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The Travellight World

Inspiração, informação e Dicas de Viagem

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Qui | 31.03.22

In Gold Hotel & Spa | Águeda

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Se estão a pensar em fazer uma escapadinha na Páscoa e no vosso roteiro incluíram Águeda, ainda não sabem bem onde se hospedar e estão a considerar ficar no In Gold Hotel & Spa, espreitem este post.

O In Gold Hotel & Spa é uma unidade hoteleira de quatro estrelas que está localizado a dois minutos do centro histórico de Águeda e da zona ribeirinha da cidade. É um hotel moderno, com arquitetura contemporânea e vista para o vale do rio Águeda. Tem estacionamento gratuito e preços relativamente acessíveis (à volta de 60,00 € p/noite).

À entrada, o check-in foi muito demorado. Estava uma fila enorme de pessoas à espera para serem atendidas, mas quando finalmente chegou a minha vez o funcionário da receção foi simpático e eficiente. Em pouco tempo estava a entrar no quarto que me foi designado.

O espaço era pequeno e a aparência minimalista, praticamente sem apontamentos de decoração. A cama no entanto era confortável e a casa de banho tinha um ótimo chuveiro. O wi-fi gratuito, funcionava bem.

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A piscina interior, uma das razões pelas quais escolhi o hotel é boa, mas tem, a meu ver, dois problemas: O acesso à piscina e ao SPA é feito pelo exterior do edifício (o que pode ser desagradável se o tempo estiver mau) e a água não é suficientemente aquecida…

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O pequeno almoço, servido no restaurante, tinha uma seleção boa de produtos (pães, croissants, queijo, ovos mexidos, bacon, fruta, sumos iogurtes…). Pode não ser memorável (longe disso), mas também ninguém passa fome.
O jantar, pelo contrário foi uma boa surpresa. Pratos simples, mas muito saborosos e um bom serviço de mesa.

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No geral, avalio a minha experiência neste hotel como mediana. Nem muito boa, nem muito má. Se conseguirem uma tarifa baixa, vale a pena, se não, talvez seja melhor procurarem uma alternativa.

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Tchau!
Travellight

 

 

Qua | 30.03.22

Pelos caminhos coloridos de Águeda

Águeda já foi terra de celtas, gregos e romanos, continua a ser ponto de apoio aos caminhos de Santiago, mas hoje é conhecida mundialmente pelas instalações artísticas que enchem as suas ruas de cor e fantasia e ajudam quem a visita a elevar o espírito e a acreditar num mundo mais alegre e bonito.

fullsizeoutput_65c1Fotos: Travellight e H. Borges

Para uma fã de arte urbana como eu, visitar uma cidade como Águeda é como descobrir uma maravilhosa galeria de arte de entrada gratuita, onde é possível encontrar obras de artistas como Mário Belém, TheCaver, Bordalo II, Godmess e Millo, e muitos outros.
As instalações artísticas e murais sucedem-se pelas ruas, decorando paredes, varandas, degraus e até os céus da cidade, dando vida e enchendo de juventude toda a localidade. O Umbrella Sky Project, criado pelo Agit'Águeda, faz um trabalho tão bonito que já levou os guarda-chuvas coloridos de Águeda aos quatro cantos do mundo transformando-os num verdadeiro cartão postal da cidade.

Cada instalação é mais bonita do que a outra 😍: Os chapéus, as andorinhas, os bancos de rua, os postes de luz…

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Mas Águeda tem pontos de interesse que vão muito além da arte urbana e que merecem uma visita mais demorada e mais tranquila à cidade e seus arredores. Tem um património arquitetónico maravilhoso, um interessante espólio ferroviário e dispõe de vários espaços museológicos dedicados às mais diversas temáticas e vivências que retratam as tradições de outrora, a cultura e os saberes das gentes daquela terra.

Um bom exemplo disto é o Centro Interpretativo da Aldeia do Milho Antigo, localizado em Macieira de Alcôba.
Macieira de Alcôba é uma das aldeias mais características do concelho de Águeda e da Serra do Caramulo. É rica em património arquitetónico e natural, tradições culturais, etnografia e beleza paisagística. Com a sua rede de percursos pedestres (PR3 – trilho da aldeia e PR 4 – trilho das terras de granito), é o espaço perfeito para atividades ao ar livre.
Na Aldeia Pedagógica do Milho Antigo foi recriada uma antiga loja típica e foram recuperadas algumas estruturas e alguns engenhos locais associados à cultura do milho, como moinhos e a moinhola da aldeia, que permitem melhor interpretar as antigas técnicas de moagem de cereais, nomeadamente o milho antigo que foi em tempos essencial na atividade agrícola e no tecido económico da zona serrana em que se insere Macieira de Alcôba.

