Kukul Mas Curry é uma das receitas mais tradicionais da culinária cingalesa. É um caril delicioso, aromático e de sabor intenso que nos transporta em cada garfada até às terras quentes do Sri Lanka.
INGREDIENTES
PARA O TEMPERO EM PÓ
1 colher (de chá) de coentros em grão 1 colher (de chá) de cominhos em grão 1 colher (de chá) de grãos inteiros de pimenta preta 1 colher (de chá) de mostarda em grão 4 cravinho 4 sementes de cardamomo 1 colher (de chá) de erva-doce em grão 3 Pimentas Vermelhas Secas 1 pau de canela
PARA A BASE DE CARIL
4 dentes de alho, finamente picado 1 pedaço de gengibre, finamente picado 2 Cebolas, cortadas em fatias finas 2 Pimentas Vermelhas Secas 1 colher de chá de açafrão (cúrcuma) em pó 250 ml de leite de coco Sal a gosto 300 gramas de frango cortado em pedaços 1 colher de óleo
PREPARAÇÃO
Lave bem os pedaços de frango e reserve.
Comece a preparar o pó de caril do Sri Lanka. Numa panela pequena adicione todos os ingredientes do tempero em pó e asse em fogo médio por 3 a 4 minutos até as especiarias ganharem um aspeto torrado e os aromas começarem a encher o ar.
Assim que estiver assado, desligue o fogo e deixe esfriar.
Depois de frio, adicione as especiarias a uma picadora elétrica e faça um pó. O pó de caril do Sri Lanka está pronto.
Numa panela de pressão, aqueça o óleo em fogo médio. Adicione o gengibre, alho, cebola e a pimenta vermelha. Refogue por uns bons 4 a 6 minutos, até que fique com uma cor castanha escura. Adicione o pó de caril do Sri Lanka e misture bem. Junte o frango e 2 chávenas de água. Feche a tampa e cozinhe o Kukul Mas Curry até a válvula da panela de pressão começar a apitar. Desligue o fogo e deixe a pressão sair naturalmente.
Quando a pressão sair, abra a tampa, misture o leite de coco no Kukul Mas Curry e cozinhe em fogo baixo por 5 minutos. Depois desligue o fogo e transfira o Kukul Mas Curry para uma tigela. Sirva quente, acompanhado de arroz branco.
Receita retirada com pequenas adaptações do site archana skitchen
Colombo, porta de entrada para as maravilhas do Sri Lanka, é uma cidade fascinante. É movimentada, caótica, barulhenta. Tem mercados de rua que transbordam de especiarias perfumadas, sedas coloridas e frutas frescas, mas também tem os seus oásis de paz… e o mar.
Fotos: Travellight e H. Borges
Colombo foi o primeiro lugar que visitei no Sri Lanka e foi um excelente cartão de visita para tudo aquilo que me esperava neste país.
Autêntico caldeirão de raças, religiões e culturas, Colombo é a capital e a maior e mais populosa cidade do país. É caótica, como são a maioria das metrópoles asiáticas, mas vale bem a pena conhecer, mesmo que apenas por alguns dias, até porque quase todas as viagens ao Sri Lanka começam e terminam aqui (o aeroporto internacional fica a cerca de 45 minutos do centro da cidade).
Durante muitos anos Colombo foi um importante centro de comércio no Sri Lanka. A “Taprobana" de Camões, mais tarde conhecida por Ceilão, era mítica pelas suas especiarias — sobretudo a canela — e os portugueses, em 1505, foram os primeiros europeus a desembarcar na ilha e a transformar Colombo (nome herdado do cingalês "kolon thota”) numa base fortificada e porto, para estender o seu controle ao interior da ilha.
Desses tempos de presença portuguesa ficou uma pequena comunidade cristã e a cidade de Galle, a cerca de 2 horas e meia de Colombo, cujo nome terá tido origem nos galeões portugueses, ou nas "galés", ou ainda no "galo" português.
Galle, Colombo, Jafanapatão, Negumbo, Baticalo e Tricomalee foram as mais importantes feitorias criadas durante os 150 anos de colonização portuguesa, mas é nos apelidos de mais de metade da população, como “Fernandes”, “Silva”, ou “Fonseca”, que essa herança histórica marca presença na atualidade. Aí, e no crioulo, dialeto local falado por uma comunidade de milhares de pessoas que teve como origem a presença dos portugueses no país.
É extraordinário estar tão longe de Portugal e ouvir os locais a usarem palavras como “fome”, “nariz” ou “sumana” (semana)!
Apanhar um tuk-tuk é a melhor maneira de nos deslocarmos pela cidade e visitar todas as suas atrações sem grandes preocupações. É barato e está sempre disponível. Podemos usar a Uber, mas no Sri Lanka usa-se mais a aplicação PickMe (disponível para Android e iPhone) para reservar o transporte em tuk-tuk.
Eu comecei a minha visita pelo mercado Pettah e descobri que é o local perfeito para “cair de cabeça” no ambiente agitado e louco da capital do Sri Lanka. São ruas e ruas cheias de lojas, vendedores de rua e barraquinhas onde podemos sentir o cheiro das especiarias e provar a comida local.
Dali segui para Jami UI-Alfar — a mesquita vermelha. É uma das mesquitas mais antigas de Colombo e um importante marco da cidade. Com a sua beleza, cor vermelha forte e arquitetura deslumbrante é difícil passar despercebida. A entrada é gratuita, mas como em todos os lugares de culto, devemos ter respeito e seguir as instruções para visitar o local sem ofender ninguém — tirar os sapatos na entrada, cobrir pernas e ombros e, no caso das mulheres, cobrir o cabelo com um lenço (a mesquita disponibiliza umas capas com um capuz para quem não for preparado). O topo da mesquita, só pode ser acedido se formos com um guia turístico.
O Sri Lanka é uma mistura de culturas, por isso não é incomum ver um templo budista ao lado de uma mesquita ou de um templo hindu. É uma combinação que nem sempre trouxe bons resultados e até já foi motivo de confrontos sérios entre comunidades… mas a verdade é que dessa amálgama de gentes nasceram também lugares como o Templo Gangaramaya e o adjacente Templo Seema Malakaya — autênticos oásis de paz no coração da frenética Colombo.
É um mundo completamente diferente, onde o tempo parece correr mais lento. Mistura a arquitetura do Sri Lanka com a arquitetura tailandesa, chinesa e indiana. Não é apenas um local de culto, que atrai muitos fiéis em oração, mas também um local de aprendizagem para novos monges. A entrada é gratuita, mas uma pequena doação para o templo, é bem vinda.
Podem ler mais sobre o Templo Seema Malakaya aqui.
O Sri Kailawasanathan Swami Devasthanam Kovil é outro templo, este hindu, que vale a pena visitar em Colombo. É o templo hindu mais antigo da cidade e como os demais, destaca-se pelas suas belas cores.
De tuk-tuk chegamos rápido a algumas atrações mais afastadas do centro, como a estátua do Buda Avukana, uma obra prima com 40 metros de altura, réplica do original que está em Anuradhapura. Fica localizada em frente ao Memorial Bandaranaike International Conference Hall. É verdade que é só uma réplica, mas ainda assim impressiona e permite a quem não tem tempo de visitar as ruínas do templo de Anuradhapura, ficar com uma ideia deste importante marco.
Cerca de 2 km a sudeste do centro da cidade, descobri os Cinnamon Gardens (jardins de canela), um dos bairros mais bonitos de Colombo. O nome “Cinnamon Gardens” vem das antigas plantações de canela da região, um dos principais produtos exportados pelo Sri Lanka para o resto do mundo, antes do sucesso das plantações de chá. Neste bairro encontramos o Memorial Independence, um interessante monumento construído para comemorar a independência do Sri Lanka dos britânicos.
É uma espécie de enorme salão aberto, baseado na arquitetura do Audience Hall (Magul Maduwa) localizado em Kandy. A coluna e os pilares são decorados com desenhos tradicionais do Sri Lanka e há estátuas de leões a rodear todo o edifício. No piso inferior do memorial há um museu que exibe estátuas dos heróis nacionais que contribuíram para a luta pela liberdade do governo britânico.
Galle Face Green é um magnífico parque urbano com um enorme paredão, uma zona verde e praias onde podemos passear, fazer um piquenique e relaxar um pouco. É um daqueles lugares onde podemos “desligar” e desfrutar de uma vista incrível sobre o Oceano Índico. Principalmente ao pôr do sol.
Para um jantar mais especial podemos ir até ao Antigo Hospital Holandês de Colombo, agora um moderno centro comercial, cheio de lojas e restaurantes ou até à Lotus Tower, um imponente edifício em forma de flor de lótus, que rasga os céus de Colombo com os seus 350 metros de altura. Abriu as suas portas em setembro de 2019 e hoje é a segunda torre mais alta do sul da Ásia.
Foto: Gale Face Hotel
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Há muitos grandes destinos de praia na Europa, onde é quente mesmo na primavera. E talvez, só talvez, não seja preciso esperar pelo verão para reservar as suas férias na praia. Está sem ideias? Espreite aqui os meus 4 destinos de praia favoritos na Europa para esta época.
