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The Travellight World

Inspiração, informação e Dicas de Viagem

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Qua | 31.08.22

Cinco regiões deslumbrantes para visitar em França no inicio do outono

O inicio do outono é uma das melhores épocas para visitar a França, seja o sul, norte, leste ou oeste. As noites podem ser mais frescas, mas ainda há muito sol e calor para aproveitar as praias quase vazias de setembro e outubro. Nos melhores restaurantes as mesas começam a estar disponíveis, museus e galerias de arte ficam mais tranquilos e as provas de vinho são ainda mais agradáveis com a paisagem de verão a dar lugar aos tons de ouro do outono.

Le Touquet Paris-Plage

A apenas 2,5 horas de Paris, Le Touquet, na Costa Opala, no norte da França, é um refúgio secreto dos parisienses. Longas praias de areia douradas, ruas e lojas cheias de charme e o hotel art déco Westminster, onde o chef com estrela Michelin William Elliot, deslumbra os clientes com preciosidades gastronómicas.

Este é um local para descontrair, fazer longas caminhadas na praia e nos pinhais circundantes, andar a cavalo nas dunas, passear pelas muralhas da antiga cidade de Montreuil-sur-Mer que fica ali por perto, andar de bicicleta em estradas tranquilas e aprender “sand-yacht” - uma espécie de windsurf, mas na areia.

Aqui não se pode deixar de experimentar os pratos locais mais populares, de preferência no Chez Perard (67 Rue de Metz), um espaço com um fabuloso bar de ostras, restaurante brasserie, e um ótimo serviço!

Ver o mundo passar da esplanada de um café em Le Touquet com um chocolate quente ou uma taça de vinho também é um daqueles momentos, “para mais tarde recordar”.

Como chegar: O Aeroporto mais próximo de Le Touquet é o aeroporto Charles de Gaulle em Paris. Daqui pode-se apanhar um comboio ou alugar um automóvel.

mockup-0Foto: Office du Tourisme Le Tourquet

Champagne

Champagne com as suas encostas repletas de vinhas coloridas é um lugar maravilhoso para passar longos e relaxantes dias de outono. Uma visita à sempre impressionante cidade de Reims com a sua magnífica Catedral é perfeita combinada com uma degustação de champanhe. Algumas das melhores degustações podem ser feitas na Maison Mumm, na Grande Maison de Champagne Taittinger ou na Veuve Clicquot. Um passeio de carro ou passeio pela Avenue de Champagne em Epernay, a apenas 24 km de Reims, é imperdível — é aqui que se encontra a famosa Maison de Champagne Moët & Chandon.

Ou que tal passear pela linda cidade de Troyes e conhecer o centro medieval e renascentista e os museus que celebram o seu interessante passado.

Haute-Marne, também na província de Champagne, embora não muito longe de Paris, costuma ficar um pouco fora dos roteiros mais conhecidos e é pena porque é verdadeiramente adorável. Uma terra de florestas, campos, rios, vinhas e cidades antigas. É também onde se encontra o Lago Der-Chantecoq, um dos maiores lagos artificiais da Europa.

Em Haute-Marne podemos visitar:

- Tufière de Rolampont — Uma incrível e enorme escadaria natural formada por um curso de água carregada de calcário que flui através de musgos e os petrifica pouco a pouco. É um fenómeno natural único e de grande beleza;

- Langres — Uma cidade deslumbrante no topo de uma colina com as muralhas mais longas da Europa e vistas magníficas sobre o campo. A cidade possui vários portões de entrada, incluindo um portão romano incrivelmente bem preservado e um “novo” portão do século XVI!

- Colombey les Deux Eglises — A casa de Charles de Gaulle.

Como chegar: O aeroporto mais próximo é o aeroporto Paris Vatry (a Ryanair voa para lá a partir do Porto). Para conhecer a região o ideal é alugar um automóvel.

automne-ecueil-2012-059-2Foto: Office du Tourisme Reims

Vale do Loire

O Vale do Loire, com os seus castelos, campos e vinhas é um lugar excecional para se visitar no outono. O Loire abriga alguns dos melhores vinhos da França, por isso uma visita às adegas torna a viagem ainda mais especial. As uvas são normalmente colhidas entre setembro e outubro e muitos chateaux, incluindo Chinon, Chambord, Chenonceau, Villandry e Chateau de Langeais, ficam muito perto das plantações. Combinar um tour de vinhos e castelos é uma ótima maneira de sentir o verdadeiro sabor desta bela região.

Como chegar: O aeroporto mais próximo é o aeroporto Tours Vale du Loir (a Ryanair voa para lá a partir do Porto), mas muitas pessoas voam para o Charles de Gaulle e depois apanham o TGV (que parte da estação do aeroporto) para o Vale do Loir. Para conhecer a região o ideal é alugar um automóvel.

ch_teau_of_de_sully_sur_loire_chateau_sully_in_the_loire_valley_moated_castle_castle_in_france_places_of_interest_romance_architecture_france-1116832.jpg!dFoto: PxHere

Aveyron, Midi-Pirinéus

A região de Aveyron é como um lugar que o tempo esqueceu, aldeias mágicas empoleiradas no alto de cumes, florestas e campos, riachos de águas cristalinas e castelos antigos. É uma região onde apetece ficar, caminhar e andar de bicicleta. É um lugar onde o cenário está sempre a mudar principalmente no outono, quando o céu azul disputa a nossa atenção com a beleza das folhas douradas. Quem gosta de fotografar e até de pintar, vai com certeza sentir-se inspirado.

