Nas culturas ocidentais, a canja de galinha é o exemplo típico de um prato que proporcionam calor e conforto. No Egito, essa confort food é a sopa de lentilhas.
A culinária egípcia é centrada em alimentos acessíveis e nutritivos, e a sopa de lentilha é o epítome perfeito desses elementos. Diz-se que as lentilhas são originárias do Oriente Médio e acredita-se que tenham sido a primeira leguminosa a ser cultivada. Elas são consumidas há séculos por diferentes culturas e vem mencionadas até na Bíblia. Por produzirem um caldo rico, são um ingrediente popular para sopas e pratos saudáveis.
Existem muitas receitas de sopa de lentilhas, mas a versão egípcia, apesar de poder parecer minimalista em termos de ingredientes, oferece um sabor rico e delicioso, perfeito para aquecer as noites que começam a ficar frias.
INGREDIENTES
1 colher (de sopa) de manteiga sem sal 1 cenoura grande (picada grosseiramente) 2 chalotas médias (picadas grosseiramente) 4 dentes de alho 2 chávenas de lentilhas vermelhas (lavadas e escorridas) * 2 colheres (de chá) de açafrão moído 2 colheres (de chá) de cominho moído 2 colheres (de chá) de páprica Sal a gosto Pimenta preta moída a gosto 4 chávenas de água a ferver
Ingredientes opcionais Leite de coco Coentro fresco, Pimenta vermelha esmagada, Sumo de limão Azeite extra-virgem
* Use lentilhas vermelhas ou amarelas para fazer esta sopa icónica e super simples do Oriente Médio, porque as lentilhas verdes ou pretas não amolecem o suficiente para conseguir um creme suave.
PREPARAÇÃO
Comece por preparar os legumes. Corte uma cenoura grande em pedaços, retire os dentes de alho das cascas e pique as chalotas em quartos.
Numa panela de fundo grosso derreta a manteiga. Adicione o alho, as chalotas e a cenoura e deixe amolecer.
Adicione as lentilhas, açafrão, cominho, páprica, sal e pimenta. Misture tudo na panela. Continue a mexer por 4-5 minutos ou até sentir o cheiro perfumado das especiarias.
Despeje a água e misture o conteúdo da panela novamente. Deixe ferver e misture de novo. Reduza o fogo para médio-baixo e tape a panela com a tampa. Cozinhe por 15-20 minutos ou até que as lentilhas estejam macias.
Quando as lentilhas estiverem bem cozidas, passe tudo com uma varinha mágica até obter um creme suave.
Sirva num prato fundo e se quiser acrescente um fio de leite de coco por cima, ou azeite ou ainda um pouco de sumo de limão.
Para decorar use coentros frescos e uma pimenta vermelha esmagada.
Localizado em Deir el Bahari, no lado oeste do rio Nilo, o Templo Mortuário de Hatshepsut é um dos feitos mais impressionantes da arquitetura antiga. Representa o legado daquela que foi uma das governantes mais prolíficas do Egito e uma das primeiras líderes femininas do mundo — Hatshepsut, a mulher Faraó.
Fotos: Travellight e H. Borges e Adriana Silva
A primeira governante feminina importante, conhecida na história, viveu mil anos depois das pirâmides terem sido construídas e dezassete séculos depois dos egípcios começarem a escrever em hieróglifos. Ela reinou sobre o Egito por duas décadas (de 1473 a 1458 a.C.) e embora seja muito menos conhecida para o público moderno do que uma das suas sucessoras, a famosa Cleópatra, as realizações de Hatshepsut foram muito mais significativas.
Governando primeiro como regente, depois como co-governante com o seu sobrinho Tutmés III, Hatshepsut desfrutou de um reinado relativamente pacífico durante o qual ela restaurou o comércio do Egito com a Ásia ocidental, com a África Oriental e com as ilhas do Mar Egeu. A prosperidade económica que daqui resultou refletiu-se na arte da época, caracterizada por notáveis inovações em escultura e artes decorativas e produziu maravilhas arquitetónicas como o seu templo mortuário em Deir el-Bahri.
Por razões que ainda não são claras, vinte anos após a morte de Hatshepsut, o seu sobrinho mandou destruir as suas estátuas e apagar o seu nome e imagem de todos os monumentos. Apesar dessa destruição deliberada, a memória de uma governante feminina persistiu por mais de mil anos e a sua vida foi bem documentada, incluindo a sua relação de trabalho (e amorosa?) com o arquiteto Senenmut.
Mesmo quem não conhece a história do Antigo Egito, não pode deixar de ficar impressionado pela grandiosidade do projeto de construção do Templo Mortuário de Hatshepsut. A arquitetura só por si já vale a visita!
Todo o complexo foi construído usando o mesmo material das montanhas que o circundam, por isso mistura-se perfeitamente com a paisagem natural, parecendo “sair de dentro” dela. Sob o sol escaldante do meio dia a estrutura colossal quase parece uma miragem…
De longe, as linhas limpas e o aspeto minimalista da construção fazem lembrar um edifício moderno. Mas, à medida que nos aproximamos, as enormes esculturas de arenito emergem e a história do templo rapidamente ganha vida.
Diz-se que no seu apogeu, jardins verdejantes e lagoas artificiais cercavam o templo e a majestosa entrada estava alinhada com esfinges para guiar os visitantes. Hoje não conseguimos ver nada disso mas a rampa de entrada com 100 m ainda nos impressiona à medida que subimos os degraus e chegamos aos vastos pátios, cada um do tamanho de dois campos de futebol.
Os templos mortuários eram para os antigos egípcios um local de culto onde sacerdotes realizavam ritos diários e faziam oferendas ao espírito protetor do monarca, por isso o templo funerário que Hatshepsut encomendou contém também capelas ou santuários aos deuses Anubis e Hathor, assim como uma câmara de adoração real e um santuário para Amon-Ra que podemos descobrir durante a visita.
A capela de Anubis inclui pinturas do deus e Hatshepsut; a capela de Hathor, deusa do amor, música, beleza, fertilidade e protetora das mulheres, reverencia o poder da faraó feminina; e no santuário de Amon-Ra, o deus do sol e do ar, que Hatshepsut acreditava ser seu pai espiritual, destacam-se uma bonita entrada de granito vermelho e duas pinturas bem preservadas.