Todos estes lugares são simultaneamente acessíveis e bonitos e são alguns dos melhores destinos para uma viagem de barco única e inesquecível. Pode alugar uma lancha em qualquer um destes destinos usando a Nautal para que possa ter uma experiência completa e sentir a cultura local.
Prepare-se para saltar para o Verão!
1. Fuerteventura
Todos conhecem Tenerife, mas e Fuerteventura, a segunda maior das Ilhas Canárias de Espanha? É um lugar único, a apenas um curto voo de distância de Lisboa. Devido à sua paisagem desolada, Fuerteventura parece outro planeta. Fuerteventura não tem um vulcão ativo, mas tem muitos lugares bonitos que nos deixam sem palavras. Algumas das melhores coisas para fazer incluem caminhadas nas montanhas e Fuerteventura tem muitas delas. Também gosto muito das praias de Fuerteventura. O que gosto mais nelas é que as praias da ilha são muito diferentes umas das outras. Encontramos não só praias de areia branca imaculada, mas também praias de areia preta e de calhau.
2. Malta
Esta pequena ilha do tamanho de uma grande cidade europeia é um ótimo local para relaxar e desfrutar dos dias quentes de Verão junto à praia. Não é um destino caro, e é muito fácil de viajar por Malta usando transportes públicos. Não é necessário alugar um carro para explorar este arquipélago. Pode ser pequena, mas definitivamente não é aborrecida. Em Malta encontramos belas praias, penhascos, maravilhosas baías escondidas e incríveis cidades medievais, o que faz de Malta um lugar perfeito tanto para aqueles que amam praias como também para os entusiastas da história. A costa rochosa de Malta contrasta com a bela água azul clara. A Lagoa Azul e a ilha de Gozo são imperdíveis!
3. Centro e Sul de Portugal
Portugal não pode deixar de ser mencionado. É um dos meus destinos favoritos na Europa, talvez até o favorito! O Sul e Centro de Portugal são ótimos lugares para ir mesmo na primavera, uma vez que o tempo aqui é agradável durante quase todo o ano. Os invernos são geralmente curtos e suaves, e o tempo durante a primavera é muito agradável. E as praias... estão entre as melhores praias da Europa!
Alugar um carro em Portugal é a melhor maneira de ver este belo país e descobrir não só as praias mais populares e as maiores cidades, que podem ser muito frequentadas durante a época alta, mas também todas as outras maravilhas que este país tem para oferecer. Sugiro sempre a quem visita o país pela primeira vez, que comece no norte, depois explore a bela costa de Lisboa e o centro de Portugal e depois siga para sul até ao Algarve.
4. Montenegro
Montenegro, um pequeno país dos Balcãs, é conhecido pelas suas aldeias medievais, cidades fortificadas, belas praias, montanhas escarpadas e lagos imaculados. Sim, é um destino de praia menos popular, mas não significa que não valha a pena visitá-lo. Montenegro, de facto, é um dos destinos de férias mais bonitos da Europa. Vá para Budva e passe uns dias relaxantes na praia. Não perca Sveti Stefan, que é uma pequena ilhota e um dos marcos mais icónicos da região. Visite o Parque Nacional de Lovcen para ver impressionantes falésias de pedra calcária. Depois siga para Kotor, que é uma cidade fortificada na costa adriática de Montenegro. Viverá momentos verdadeiramente memoráveis em qualquer um dos 4 destinos partilhados e muito provavelmente terá vontade de voltar para mais.
O clássico crème brûlée francês com um toque floral de lavanda e frutos silvestres para uma sobremesa requintada, perfeita para servir num jantar especial.
INGREDIENTES
450 ml de natas 50 ml de leite 1 colher (de chá) de folhas de lavanda 1 vagem de baunilha 100 g de açúcar de confeiteiro, mais extra para a cobertura 6 gemas de ovo framboesas ou mirtilos
PREPARAÇÃO
Pré-aqueça o forno a 150°C
Coloque as natas, o leite e as folhas de lavanda numa panela. Abra a vagem de baunilha longitudinalmente e raspe as sementes. Pique a vagem de baunilha em pedaços pequenos e adicione aos outros ingredientes.
Leve a panela ao fogo e aguarde que atinja o ponto de ebulição, abaixe o fogo e cozinhe suavemente por cinco minutos até a mistura atingir a consistência de um creme.
Entretanto, bata o açúcar e as gemas numa tigela grande, à prova de calor, até ficar com uma mistura cremosa, de cor pálida.
Volte a aumentar o fogo da panela e quando o creme atingir novamente o ponto de ebulição, despeje tudo sobre a mistura de ovos, mexendo sempre até engrossar
Coloque as framboesas (ou mirtilos) no fundo de pequenos potes de cerâmica (que possam ir ao forno). Passe o creme por uma peneira fina e despeje sobre as framboesas até que os potes estejam cerca de dois terços cheios
Coloque os potes numa assadeira grande e, em seguida, adicione água quente na bandeja até atingir a metade dos lados dos potes.
Coloque a assadeira no centro do forno e asse por cerca de 45 minutos ou até que os cremes estejam firmes, mas ainda um pouco moles no meio
Retire os potes de cerâmica da água e deixe-os arrefecer até atingirem a temperatura ambiente
Para servir, limpe suavemente a superfície dos cremes com papel de cozinha para remover qualquer condensação, tomando cuidado para não danificar a superfície lisa
Polvilhe pelo menos uma colher (de chá) generosa de açúcar refinado sobre cada crème brûlée e espalhe de forma uniforme com o dedo para que toda a área fique coberta
Caramelize com um maçarico até dourar. Deixe o crème brûlées descansar por 10 minutos e depois sirva.
Os campos de lavanda da Provença são uma grande atração no sul da França. É um lugar onde podemos viver a maravilhosa experiência de vagar por fileiras infindáveis de flores e sentir o seu perfume inebriante.
Se estão a pensar em viajar até à Provença e querem incluir uma visita a estes campos espetaculares, vejam aqui tudo o que precisam de saber.
COMO CHEGAR
A partir de Lisboa e Porto há vários voos para Marselha, a cidade com o maior aeroporto da região. Em Marselha, podem alugar um automóvel que facilita bastante a deslocação, optar por viajar de comboio ou ainda fazer uma excursão a partir de Marselha para ver os campos.
Outra opção é voar para Nice. Embora seja um passeio mais longo, se encontrarem passagens mais baratas para este destino e quiserem visitar ao mesmo tempo a região da Cote d'Azur, pode ser uma boa escolha.
Paris não é muito perto, mas ainda assim se estiverem na capital francesa e quiserem aproveitar para ver este espetáculo natural, podem apanhar o TGV para Aix-en-Provence e depois mudar para outro comboio regional que segue até Manosque-Gréoux-les-Bains (a viagem completa leva cerca de 5 horas).
QUAL É A MELHOR ÉPOCA PARA VER A LAVANDA EM FLOR?
Bem, acertar na data não é propriamente uma ciência exata. Normalmente, os sites oficiais e os guias dizem que meados de junho a meados de julho é a melhor época, mas, na realidade tudo depende das plantações em concreto que se vai visitar e do clima na Provença durante a primavera. Há evidências que sugerem que as mudanças climáticas estão a antecipar a floração (e portanto, a colheita) todos os anos.
Existem várias áreas de cultivo de lavanda na região, e cada uma segue o seu próprio calendário. A boa notícia é que isso significa que podemos encontrar a lavanda a florescer por mais tempo — basta saber onde encontrá-la!
A lavanda, se deixada por conta própria, floresceria feliz por cerca de dois meses durante o verão. No entanto, a lavanda da Provença é cultivada pelo seu óleo. Isso significa que os agricultores devem colhê-la no momento certo para depois extrair o óleo quando este estiver mais pujante e abundante. Isso traduz-se na colheita logo após a lavanda atingir o seu pico em termos de plenitude (e beleza!).
QUAIS SÃO OS DIFERENTES ESTÁGIOS DA FLORAÇÃO
A floração da lavanda passa por duas fases: a “floração precoce” e a “floração completa”.
A floração precoce começa a acontecer a partir de meados de junho (em algumas áreas). É a época em que as flores começam a surgir, os arbustos têm uma tonalidade roxa, mas os botões individuais ainda não abriram. Já durante a floração completa, como o nome indica, as flores estão totalmente abertas e os campos apresentam-se em toda a sua glória e beleza, criando um cenário de sonho e magia.
ONDE FICAR HOSPEDADO
Embora seja possível encontrar campos de lavanda basicamente por toda a Provença, os campos mais bonitos estão localizados em redor de Valensole, Luberon, Sault e Drôme. Por isso estes são os locais ideais para ficar.
De Valensole leva apenas cerca de 5 a 20 minutos para chegar de carro aos campos de lavanda, por isso faz algum sentido aqui ficar, mas a cidade é muito pequena e as opções de alojamento são um pouco limitadas. Manosque fica um pouco mais longe dos campos (cerca de 20 a 25 minutos de carro), mas é um dos melhores lugares para ficar hospedado, por ser uma das maiores e mais bonitas cidades da região. Oferece opções de acomodação para todos os orçamentos e também tem muitos cafés, restaurantes e supermercados. Riez é outra opção para quem quiser ficar perto dos campos de lavanda, mas tal como Valensole é uma cidade pequena por isso o alojamento é escasso. Fica localizado a cerca de 15 km de Valensole (20 minutos de carro).