Nesta região ficam algumas das aldeias e vilas mais bonitas da França. É o caso de Najac, uma vila encantadora com pitorescas casas medievais, Espalion, com a sua bonita ponte e castelo, ou Conques, um lugar que há seculos causa admiração aos peregrinos qua visitam a sua Abadia e se maravilham com os penhascos rochosos e florestas em torno da pequena vila medieval. Rodez merece igualmente uma visita, quanto mais não seja para conhecer o Museu Soulages, um edifício de arquitetura única, que abriga obras de Pierre Soulages, muitas exposições temporárias e um restaurante verdadeiramente excecional.

Como chegar: Basta apanhar um voo para o aeroporto Rodez-Marcillac (a Ryanair voa para lá a partir de Londres, Dublin e Bruxelas). Para conhecer a região o ideal é alugar um automóvel.

1e5fc0d501626d1a37d268e9b69b-1582981.jpg!dFoto: PxHere

Borgonha

Beaune é a capital desta fabulosa região vinícola e uma bela cidade medieval, cercada pelas vinhas da Cote d'Or. É conhecida pelo seu leilão anual de vinhos, que acontece no 3º domingo de novembro no museu Hotel-Dieu, do século XV. Vale a pena visitar a Route des Grands Crus, conhecida como os 'Champs-Elysées' da Borgonha e o Chateau du Clos de Vougeot — um esplendor arquitetónico e cultural, uma necessidade absoluta para os verdadeiros fãs de vinho e um lugar maravilhoso para se visitar no sol outonal.

Como chegar: Para chegar a Borgonha podemos voar até ao aeroporto Dole (a Ryanair voa para lá a partir do Porto) que é o mais próximo ou, em alternativa, voar até o Charles de Gaulle e depois apanhar o TGV (que parte da estação do aeroporto). Para conhecer a região, novamente, o ideal é alugar um automóvel.

fullsizeoutput_6e3bFoto: Bourgogne Tourisme

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Tchau!

Travellight

 

Sex | 26.08.22

Açorda de Sável do Ribatejo

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A açorda de sável é um prato típico do Ribatejo, região marcada pelo rio e dominada pelo modo de vida ribeirinho. Esta açorda acompanha tradicionalmente o sável frito, sendo a cabeça e ovas aproveitadas para preparar esta conhecida especialidade da cozinha tradicional. 

INGREDIENTES

1 l de água
100 ml de azeite
1 ramo de coentros
1 kg de sável
240 g de pão duro
7 dentes de alho
sal e vinagre q.b.
Limão


PREPARAÇÃO

De véspera, corte o sável às postas e tempere com sal, um pouco de vinagre e 1 dente de alho picado.

No dia da confeção da açorda, coza a cabeça e as ovas do sável, escoando no final a água da cozedura.
Pique os dentes de alho e os coentros.

Leve ao lume a água da cozedura do sável, o azeite, os dentes de alho e os coentros. Deixe ferver e deite o pão, cortado às fatias, fervendo até enxugar.

Sirva a açorda num tacho ou numa travessa, com as ovas desfeitas por cima e decorado com coentros. Em volta do tacho coloque o sável frito, cortado em postas muito finas e umas fatias de limão.

 

Receita retirada, com ligeiras alterações do site Cozinha Tradicional

 

Qui | 25.08.22

Coruche | Muito mais do que a "Capital da Cortiça"

A Vila de Coruche, situada na lezíria, numa zona que é já de transição do Ribatejo para o Alentejo, é um povoado típico, de casas baixas, pintadas de branco e debruadas a cor.
É conhecida internacionalmente pela produção de cortiça e tem um bonito centro histórico, ideal para conhecer num passeio a pé. Bate recordes de temperatura no verão, mas isso não desencoraja os locais e os visitantes que durante o dia se refugiam na praia fluvial e aproveitam os mergulhos no rio Sorraia para escapar ao calor abrasador.

fullsizeoutput_6e24Fotos: Travellight e H. Borges

Rodeada de campos férteis, esta é uma região em que a agricultura e a criação de cavalos são as atividades predominantes, destacando-se na paisagem a lezíria, fertilizada pelo rio Sorraia, afluente do Tejo, onde dizem, cresce o melhor arroz de Portugal, e as vastas áreas de sobreiros de onde se extrai a cortiça de que Coruche é um dos principais produtores a nível nacional.

O seu centro histórico possui diversos monumentos, testemunhos de outras épocas, como a Ponte da Coroa, o Aqueduto medieval do Monte da Barca, o promontório e a Ermida de Nossa Senhora do Castelo, diversas Igrejas na maioria originárias do séc. XVII e o Pelourinho, símbolo da autoridade municipal e do poder concelhio (réplica do original que foi destruído na década de 30 do século XX).

Relativamente aos edifícios do património cultural, vale a pena visitar o Museu Municipal, que abriga o sino mais antigo de Portugal e o Observatório do Sobreiro e da Cortiça — um edifício único, projetado pelo arquiteto Manuel Couceiro como homenagem ao sobreiro de Portugal e por isso mesmo, todo revestido a cortiça.

Coruche é igualmente uma zona com locais de grande valor arqueológico, alguns deles do quarto e terceiro milénios a.C. Estes monumentos megalíticos localizam-se no extremo sudeste do concelho, onde podemos realizar o chamado Roteiro Megalítico de Coruche e os Percursos da Água Doce.
Desconhece-se a origem da população, mas, graças aos vestígios arqueológicos e ao aglomerado megalítico, reconhece-se que aqui viveram as primeiras comunidades camponesas conhecidas na Península Ibérica.