Tentaram apagar Hatshepsut da História, mas não conseguiram e o seu Templo Mortuário é a melhor prova disso. O legado e influência da rainha faraó como governante do Egito está aqui imortalizado e assim ficará, certamente, por muito tempo.
Espreitem o destaque "Egypt" na minha página de Instagram para ver a viagem a este país e sigam as stories nesta rede social, para inspiração e ideias para passeios, férias e fins de semana.
Em tempos Canterbury foi um destino popular para peregrinos cristãos e algumas das primeiras receitas conhecidas de tarte de maçã da região datam dessa época. A moderna tarte de maçã de Canterbury é provavelmente uma adaptação dessas primeiras receitas, mas sem o açafrão que aparecia como ingrediente nas versões medievais. No entanto quem quiser que a tarte fique com uma rica cor dourada pode seguir os antigos e adicionar um pouco de açafrão ao recheio.
INGREDIENTES
Para a base:
100 g de manteiga 225 g de farinha simples 1 ovo, batido
Para o recheio:
4 ovos 225 g de açúcar 2 limões (casca ralada e sumo) 100 g de manteiga, derretida 2 maçãs grandes verdes, cortadas em quatro, sem caroço e descascadas 2 maçãs vermelhas sem caroço e cortadas em fatias finas (pode deixar ficar a casca!) 25 g de açúcar amarelo
PREPARAÇÃO
Pré-aqueça o forno a 200º C
Faça a massa, manualmente ou num processador, e depois coloque-a por cerca de 20 minutos no frigorífico antes de colocá-la numa forma de tarte de 28 cm. Coloque a forma de volta no frigorífico enquanto continua com a preparação da tarte.
Numa tigela grande, bata os ovos, o açúcar, a casca e o sumo dos limões. Em seguida, misture a manteiga derretida. Rale as maçãs verdes diretamente na tigela usando um ralador grosso e misture tudo.
Despeje a mistura de maçã na forma de tarte e, em seguida, coloque as maçãs cortadas em circulo até atingir a borda, conforme a imagem. Por último, polvilhe as maçãs com o açúcar amarelo.
Asse no forno pré-aquecido por cerca de 40 minutos. Quando a torta estiver dourada pode retirar e servir.
Receita adaptada, com pequenas alterações do site Kates Puddings
A uma hora de comboio de Londres e a poucos passos da costa inglesa, Canterbury é uma pequena cidade, Património Mundial da UNESCO, cheia de recantos charmosos, casas pitorescas e bons cafés. Os bonitos jardins e os passeios de barco dão-lhe ainda mais encanto, principalmente no outono quando as cores da estação tornam todo o cenário mais romântico.
Fotos: Travellight e R.J. River
COMO CHEGAR
Chegar a Canterbury a partir de Londres é muito fácil, há comboios que saem regularmente das estações St Pancras, Victoria e Charing Cross, sendo o serviço de alta velocidade que parte de St Pancras a opção mais rápida (53 minutos). Os bilhetes custam entre 30 a 60 libras e o National Express que sai de London Victoria e demora cerca de 1h30 é a melhor opção para quem tem um orçamento apertado, já que os bilhetes (se comprados com antecedência) costumam ser mais baratos.
Ambas as estações ferroviárias da cidade — Canterbury East e Canterbury West — permitem chegar ao centro. Saindo em Canterbury East basta seguir as muralhas romanas e em Canterbury West seguir as ruas medievais. Os dois caminhos conduzem ao coração da cidade, mas aconselho descer em Canterbury West porque assim passam logo por Westgate — a única porta medieval sobrevivente das sete originais que existiam na cidade. É uma impressionante estrutura de pedra com 18 metros de altura, considerada o maior portão de uma cidade, do Reino Unido.
O QUE VISITAR
Canterbury é um destino popular há centenas de anos. Primeiro por ser a paragem final da peregrinação ao Santuário de St Thomas, e depois porque serviu de inspiração para os famosos Contos de Canterbury — uma coleção de histórias escritas a partir de 1387 por Geoffrey Chaucer.
É uma típica e acolhedora cidade inglesa, com ruas animadas e uma arquitetura interessante. É um local pequeno, ideal para conhecer a pé, mas quem quiser explorar mais longe, pode alugar uma bicicleta ou fazer um passeio num punt (barco tradicional) ao longo do rio Stour.
Passeando pelas ruas, podemos descobrir tesouros como The Crooked House (a casa torta), um edifício que Charles Dickens descreveu em 1849, no seu livro David Copperfield. como “Uma casa muito antiga que se projetava sobre a estrada… inclinada para a frente, tentando ver quem passava na calçada estreita abaixo” Fica perto da rua principal, na Palace Street, e como o seu nome indica, esta casa incomum parece estar prestes a cair. Hoje uma estrutura de aço, segura a chaminé interna descaída que deu à casa a sua aparência assimétrica e permite-nos entrar sem medo na livraria Catching Lives que ocupa o espaço da loja e vende “blind dates with a book” (livros embrulhados em papel, que compramos sem saber bem o que são. Custam 3 libras e o lucro das vendas reverte para caridade).
A maior atração de Canterbury, no entanto é aCatedral. As suas enormes torres são visíveis em quase todas as esquinas, mas só quando atravessamos os portões percebemos a verdadeira magnitude desta Igreja Matriz Anglicana. Os bilhetes de entrada, para além de dar acesso à bela catedral, permitem visitar os jardins e as ruínas da Norman Infirmary chapel (Capela da Enfermaria Normanda).
A uma curta caminhada, por fora das muralhas da cidade, fica a Abadia de Santo Agostinho. Foi construída para sepultar os reis anglo-saxões, mas hoje está em ruínas. É um local tranquilo por onde podemos passear e até fazer um piquenique.
Um passeio de barco pelo rio Stour que serpenteia preguiçosamente por Canterbury é absolutamente imperdível. Os passeios podem ser personalizados de acordo com os nossos interesses, sejam eles a história da cidade, romance ou até contos de terror.
Podem reservar um cruzeiro fluvial com a Canterbury Punting Company aqui ou simplesmente ficar na fila em Westgate Gardens (Jardins Westgate) para apanhar um barco.
