se que no seu apogeu, jardins verdejantes e lagoas artificiais cercavam o templo e a majestosa entrada estava alinhada com esfinges para guiar os visitantes. Hoje não conseguimos ver nada disso mas a rampa de entrada com 100 m ainda nos impressiona à medida que subimos os degraus e chegamos aos vastos pátios, cada um do tamanho de dois campos de futebol.

Os templos mortuários eram para os antigos egípcios um local de culto onde sacerdotes realizavam ritos diários e faziam oferendas ao espírito protetor do monarca, por isso o templo funerário que Hatshepsut encomendou contém também capelas ou santuários aos deuses Anubis e Hathor, assim como uma câmara de adoração real e um santuário para Amon-Ra que podemos descobrir durante a visita.

A capela de Anubis inclui pinturas do deus e Hatshepsut; a capela de Hathor, deusa do amor, música, beleza, fertilidade e protetora das mulheres, reverencia o poder da faraó feminina; e no santuário de Amon-Ra, o deus do sol e do ar, que Hatshepsut acreditava ser seu pai espiritual, destacam-se uma bonita entrada de granito vermelho e duas pinturas bem preservadas.

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Tentaram apagar Hatshepsut da História, mas não conseguiram e o seu Templo Mortuário é a melhor prova disso. O legado e influência da rainha faraó como governante do Egito está aqui imortalizado e assim ficará, certamente, por muito tempo.

Espreitem o destaque "Egypt" na minha página de Instagram para ver a viagem a este país e sigam as stories nesta rede social, para inspiração e ideias para passeios, férias e fins de semana.

Tchau!

Travellight