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O antigo e o moderno combinam muito bem em Coruche, onde em cada esquina vemos exemplos de arte urbana que dão cor e alegria à Vila. As intervenções são assinadas pelos artistas urbanos Styler, Mariana Duarte Santos, Ruído, Fedor e Smile e decoram as escadarias da Travessa do Castelo, o Largo do Pelourinho, a Rua da Música, a antiga Rua do Cinema e o arco da Rua Direita, mas existem outras instalações artísticas como o Campanário Mudo que reproduz em cortiça dois sinos do século XVIII e a enorme mãe coruja e sua filha, de Catarina Glam, colocadas na frente ribeirinha, que nos recordam a lenda que diz que o primeiro rei de Portugal, de passagem por estas terras, declarou que a região se chamaria “Coruche”, nome que em português deriva da palavra para coruja.

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A frente ribeirinha, totalmente requalificada, foi transformada num excelente local para passeio e desporto. A praia fluvial, na margem direita do rio Sorraia, junto ao parque com o mesmo nome, conta com mais de 1700 metros quadrados de areal. Tem uma zona com campo de jogos e também uma área para chapéus de sol.

Entre a Charneca do Montado de Sobro e as planícies verdes, Coruche oferece excelentes condições para a prática do turismo de natureza, complementado por provas de vinho e experiências gastronómicas. Existem percursos por grandes espaços abertos ou por pequenas estradas sinuosas, passeios de balão, BTT, passeios de cavalo e atividades náuticas como canoagem ou esqui aquático no troço artificial da Quinta Grande.

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Um conjunto de atividades e celebrações anuais destacam ainda mais o potencial cultural e turístico de Coruche: Em maio, quando visitei a vila, decorria o evento gastronómico “Sabores do Toiro Bravo”, mas em março acontecem as Jornadas de Gastronomia, em abril, o Festival Internacional de Balonismo de Coruche, de Junho a Julho, o festival de música Sons de Verão; em agosto, a Festa em Honra de Nossa Senhora do Castelo e em outubro, a Feira do Livro — Isto só para mencionar alguns dos eventos mais importantes…

Como podem ver, motivos para visitar Coruche não faltam!

Espreitem aqui o destaque “Monte Argil/ Coruche” na minha página de Instagram e sigam as minhas stories nesta rede social, para inspiração e ideias para passeios, férias e fins de semana.

Tchau!

Travellight

 

Qua | 24.08.22

Kounoupidi Kapama | O prato grego vegetariano que deixa a couve flor cheia de sabor

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Kounoupidi kapama é uma receita da cozinha tradicional grega que usa a couve flor como principal ingrediente e é especialmente popular na região de Poloponese. É um prato vegetariano reconfortante que pode servir como acompanhamento, mas que é suficientemente completo para ser servido como prato principal.

INGREDIENTES

½ chávena de azeite
1 couve-flor cortada em pedaços
1 cebola, finamente picada
2 dentes de alho, ralados
1 pau de canela
Sal e pimenta preta a gosto
¼ colher (de chá) de flocos de pimenta vermelha esmagados (opcional)
450 g de polpa de tomate
¼ chávena de água
Queijo feta (opcional)


PREPARAÇÃO

Aqueça o azeite numa panela ou frigideira larga em fogo médio.
Adicione a couve-flor e cozinhe por 8-10 minutos ou até dourar. Eles não precisam de ficar dourados em todos os lados.
Retire a couve-flor e reserve.

Cozinhe a cebola no azeite por 10 minutos ou até ficar macia e dourada. Adicione o alho e cozinhe por mais 30 segundos tomando cuidado para não deixar queimar.

Adicione a polpa de tomate, a couve-flor, o pau de canela e tempere com sal e pimenta a gosto. Adicione os flocos de pimenta vermelha e deixe tudo ferver. Tape a panela e reduza o fogo para médio-baixo. Cozinhe até a couve-flor ficar bem macia. Cerca de 25 minutos.

Retire a tampa, aumente o fogo se necessário e cozinhe por mais 5 minutos ou até o molho engrossar. Prove e ajuste os temperos se necessário.

Sirva coberto com um pouco de queijo feta.

 

Receita retirada, com pequenas adaptações, do site Dimitras Dishes

Ter | 23.08.22

Costa Navarino | Peloponeso, Grécia

Longe das multidões de Santorini ou Mykonos, Costa Navarino é um dos lugares mais exclusivos e glamourosos para passar férias na Grécia.
Quem gosta de natureza, pratica desporto - especialmente golfe - e é apaixonado por história e arqueologia, vai com toda a certeza ficar apaixonado por este canto mágico, localizado em Peloponeso, com baías cor de safira, dunas de areia dourada e um passado épico escondido entre oliveiras centenárias.

Foi aqui, segundo contam os gregos, que Paris escolheu passar a sua primeira noite com a bela Helena de Troia. Onde Hércules provou o seu valor quando lutou contra o leão de Nemeia e onde Nestor, conhecido pela sua sabedoria e bondade, construiu, conforme descrito por Homero, o seu majestoso palácio.

fullsizeoutput_6dc0Foto: PxHere

A HISTÓRIA DA COSTA NAVARINO

Apesar das suas praias intocadas, águas azuis, atrações históricas, olivais e aldeias idílicas, esta região grega nunca foi tão popular entre os turistas quanto Atenas, Santorini, Mykonos ou Creta. Os antigos gregos adoravam-na mas a partir do século XVIII a região caiu na pobreza - uma situação que foi agravada pela Segunda Guerra Mundial.
Eis quando o capitão Vassilis Constantakopoulos, um empresário local bem-sucedido, que ganhou dinheiro com o transporte marítimo, decidiu revitalizar a área onde nasceu e cresceu, impulsionando a economia da sua terra natal por meio do turismo internacional, mas preservando e honrando a beleza natural da região.

O que ele e a sua família alcançaram foi nada menos que impressionante — um amplo resort de luxo sustentável chamado Costa Navarino, formado por dois hotéis - o The Westin e o The Romanos.