Os Jardins Westgate são um local encantador para explorar ou relaxar. O cenário parece saído de um quadro do século XVIII. É muito agradável passear no rio (vejam aqui), sentar na sua beira a observar os barcos ou desfrutar de um piquenique à sombra das árvores antes de nos despedirmos de Canterbury e embarcarmos de volta para Londres.
Para inspiração e mais ideias para passeios, férias e fins de semana sigam as minhas stories noInstagram
Para quem sofre de doença celíaca ou tem intolerância ao glúten, viajar pode ser um verdadeiro desafio. Nem todos os países têm o mesmo nível de consciencialização ou educação sobre o que realmente significa “sem glúten” e as barreiras linguísticas podem tornar mais difícil comunicar as suas reais necessidades em lugares como cafés e restaurantes.
Claro que existem maneiras de visitar lugares onde as opções “sem glúten” são menos difundidas:
- Escolher hospedar-se num alojamento local que permita cozinhar para si mesmo; - Encontrar no destino um restaurante que seja explicitamente sem glúten e fazer lá todas as refeições; - Imprimir cartões de viagem que expliquem a sua intolerância ao glúten em outros idiomas ou descarregar a app “Cartão Sem Glúten” se não quiserem andar com um pedaço de papel.
No entanto nenhuma destas táticas é completamente infalível, e a última coisa que se quer, ainda mais quando se está de férias longe de casa é ficar doente, por isso o melhor é jogar pelo seguro e escolher destinos onde a sensibilidade para este problema é maior. Vejam aqui alguns deles.
Itália
Itália? Como é que a terra do macarrão e da massa de pizza está nesta lista? A resposta é simples: cultura e consciência. O governo italiano e a Associação Celíaca Italiana tem feito um excelente trabalho na educação do público sobre a intolerância ao glúten. Como o momento das refeições é tão importante na cultura italiana e muitos dos seus pratos tradicionais são à base de glúten, os restaurantes e cafés adaptaram-se para garantir que aqueles que tem esta restrição alimentar se possam sentar à mesa, sem problemas, juntamente com amigos e entes queridos. Por isso ao contrário da crença popular, a terra da pizza e da massa é um destino adequado a quem tem doença celíaca, especialmente as grandes cidades como Roma, Milão ou Florença.
Quase 4.000 restaurantes na Itália foram reconhecidos pela Associação Italiana de Celíacos como tendo opções sem glúten. Para alcançar este reconhecimento, os restaurantes tem de preparar o seu cardápio sem glúten em áreas separadas para evitar a contaminação cruzada. Na app da Associação Italiana de Celíacos (AIC) podem ser consultadas listas de restaurantes seguros para celíacos, produtos “senza glutine” à venda em mercearias, supermercados e farmácias e até workshops de culinária sem glúten disponíveis em várias cidades do país.
Nova Zelândia
De acordo com a Celiac Disease Foundation, a Nova Zelândia têm as leis de rotulagem mais fortes do mundo. Alimentos rotulados como “sem glúten” não apenas não têm glúten detetável, como também não podem conter aveia ou malte. Portanto quem comprar comida na Nova Zelândia e ler os rótulos com atenção, pode sentir uma segurança adicional.
Já para restaurantes com menus sem glúten, o melhor é escolher cidades como Queenstown, Wellington e Wanaka.
Irlanda
A Irlanda é um país onde a consciencialização sobre a intolerância ao glúten é generalizada – e não apenas nas grandes cidades. Claro que em Dublin Cork e Galway existem mais restaurantes e estabelecimentos como pubs que oferecem opções sem glúten, mas o turismo é uma indústria importante na Irlanda, e hotéis e seus restaurantes, por todo o país, estão acostumados a acomodar uma ampla gama de necessidades dos seus clientes, entre elas as restrições alimentares.
A Celiac Disease Society of Ireland estima que aproximadamente 50.000 pessoas que vivem na Irlanda têm doença celíaca e outros 400.000 são intolerantes ao glúten. Por causa disso, também os supermercados tem na sua generalidade secções “glúten free”.
Argentina
Na capital cosmopolita da Argentina, Buenos Aires, é fácil encontrar restaurantes com opções sem glúten. Fora da capital pode ser um pouco mais complicado, mas o “asado” — o churrasco argentino, é servido por todo o país. Também o rótulo "SIN TACC" do Programa Nacional de Controle de Alimentos do governo argentino ajuda a identificar menus, restaurantes e produtos alimentícios vendidos em mercearias e supermercados, seguros para celíacos e intolerantes ao glúten . “Sin T.A.C.C." significa “Sem Trigo, Aveia, Cevada, Centeio". Em caso de dúvida pode ainda ser consultada a página da A.N.M.A.T. - Administración Nacional de Medicamentos, Alimentos y Tecnología Médica.
Costa Rica
A Costa Rica é um paraíso tropical repleto de frutas, vegetais frescos e muita comida sem glúten. A dieta dos costarriquenhos é composta essencialmente por arroz, feijão e milho, que são perfeitos para quem tem doença celíaca. E quem tem dúvidas pode consultar a página on-line Zaney Travel, que pode ajudar a planear férias incríveis na Costa Rica para quem tem doença celíaca. Zane, é celíaco e visita a Costa Rica há mais de 25 anos, por isso não há melhor pessoa para dar dicas sobre este assunto e sobre a “pura vida” na Costa Rica!
Gana
Pode ser mais desafiador encontrar opções sem glúten em países menos voltados para o turismo, onde a consciencialização não é tão ampla e as práticas de rotulagem variam. Nesses países, refeições sem glúten geralmente resumem-se a comer alimentos naturais e não processados, saber o que pedir e evitar pratos que possam incluir glúten. Para este tipo de viagem, o Gana é uma ótima opção. Muitos alimentos básicos da dieta da África Ocidental são naturalmente isentos de glúten. É uma região onde o arroz com amidos como mandioca, inhame e banana são abundantes, e de onde vem o grão fonio, isento de glúten.
Embora existam muitos idiomas e dialetos falados no país, o inglês é o idioma oficial, o que também pode ajudar na hora de comunicar as suas necessidades alimentares.
