O Palácio Nacional de Mafra
Fotos: Travellight e H.Borges
"Um dia, estando em Mafra contemplando a fachada do Convento,
pronunciei em voz alta as seguintes palavras: gostaria um dia de pôr isto num romance".
— José Saramago, 2013
A minha paixão pela literatura, muitas vezes, ajuda-me a decidir o destino da próxima viagem. Inspira-me a seguir as palavras escritas e a encontrar lugares que durante dias existiram apenas na minha imaginação.
Foi assim que dei por mim em Mafra. Tinha acabado de reler o “Memorial do Convento”, de Saramago, quando fui assaltada pela urgência de rever uma das personagens centrais do livro e a estrela maior do barroco português — O Palácio Nacional de Mafra.
Foi no século XVIII que o rei D. João V mandou edificar este complexo palaciano, alegadamente em cumprimento de uma promessa para obter um filho do seu casamento com D. Maria Ana de Áustria.
A construção inclui um Palácio, um Convento e uma Basílica a ocupar o eixo central, circundados por uma Tapada e distribuídos arquitetonicamente pela geografia do lugar. No seu interior está localizada uma das mais importantes bibliotecas europeias, com um acervo que ronda os 36.000 livros, assim como obras-mestras de escultura e da pintura da época, tanto italianas e francesas quanto portuguesas.
Seis órgãos e dois carrilhões com 92 sinos — o maior conjunto histórico conhecido —, encontram-se entre as relíquias deste monumento ornamentado de retábulos de mármore rosa, estatuária e arte sacra desse período.
Tudo isto é o Palácio em números e factos, mas pouco diz sobre o impacto que o mesmo causa no visitante. Não admira que Saramago o quisesse pôr num romance…
Todas as paredes parecem contar histórias: As salas, os bonitos tetos, a cozinha, a enfermaria, os aposentos dos monges, a magnifica biblioteca… meu deus a biblioteca! Só apetece entrar lá dentro, percorrer todos os corredores (o que claro, não é permitido) e descobrir todos os seus tesouros.
São 38.000 metros quadrados de palácio de pedra calcária e mármore cuja construção segui nos passos de Baltazar Sete-Sóis e Blimunda Sete-Luas, e cuja visita apreciei tanto quanto a leitura das suas aventuras.
Ficam as fotografias para ilustrar as memórias…
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Tchau!
Travellight