Para alcançar este feito ele mandou replantar 6.500 oliveiras e 2.000 árvores frutíferas, juntamente com outros 400.000 arbustos. Mandou desviar rios e estradas, para deixar o litoral intacto. Criou dois reservatórios para que os seus campos de golfe não consumissem muita água natural. Usou materiais locais para construir as propriedades, cuja água é aquecida a energia solar. Estabeleceu o Observatório Ambiental Navarino, cuja missão é o estudo das mudanças climáticas, e inaugurou o Navarino Natura Hall, um moderno centro de exposições interativas para visitantes e moradores conhecerem a biodiversidade única da região.

Os hóspedes são convidados a deixar a praia depois das seis, durante a época da desova, para que as tartarugas da região possam continuar a cavar ninhos e a colocar os seus ovos. Luzes de baixa intensidade garantem que a praia fica escura à noite, para que a luz não desoriente e impeça os filhotes de encontrar o caminho para o mar… O esforço para criar um resort o mais próximo possível da sustentabilidade parece ser real.

COMO CHEGAR

O aeroporto de Kalamata é o mais próximo da Costa Navarino. Não há voos diretos de Lisboa, Porto ou Faro para Kalamata, a melhor opção é ir primeiro até Milão Malpensa onde a Ryanair tem voos, ida e volta, a partir de 46 € para Kalamata. Chegando a Kalamata pode-se alugar um automóvel e em cerca de 45 minutos estarão na Costa Navarino. Em alternativa pode-se apanhar um autocarro KTEL que vai do aeroporto de Kalamata a Pylos (Navarino). A viagem demora 1h 48m e os bilhetes custam entre 4€ a 6€. Podem consultar os horários aqui.

ONDE FICAR

Apesar da Costa Navarino ser conhecida pelo luxuoso resort composto pelos hotéis de luxo The Westin e The Romanos, não faltam outros hotéis e alojamentos locais como o Artina Nuovo (desde 65 € por noite), bem próximos, que não dão cabo do orçamento e permitem usufruir das praias e de todas as atrações da região.

AS PRAIAS

Praia Voidokilia

É uma das mais belas praias de todo o Mediterrâneo. A sua forma lembra muito a letra “omega” do alfabeto grego, e o círculo da sua baia é tão perfeito que parece ter sido desenhado com um compasso. É um verdadeiro espetáculo da natureza: uma longa faixa de areia branca, com águas pouco profundas, abrigada pelas dunas de areia que a separam da lagoa que fica atrás dela. A lagoa Gialova fica a poucos passos da praia e é um ecossistema natural que abriga mais de 270 espécies de aves e variada fauna local.

A praia de Voidokilia está igualmente localizada perto do castelo de Paliokastro, de onde se pode desfrutar de uma vista magnífica sobre o golfo e Peloponeso. A praia não tem qualquer equipamento de apoio (chapéus de sol, bares, espreguiçadeiras…), por isso é recomendável levar água, chapéu e algo para comer se pretenderem ficar muitas horas.

Praia Romanos

Longa praia de areia e calhaus equipada com um bar de praia onde é possível alugar espreguiçadeiras e chapéus de sol, que estão habitualmente incluídos na diária dos hotéis e resorts próximos, ou tem um valor adicional (entre 5€ a 8€ por dia para guarda-sol e duas espreguiçadeiras). Durante os meses de verão a área dos chapéus de sol costuma estar muito cheia, mas basta andar uns cem metros e ficamos sozinhos, ou na companhia de muito poucas pessoas, com o espetáculo do mar à nossa frente.

Característicos são os pinheiros próximos da praia que podem garantir sombra especialmente nas horas mais quentes do dia.

fullsizeoutput_6dc7Foto: Restaurante Barbouni | Best Hotels Greece

Praia Petrochori

Imediatamente a seguir à praia Romanos, cerca de um quilómetro a sul, encontra-se esta pequena praia com areia fina quase como pó de talco e águas pouco profundas. Atrás da praia há dois bares de praia que oferecem bebidas geladas e alguns petiscos. A praia está equipada com espreguiçadeiras e chapéus de sol. Prestem atenção às pequenas cercas que existem na praia, é aqui que algumas tartarugas da região vem desovar e podem lá estar ovos de tartaruga.

Praia de Divari

Outra baía maravilhosa é esta praia de Divari, bem protegida dos ventos graças à sua localização. A praia tem uma areia fina e dourada, águas límpidas e rasas, e garante todos os serviços necessário ao conforto dos banhistas. Existem dois bares de praia onde se pode comprar snacks e bebidas, bem como alugar espreguiçadeiras e chapéus de sol que muitas vezes estão incluídos no custo do consumo (mínimo 4,00€).

Um dos pontos mais bonitos da praia fica no final. Neste ponto, o vento está quase completamente ausente, então o mar parece uma lagoa! Além disso, a partir deste ponto da praia é possível chegar a nado (cerca de 50 metros) até ao ilhéu de Sfacteria.

ATRAÇÕES A VISITAR

Costa Navarino faz parte de Messenia, uma bela região, com mais de 4.500 anos de história, que oferece muitas coisas para ver e fazer.

Antiga Messene

As ruínas desta antiga cidade ainda estão em boas condições e apresentam fortificações, espaços públicos e casas particulares que nos podem dar uma ideia de como era a vida na antiga Grécia.

fullsizeoutput_6dcaFoto: Greek Travel Pages

Neokastro

Construído durante a invasão turca em 1573, Neokastro é um castelo bem preservado que possui uma cidadela, uma mesquita convertida em igreja e um pátio. Há também um museu de arqueologia subaquática, onde são exibidos artefactos encontrados em naufrágios.