Luberon fica no coração do Parque Natural Regional do Luberon, e a região oferece muitos hotéis de luxo, parques de campismo e alojamentos locais casas, logo é mais uma boa opção.
Sault fica perto da cidade de Avignon, e tem alguns dos campos de lavanda mais famosos da França. É aqui que todos os anos acontece, no mês de agosto, o Festival Anual de Lavanda e talvez por isso Sault seja atualmente conhecida como a “Capital da Lavanda”. Não é difícil encontrar acomodações para todos os orçamentos aqui, desde hotéis até Bed&Breakfast.
Ao lado de Ardeche fica Drôme, região menos turística do que as áreas mais populares da Provença, mas uma excelente opção para ver os campos de lavanda na França com todo o sossego e tranquilidade. Drôme tem paisagens incríveis que podemos descobrir fazendo caminhadas ou passeios de bicicleta – e a melhor notícia é que podemos fazer isso tudo durante a estação mais quente do ano e ainda ter o bónus de ver os belos e perfumados campos de lavanda. Há várias vilas pequenas na região como Grignan ou La Garde Adhemar com ótimos lugares (do tipo alojamento local), para ficar, mas Montbrun-les-Bains é capaz de ser a melhor por causa das vistas incríveis para o Mont Ventoux que permitem ver de longe os coloridos campos de lavanda.
NOTA: Tenham em atenção que a Provença é muito popular na temporada de lavanda, por isso reservem a hospedagem com a devida antecedência para evitar preços muito altos ou falta de lugares para ficar.
TENHO DE PAGAR PARA VISITAR OS CAMPOS?
Não. Visitar os campos de lavanda por conta própria (sem ir em excursão organizada) é totalmente gratuito. Sempre que encontrarem um bonito, basta estacionar na estrada e apreciar a vista!
COMO ENCONTRAR OS CAMPOS E O MELHOR MOMENTO PARA OS VISITAR
As melhores estradas a seguir para encontrar os campos de lavanda são a D6 - Route de Manosque, que vem deManosque até Riez; a D8 - Route de Départementale, de Valensole a Puimoisson, a D953 entre Puimoisson e Riez e a D164 - RouteduMontVentoux.
Em meados de junho os campos de Luberon começam a ficar com os seus tons de violeta. Seguidos de perto por Valensole - É a época da floração precoce. No final de junho, os campos de Luberon e Valensole começam a florescer, tornando-se mais coloridos e cénicos.
O início de julho é a melhor época para ver o espetáculo natural dos campos de lavanda de Luberon e Valensole em plena floração. Os campos em Sault e Drôme começam a florescer também nesta época.
Em meados de julho começa a colheita no Luberon e em Valensole, mas geralmente os proprietários deixam alguns campos intocados até ao Festival de Lavanda de Valensole que acontece em meados de julho. Sault e Drôme por esta altura também costumam estar em plena floração (ou quase).
Por volta da terceira semana de julho em Sault e Drome costuma começar a colheita em alguns campos que continuará lentamente até ao início de agosto.
FESTIVAIS PROVENÇAIS LIGADOS À CULTURA DA LAVANDA
Ferrassières - Primeiro domingo de julho Apt - Primeiro ou segundo domingo de julho Valensole - Terceiro domingo de julho Valreas (Drôme) - Primeiro fim de semana de agosto Digne-les-Bains - Primeiro fim de semana de agosto Sault - 15 de agosto (todos os anos) Saint-Geniez - Meados de agosto (a data varia)
CLIMA
A Provença costuma ser quente e ensolarada no verão, com pouca ou nenhuma chuva. Durante o dia não é difícil atingir temperaturas médias de 27-30ºC, mas as manhãs e as noites são muito mais frias, portanto não se esqueçam de levar um casaco.
CUIDADOS A TER DURANTE UMA VISITA AOS CAMPOS
Como praticamente não há sombra nos campos de lavanda e o clima é quente, certifiquem-se de levar um chapéu, óculos escuros, protetor solar e uma garrafa de água. Levem calçado confortável e tenham atenção para não incomodar as abelhas e acabar o passeio com uma ferroada! (há imensas nos campos).
Se têm medo de abelhas, optem por visitar os campos de lavanda de manhã bem cedo ou no fim do dia quando as abelhas estão menos ativas.
Tenham cuidado para durante a visita não danificar a lavanda. Não colham flores, andem apenas entre as fileiras e não pisem nos arbustos e nas flores. Podem comprar bem barato um ramo de lavanda, praticamente em qualquer loja perto dos campos ou nas cidades próximas, não vale a pena arriscar irritar o proprietário de um dos campos de lavanda estragando algum arbusto.
O bacalhau dourado é um dos pratos mais típicos da gastronomia elvense. Nasceu na antiga Pousada de Santa Luzia que, ao abrir portas em abril de 1942, foi a primeira pousada do país. Conta-se que o bacalhau dourado nasceu de uma aflição na cozinha: chegou um imprevisto número de pessoas ao restaurante e a despensa não estava muito recheada para corresponder às exigências, então a cozinheira, D. Jacinta do Carmo Bucho, juntou os ingredientes disponíveis, valeu-se da sua imaginação e experiência e, assim, nasceu um novo prato!
O prato foi, muito possivelmente, inspirado no tão comum “Bacalhau à Brás”, sendo a principal diferença o uso exclusivo de batata “cabelo de anjo” (semelhante às batatas em palito, mas ainda mais finas e compridas) e a utilização de bastante ovo, que envolve o prato como um verdadeiro “creme”.
INGREDIENTES
1 kg de batata 750 g de bacalhau 8 ovos 1 dl de azeite óleo ou azeite para fritar as batatas sal e pimenta a gosto azeitonas pretas
PREPARAÇÃO
Comece por descascar as batatas. Corte-as em palha fina. Lave bem as batatas e coloque-as durante algumas horas em água fria para ficarem rijas. De seguida, escorra bem as batatas e seque-as. Frite em óleo bem quente uma quantidade não muito grande batatas de cada vez. Depois de douradas retire-as e deixe-as a escorrer sobre papel absorvente. Reserve as batatas.
Coza o bacalhau. Depois de cozido, retire-lhe as espinhas e a pele. Desfie o bacalhau em lascas pequenas. Na hora de preparar, bata bem os ovos temperados com sal e pimenta a gosto (verifique se as lascas de bacalhau estão muito ou pouco salgadas). Seguidamente, leve ao lume uma frigideira grande com o azeite. Frite as lascas de bacalhau nesse azeite durante 1 ou 2 minutos.
Junte as batatas e mexa muito bem. Deixe aquecer bem e junte os ovos batidos. Envolva lentamente com a ajuda de um garfo para ficarem bem soltos. Quando os ovos estiverem cozinhados (mas não secos) retire do lume. Sirva de imediato numa travessa e decore com azeitonas pretas.
O Vila Galé Collection Elvas é um hotel de charme, muito bem localizado em pleno centro histórico da cidade fronteiriça alentejana. Ocupa o espaço do antigo Convento de São Paulo e foi maravilhosamente reabilitado. Mantém a configuração original do edifício, o que se traduz em tetos altos, arcadas abobadadas, um antigo claustro ajardinado e uma série de outros detalhes arquitetónicos que encantam os hóspedes que apreciam hotéis com história.
Encontrar o hotel é fácil e o estacionamento gratuito, uma mais-valia. A equipa da recepção é extremamente competente, recebendo quem chega com um sorriso e a simpatia típica das terras alentejanas. O check-in demorou cerca de cinco minutos, com todas as informações necessárias sobre o pequeno almoço, SPA, wi-fi gratuito, etc, a serem transmitidas de forma clara e rápida.
O quarto era espaçoso e confortável. Tinha um cofre, um pequeno frigorifico e máquina de café. A decoração, tal como nas áreas públicas do hotel, era inspirada nas fortificações militares portuguesas espalhadas pelo mundo
Não havia falta de luzes e de tomadas eléctricas (um problema com o qual me deparo por vezes nos quartos de hotel) e existia até um conjunto de portas USB ao lado da cabeceira da cama. A casa de banho também tinha um tamanho decente e um bom chuveiro. Roupões de banho e chinelos estavam disponíveis.
O Vila Galé Elvas tem dois restaurantes com uma oferta gastronómica regional dedicada aos sabores locais. O pequeno almoço, servido em buffet, era apropriado para um hotel desta categoria. Tinha todos os produtos habituais (pães, croissants, queijos…) e uma boa secção de frutas frescas e de doces.
O jantar foi bom, ainda que não tivesse sido memorável. No Alentejo é difícil comer mal por isso a fasquia é elevada e a cozinha do Villa Galé não esteve completamente à altura... pratos bem apresentados, mas os sabores... fracos.
A piscina exterior deve ser um espaço muito concorrido no verão, mas na primavera o melhor mesmo é ficar pela zona do SPA e aproveitar a maravilhosa piscina interior aquecida, o banho turco, o jacuzzi, a sauna e as massagens 😊.