O arroz de lingueirão é um dos pratos mais tradicionais da nossa gastronomia. É muito popular no Algarve, mas também em cidades costeiras como Sines, onde o restaurante Cais da Estação ganhou em 2013, o título de Melhor Arroz de Portugal com a sua versão desta receita.
INGREDIENTES
1 kg de lingueirão fresco 300 g de arroz carolino 1 cebola 4 dentes de alho 1 fio de azeite 2 tomates bem maduros 1 folha de louro 1 ramo de coentros 50 ml de vinho branco maduro Sal a gosto
PREPARAÇÃO
Demolhe o lingueirão, durante cerca de uma hora, em água e sal (se tiver possibilidade, use água do mar) e lave muito bem para largar a areia.
Ponha-o a cozer numa panela de água e deixe ferver até as conchas abrirem. Reserve a água de cozer. Retire o miolo e volte a lavar para garantir que retirou toda a areia.
Numa caçarola, faça um refogado com o fio de azeite, os alhos e a cebola bem picada. Junte o tomate partido em pequenos cubos, o louro e o ramo dos coentros e deixe refogar.
Adicione o arroz, regue com o vinho branco e a água da cozedura (três vezes o volume do arroz). Deixe cozer durante cerca de 13 a 14 minutos. Junte o lingueirão e envolva.
Pode não ser o destino mais procurado da Costa Alentejana, mas Sines, a terra que viu Vasco da Gama nascer, tem muito para oferecer. Das praias de Porto Covo a eventos de referência internacional como o Festival Músicas do Mundo ou o M.A.R. – Mostra de Artes de Rua, razões não faltam para visitar Sines todo o ano.
Fotos: Travellight e H. Borges
Nos últimos tempos quando ouvimos falar de Sines, em regra é pelo seu porto industrial, mas esta antiga vila de pescadores tem um centro histórico cheio de atrações que dá prazer descobrir e quilómetros de costa com praias para todos os gostos.
O centro histórico estende-se ao longo da falésia que sobre a baía abriga as ruínas do castelo medieval e a estátua de Vasco da Gama. É natural esta ser a primeira paragem numa visita a Sines. O castelo, construído durante a primeira metade do século XV, hoje pode ser apenas um dos melhores miradouros para a baía, mas teve durante muito tempo grande utilidade defensiva e estratégica protegendo esta zona da costa portuguesa de corsários e outros invasores. A sua área é relativamente pequena, meio hectare, o que pode justificar-se pelo facto de na altura em que o castelo foi construído a povoação de Sines ocupar já uma área demasiado grande para ser totalmente cercada. Local apontado por alguns historiadores como berço e morada de Vasco da Gama, a Torre de Menagem do Castelo de Sines recebe atualmente um centro de evocação da vida e das viagens do navegador e dos Descobrimentos portugueses. No espaço da Torre de Menagem é recriada, através de uma instalação multimédia, a biografia de Vasco da Gama, os espaços onde habitou no Castelo e as suas viagens e encontros pioneiros com povos e culturas desde a costa de África à Índia e à Ásia, mostrando a forma como isso contribuiu para a criação do mundo moderno tal como o conhecemos hoje.
Perto do Castelo chamam também a atenção a Igreja Matriz de S. Salvador, uma igreja medieval com um bonito altar-mor e a Igreja da Misericórdia (ou do Espírito Santo), vulgarmente chamada Capela da Misericórdia, construída no final do séc. XVI, por ordem do rei Filipe I de Portugal.
As Fábricas Romanas de preparados piscícolas, são outro ponto de interesse desta cidade antiga. Localizadas junto à muralha nascente do Castelo de Sines, datam do século I d.C. e foram descobertas em 1990, sendo escavadas nos anos seguintes. Devido à sua rápida degradação ao ficarem expostas, foram novamente enterradas até que se conseguisse financiamento para um projeto adequado que foi finalmente inaugurado em julho de 2021.
O que agora podemos encontrar é uma inteligente solução arquitetónica que fazendo uso de vidraças para proteger a estrutura com quase 2000 anos permite a visita deste património cultural 24 horas por dia.
Explorando as velhas ruas medievais descobrimos o Largo dos Penedos com a velha atalaia, onde os pescadores observavam o estado do mar e vigiavam os navios que passavam ao largo, e a Rua Vasco da Gama onde se terá situado o solar que motivou expulsão do navegador de Sines, isto porque em 1503 ou 1504, regressado a Portugal da sua segunda viagem à Índia, Vasco da Gama terá decidido construir (ou aumentar), contra a vontade da Ordem de Santiago e do Rei D. Manuel, um grande solar em Sines, o que lhe valeu uma ordem régia para suspender as obras e abandonar a cidade.
À porta do centro histórico situa-se o Centro de Artes que também merece uma visita, assim como o Forte do Revelim.
A gastronomia é outro dos motivos porque uma visita a Sines nunca desaponta. Principalmente (mas não só) quando a escolha recai sobre o restaurante Cais da Estação. Um espaço instalado no armazém da antiga estação de caminhos de ferro de Sines que serve pratos típicos da cozinha portuguesa dos quais destaco o delicioso arroz de lingueirão, a casquinha de sapateira e o pudim de requeijão com nozes.
Depois do almoço vale a pena espreitar a estação ferroviária projeto do arquiteto Ernesto Korrodi e ver os seus belos painéis de azulejos que retratam cenas da história de Sines e da vida dos pescadores. A estação foi inaugurada em 1936 e desativada em meados da década de 1990.
A Praia Vasco da Gama, adjacente ao Porto dos Pescadores, é uma bonita praia urbana bem no coração de Sines que é de visita fácil quando passeamos pelo centro da cidade, mas para quem quiser ir mais além, os extensos areais a norte do município e as pequenas praias cortadas pelas falésias a sul conferem uma grande variedade de ambientes e paisagens aos 30 quilómetros de costa de Sines. São famosas as praias de S. Torpes, a praia mais concorrida do concelho pela sua água mais quente, a Praia de Morgavel, praia não urbana com fácil acesso, bom estacionamento e vários restaurantes na zona envolvente, a Praia da Ilha do Pessegueiro e as pequenas praias de Porto Covo.