Olympia

Olympia é um dos locais mais famosos da região e fica a menos de uma hora da Costa Navarino. Foi o local onde nasceram os Jogos Olímpicos e ainda hoje é possível passear pelas ruínas do antigo estádio onde os atletas treinavam e corriam. Os templos dedicados aos deuses Hera e Zeus também merecem uma visita assim como o museu que abriga algumas esculturas incríveis e outros vestígios deste lugar.

Polylimnio

Polilimnio é um dos segredos mais bem guardados da Grécia. Este paraíso verdejante de quedas de água e lagos é o lugar perfeito para descontrair e relaxar cercado pela natureza. É possível mergulhar no Lago Kardoula que tem a forma de um coração, ou num dos outros 15 lagos e cascatas da área.

fullsizeoutput_6dcbFoto: PxHere

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Travellight

Sex | 19.08.22

Evidência Belverde Hotel

A poucos quilómetros de Lisboa e a sul do rio Tejo, o Evidência Belverde Hotel, é a prova que não precisamos de ir muito longe para escapar da rotina e entrar num mundo de fantasia onde é possível esquecer o stress diário e relaxar.

fullsizeoutput_6dafFotos: Travellight

Discreto por fora, o Evidência Belverde Hotel surpreende-nos logo à entrada com um anjo negro (leram bem — um anjo!) sentado, como se estivesse à nossa espera, no sofá da receção. Bom, Isto promete… pensei, enquanto avançava pelo hotel e era recebida por uma funcionária simpática e diligente que em menos de 5 minutos tratou do check-in e me indicou o quarto.

À primeira vista, a zona de Belverde, no concelho do Seixal, pode não parecer o local mais óbvio para um hotel, mas depois de lá estarmos começa a fazer sentido. Afinal, este tranquilo bairro de vivendas da margem sul fica a apenas três quilómetros da Aroeira, a seis quilómetros da praia da Fonte da Telha e a menos de meia hora do centro de Lisboa. Só a localização já é suficiente para conquistar os veraneantes, mas o seu ambiente único e trendy conquista também, sem dificuldade, aqueles que procuram uma escapadinha romântica de fim de semana.

O anjo do hall, marca o tom dos restantes espaços do hotel, quase todo coberto de negro. Podia se ter transformado num lugar sombrio e triste, mas o chão, paredes, teto, mobiliário e outras peças de decoração juntamente com a luz que entra por uma grande superfície envidraçada com vistas para um jardim cheio de claridade, criam, pelo contrário, um ambiente luxuoso e moderno onde apetece ficar e explorar. O contraste faz-se com apontamentos de design, como os candeeiros em forma de nuvem, tapetes ou um enorme coração vermelho que espreita do jardim.

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Ao entrar no quarto de decoração minimalista, percebi que o negro voltava a marcar presença, mas agora quase que passava despercebido, suavizado pelo branco e pelo creme das camas, cortinados e parte das paredes e principalmente pela luminosidade que entrava pela varanda.
A casa de banho tinha um bom chuveiro e a cama era bastante confortável.

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Jantar no Restaurante do Hotel, The 19, com carta, assinada pelo Chef Luis Madeira, foi uma agradável surpresa. Tenho de confessar que não estava à espera de muito e acabei a noite completamente rendida aos sabores e à qualidade da apresentação. O único apontamento desagradável foi o tempo de espera — quase uma hora para nos servirem os pratos principais… Ainda bem que no fim valeu a pena.

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A piscina exterior é um espaço charmoso, com as suas camas de dossel e cortinas esvoaçantes. É um espaço muito concorrido e com o hotel cheio pode tornar-se pequeno demais, mas quem acorda cedo, não tem do que se queixar e pode aproveitar bem a piscina antes da multidão chegar 😃.
O bar, que faz o apoio à piscina também é agradável para almoçar ou relaxar com uma bebida antes do jantar. Tem um menu de snacks e uma boa seleção de cocktails e sumos.

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Servido em buffet, o pequeno almoço do Evidência Belverde não desaponta. Produtos variados e de boa qualidade, em quantidade suficiente para deixar o hóspede mais exigente satisfeito.

Um ginásio e o SPA Atitude (com acesso pago de 10 € por pessoa) completam as comodidades oferecidas pelo hotel.

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O SPA tem uma piscina interior climatizada, banho turco e um menu extenso de massagens e tratamentos.

Gostei muito da estadia! Recomendo!

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Travellight

Qui | 18.08.22

Bryndzové Halušky | O prato nacional da Eslováquia

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Bryndzové Halušky é o nome do prato nacional da Eslováquia. É uma espécie de  noodles, preparados com batata ralada, farinha e ovo. Depois cozida e coberta com queijo de ovelha e pedaços de bacon.

Batata, queijo e bacon! Não há nada para não gostar!

INGREDIENTES

1 chávena de farinha
1 ovo
1 batata
1/3 chávena de água
1/2 colher (de chá) de sal
140 g de queijo bryndza ou outro queijo feta amassado com 1/4 chávena de natas (para se aproximar do sabor do queijo bryndza)
5 a 7 fatias de bacon grosso


PREPARAÇÃO

Rale finamente a batata numa tigela, mantendo o suco que sai da batata. Adicione a farinha, o ovo e o sal e mexa com uma colher de pau. Adicione a água e mexa até que todos os grumos tenham desaparecido. Se a massa estiver muito líquida, adicione farinha; se estiver muito grosso, adicione água.

Numa panela grande, ferva a água. Transfira a massa de batata para a água passando-a por um ralador ou coador grande para criar os “halušky”.
Basta empurrar a massa pelos orifícios do ralador ou do coador, com uma colher para criar esta espécie de “noodles”

Ferva suavemente todos os halušky por 7 ou 8 minutos, até que todos flutuem até ao topo.
Enquanto isso, frite o bacon até ficar crocante e corte-o em pequenos cubos.