Ficar neste hotel é uma óptima opção para quem está de visita a Elvas. Muitas das principais atrações ficam a poucos passos ou a curta distância de carro— o Museu de Arte Contemporânea, o Museu Militar de Elvas, o Forte da Graça e o Forte de Santa Luzia, a igreja da Nossa Senhora da Assunção, o castelo, as muralhas seiscentistas, o pelourinho e a igreja das Domínicas. Chegar até Mérida ou Badajoz também é fácil a partir daqui.
Recomendo muito!
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A sua localização fronteiriça e a constante pressão espanhola, obrigaram Elvas, desde cedo, a construir aquela que é hoje a sua característica mais marcante — as suas fortificações. Talvez por isso e por possuiro maior e mais bem conservado sistema de muralhas e fossos secos do mundo, a cidade esteja listada como Património Mundial da Unesco. Porém Elvas não se destaca, apenas e só, pelos extraordinários exemplos de construção militar. No seu bonito centro histórico abundam outros pontos de interesse, assim como bons restaurantes e opções hoteleiras de qualidade.
Fotos: Travellight
Dia 1 - O CENTRO HISTÓRICO
A Praça da República, centro nevrálgico da cidade, é o lugar mais lógico para começar, logo pela manhã, um passeio pelo centro histórico de Elvas.
Tem um bonito pavimento em calçada portuguesa e é aqui que fica a Igreja de Nossa Senhora da Assunção — a antiga Sé. É também aqui que se encontra o Posto de Turismo que recebe, com a tradicional simpatia alentejana, todos os visitantes que ali entram para pedir indicações.
A ANTIGA SÉ
A antiga Sé de Elvas é um templo manuelino que com o passar dos séculos perdeu a sua traça original por conta das alterações levadas a cabo por ordem dos bispos da cidade. Começou a ser edificada em 1517 sob a direção do arquitecto régio Francisco de Arruda que, na época, trabalhava também no monumental Aqueduto da Amoreira.
Nomeada Sé de Elvas em 1570, perdeu o seu título em 1881.
No exterior da igreja chama a atenção o portal neoclássico e os portais laterais manuelinos, enquanto no interior o visitante é surpreendido por uma capela-mor em mármore de várias cores e uma decoração próxima do imaginário medieval.
No edifício contíguo, datado do século XVII, encontra-se o Museu de Arte Sacra que abriga inúmeras obras de arte recolhidas em diversas igrejas da região.
Contornando a antiga Sé e subindo pela Rua da Porta do Sol, passa-se pela Igreja Nossa Senhora da Consolação e chega-se até ao Largo de Santa Clara, que vale a pena incluir na visita nem que seja para ver o Pelourinho, ou Picota, que fica no seu centro. O original, do século XVI, estava na Praça da Republica e era usado para pendurar as cabeças dos condenados para que todos pudessem ver o que acontecia a quem cometesse ilegalidades. O que atualmente se encontra no Largo de Santa Clara é apenas uma réplica, foi construída em 1940 a partir de uma gravura antiga e aproveitando algumas partes do original que estavam guardadas no Museu Municipal.
O Arco de Santa Clara que outrora fazia parte das muralhas da cidade e dava acesso à antiga cidadela fica um pouco mais à frente. Atravessando-o e continuando a subir pelo mesmo caminho, em pouco tempo avista-se o Castelo de Elvas.
O CASTELO
O Castelo de Elvas, como é comum neste tipo de edificação, situa-se na zona mais alta da cidade. Foi construído sobre uma antiga fortificação islâmica conquistada por D. Sancho II no século XIII e ao longo dos séculos sofreu várias modificações.
Fez parte do sistema defensivo português, mas era muito vulnerável a ataques de artilharia e em meados do século XIX deixou de ter função militar e foi abandonado até que em 1906 alguns habitantes de Elvas promoveram o seu restauro. Assim nasceu o primeiro Monumento Nacional Português.
Perto do Castelo, encontra-se o Cemitério dos Ingleses, construído aquando das guerras peninsularespara sepultar os ingleses que aí perderam a vida e que por serem anglicanos, não podiam ser sepultados nas igrejas da cidade.
O pequeno cemitério contém 5 sepulturas: 3 são de soldados ingleses que morreram na batalha de La Albuera, a quarta é a do Major William Nicholas Bull e a quinta lápide é supostamente a da viúva do major.
Se nesta altura do passeio, a fome já apertar, vale a pena parar para almoçar no restaurante Pedras do Castelo (Rua da Parada do Castelo, 4) e provar o saboroso Porco Preto grelhado!
Quem contudo preferir regressar à zona da Praça da República também vai encontrar bons restaurantes onde brilham os melhores pratos dagastronomia alentejana.
Se continuar na área do Castelo não deixe de espreitar a bonita Rua das Beatas, uma rua estreita com casas caiadas, decoradas com vasos de flores, plantas trepadeiras e cactos.
Descendo da colina pare na Capela de Nossa Senhora da Conceição, outra atração a não perder. Foi construída no séc. XVII sobre a Porta da Esquina da muralha seiscentista de Elvas, para pedir a proteção divina para a fortificação. Tem um desenho arquitetónico original e um aspeto muito pitoresco.
OS QUARTÉIS
Ao passar pela Av. 14 de Janeiro vai reparar noutro imponente edifício — O Quartel do Trem — construído entre 1694 e 1715, atualmente abriga a Escola Superior Agrária de Elvas.
Ali perto encontra também os quartéis seiscentistas da Rua dos Quartéis, mais um ponto de interesse da cidade.
No séc. XX, foram utilizados como habitações de gente humilde, mas hoje, depois de reabilitados, constituem um conjunto de lojas de artesanato.
Regresse à Praça da República e seguindo pela Rua do Arco dos Pregos e pela Rua dos Açougues vai chegar à Casa da História Judaica.
Fica situada no local onde teria funcionado a antiga sinagoga e agora abriga um museu que elucida os visitantes sobre a história do povo judeu que em Elvas, até finais do século XV (altura em que foi expulso de Portugal) teve uma importante comunidade.
Um jantar no Restaurante El Cristo, um dos restaurantes mais reconhecidos de Elvas, é a melhor maneira de terminar o dia. Este restaurante funciona há mais de 40 anos, o serviço é excelente e a comida do melhor que há.
Não aceitam reservas, o ideal é ir comer cedo e experimentar a sapateira e o bacalhau dourado.
Dia 2 - O AQUEDUTO,AS MURALHAS E OS FORTES
Guarde o segundo dia para apreciar a monumentalidade do Aqueduto da Amoreira, conhecer melhor as muralhas seiscentistas e as Portas de Olivença e visitar o Museu Militar, o Forte da Graça e o Forte de Santa Lúcia
O AQUEDUTO DA AMOREIRA
O Aqueduto da Amoreira é uma enorme construção que se iniciou no século XV, inspirado no desenho dos aquedutosromanos. Forneceu água a toda a cidade até ao século XIX.
Tem 12.380 metros, 843 arcos e várias cisternas públicas e privadas dentro das muralhas.
Durante a guerra de meados do século XVII, denominada Guerra de Restauração, estavam prestes a demoli-la para construir um novo conjunto de fortificações.
Graças aos cidadãos que se opuseram, não foi demolida e construíram uma cisterna subterrânea com 56 metros de comprimento por 5 metros de largura e 8 metros de altura, que continua a abastecer a cidade portuguesa em tempos de seca.
Pela sua monumentalidade e estado de conservação, constitui um dos mais admiráveis exemplares históricos, técnicos e artísticos do mundo.
AS MURALHAS
As bem preservadas muralhas seiscentistas de Elvas são um excelente exemplo dasfortificações construídas no séc. XVII.
Alguns dos seus segmentos, como as grandiosas Portas de Olivença — uma das principais entradas da cidade; e osQuartéis do Casarão, que hoje integram o Museu Militar de Elvas, merecem especial atenção.
O museu, localizado na Avenida de São Domingos é uma paragem obrigatória paraquem quer perceber a importância histórica desta cidade fronteiriça tanto do ponto de vista militar, como religioso, civil e arqueológico.
Os fortes ainda ficam longe do centro da cidade, por isso para lá chegar o ideal é ter transporte próprio.
O FORTE DA GRAÇA
O Forte da Graça, também conhecido por Forte Conde de Lippe, situa-se no monte com o mesmo nome, um dos mais altos da região e de grande importância estratégica-defensiva. Fica a cerca de 1km de distância a norte da cidade de Elvas e é uma obra-prima da arquitectura militar europeia.
O corpo central é formado por quatro baluartes e a sua porta principal é de uma beleza arquitectónica fenomenal.
O monumento foi recentemente alvo de uma intervenção que se traduziu na recuperação da casa do governador, das casas dos oficiais e reposição de todas as cores e materiais originais do Forte. Foram igualmente recuperadas estruturas como a cisterna, a prisão, as galerias de tiro e a capela, onde foram descobertos frescos do século XIX, também eles alvo de intervenção.
O FORTE DE SANTA LUZIA
O Forte de Santa Luzia situa-se no cimo do monte com o mesmo nome e desde 2012 faz parte do Património Mundial da UNESCO.
A sua posição dominante foi muito importante na defesa de Elvas e, juntamente com o Forte da Graça, pode gabar-se de nunca ter sido tomada por forças inimigas.