Para inspiração e mais ideias para passeios, férias e fins de semana sigam as minhas stories noInstagram
A cozinha de Hugo Ambrósio e Filipe Brito que há muito coleciona fãs no Sim Chef! em Alvalade, agora tem um novo spot no centro de Lisboa — o 22 Lounge by Sim Chef!, um espaço acolhedor e elegante onde os clientes são recebidos como amigos e até os animais de estimação são bem vindos.
Foto: 22 Lounge by Sim Chef!
O 22 Lounge By Sim Chef!, é uma parceria entre os chefs Hugo Ambrósio e Filipe Brito e o hotel OnJ S. Lázaro, onde o espaço está integrado. As proprietárias do boutique hotel eram clientes habituais do Sim Chef! Alvalade e foi da admiração pelo bom trabalho dos chefs que surgiu o convite para a parceria. Fica localizado numa das zonas mais típicas de Lisboa, na Rua do Desterro, 4, perto de tudo, mas longe da confusão. Talvez por isso este restaurante pet friendly e a sua maravilhosa esplanada ainda sejam uma joia escondida da nossa capital.
Fotos: Travellight
Da cozinha saem pratos deliciosos como o ceviche de robalo com legumes de gaspacho, o camarão salteado com knödel de ervas ou o naco de atum fresco com escabeche de laranja e cintronela. São pratos para partilhar com a família e amigos, cheios de sabor, preparados com produtos frescos e técnicas que resultam, sem dúvida, da experiência adquirida ao longo dos anos por Hugo Ambrósio e Filipe Brito, dois amigos que depois de terminarem juntos o curso de cozinha e seguirem por caminhos distintos que os conduziram muitas vezes para fora de Portugal, se encontram agora em Lisboa num projeto que partilham com um entusiasmo contagiante.
Foto: Travellight
Nos dias ensolarados, a agradável esplanada é um perfeito oásis de paz onde os clientes do 22 Lounge podem desfrutar com tranquilidade de um variado brunch. Para escolher há, entre outras coisas, ovos rancheiros com farinheira, tomate e torricado de oregãos, piadinha de presunto com rúculas e mozzarella ralada, e gravalax de espadarte. Nos doces encontramos também autênticas perdições como waffles com curd de toranja e fruta laminada ou brownies de chocolate com gelado de noz e molho de caramelo.
Fotos: 22 Lounge by Sim Chef!
O espaço está aberto das 8h00 até às 22h30. Não deixem de experimentar!
O Milk Punch é um dos cocktails mais antigos do mundo. Foi criado em 1688 na Escócia e a sua receita foi mencionada num livro pela primeira vez em 1711. Até o famoso Benjamin Franklin publicou uma versão deste cocktail em 1763, portanto esta bebida, que surpreende pelo seu sabor complexo e cremoso, tem já uma longa história.
INGREDIENTES
6 colheres (de sopa) de leite 3 colheres (de sopa) de whisky escocês 1 colher (de sopa) de conhaque 1 colher (de sopa) de xarope de açúcar * ½ colher (de chá) de baunilha
Para decorar
Noz-moscada ralada Estrela de anis
Adicione todos os ingredientes a uma coqueteleira. Encha-a com gelo e agite-a bem. Coe a bebida e despeje num copo baixo.
Decore com noz-moscada, ralada na hora, e uma estrela de anis
* Para fazer o xarope de açúcar coloque numa panela partes iguais de açúcar e água. Aqueça em fogo médio e mexa até que o açúcar se dissolva. Deixe arrefecer antes de usar.
Há poucos lugares no Reino Unido tão icónicos ou dramáticos quanto Glencoe, um lugar de enorme tragédia e imensa beleza. Em 1692 este vale estreito nas Highlands foi palco de um massacre horrível onde perderam a vida mais de 30 pessoas, mas isso não impediu que esta paisagem monumental permaneça até hoje como a personificação de uma certa Escócia cantada em poemas e idealizada em filmes.
Fotos: Travellight e H. Borges
Designado como Reserva Natural Nacional do Reino Unido, o vale de Glencoe está localizado dentro do inspirador Lochaber Geopark. É um vale profundo, de imponentes montanhas e espetaculares paisagens, esculpido por glaciares e vulcões, que todos anos atrai milhares de turistas às Highlands (Terras Altas) Escocesas.
É um local fabuloso para caminhadas e outras atividades ao ar livre, mas também oferece uma série de outras coisas para fazer dentro e ao redor da pequena vila de Glencoe, incluindo visitar museus e atrações históricas, andar de caiaque e até esquiar no inverno. Existe uma pequena taxa para visitar e para estacionar (4 libras p/pessoa) e também um café no local, mas todos os lucros obtidos são usados para ajudar a proteger e conservar a reserva natural
O Glencoe Visitor Center é um ótimo lugar para começar a visita. Aqui, podemos ter informações sobre trilhas de caminhada e sobre a vida selvagem da região, bem como previsões meteorológicas atualizadas. Há também uma série de exposições interessantes, incluindo um curta-metragem sobre a história geológica desta área e informações sobre o infame massacre em Glencoe de mais de 30 membros do Clã MacDonald em 1692.
Há uma série de trilhas que partem do próprio centro de visitantes, que variam em dificuldade e podem ser uma boa opção para quem não conhece tão bem a região. Fazer uma caminhada pela natureza com um dos funcionários do centro também é possível desde que marcada com antecedência. Podemos escolher desde caminhadas curtas com menos de uma hora de duração, até caminhadas de dia inteiro mais desafiadoras até ao pico de Buachaille Etive Mòr ou até Rannoch Moor.
Vale a pena planear com antecedência consultando sites como Walk Highlands, que sugerem as melhores trilhas para fazer em Glencoe.
No parque natural podemos avistar vários animais, desde o impressionante veado vermelho até lebres, águias douradas e outras espécies de aves, martas e muito mais! Trazer um par de binóculos não é má ideia.