Coe os halušky e misture com o queijo. Polvilhe o bacon por cima e sirva imediatamente.

 

Receita adaptada do site international cuisine

Qui | 18.08.22

Castelo de Devín | Uma atração a não perder em Bratislava

Construído no topo de um penhasco alto, o Castelo de Devín ergue-se com beleza dramática sobre a pequena aldeia de Devín, no ponto exato onde confluem os rios Danúbio e Morava, na fronteira da Eslováquia com a Áustria.

Este castelo, hoje em ruínas, testemunhou a glória e a queda da Grande Morávia e foi explodido pelo exército de Napoleão. Continua porém a ser uma obra impressionante, classificada como monumento cultural nacional da Eslováquia e uma visita a Bratislava tem necessariamente de passar por aqui.

fullsizeoutput_6d87Fotos: Travellight e H. Borges

O Castelo está situado em Devín, na periferia de Bratislava, a cerca de 12 km do centro da cidade. Para o visitar basta apanhar o autocarro 29 na paragem “Most SNP” (sob a ponte UFO) e em 20 minutos estamos lá. "Štrbská“ é o nome da paragem onde devemos descer (fica dentro de um grande estacionamento com um hotel e alguns restaurantes).
Depois de uma curta caminhada, passamos pela bilheteira e entramos pelo portão principal de pedra que nos conduz até aos terrenos do castelo.

Toda a área transmite uma sensação medieval: as antigas casas geminadas ao pé do castelo, as ovelhas a pastar nos terrenos adjacentes, as enormes muralhas…

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Para visitar o castelo e o museu que fica no seu interior temos de comprar bilhete, mas quem apenas quer ver o exterior e passear ao longo da margem dos rios para apreciar as incríveis vistas, não precisa de o fazer.

As ruínas do castelo em si, e o museu são interessantes, mas realmente o que nos fica na memória são as panorâmicas proporcionadas pelos vários miradouros. Em boas condições climáticas, consegue-se ver até Viena e os Alpes! Não é à toa que tantas batalhas foram travadas por este lugar.

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Como todos os castelos medievais, Devín também tem as suas lendas. A mais conhecida é a da Torre da Donzela, onde dizem, aparece o fantasma de uma noiva que se suicidou, saltando dali no dia do seu casamento.

Mas o Castelo Devín esconde mais segredos sombrios, alguns da História recente. Até 1989 passou por aqui a denominada “Cortina de Ferro” — uma cerca de arame farpado que impedia as pessoas de leste de fugir para o ocidente. A Áustria esteve sempre muito próxima, mas durante quarenta anos essa distância foi inatingível e muitas pessoas perderam a vida na tentativa. Hoje as suas mortes desnecessárias são honradas num memorial que recorda os nomes das vítimas.

Depois da visita, se optarem por passar a tarde na região, podem almoçar no restaurante do hotel que fica no parque de estacionamento ou num dos outros restaurantes tradicionais que oferecem especialidades locais como pernil de porco assado ou goulash.
Um passeio mais demorado ao longo da ciclovia que percorre a margem do rio, permite descobrir florestas de várzea e prados aquáticos que abrigam castores.
A extremidade superior do parque de estacionamento marca o início de um caminho azul sinalizado que nos leva para fora da aldeia. Depois de trinta minutos de subida estamos numa trilha paralela ao Morava que conduz à colina de Sandberg.

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Os prados estão pontilhados de flores, intercalados com bosques e é difícil manter a concentração e não nos perdermos no caminho tão fascinantes são as vistas do Morava e da Áustria além do rio. Depois de mais de meia hora de caminhada, os penhascos abrem-se à nossa frente e se olharmos com cuidado, conseguimos ver fósseis de mexilhões na areia, isto porque esta zona já foi a costa de um oceano há milhões de anos atrás. O caminho leva-nos até à vila de Devínska Nová Ves. Podemos regressar a Devín de autocarro ou caminhar de volta ao longo do rio Morava até ao parque de estacionamento.

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Travellight

Qui | 11.08.22

Agosto em Praga

Com a sua beleza gótica, arquitetura renascentista, excelente clima e ótima cerveja, Praga, a capital da República Checa, é um excelente destino para explorar em agosto. A abundância de eventos e festivais que acontecem na cidade durante este mês garante ao visitante umas férias bem animadas.

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Descubram aqui algumas das melhores coisas para fazer em Praga, em agosto.

ÓPERA, MÚSICA DE CÂMARA E DANÇA FOLCLÓRICA

O verão em Praga é uma época recheada de música, com inúmeros festivais e eventos musicais a acontecer dentro e fora da cidade, no mês de agosto. Entre os mais importantes, este ano, conta-se uma apresentação de Don Giovanni, realizado na Ópera Estatal de Praga, local onde em 1787 o próprio Mozart conduziu a estreia mundial desta peça de teatro lírico.Cenários impressionantes, figurinos de época e um elenco soberbo, criam uma ocasião única e memorável; o Festival Internacional de Órgãos, que acolhe na Basílica de St. James — localizada na histórica Praça da Cidade Velha de Praga — organistas de todo o mundo; e a Semana de Dança Folclórica, que tem como protagonistas os alunos da Dvorana, uma famosa escola de dança de Praga.

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A tradição dos festivais de jazz é antiga na cidade e o primeiro evento do género realizou-se em 1964. O Bohemia Jazz Fest é um evento gratuito que acontece durante dois dias (à tarde e à noite) no Centro Histórico de Praga — uma área protegida pela UNESCO como Património da Humanidade. Enquanto estiver por lá, não deixe de visitar os edifícios góticos, renascentistas e medievais e o famoso Relógio Astronómico, que se pensa ter mais de 600 anos.