O Forte de Santa Luzia tem uma planta retangular e quatro baluartes nos vértices com guaritas nos cantos salientes.
Mas o que mais chama a atenção é o seu formato de estrela.
É um dos melhores e mais genuínos exemplos da arte de fortificar e um dos monumentos militares mais significativos deste período.
O Forte de Santa Luzia esteve sempre pronto para o combate, sendo alvo de várias investidas e tomando parte em várias ações militares, desde o cerco do Marquês de Torrecusa, em 1644, até à Batalha das Linhas de Elvas em 1659 e no cerco que a antecedeu.
O Forte de Santa Luzia apresenta uma planta quadrangular com cerca de 150 metros, sendo constituído por diversos baluartes em estilo Vauban, revelins, coroas e outras obras militares. Ao centro tem um fortim do qual se eleva a Casa do Governador.
ONDE SE HOSPEDAR EM ELVAS
O Hotel o Vila Galé Collection é uma excelente opção de alojamento. Se quer saber mais sobre este hotel, leia aqui.
O QUE FAZER SE TIVER MAIS UM DIA EM ELVAS
Se tiver mais um dia disponível na cidade, não deixe de visitar Badajoz!
Veja aqui tudo o que deve ver e fazer nesta bonita cidade fronteiriça espanhola
Perrunillas são doces tradicionais da estremadura espanhola, provavelmente de origem conventual. São preparados com ingredientes humildes, mas fazem as delicias de quem os prova.
Conta-se que o seu nome deriva do castelhano perruna (cão) porque os pastores da região davam aos seus cães uns bolos de farelo que tinham uma aparência semelhante 😃
INGREDIENTES (para 28 unidades)
250 g de banha de porco 500 g de farinha 150 g de açúcar branco raspa de 1 limão pequeno 2 ovos L (as gemas para a massa e as claras para cobrir as perrunillas) 1 colher (de chá) de canela em pó 1 pitada de sal 3 ou 4 colheres (de chá) de açúcar para decorar
PREPARAÇÃO
Pré-aqueça o forno a 180ºC. Lave e rale a casca do limão (só a parte amarela). Reserve esta raspa de limão.
Derreta a banha ligeiramente no micro-ondas. Isso permitirá trabalhar melhor a massa. Bata a banha com o açúcar até incorporar. Pode usar um processador de alimentos ou uma varinha mágica se preferir.
Adicione as 2 gemas. Reserve as claras para uso posterior. Adicione também as raspas de limão e misture todos os ingredientes.
Adicione os ingredientes secos previamente peneirados, ou seja, a farinha, o sal e a canela. Trabalhe a mistura com as mãos até obter uma massa uniforme e que não se pegue aos dedos.
Forme bolas com as mãos e achate-as um pouco. Tente fazê-las todas do mesmo tamanho para que assem uniformemente.
Unte uma forma com óleo ou manteiga para que as perrunillas não peguem (também pode usar papel vegetal).
Disponha as perrunillas na forma deixando algum espaço entre elas.
Pincele-as com a clara de ovo e polvilhe-as com açúcar. Isso criará uma crosta agradável e açucarada que lhes dará ainda mais sabor.
Asse as perrunillas a 180ºC ,por cerca de 15 ou 20 minutos, dependendo da espessura e tamanho das suas perrunillas.
Quando o topo estiver dourado, estão prontas. Retire-as da forma com uma espátula e deixe-as arrefecer antes de servir.
Receita retirada com pequenas adaptações do site codigo cocina
No meu imaginário, Badajoz era apenas uma pequena cidade espanhola perto de Elvas, onde, quando eu era criança, os meus pais iam comprar caramelos e brinquedos. Nunca me despertou grande interesse, nem vontade de a visitar, contudo surgindo a oportunidade de passar lá dois dias, não disse que não, e ainda bem, porque descobri que estava completamente errada! Esta cidade da Estremadura espanhola é na verdade uma terra de fortalezas e catedrais, com uma História importante, impressionantes edifícios medievais, mouriscos e modernos, praças coloridas e restaurantes que enchem o ar com aromas de especiarias e músicas alegres.
Fotos: Travellight
Por volta de 875 d. C., numa época em que a Península Ibérica era dominada pelos mouros, Badajoz foi construída sobre um assentamento visigótico num monte conhecido como Cabezo de la Muela, e a partir daí cresceu até se tornar na cidade que hoje conhecemos. Cruzada pelo rio Guadiana, a sua localização estratégica marcou tanto a sua história e arquitetura que até a sua catedral possui ameias. No entanto, o tempo dos tiros de canhão (felizmente) já lá vai e a cidadela muçulmana e os seus baluartes são agora jardins e miradouros por onde podemos passear despreocupados.
Existem várias rotas sugeridas que permitem aproveitar cada recanto da cidade. A Rota da Alcazaba que percorre o monumento ícone de Badajoz e o seu local de nascimento, é uma das mais interessantes. Esta fortaleza do século XII é a maior de Espanha e foi construída no topo de uma colina de forma a aproveitar o declive acentuado por baixo das muralhas e o rio como medidas de defesa. Podemos entrar na Alcazaba por qualquer uma das suas quatro portas, mas a mais usada é a Puerta del Capitel, próxima da Plaza Alta. No seu interior podemos ver a cidade mourisca original, bem como o Museu Arqueológico Provincial, o Palácio dos Duques da Roca e várias torres como a Torre de la Atalaya, conhecida como Espantaperros porque, reza a lenda, os infiéis (designados por "cães”), fugiam assustados, cada vez que tocava o sino desta torre.
Badajoz deu ao mundo conquistadores, como Pedro de Alvarado, mas o seu filho mais famoso, foi sem dúvida, o pintor Luis de Morales, a quem os seus contemporâneos chamavam de "o Divino" pelo seu grande talento e por ter predileção por temas religiosos. Até Felipe II quis conhecê-lo quando passou por Badajoz em 1580. É justo, por isso, que a sua escultura esteja no coração da cidade, na Plaza de España. Em frente do Paço Municipal e da sua bonita fachada.
O outro grande edifício desta praça é a Catedral de San Juan, que alguns pensam ter começado a ser construída no século XIII e outros no século XV; Seja como for, foi concebida com uma enorme torre de 41 metros e tem ameias como um castelo, pois era necessário defendê-la do vizinho português. No seu interior, chama a atenção o retábulo-mor barroco, o coro e o candeeiro central, com 102 braços e um peso de 3.700 quilos! Ao fundo, fica o Museu da Catedral, onde podemos apreciar obras de Luis de Morales.
Saindo da Plaza de España pela Calle de José López Prudêncio, passa-se pelo convento das Carmelitas Descalças, um edifício do século XVIII e chega-se até à encantadora Plaza de Cervantes, com a sua calçada preta e branca ao estilo português, mais conhecida como Plaza San Andrés, por causa da igreja que fica no canto sudoeste da praça. Se por outro lado se subir da Plaza de España por San Juan até a Iglesia de la Concepción, — uma curiosa igreja do século XVIII com planta circular atribuída a Ventura Rodríguez, cuja cúpula pode ser vista de quase qualquer lugar da cidade — chegamos até a Plaza Alta, a mais emblemática e mais “instagramavel” da cidade.
O edifício com quatro arcos são os antigos Paços do Concelho, construídos no estilo mudéjar. Era nesta praça que ficava o antigo souk árabe, bem ao lado do muro. No século XV o recinto passou a acolher feiras, touradas e festas populares. As chamadas Casas Coloradas, que ocupam dois dos lados da praça, com a sua fachada única pintada de vermelho, preto e branco, datam do século XVII. No primeiro sábado do mês, decorre aqui uma feira de artesanato e antiguidades.
Próximo desta área (e um pouco por toda a cidade, na verdade) encontramos vários murais de arte urbana que merecem igualmente atenção.
Passando a Torre de Espantaperros, chega-se aos Jardines de La Galera, um dos mais belos da cidade. É um jardim botânico com 90 espécies de plantas dos cinco continentes.
Na pequena Plaza de la Soledad fica uma Ermita que foi consagrada em 1935, quando a imagem da padroeira de Badajoz foi retirada da catedral e à sua direita encontra-se a Casa de las Tres Campanas, um dos mais belos edifícios da cidade, construído por ordem da família Ramallo em 1899. Foi o primeiro a ter elevador na Extremadura (em 1917) e, durante grande parte do século XX, a loja de brinquedos mais emblemática de Badajoz. Hoje é um hotel.
Ali bem perto, outra maravilha arquitectónica — a Giraldilla! Um edifício de estilo regionalista andaluz, construído entre 1927 e 1930, que reproduz a famosa torre sevilhana. A escultura que coroa esta Giralda em Badajoz não é a da Fé Vitoriosa, mas a de Mercúrio, deus do Comércio, porque o edifício era originalmente um armazém. À direita fica o Museu Provincial de Belas Artes, a galeria de arte mais importante da região.
A Puerta de Palmas, é uma das portas mais imponentes da cidade, foi construída em 1551 e as suas duas torres eram uma prisão real: no exterior são unidas por um duplo arco semicircular com o brasão de armas de Carlos V e no interior existe um nicho com a imagem de Nossa Senhora dos Anjos.