Os destaques mais fotografados de Glen Coe são as vistas de Buachaille Etive Mor e os picos das montanhas Aonach Dubh, Beinn Fhada e Gearr Aonach conhecidas como as Three Sisters of Glencoe (Três Irmãs de Glencoe). No entanto, existem muitos mais locais para descobrir, incluindo lagos, rios e pequenas quedas de água que dão ainda mais encanto à paisagem que nos últimos anos serviu de cenário a filmes da série James Bond e Harry Potter. As cenas da cabana de Hagrid em Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, por exemplo, foram filmadas em Glencoe. Quem é fã do jovem feiticeiro não resiste a ver esta paisagem apesar da cabana já lá não estar 😊 Em Fort William (a cerca de 30 minutos de Glencloe) podemos também fazer um passeio panorâmico num antigo comboio a vapor – o Jacobite Express — que ficou particularmente famoso graças ao papel de protagonista como o Expresso de Hogwarts nos filmes de Harry Potter.
Mas saindo da fantasia e entrando na realidade, quem quiser conhecer e entender melhor o povo das Highlands que ao longo dos séculos chamaram Glencoe de lar, tem de parar no Glencoe Folk Museum. O museu está instalado na vila, numa casa antiga com telhados de palha e apresenta uma grande variedade de objetos em exposição, desde relíquias jacobitas a brinquedos e itens domésticos, além de recordações da primeira e segunda guerras mundiais.
Como chegar a Glencoe
Existem várias opções para chegar a Glencoe. A melhor é alugar um automóvel em Glasgow, Inverness ou Edimburgo. A viagem demora entre 2 horas a 2 horas e meia e permite maior flexibilidade na locomoção pelo vale. Já quem preferir ir de transporte público pode apanhar um comboio direto em Edimburgo ou Glasgow para a estação de Fort William. Em Fort William existem autocarros para a vila de Glencoe, bem como para várias paragens no vale.
Finalmente, uma das opções mais fáceis para visitar Glencoe é fazer um tour. Nas principais cidades da Escócia não faltam agências de turismo que oferecem tours organizados às principais atrações do vale.
Foto: John McSporran
Onde Ficar em Glencoe
Acampar é permitido em áreas reservadas para o efeito. Consultem aqui para mais informações.
Há também vários hotéis e acomodações dentro do vale, mas são geralmente mais caros do que nas vilas em redor como Ballachulish, Onich ou a cidade de Fort Williams. Se o orçamento não for apertado sugiro ficar no RiverBeds Glencoe.
Para inspiração e mais ideias para passeios, férias e fins de semana sigam as minhas stories noInstagram
A origem destas tartes tradicionais perde-se no tempo, mas sabe-se que o prato é confecionado na Escócia há mais de quinhentos anos. A diferença entre a tarte escocesa e as outras tartes de carne picada é a sua massa que se designa por “hot water pastry” (algo como “massa de água quente”). Uma massa, que como o nome sugere, é feita aquecendo água, derretendo gordura nela, fervendo depois a mistura e, finalmente, incorporando a farinha.
A tampa de massa da tarte é colocada cerca de um centímetro abaixo do topo das laterais, permitindo que a torta seja facilmente consumida à mão, com uma cobertura extra de molho ou puré de batata por cima. Por esse motivo, as tartes escocesas eram frequentemente associadas à classe trabalhadora que as comia nos intervalos do trabalho ou nos estádios enquanto assistia a jogos de futebol.
INGREDIENTES (para 4 tartes) Para a massa
250 g de farinha de trigo 100 g de banha 120 ml de água
Para o recheio
300 g de carne de borrego picada 1 cebola pequena 1 colher (de chá) de ervas mistas (geralmente uma combinação de orégãos, manjericão e alecrim) 1/2 colher (de chá) de noz moscada Caldo de carne ou molho Sal e pimenta a gosto
PREPARAÇÃO
Comece por untar as formas de tarte com um pouco de óleo vegetal e reserve.
Coloque a farinha numa tigela grande e faça um buraco no meio. Corte a banha em cubos e adicione a uma panela pequena com água quente, mexendo até derreter. Não deixe a água ferver.
Despeje a mistura na farinha e misture bem com uma colher de pau, até que esteja tudo bem incorporado. Despeje a mistura sobre uma superfície enfarinhada e amasse um pouco mais. Tenha em atenção que à medida que a massa de água quente arrefece, torna-se mais difícil de moldar, por isso trabalhe razoavelmente rápido.
Divida a massa em 4 bolas e depois tire um pouco de cada bola para guardar para a “tampa” da tarte. Entre um quarto a um terço, dependendo do tamanho das tartes que pretende fazer.
Com um rolo estenda as bolas de massa até terem cerca de 5 mm de espessura, uma a uma, e coloque-as nas formas de tarte, garantindo que deixa uma borda plana e uniforme no topo das laterais da tarte.
Estenda agora as “tampas” assegurando-se de que elas não são do tamanho exato das formas de tarte, mas um pouco menores e depois coloque-as em película aderente ou papel vegetal, num tabuleiro.
Coloque toda a massa no frigorífico para endurecer. Enquanto isso, pique uma cebola pequena e frite numa frigideira. Adicione a noz moscada e as ervas e depois coloque tudo numa tigela com 4 colheres (de sopa) de caldo/molho de carne.
Depois de frio, adicione à carne picada e misture. Adicione mais caldo ou molho se a mistura estiver muito seca, mas não demasiado pois se houver muito líquido ele vazará da tarte durante o cozimento e deixará a massa encharcada.
Divida a carne picada e encha as formas de tarte cerca de 3/4. Coloque as “tampas” por cima e empurre para baixo de modo a que fiquem a cerca de 1 cm do topo da tarte. Corte um pequeno buraco no topo das tartes para deixar o ar quente escapar.
Coloque as tartes escocesas no forno por cerca de 45 minutos a 180°C. Verifique aos 35/40 minutos se a massa já está dourada. Assim que estiverem prontas retire as tartes do forno e deixe-as arrefecer até que seja fácil desenformar.
Sirva com puré de batata, vegetais ou só com molho de carne por cima.
O comboio é uma excelente opção de transporte para quem quer conhecer melhor a Escócia. Existem conexões rápidas entre as principais cidades e um itinerário feito em cima dos carris pode facilmente combinar um pouco de cultura, história, boa comida, as maravilhosas paisagens das Highlands e, para quem aprecia, o inevitável copo de whisky.