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CASTELO DE PRAGA E O CENTRO HISTÓRICO

Agosto também é um bom mês para visitar locais históricos e monumentos nacionais como o Castelo de Praga.

Datado do século IX, o castelo está classificado como Património Mundial da UNESCO e é uma das atrações mais populares da cidade. Acompanhe uma das muitas visitas guiadas (diurnas e noturnas) ao local e descubra a sua história. O Guinness Book of Records afirma que este é o maior castelo do mundo, por isso reserve algumas horas para o visitar e apreciar com calma todos os estilos arquitetónicos visíveis no complexo. 

O Castelo de Praga está muito longe da ideia comum de um castelo medieval com aspeto fortificado. A sua originalidade reside no facto de ser composto por um conjunto de belos palácios e edifícios conectados por pequenas vielas. Foi, durante muitos anos, a residência dos Reis de Boémia, mas em 1918 transformou-se na residência oficial do presidente da República Checa.

Quando visitar o Castelo não perca a Catedral de São Vito. Símbolo de Praga e de todo o país, a Catedral possui uma importante história e um notável valor artístico; Preste igualmente atenção à Torre Daliborka, à Torre Negra e à Torre Branca (todas antigas prisões) e visite o Antigo Palácio Real, edifício datado do século IX que sofreu importantes mudanças até se tornar no impressionante monumento que atualmente se vê;

A Basílica e Convento de São Jorge, que hoje abriga a coleção de arte boémia do século XIX da Galeria Nacional de Praga, a Torre da Pólvora, onde funcionava o laboratório dos alquimistas do rei Rodolfo II e a pequena Rua do Ouro, são outros destaques do Castelo.

A Rua do Ouro é um excelente lugar para fotografar. É ladeada por pitorescas e coloridas casinhas, que atualmente são lojas de artesanato, mas que no passado abrigaram os melhores ourives da cidade. 

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ŽLUTÉ LÁZNĚ

Depois de conhecer a histórica Cidade Velha, apanhe um elétrico em Staromestska e vá até Dvorce (viagem de 10 minutos). Nas proximidades, encontrará o Žluté lázněum parque à beira rio, onde pode relaxar, apanhar sol, saborear cerveja a preços razoáveis e jogar vólei ou pingue-pongue. Quase não há turistas, por isso vai poder sentir-se como um habitante local.

Este é definitivamente um dos melhores lugares da cidade para aproveitar um dia quente de verão.

CRUZEIRO NO RIO VLTAVA

Entre no barco e conheça Praga de uma perspetiva diferente. Veja as pontes que atravessam o rio Vltava e delicie-se com a brisa suave que ajuda a minimizar o calor de agosto.

Há muitas operadoras turísticas que realizam este passeio, por isso compare bem os preços antes de decidir qual vai escolher.

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CASTELO DE KARLSTEJN

Andar de bicicleta é uma das atividades preferidas dos checos durante o verão e um dos melhores lugares para o fazer é ao longo de uma ciclovia que conduz até ao Castelo de Karlstejn, a antiga residência de Charles IV — o rei responsável por todas as belezas góticas que Praga oferece aos visitantes.

Não deixe de visitar a famosa capela da Santa Cruz, que faz parte do tour do Castelo de Karlstejn. Ela só pode ser vista durante o verão (desde que reserve com antecedência)

Se ficar cansado e não lhe apetecer voltar de bicicleta para o centro da cidade, apanhe um comboio. Os caminhos de ferro checos oferecem um serviço frequente e bastante confortável.

 

Artigo Patrocinado pela TAP e originalmente publicado no SAPO Viagens (atualizado em Agosto de 2022)

Qua | 10.08.22

Salada Šopský

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No verão, sabem bem as saladas leves, preparadas com legumes frescos, como a famosa šopský, uma salada muito popular na República Checa e nos países dos balcãs como a Croácia, a Sérvia, Montenegro e Bósnia.
Tem ingredientes simples: tomates, queijo feta, pimentões amarelos, cebola e pepino. O seu tempero é igualmente simples — azeite e vinagre.

Pode ser servida como acompanhamento de uma refeição principal ou como uma refeição leve, por conta própria.

Espreitem aqui a receita 😃

INGREDIENTES

½ Pepino fresco, sem sementes
3 Tomates maduros, médios
½ Pimentão amarelo (ou verde)
½ Cebola de tamanho médio
Vinagre de vinho branco, a gosto
1 colher (de sopa ) de azeite
55 g de queijo feta

PREPARAÇÃO

Descasque a cebola e o pepino. Pique a cebola finamente.

Corte o pepino, os tomates e o pimentão amarelo em quartos.

Misture tudo bem e coloque numa saladeira. Tempere com azeite e vinagre de boa qualidade.

Cubra com queijo feta esfarelado ou cortado em cubos e, se gostar, acrescente azeitonas.

Está pronta a servir!

 

Receita retirada, com pequenas alterações, do site cook like czechs

Ter | 09.08.22

Os mistérios da Grande Esfinge de Gizé

Nenhum empreendimento humano foi mais associado ao mistério do que a Esfinge — a enorme estátua com corpo de leão e cabeça humana que parece guardar as grandes pirâmides de Gizé.

fullsizeoutput_6d44Fotos: Travellight e H. Borges

Durante muito tempo, pouco se soube ao certo sobre quem ergueu a Esfinge, quando o fez, o que ela representava exatamente e como se relacionava com os monumentos faraónicos próximos. O curioso é que existem centenas de túmulos em Gizé com inscrições hieroglíficas que datam de cerca de 4.500 anos, mas nenhum menciona a estátua. Ninguém sabe sequer o seu nome original —“Esfinge”— como agora é chamada, diz respeito ao leão com cabeça humana da mitologia grega antiga, mas este termo apenas entrou em uso cerca de 2.000 anos após a construção da estátua.