Da Puerta de Palmas pode se ir até ao parque Castelar, localizado no antigo olival e pomares do convento de Santo Domingo. Este é mais um dos pequenos pulmões verdes da cidade, com muitas árvores e água. Atravessando o parque e descendo a Calle Gómez de Solís chega-se à Calle Menacho, uma rua onde existem mais de 140 lojas, que foram agrupadas na associação Centro Comercial Abierto Menacho. É um excelente lugar para fazer compras e escolher souvenirs para trazer para casa.
A próxima atração é o Baluarte de Santiago, um monumento do século XVIII, que chama a atenção pelas suas muralhas bem conservadas. Bem próximo fica a Plaza de la Libertad, onde se encontra o Museu del Carnaval de Badajoz, de entrada livre, que vale a pena visitar para conhecer a coleção dos bonitos e elaborados trajes criados a cada ano pelos comparsas (grupos carnavalescos), as letras das murgas (bandas de música carnavalesca) e a história desta festa em Badajoz.
Avançando pela vizinha Ronda del Pilar e virando na Avenida de Europa, chega-se à Plaza de la Constitución e a um novo parque. No meio, existe um enorme edifício cilindrico de cor avermelhada, com uma espécie de tampa — é o Museu Extremeño e Ibero-Americano de Arte Contemporânea (MEIAC). Não muito longe, encontramos o Baluarte de Santa María ou de la Laguna (assim chamado porque os seus fossos podem ser inundados em caso de ataque) e o de La Trinidad. Ambos foram palco de batalhas em 1812 quando o exército anglo-português saqueou Badajoz — na época ocupada pelas tropas francesas — num dos episódios mais sangrentos da Guerra da Peninsular.
Saindo do recinto fortificado e entrando no Parque de la Legión, descobrimos mais um espaço verde da cidade que nos oferece vistas dos baluartes, da cidadela e das margens do ribeiro Rivillas. Podemos caminhar ao longo do passeio central ou sentar-nos para apreciar a paisagem.
A Plaza de San Atón é uma das praças mais conhecidas e populares de Badajoz. É um verdadeiro ponto de encontro e é também o local onde acontecem os cortejos de carnaval da cidade. Num dos seus cantos vemos a Igreja de San Juan Bautista, que embora não pareça, é uma das mais antigas da cidade. O Teatro López de Ayala é outro destaque da praça. Construído em 1886, este palco monumental acolhe as murgas carnavalescas e as actuações de todos os grandes artistas que passam por Badajoz.
Uma visita a qualquer cidade não fica completa até experimentarmos a culinária local e Badajoz também não decepciona nesta área. Os amantes de carnes curadas vão apreciar a famosa linguiça Patatera, que é feita com carne de porco e batata; e pratos tradicionais como a sopa de antruejo (feita com carne de porco, chouriço, cebola, pão ralado, alho e vinagre) e doces como as perrunillas (um tipo de biscoito redondo feito com manteiga, canela e limão).
Para tapas, o melhor é parar na Taberna La Casona Baja ou no Gastrobar El Tronco. Na Plaza Alta, encontraremos La Casona Alta e La Cacharrería, e na vizinha Plaza de San José, a Bodega San José. Para algo mais sofisticado, os restaurantes indicados são o El Sigar e o Marchivirito.
Nos arredores da cidade de Badajoz há também vilas encantadoras, como Albuquerque, Fregenal de la Sierra, Llerena, Zafra e, claro, Olivença, que merecem uma visita.
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Celebrada de norte a sul do país, a Páscoa é sempre um bom pretexto para uma escapadinha a dois ou em família e uma boa oportunidade para descobrir as tradições, história, hotelaria e gastronomia das diferentes regiões de Portugal.
A pensar nisso, sugiro quatro destinos:
BRAGA
Crédito: The Travellight World
Parta à descoberta do centro histórico de Braga e deixe-se encantar pelas suas ruas estreitas, bonitas praças e jardins floridos.
As atrações maiores como o Arco da Porta Nova, a Torre e a Sé Catedral, são fáceis de alcançar a pé e as mais recentes como o Museu da Fotografia ou a livraria Centésima Página, também.
Desde sempre ligada ao Catolicismo e às ordens religiosas, Braga é uma cidade onde abundam os doces conventuais que, cheios de ovos e açúcar, nos deixam inevitavelmente com água na boca. Por isso esqueça a dieta e perca a cabeça com os deliciosos doces e bolos servidos nos cafés e restaurantes da cidade.
Experimente as Tíbias, um Pudim Abade de Priscos ou os Fidalguinhos (pequenos biscoitos crocantes, com um toque de canela, que são presença obrigatória nas mesas da Páscoa bracarense).
A Semana Santa em Braga é, sem qualquer dúvida, uma das mais importantes de Portugal. As suas origens exatas são desconhecidas, mas acredita-se que as tradições venham, pelo menos, desde o século XVI.
Durante a Quaresma há procissões, via-sacra, concertos, espetáculos e exposições e na noite de Sexta-Feira Santa decorre a imponente Procissão do Enterro do Senhor, cujos protagonistas são os Farricocos — homens descalços, com túnicas que desfilam pela cidade levando o esquife do Senhor morto. Quem assiste, não esquece a experiência!
Crédito: Infocul.pt
Nenhuma visita a Braga, principalmente na Páscoa, fica completa sem uma paragem no magnífico santuário do Bom Jesus do Monte. Suba a impressionante escadaria e aprecie a beleza deste conjunto arquitetónico-paisagístico que integra uma igreja e uma área de mata — o Parque do Bom Jesus.
"Primeiro o dever, depois o lazer", já diz o ditado popular, por isso porque não aproveitar as várias celebrações e eventos da Semana Santa para unir o útil ao agradável e hospedar-se num hotel maravilhoso como o Vila Galé Collection Braga e aproveitar todas as modernas comodidades oferecidas por esta unidade hoteleira de luxo, nomeadamente o SPA e as piscinas interior e exterior. Descubra mais sobre o Vila Galé Braga aqui.
Crédito: Booking.com
Graças à sua proximidade ao Parque Nacional da Serra do Gerês, Braga é também uma excelente base para explorar a natureza fantástica desta área. Instale-se na Pousada Mosteiro de Amares, um edifício classificado como património nacional e descubra aqui porque os seus hóspedes atribuem-lhe uma das mais altas pontuações do booking.com.
Crédito: Booking.com
AVEIRO
Conhecida como a "Veneza Portuguesa" por causa dos seus belos canais, Aveiro é sem dúvida uma das mais bonitas e charmosas cidades do país.
O seu património histórico, cultural e natural oferece atrativos suficientes para manter interessado o visitante, e a gastronomia local convence qualquer um a voltar uma e outra vez.
Um passeio pela cidade pode começar pela Praça da República, onde encontramos edifícios monumentais como a Igreja da Misericórdia, o Teatro Municipal e os Paços do Concelho. Daí até ao Rossio são cinco minutos, passando a ria e parando obrigatoriamente na Confeitaria Peixinho. Aberta desde 1856, é a casa mais antiga de ovos-moles de Aveiro.
Ali perto, com vista para a Ria e para os famosos Moliceiros, fica o Hotel Aveiro Palace — um hotel instalado num edifício histórico, que pode ser a base perfeita para explorar todas as atrações da cidade.
Enquanto passeia pelo centro da cidade preste atenção aos bonitos edifícios Art Nouveau e não deixe de visitar a Casa Major Pessoa que alberga um museu dedicado a este estilo arquitetónico. O Museu de Arte Nova possui também uma encantadora casa de chá, onde poderá fazer uma pausa refrescante.
Merece também atenção o Mercado do Peixe — exemplar único da arquitetura de ferro em Aveiro, e outras atrações mais recentes como o Zeca Aveiro — cafetaria e loja cujo nome homenageia o cantor Zeca Afonso, filho da terra. Neste local encontramos petiscos regionais como ovas de bacalhau ou o tradicional licor do bairro da Beira-Mar (o Licor do Alguidar).
E, porque estamos na na época da Páscoa, não deixe de provar o Folar de Vale de Ílhavo — pão doce, típico da região, de fabrico caseiro artesanal.
Crédito: cm-ilhavo.pt
Entre um lugar e outro, pode apreciar a arte urbana de Fábio Carneiro na rua dos Marnotos, e tirar uma fotografia na Ponte de Carcavelos, no canal de São Roque, conhecida como “Ponte dos Namorados”, por atrair muitos casais que por ali param a apreciar o pôr do sol.
Crédito: wikimedia
Outra atração interessante é o Museu de Aveiro. Ele não é muito grande, mas guarda algumas preciosidades, como o belíssimo túmulo da princesa Santa Joana.
O Mercado Negro, uma associação cultural que ocupa um edifício com mais de 200 anos em frente à ria, também merece uma visita. Tem um bar, um salão de jogos e uma sala de exposições e lá dentro ouve-se muita música de dança latino-americana dos anos 50.
Quem gosta de andar de bicicleta pode usar as BUGA — bicicletas de utilização pública e gratuita de Aveiro que podem ser levantadas em pontos estratégicos da cidade.
Fora do centro existem mais atrações, como as salinas e a praia da Costa Nova. É lá que encontramos as famosas casinhas de riscas coloridas. Este é também um bom local para se hospedar se está interessado em explorar a região.
