Em tempos Canterbury foi um destino popular para peregrinos cristãos e algumas das primeiras receitas conhecidas de tarte de maçã da região datam dessa época. A moderna tarte de maçã de Canterbury é provavelmente uma adaptação dessas primeiras receitas, mas sem o açafrão que aparecia como ingrediente nas versões medievais. No entanto quem quiser que a tarte fique com uma rica cor dourada pode seguir os antigos e adicionar um pouco de açafrão ao recheio.
INGREDIENTES
Para a base:
100 g de manteiga 225 g de farinha simples 1 ovo, batido
Para o recheio:
4 ovos 225 g de açúcar 2 limões (casca ralada e sumo) 100 g de manteiga, derretida 2 maçãs grandes verdes, cortadas em quatro, sem caroço e descascadas 2 maçãs vermelhas sem caroço e cortadas em fatias finas (pode deixar ficar a casca!) 25 g de açúcar amarelo
PREPARAÇÃO
Pré-aqueça o forno a 200º C
Faça a massa, manualmente ou num processador, e depois coloque-a por cerca de 20 minutos no frigorífico antes de colocá-la numa forma de tarte de 28 cm. Coloque a forma de volta no frigorífico enquanto continua com a preparação da tarte.
Numa tigela grande, bata os ovos, o açúcar, a casca e o sumo dos limões. Em seguida, misture a manteiga derretida. Rale as maçãs verdes diretamente na tigela usando um ralador grosso e misture tudo.
Despeje a mistura de maçã na forma de tarte e, em seguida, coloque as maçãs cortadas em circulo até atingir a borda, conforme a imagem. Por último, polvilhe as maçãs com o açúcar amarelo.
Asse no forno pré-aquecido por cerca de 40 minutos. Quando a torta estiver dourada pode retirar e servir.
Receita adaptada, com pequenas alterações do site Kates Puddings
A uma hora de comboio de Londres e a poucos passos da costa inglesa, Canterbury é uma pequena cidade, Património Mundial da UNESCO, cheia de recantos charmosos, casas pitorescas e bons cafés. Os bonitos jardins e os passeios de barco dão-lhe ainda mais encanto, principalmente no outono quando as cores da estação tornam todo o cenário mais romântico.
Fotos: Travellight e R.J. River
COMO CHEGAR
Chegar a Canterbury a partir de Londres é muito fácil, há comboios que saem regularmente das estações St Pancras, Victoria e Charing Cross, sendo o serviço de alta velocidade que parte de St Pancras a opção mais rápida (53 minutos). Os bilhetes custam entre 30 a 60 libras e o National Express que sai de London Victoria e demora cerca de 1h30 é a melhor opção para quem tem um orçamento apertado, já que os bilhetes (se comprados com antecedência) costumam ser mais baratos.
Ambas as estações ferroviárias da cidade — Canterbury East e Canterbury West — permitem chegar ao centro. Saindo em Canterbury East basta seguir as muralhas romanas e em Canterbury West seguir as ruas medievais. Os dois caminhos conduzem ao coração da cidade, mas aconselho descer em Canterbury West porque assim passam logo por Westgate — a única porta medieval sobrevivente das sete originais que existiam na cidade. É uma impressionante estrutura de pedra com 18 metros de altura, considerada o maior portão de uma cidade, do Reino Unido.
O QUE VISITAR
Canterbury é um destino popular há centenas de anos. Primeiro por ser a paragem final da peregrinação ao Santuário de St Thomas, e depois porque serviu de inspiração para os famosos Contos de Canterbury — uma coleção de histórias escritas a partir de 1387 por Geoffrey Chaucer.
É uma típica e acolhedora cidade inglesa, com ruas animadas e uma arquitetura interessante. É um local pequeno, ideal para conhecer a pé, mas quem quiser explorar mais longe, pode alugar uma bicicleta ou fazer um passeio num punt (barco tradicional) ao longo do rio Stour.
Passeando pelas ruas, podemos descobrir tesouros como The Crooked House (a casa torta), um edifício que Charles Dickens descreveu em 1849, no seu livro David Copperfield. como “Uma casa muito antiga que se projetava sobre a estrada… inclinada para a frente, tentando ver quem passava na calçada estreita abaixo” Fica perto da rua principal, na Palace Street, e como o seu nome indica, esta casa incomum parece estar prestes a cair. Hoje uma estrutura de aço, segura a chaminé interna descaída que deu à casa a sua aparência assimétrica e permite-nos entrar sem medo na livraria Catching Lives que ocupa o espaço da loja e vende “blind dates with a book” (livros embrulhados em papel, que compramos sem saber bem o que são. Custam 3 libras e o lucro das vendas reverte para caridade).
A maior atração de Canterbury, no entanto é aCatedral. As suas enormes torres são visíveis em quase todas as esquinas, mas só quando atravessamos os portões percebemos a verdadeira magnitude desta Igreja Matriz Anglicana. Os bilhetes de entrada, para além de dar acesso à bela catedral, permitem visitar os jardins e as ruínas da Norman Infirmary chapel (Capela da Enfermaria Normanda).
A uma curta caminhada, por fora das muralhas da cidade, fica a Abadia de Santo Agostinho. Foi construída para sepultar os reis anglo-saxões, mas hoje está em ruínas. É um local tranquilo por onde podemos passear e até fazer um piquenique.
Um passeio de barco pelo rio Stour que serpenteia preguiçosamente por Canterbury é absolutamente imperdível. Os passeios podem ser personalizados de acordo com os nossos interesses, sejam eles a história da cidade, romance ou até contos de terror.
Podem reservar um cruzeiro fluvial com a Canterbury Punting Company aqui ou simplesmente ficar na fila em Westgate Gardens (Jardins Westgate) para apanhar um barco.
Os Jardins Westgate são um local encantador para explorar ou relaxar. O cenário parece saído de um quadro do século XVIII. É muito agradável passear no rio (vejam aqui), sentar na sua beira a observar os barcos ou desfrutar de um piquenique à sombra das árvores antes de nos despedirmos de Canterbury e embarcarmos de volta para Londres.
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