Foto: PxHere
DIA 1 E 2 - EDIMBURGO
Há vários voos diretos de Lisboa e Porto para Edimburgo, por isso este roteiro começa e termina na capital da Escócia
Chegando ao Aeroporto de Edimburgo apanhem um elétrico para St Andrew Square. É boa ideia arranjar uma acomodação nesta zona da cidade porque muitas atrações e a estação ferroviária Edinburgh Waverley de onde partem os comboios para as outras regiões da Escócia ficam próximos desta Praça (a estação está a cerca de 5 minutos a pé).
O elétrico passa a cada 7-10 minutos, a viagem leva 35 minutos e o bilhete custa à volta de 6,50 libras.
Uma vez instalados no vosso hotel, hostel ou alojamento local preparem-se para explorar a cidade começando por uma visita ao Castelo de Edimburgo — uma atração a não perder! Fica bem perto da estação Edinburgh Waverley e basta uma caminhada (ligeiramente íngreme) de 10 minutos até à entrada. Há visitas guiadas regulares que partem da ponte levadiça e guias áudio para quem preferir fazer a visita por conta própria. São mais de 900 anos de história real escocesa para descobrir. Não deixem de ver as Joias da Coroa, o enorme canhão do século XV e o elegante Grande Salão. As vistas sobre a cidade e sobre o Estuário do Rio Forth até Fife também são espetaculares.
Foto: Travellight
Saindo do Castelo percorram a histórica Royal Mile que desce pela colina até ao Palácio de Holyrood. Parem para almoçar no Monteiths ( 61 High St) e experimentem o haggis, um prato tradicional da cozinha escocesa. De tarde visitem a Catedral de Santo Egídio onde a Rainha Isabel II esteve a ser velada e o Museu Nacional da Escócia.
No segundo dia continuem a explorar a Royal Mile e descubram um dos locais mais incomuns de Edimburgo — Mary King's Close. Escondido, sob as ruas da cidade, Mary King's Close é uma rua residencial estreita que remonta ao século XVII. Foi abandonada após vários surtos de peste e agora é uma atração turística peculiar e assustadora. Acompanhem um guia vestido a rigor até ao subsolo e vejam como viviam as pessoas na capital da Escócia há 400 anos atrás.
Depois da visita a Mary King's Close continuem a caminhar pela Royal Mile em direção ao Palácio de Holyrood, residência oficial da Família Real Britânica na Escócia. Está aberto ao público a maior parte do ano e dá-nos a oportunidade de ver a Sala do Trono e de conhecer melhor famosas figuras escocesas como Mary, Queen of Scots.
Edimburgo abriga alguns dos melhores restaurantes da Escócia e quem aprecia alta cozinha não pode deixar de jantar no The Kitchin (78, Commercial Quay, Leith), fica um pouco distante do centro da cidade, mas a viagem de táxi ou uber vale bem a pena! Outra ótima opção (e mais em conta) é o Howie's (10-14 Victoria St.). Fica bem no centro e apresenta um menu de pratos escoceses preparados com perfeição com ingredientes de origem local.
Apanhem na estação de Edinburgh Waverley o comboio para Pitlochry (em direcção a Inverness). Escolham o comboio da ScotRail que sai às 8h37 da manhã e não exige transbordo. Assim chegam cedo e tem mais tempo para explorar a pitoresca cidade de Pitlochry, em Perthshire. A viagem de comboio dura 1h55 e o bilhete sem transbordo custa 25,80 Libras (com transbordo fica por cerca de 12,80).
No caminho desfrutem das vistas incríveis e deixem a máquina fotográfica ou o smartphone preparado para fotografar/filmar a passagem pela icónica ponte Forth Bridge.
Foto: PxHere
Em Pitlochry, como em Edimburgo, escolham uma acomodação perto da estação, para poderem deixar logo a vossa bagagem à chegada (a estação de Pitlochry não tem cacifos para guardar malas).
Seria uma pena visitar as Highlands escocesas e não conhecer a exportação líquida mais famosa da região e do país — o whisky! Por isso aproveitem a vossa visita a Pitlochry para conhecer a destilaria Blair Atholl que fica a apenas 15 minutos a pé da estação ferroviária da cidade, ao contrário da grande maioria que fica no meio de áreas rurais difíceis de chegar sem estar integrado num tour ou viajar em transporte próprio. Marquem uma visita guiada para descobrir como a cevada e a água são transformadas em whisky e não deixem de fazer uma prova do precioso líquido no final.
Sigam depois a pé por cerca de 10 minutos para o Palácio Atholl e visitem o museu que conta a história deste magnifico edifício desde que foi inaugurado como um estabelecimento hidropático em 1878 até a sua reabertura após a Segunda Guerra Mundial.
Pitlochry é uma daquelas pequenas cidades onde é fácil passar horas a passear e a entrar nas lojinhas de produtos tradicionais. É um ótimo lugar para comprar souveniers como um cachecol de caxemira, um bom whisky ou uma bonita caixa de biscoitos amanteigados para oferecer aos amigos, mas guardem essa atividade para o fim, para não andarem demasiado carregados antes da hora de voltar para o hotel, e sigam em vez disso para a barragem hidroelétrica de Pitlochry. É uma meia hora a andar e pode não ser o lugar mais óbvio para se visitar na Escócia, mas o centro de visitantes é muito interessante e explica não apenas a ciência da geração de energia, mas também a vida dos pioneiros que construíram a barragem do outro lado do rio Tummel. Ali fica igualmente a famosa Escada do Salmão, construída para permitir que os peixes migratórios contornem a barragem e cheguem aos locais de desova. De julho a setembro é a melhor época do ano para ver os peixes a saltar. O Centro também possui um café que oferece refeições leves, sanduíches e scones, para além de paisagens espetaculares do lado de fora da janela.
Na parte da tarde apanhem um táxi ou uber para Queen’s View, um miradouro com uma vista incrível, que deve o seu nome à rainha Victoria que ali esteve em 1866. Há autocarros que saem do centro de Pitlochry para este miradouro, mas são poucos e o horário não é muito certo, por isso é mais seguro apanhar um táxi ou uber (da barragem até Queen’s view são cerca de 20 minutos).
Foto: Visit Sctland
Jantem no Fern Cottage Restaurant (Ferry Rd, Pitlochry PH16) antes de regressar ao vosso hotel ou alojamento local para passar a noite.
DIA 4 - GLASGOW
Apanhem o comboio das 07h27 da ScotRail para Glasgow. A viagem leva 1h53 e o bilhete custa 11,90 Libras se comprado com antecedência.