O Hotel Montebelo Vista Alegre Ílhavo é uma excelente opção. Situado a apenas 8 quilómetros do mar e a 8 quilómetros do centro de Aveiro, este hotel — que se orgulha de promover o património histórico da Vista Alegre — está integrado num projeto de recuperação de todo o antigo espaço fabril, que inclui ainda, o Palácio, a Capela de Nossa Senhora da Penha de França (Monumento Nacional), o Bairro Operário, o Teatro e um Museu.
Mas não é só de história que vive este hotel. Luxos como um SPA, uma piscina exterior e interior, sauna, banho turco e jacuzzi, também estão incluídos no pacote. Ficou interessado? Saiba mais aqui.
Crédito: Booking.com
ELVAS
Classificada pela UNESCO como Património Mundial devido às suas fortificações do séc. XVII e XVIII, Elvas é uma cidade que pela sua localização estratégica teve sempre uma história marcada pela guerra. A provar isto, estão as Muralhas Seiscentistas, os Fortes da Graça e de Santa Luzia, os Fortins de São Mamede, São Domingo e São Pedro, as Cercas Medievais, edifícios militares e o Centro Histórico da antiga praça-forte.
Crédito: cm-elvas.pt
Pelas suas ruas respira-se história. Não há lugar sem um palacete, sem uma casa histórica, sem um monumento. Cada esquina tem uma igreja ou convento e um estilo arquitetónico novo: desde o românico e o gótico ao rococó, passando pelo manuelino e pelo esplendor do barroco. Assim que entramos deparamo-nos com um grandioso aqueduto, construído pelo arquiteto Francisco de Arruda, o autor da Torre de Belém.
No coração de Elvas, está a zona do Castelo, a parte mais antiga da cidade. Daí até à Praça da República, onde fica a antiga Sé (agora Igreja de Nossa Senhora da Assunção) passamos pela Igreja das Domínicas, com a sua original planta octogonal, pelo Pelourinho manuelino e pela Torre Fernandina.
Crédito: PxHere
Dignos de visita são também, o Museu de Arte Contemporânea de Elvas e o Museu Municipal da Fotografia.
A gastronomia é outro ponto alto de uma visita a Elvas. É impossível não provar a sericaia ou as ameixas de Elvas e na Páscoa é comum, como aliás no resto do Alentejo, cozinhar-se o borrego, as queijadas, os bolos fintos e, claro, o folar. Em Elvas, o típico doce pascal é feito por vezes em forma de animais, como lagartos, borregos, pintainhos ou pombos, sendo depois decorados com amêndoas brancas e ovos cozidos.
Quem quiser explorar um pouco mais os arredores pode ainda visitar as ruínas da velha Ponte da Ajuda (que ligava Elvas a Olivença) e a fortaleza de Juromenha.
Tanto dentro da cidade como nos arredores existem hotéis maravilhosos onde pode relaxar.
Experimente ficar no Hotel Rural Monte da Provença para se desligar de tudo e voltar um pouco ao passado sem ter de abdicar do conforto do mundo moderno. Descubra mais aqui.
Crédito: Booking.com
Ou opte por uma estadia no Hotel São João De Deus, um edifício que já foi convento, hospital militar e está integrado nas muralhas que fazem a fama de Elvas. Saiba mais e reserve aqui.
Crédito: Booking.com
OLHÃO
O Algarve é habitualmente o destino preferido por milhares de portugueses para gozarem as mini-férias da Páscoa. Se esse é o seu caso que tal este ano visitar Olhão, a cidade piscatória, que já foi a capital nacional da indústria conserveira e que hoje também é conhecida como a cidade “cubista”.
Pode começar por fazer o Caminho das Lendas — um percurso pedonal que liga cinco dos principais largos da zona histórica de Olhão. Cada largo está associado a uma lenda original de Olhão, perpetuando dessa forma, a memória coletiva desse lugar e das suas gentes.
Existem no concelho, monumentos e locais que, pela sua importância histórica e arquitetura singular se destacam. É o caso da Igreja Matriz de Olhão, também conhecida como Igreja de Nossa Senhora do Rosário, a Igreja de Nossa Senhora da Soledade, o Museu da Cidade de Olhão e a Zona histórica.
Crédito: PxHere
Olhão é terra de pescadores e gente simples, tradição que se reflete nos edifícios pelos quais passamos na zona histórica.
Há um bairro em particular que chama a atenção — o Bairro da Barreta — cujas casas parecem cubos, efeito que valeu à cidade o título de "cubista".
Crédito: algarv-e-ventos.com
O modelo das casas, apesar de inspirado na arquitetura árabe, não é um legado da sua presença no Algarve. Foram os próprios olhanenses que construíram um bairro 'mouro'... cinco séculos depois de aquele povo ter sido expulso da região.
O que as distingue das típicas casas algarvias é que enquanto estas têm apenas um terraço as habitações cubistas têm mais do que isso: em cima do terraço têm uma segunda divisão (o mirante) e por vezes uma terceira (contramirante ou púlpito).
Outro ex-libris da cidade são os Mercados de Olhão, que encontramos mesmo junto à Ria Formosa. Estas grandes estruturas em tijolo, ferro e vidro, recebem diariamente centenas de visitantes e oferecem o peixe, o marisco, os frutos e as verduras mais frescos de toda a região.
Crédito: algarv-e-ventos.com
Os jardins Pescador Olhanense e Patrão Joaquim Lopes, que ficam junto aos Mercados são espaços onde pode parar um pouco para descansar e depois talvez fazer uma visita ao Museu João Lúcio, a dez minutos dali. É um bonito edifício de grande riqueza arquitetónica, que se dedica à promoção de eventos culturais e musicais.
Mas falar de Olhão é falar de marisco, afinal é aqui que em agosto se celebra o Festival do Marisco, maior festival nacional relacionado com o tema e um dos maiores eventos gastronómicos do país.
O peixe também tem especial destaque pela sua presença nas variadíssimas receitas que outrora eram dos pescadores e que hoje são pratos inesquecíveis dos restaurantes locais, pratos como safio guisado, chocos com favas, lulas abafadas, arroz de lingueirão ou xarém com conquilhas.
Crédito: algarv-e-ventos.com
Os doces também não devem ser esquecidos. Não deixe de provar os tradicionais bolos regionais à base de amêndoa ou de figo ou as deliciosas "trutas”. Na Páscoa, brilha o folar de Olhão, também conhecido por folar de folhas — uma especialidade que junta canela e açúcar amarelo, limão e manteiga como principais ingredientes.
Problemas de hospedagem não vai ter, opções das mais simples às mais luxuosas não faltam, mas não se atrase, reserve com antecedência, já sabe como é o Algarve...
Com uma localização central que permite aproveitar o que de melhor existe na cidade, como a Ria Formosa, a Ilha da Armona e a Ilha do Farol, o Hotel Cidade de Olhão oferece um alojamento de alta qualidade a preços acessíveis. Pode saber mais aqui.
Crédito: Booking.com
Já o luxuoso Real Marina Hotel e SPA permite usufruir de todas as comodidades habitualmente disponibilizadas por unidades hoteleiras 5 estrelas, como vários restaurantes, piscina, SPA; sauna, banho turco e tudo quanto possa precisar para umas mini-férias de sonho.
Na época da Quaresma, a tradição religiosa ditava a “vigília” e a proibição de comer carne, que além desses 40 dias também se estendia a todas as sextas-feiras do ano. Dessas regras surgiram receitas tão simples, quanto saborosas. É o caso do Potaje de vigília, ou Ensopado da Vigília, um prato que até hoje é um sucesso nas mesas espanholas durante as comemorações da Páscoa.
INGREDIENTES (Para 6 pessoas)
1 Alho francês 2 Tomates 1 Cebola 1 Pimento verde 300 g Bacalhau 2 Ovos 300 g Grão de bico 500 ml Caldo de peixe Espinafre fresco
PREPARAÇÃO
Coza os ovos por 10 a 12 minutos. Descasque e reserve. Corte o espinafre em pedaços pequenos. Pique a cebola e o pimento verde e deixe refogar numa panela. Adicione um alho francês picado e deixe cozinhar por mais dez minutos. Adicione os tomates cortados e o caldo de peixe.
Transfira o conteúdo da panela para um liquidificador e triture tudo bem antes de o devolver à panela. Quando voltar a ferver, junte os espinafres e o bacalhau, deixando cozer tudo cerca de cinco minutos. Adicione depois o grão de bico (já cozido) e deixe cozinhar por um minuto. Se usar grão de bico seco, terá que deixá-lo de molho durante a noite e cozinhá-lo antes de o usar nesta receita.
Desligue o fogo, agite a panela segurando-a pelas alças e coloque os ovos cozidos cortados em quatro partes em cima dos restantes ingredientes.
A Páscoa em Espanha é, tal como em Portugal, uma época muito importante e rica em tradições. É uma das maiores celebrações religiosas do país, senão a maior, e promete dias inesquecíveis. Durante a Semana Santa podemos assistir a eventos religiosos extraordinários, nos quais se destacam as procissões de diferentes cofradías (irmandades). É uma experiência única, que vale a pena viver pelo menos uma vez na vida!