Felizmente, o trabalho do egiptólogo americano Mark Lehner, tem, nos últimos anos, dado resposta a algumas destas questões.

Lehner descobriu, por exemplo, que a Esfinge não foi montada peça por peça, mas antes foi esculpida de uma única rocha de calcário. É pouco falado, mas a Esfinge tem o seu próprio templo (que podemos visitar), localizado a curta distância deste incrível monólito, e outra das interessantes descobertas de Lehner e dos seus colaboradores, foi que as gigantescas pedras calcárias usadas ​​para construir a parede do templo vieram de uma vala escavada em redor da Esfinge. Aparentemente, os trabalhadores, usando cordas e trenós de madeira, retiraram os blocos para construir o templo ao mesmo tempo que a Esfinge era esculpida na rocha.

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O rosto da Esfinge, embora mais bem preservado do que a maioria da estátua, foi castigado por séculos de intempéries e vandalismo. Em 1402, um historiador árabe relatou que um fanático sufi o havia desfigurado. No entanto, há pistas sobre como era o rosto no seu auge. Escavações arqueológicas no início do século XIX encontraram pedaços da sua barba de pedra esculpida e um emblema de cobra real que estaria no seu toucado. Resíduos de pigmento vermelho ainda são visíveis no rosto, o que levou Lehner e outros pesquisadores a concluir que, em algum momento, todo o rosto da Esfinge foi pintado de vermelho. Traços de tinta azul e amarela em outros lugares também sugerem que a Esfinge já foi decorada com essas cores.

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Hoje é difícil imaginar que aquele monumento que tanto nos impressiona a vista, já foi, outrora, tão colorido e “berrante”, mas factos arqueológicos e históricos à parte, a verdade é que a Esfinge continua a fascinar com os seus mistérios quem tem a oportunidade de a olhar de perto e a prender-nos numa espécie de feitiço ao glorioso passado do Antigo Egito.

A Grande Esfinge do Egipto sonha por este papel dentro...
Escrevo — e ela aparece-me através da minha mão transparente
E ao canto do papel erguem-se as pirâmides...

  — Fernando Pessoa —

 

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Travellight

 

Seg | 01.08.22

Jordgubbstårta | O Bolo de Morango com que os suecos celebram o solstício de verão

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Se querem saber como é o sabor do verão sueco tem de experimentar este bolo de morango, obrigatório nas mesas durante a celebração do "Midsommar" (solstício de verão) — um dos feriados mais amados do país.

Todos os anos, nos dias que antecedem o feriado, o custo dos morangos na Suécia tende a disparar, porque todos os procuram para fazer este bolo!

Um autêntico bolo de morango sueco é tão simples quanto espetacular. É essencialmente um pão de ló recheado com creme de baunilha e depois envolto em chantilly e morangos frescos — absolutamente delicioso!

INGREDIENTES:

Para o pão de ló:

4 ovos
140 g de açúcar mascavo
2 dl de farinha com fermento
25 g de manteiga derretida

Para o creme de baunilha:

6 gemas
6 dl natas
6 dl de leite
1 vagem de baunilha
3 colheres (de sopa) de açúcar mascavo
4 colheres (de sopa) de amido de milho

Para a cobertura

5 dl de natas batidas em chantilly
Morangos frescos
3 dl de nozes e amêndoas torradas e picadas (opcional)

PREPARAÇÃO:

Comece por fazer o pão de ló. Forre com papel vegetal ou unte e enfarinhe uma forma redonda com bordas removíveis (com cerca de 24 cm de diâmetro). Reserve.

Junte os ovos e o açúcar numa tigela que caiba numa panela com água. Leve a água a aquecer enquanto bate os ovos e o açúcar. Coloque a tigela na panela e continue a bater até a massa estar a cerca de 60°C (meça com um termómetro de cozinha). Retire a tigela da panela e continue a bater (ou misture na batedeira) em velocidade baixa até que a mistura arrefeça e você tenha uma massa bem fofa. Demora cerca de 10 minutos.

Adicione depois a farinha, 1/3 de cada vez, e misture, mexendo sempre de baixo para cima (use uma espátula). Por fim, junte a manteiga derretida na massa e mexa tudo bem.

Despeje a massa na forma de bolo e asse no forno a 180 ° C por cerca de 30 minutos ou até que o bolo esteja firme. Deixe o bolo arrefecer completamente, solte as laterais da forma e reserve. Não tenha medo que o bolo fique seco (é ainda melhor se você o assar no dia anterior).

Prepare agora o creme de baunilha. Misture todos os ingredientes indicados numa panela (raspe as sementes da vagem de baunilha e adicione tanto as sementes como a vagem) e ferva em fogo médio enquanto mexe.
Ferva até que a mistura comece a engrossar e depois passe por uma peneira fina. Despeje o molho numa tigela e bata o molho até este arrefecer e ficar grosso. Para arrefecer mais rápido pode colocar a tigela dentro de outro recipiente com água fria.

Para montar o bolo, divida o pão de ló em três partes. (use uma faca longa e afiada).
Pegue primeiro a parte de baixo do pão de ló e espalhe uma camada de creme de baunilha. Adicione alguns morangos frescos, cortados em pedaços, por cima. Adicione outra parte do bolo e repita o processo. Coloque a camada superior do bolo em cima disso e adicione uma porção grande de chantilly. Espalhe sobre todo o bolo, cobrindo bem a parte superior e as laterais. Espalhe de seguida  os morangos (inteiros ou divididos em 2 ou 4 pedaços, dependendo do tamanho).
Se preferir pode ainda adicionar as nozes e as amêndoas torradas e picadas, por cima e nas laterais do bolo.

Está pronto a servir!

 

Receita retirada com algumas adaptações do site visit sweden