A Estação Central de Glasgow tem lugares onde podemos guardar a nossa bagagem, por isso, caso não pretendam passar ali a noite, optem por esta solução.
Glasgow Central fica no coração da cidade, na famosa área comercial "Style Mile”, mas deixem as compras para o fim se estiverem interessados nisso e sigam para George Square, uma enorme praça ladeada pelas Câmaras da Cidade e outros imponentes edifícios. Continuem em frente ou explorem as ruas da Merchant City, construída na época vitoriana pelos prósperos comerciantes de Glasgow.
Foto: Visit Sctland
A apenas alguns minutos a pé da George Square fica a Galeria de Arte Moderna, na Royal Exchange Square. Procurem a estátua do homem a cavalo do lado de fora e não se surpreendam se ele tiver um cone de trânsito na cabeça – é uma tradição incomum de Glasgow 😳. No interior, as galerias estão repletas de arte moderna de todo o mundo e todas as exposições permanentes têm entrada gratuita! Há também um ótimo café e uma extensa biblioteca.
Apanhem o metro na Buchanan Street ou em St Enoch para Hillhead. Não há perigo de se perderem, pois há apenas uma linha que corre em círculo. Saiam em Hillhead para a rua Byres Road, o centro da área estudantil de Glasgow. Aqui não faltam lugares para comer algo rápido e barato. Comprem sanduíches ou sushi e façam um piquenique no Jardim Botânico, na extremidade superior da Byres Road. Depois de almoçar não deixem de visitar a estufa tropical Kibble Palace e ver as suas orquídeas exóticas.
Uma das joias escondidas de Glasgow é o fascinante Museu Hunterian. Fica dentro do prédio principal da Universidade de Glasgow e a apenas 20 minutos a pé do Jardim Botânico. Tem uma mistura eclética de exposições que cobrem tudo desde arqueologia romana a instrumentos científicos vitorianos. É muito interessante e a sua entrada é gratuita.
A Universidade de Glasgow tem vista para o outro grande parque da cidade — Kelvingrove. Dentro do parque está um museu com o mesmo nome — Kelvingrove Museum — que atrai multidões desde os tempos vitorianos e mostra todos os aspetos da história de Glasgow. Abriga uma das maiores coleções de arte da Europa e no andar de cima destaca-se a pintura “Cristo de São João da Cruz” do surrealista espanhol Salvador Dali. A entrada é gratuita.
Se decidirem passar a noite em Glasgow não deixem de ir jantar ou só beber um copo no Horseshoe (17-19 Drury Street). Tem o bar vitoriano mais longo da Europa, tradicional comida de pub e cervejas escocesas.
DIA 5 - REGRESSO A EDIMBURGO
Os comboios de Glasgow para Edimburgo partem da estação Glasgow Central, a viagem leva 1h10 e o bilhete custa 16,10 Libras.
Para inspiração e mais ideias para passeios, férias e fins de semana sigam as minhas stories noInstagram
Que delícia é um pain au chocolat caseiro! É crocante, delicioso, cheira bem, enfim, é bom demais! Leva muito tempo a preparar, mas o resultado final vale o sacrifício
INGREDIENTES (para 16 pães)
500 g de farinha de trigo 25 g de fermento fresco 10 g de sal 50 g de açúcar 125 ml de leite 125 ml de água 300 g de manteiga 1 gema para dourar 113 g de chocolate meio amargo picado grosseiramente
PREPARAÇÃO
Retire a manteiga com antecedência para amolecer. Coloque a farinha na tigela da batedeira. Coloque o sal de um lado e o açúcar do outro. Faça um buraco no centro e esfarele o fermento fresco.
Se usar fermento seco, divida a quantidade por dois e dilua no leite morno.
Cubra o fermento com o leite e a água.
Amasse com o gancho da batedeira (ou, na falta disso, com a mão), por cerca de dez minutos, até que a massa se solte facilmente das laterais da tigela.
Coloque a massa em cima de uma superfície enfarinhada e molde-a numa bola.
Deixe a massa levedar por uma hora à temperatura ambiente. A massa deve dobrar de volume.
Abra a massa num retângulo bem grosso. Embrulhe em película aderente e leve ao frigorífico durante 2 horas. Enquanto isso, prepare a manteiga. Forme um quadrado de cerca de 20 x 20 cm. Para fazer isso, não hesite em “esticar” a manteiga com o rolo usando para isso duas folhas de papel vegetal (com a manteiga no meio). Depois de ter o quadrado formado, coloque a manteiga dentro do frigorífico para que fique à mesma temperatura que a massa.
Retire a massa do frigorífico e estique-a para formar um quadrado. Coloque o quadrado de manteiga sobre ele e feche a massa como se fosse uma carta de modo a envolver completamente a manteiga.
Enfarinhe a superfície de trabalho e estique a massa no sentido da altura. Dobre o fundo e o topo da massa até o meio, deixando um espaço de 2 cm, depois dobre tudo ao meio.
Filme e coloque 30 minutos no frigorífico.
Retire do frigorífico e abra novamente a massa no sentido da altura e dobre a massa em três.
Enfarinhe a superfície de trabalho novamente e abra a massa aproximadamente 32 x 60 cm. Com uma faca, divida a massa em quatro no sentido do comprimento. Vai ficar com quatro retângulos de 32 x 15 cm. Divida cada retângulo novamente em 4 para ter 16 retângulos de 8 x 15 cm.
Coloque o chocolate picado em cada retângulo e enrole a massa sobre si mesma para formar os pães.
Deixe os pains au chocolat descansar por 2 horas em temperatura ambiente para a massa crescer mais um pouco.
Pré-aqueça o forno a 200°C. Pincele os pains com a gema de ovo espere 10 minutos e depois pincele uma segunda vez. Cuidado para não colocar ovo nas bordas, porque isso impedirá que a massa cresça.
Leve ao forno por cerca de 20 minutos.
Deixe esfriar numa grade, mas não muito, porque os pains au chocolat (ou "chocolatine" como são conhecidos no sudoeste da França) são ainda mais deliciosos quando servidos quentes!
Se quiser polvilhe com açúcar de confeiteiro antes de levar à mesa.