Foto:VisitSeville.es Páscoa em Sevilha
De todas as celebrações da Semana Santa que acontecem em Espanha, as procissões sagradas em Sevilha são de longe as mais famosas, e por uma boa razão. A Semana Santa nesta cidade é um dos eventos mais importantes do ano, e os locais que participam das festividades, passam o ano todo a preparar-se para isso. É uma comemoração antiga, com raízes no século XVI (embora pareça ser bem anterior a essa data) e reúne peregrinos de todos os cantos do mundo para testemunhar os pasos extravagantes da cidade. Um paso é um andor adornado com figuras de madeira, em tamanho real, de personagens bíblicas. Em Sevilha, estes são consideradas verdadeiras obras-primas e cada paso pertence a uma irmandade, ou cofradia (há mais de 50 em Sevilha), e tem características próprias. Uma característica comum porém, é a equipa de costaleros que carregam os pasos pelas ruas.
O ponto alto da Semana Santa em Sevilha é a noite de La Madrugá — a noite entre Quinta-feira Santa e Sexta-feira Santa, quando todas as procissões começam a sua marcha até à Catedral e é revisitado o julgamento e todos os eventos que levaram à crucificação e morte de Jesus Cristo.
Esta atmosfera tensa e solene muda drasticamente no Domingo de Páscoa — Domingo de Resurrección, quando a notícia da Ressurreição de Cristo traz muita alegria e emoção e as dramáticas procissões são substituídas por desfiles animados e coloridos; Os andores são enfeitados com flores; o silêncio pesado é afastado pela música exultante; e as pessoas deliciam-se com todo o tipo de doçaria e pastelaria tradicional como as torrijas (fatias de pão embebidas em leite e ovos e fritas em azeite) e os pestiños (bolos andaluzes de mel, fritos em azeite).
Tenham em mente que durante a Semana Santa alguns restaurantes, bares e museus de Sevilha estão fechados e é muito difícil entrar na Catedral ou no Palácio Alcazar pois toda esta área é o ponto principal das festividades e os lugares em volta são os melhores para observar as procissões.
Se o dinheiro não for problema, podem comprar bilhetes para as arquibancadas que são instaladas pelas ruas (embora às vezes eles esgotem com meses de antecedência), em alternativa, arranjem um lugar ao longo da margem do rio perto da Puente de Isabel II, que liga Sevilha a Triana. Muitas das cofradías atravessam esta ponte a caminho da Catedral.
Em Málaga, as procissões começam sete dias antes da Páscoa com centenas de cofradías ocupando as ruas da cidade. A característica mais marcante da Páscoa em Málaga, são os notáveis Tronos que retratam cenas da Paixão e são escoltados por grupos de penitentes vestidos com longos mantos roxos e por mulheres vestidas de preto, segurando velas acesas. De vez em quando, o silêncio é interrompido por saetas espontâneas – música típica com influências flamencas, geralmente executadas de uma varanda durante uma grande procissão pública.
Para conseguir ver bem as procissões, podem reservar um lugar na primeira fila, bem ao lado das ruas por onde passam os desfiles, mas há uma área livre onde as pessoas podem assistir gratuitamente às procissões sentadas nas escadas, chamada Tribuna de los Pobres (Tribuna dos Pobres), que fica na Calle Carreteria, mas atenção, é preciso chegar cedo para conseguir um lugar.
Outra tradição interessante da Páscoa em Málaga é a tradição de libertar um prisioneiro. Diz-se que este costume nasceu há séculos, quando um grupo de prisioneiros escapou e carregou uma figura de Jesus pelas ruas durante uma procissão de Páscoa. Depois voltou voluntariamente para as suas celas e o rei Carlos III ficou tão impressionado que decidiu libertar um deles – uma tradição que permanece até hoje e acontece na quarta-feira de Páscoa.
Se algo se destaca na Semana Santa de Toledo, é o cenário maravilhoso em que ela acontece. Um cenário onde temos uma colina acima do rio Tejo, uma impressionante catedral e ruas estreitas por onde passam as procissões. No Sábado Santo, à 01h00, apagada a iluminação do centro histórico, os confrades aguardam, à noite, iluminados pela ténue luz das suas lanternas, a saída da imagem do Cristo da Boa Morte. Mas este é apenas um exemplo das dezanove procissões que, da Sexta feira Santa ao Domingo de Páscoa, percorrem as ruas estreitas e sinuosas, numa demonstração de habilidade, esforço e devoção.
Ao longo da semana, a cidade fica impregnada de uma atmosfera muito especial, principalmente à noite, quando o silêncio toma conta das ruas. Mas se há um protagonista nesta cidade, esse é o centro histórico, um dos mais belos de Espanha. Durante as celebrações religiosas, esta zona de Toledo é toda devoção e magia, sentimentos aumentados pela semelhança do centro histórico de Toledo com o de Jerusalém, que de certa forma transporta os frequentadores para o cenário original, há dois mil anos.
As vinte irmandades da cidade não só organizam e realizam as procissões, como são um verdadeiro reflexo da história e da cultura de Toledo. Ao contrário de outras Semanas Santas que se celebram em Espanha, a de Toledo caracteriza-se por uma marcada sobriedade e austeridade, preservando fielmente a essência da tradição cristã. Aqui o espírito de recolhimento e devoção reflete-se tanto nas procissões quanto no sentimento com que o povo de Toledo vive esta data.
Sexta-feira Santa é o dia em que a maioria das procissões são realizadas. Uma das que chama mais a atenção é a que sai de Santas Justa y Rufina. É um marcha processional em que a Virgen de la Soledad é escoltada, ao som de trombetas, por 27 homens vestidos com armaduras do século XVII.
A abertura dos conventos ao público durante estes dias é também motivo de atração e a ocasião perfeita para provar os requintados doces que as freiras preparam. O doce mais conhecido dos conventos de Toledo é o maçapão, mas os pestiños, buñuelos quaresmais, las flores e las torrijas tradicionais também fazem sucesso entre os visitantes.
Montserrat, perto de Barcelona, pode não ter grandes procissões, mas é um lugar fabuloso para visitar durante o feriado da Páscoa. Todos os anos milhares de peregrinos vão até este local sagrado para rezar e admirar o maravilhoso cenário natural que enquadra o Mosteiro de Montserrat.
Há um ar festivo em todo o Santuário no fim de semana da Páscoa e o coro do mosteiro apresenta-se por duas vezes na Basílica. Visitar o local nestes dias é uma excelente oportunidade de ver e ouvir, ao vivo, estes cantores de renome internacional.
Na celebração da Semana Santa é evidente o enorme fervor dos ilhéus. Muitos municípios de Tenerife celebram a Páscoa com atos que marcam a tradição eclesiástica. La Orotava, Puerto de la Cruz, Icod de los Vinos, Santa Cruz, Adeje, Arona e especialmente La Laguna organizam grandes procissões. Além disso, a Via Crucis (Via Sacra) é encenada nos municípios de Candelária, Güímar e Adeje.
Nas procissões, tal como noutros locais de Espanha, há figuras como os Penitentes que usam capas longas com capuzes pontiagudos que cobrem totalmente os seus rostos e revelam apenas os seus olhos, e os Nazarenos que normalmente caminham descalços e carregam correntes ou grandes cruzes de madeira. A celebração mais famosa é a Processão del Silencio de San Cristóbal de la Laguna, centro religioso de Tenerife e Património Mundial da UNESCO. A cidade fica completamente silenciosa, as luzes são apagadas e a cidade é iluminada apenas por velas. A procissão parte por volta das 21h30 da Igreja de la Concepción. O ritmo lento é definido por um tambor que cria uma atmosfera comovente e um pouco inquietante. Quem assiste nunca esquece… O Domingo de Páscoa traz a alegria da Ressurreição e muita comida. As famílias comemoram com delícias locais como o sancocho (peixe servido com batatas), o gofio (farinha de grão) e o mojo rojo (molho típico canário).
Salamanca, é uma cidade maravilhosa para se visitar em qualquer altura do ano, mas, na Páscoa ela assume um significado mais espiritual e histórico. A Semana Santa salmantina possui um prestígio merecido, fruto do trabalho de confrarias, instituições e dos próprios salmantinos que, ano após ano, esperam com fé a sua celebração. Não é à toa que desde 2003 a cidade possui o título de Semana Santa de Interesse Turístico Internacional.
O cenário que é criado pelos seus edifícios centenários brilha com mais força durante estas noites especiais. As silhuetas das duas Catedrais, a Universidade, os elementos barrocos da Plaza Mayor, o convento de San Esteban e a milenar Ponte Romana, tudo parece ainda mais bonito e até um pouco mágico…
Entre as diversas procissões que decorrem durante o período da Paixão a que, talvez, tenha maior destaque é a Procissão do Cristo da Boa Morte, na igreja de San Esteban. A Descida de Cristo e a celebração dos Ofícios na capela da antiga Universidade são igualmente imperdíveis. Os Ofícios são uma mistura de ato litúrgico e académico onde participam todos os docentes que, para esta ocasião, se vestem a rigor. Realiza-se na Quinta-Feira Santa e quando termina são distribuídos chocolates e doces tradicionais.