Quem aprecia os passeios na natureza não pode igualmente dispensar uma visita à Pateira de Fermentelos, o maior lago de água doce da Península Ibérica, que fica a poucos minutos da cidade.

Leiam mais sobre a Pateira de Fermentelos aqui.

fullsizeoutput_65d5Foto: C.M de Águeda

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Outra paragem a considerar numa visita a Águeda é no Museu Ferroviário de Macinhata do Vouga, que reúne um importante espólio das companhias ferroviárias Nacional e Vale do Vouga; Foi fundado em 1981 e situa-se na segunda estação do Ramal de Sernada a Aveiro (do Vale do Vouga).

fullsizeoutput_65d6Foto: C.M de Águeda

Águeda integra ainda a Região Demarcada da Bairrada que se estende por 108.000 hectares, dos quais cerca de 12.000 hectares são de vinha. Além das provas de vinhos e espumantes, há outras atividades que podem enriquecer a experiência, nomeadamente a visita às caves, a aprendizagem dos métodos de produção, a participação na vindima, entre tantas outras atividades.

 

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Travellight

Seg | 28.03.22

Aerofobia | Como acalmar a ansiedade antes de entrar no avião

A aerofobia ou o medo de voar, afeta mais pessoas do que à partida poderíamos supor.  Pode estar ligado a outros problemas como o medo das alturas ou o medo de ficar em locais fechados; Pode existir desde sempre, mesmo em quem nunca andou de avião ou aparecer subitamente e afetar até os viajantes mais experientes.

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Já todos ouviram dizer que “é mais seguro andar de avião do que de automóvel na estrada”, mas para quem sofre de aerofobia, isso pouco ou nada significa porque o medo, apesar de ser uma emoção importante para a nossa sobrevivência, é muitas vezes ilógico.

De acordo com a Anxiety and Depression Association of America, a maioria dos indivíduos que sofre desta fobia concorda que voar é seguro, mas não consegue deixar de pensar que é assustador. Eles têm dificuldade de conciliar o seu medo com as estatísticas de segurança.

Então o que fazer quando a razão não funciona?

Bom a verdade é que não há cura instantânea para a ansiedade que o medo de voar provoca no aerofóbico, mas alguns passos simples podem ajudar a enfrentar esse tormento e evitar um pânico maior no momento de embarcar no avião. 

1 - Tente descobrir os gatilhos que desencadeiam o medo

Pense no que desencadeia a sua ansiedade. Estar num avião (obviamente!), mas seja mais específico. O seu medo decorre de se sentir confinado? Começa no aeroporto ou só quando embarca no próprio avião? Ele aumenta durante a descolagem, quando o avião está a aterrar ou apenas durante a turbulência?

Descubra o que o assusta e examine como a sua reação de ansiedade é desencadeada. O objetivo é identificar os seus gatilhos específicos, para que possa gerir melhor o medo e até controlá-lo. Aprender o que o desencadeia a fobia  facilita a sua desativação.

Se é a sensação de confinamento que desencadeia a sua ansiedade, escolha um assento no corredor ou perto da saída de emergência para sentir que tem mais espaço. Se for a turbulência que o stressa, reserve alguns momentos para estudar as principais causas deste fenómeno dias antes do seu voo e imagine o que vai fazer para se acalmar se isso acontecer. Pode praticar exercícios respiratórios que ajudam a relaxar;  pesquisar no YouTube e gravar uma visualização guiada que possa ouvir durante o voo; repetir um mantra ou apertar um daqueles brinquedos anti-stress para desviar a sua atenção do problema.

Exercícios de visualização e respiração nem sempre são fáceis de fazer num ambiente stressante, mas terá mais chances de sucesso se tiver praticado o exercício, várias vezes antes do dia da viagem, sentado no seu próprio sofá.

2 - Prepare um “kit de auto-cuidado” para colocar na sua bagagem de mão

O deve colocar no seu kit de auto-cuidado? Depende do que lhe acalma. Talvez ajude ter um brinquedo anti-stress, um livro ou jogos. Leve tampões para os ouvidos se o barulho do avião o incomodar, ou uma máscara facial macia e um pequeno cobertor confortável que lhe ajude a dormir. Estes são pequenos confortos, que podem ajudar a aumentar a sensação de preparação que ajude a compensar a impressão de que não está no controle da situação.

3 - Prepare uma lista de reprodução com as suas músicas preferidas

Certifique-se de ter conteúdo suficiente para o número de horas que demora o voo, e mais algumas. Tente escolher músicas suaves e músicas que o deixem feliz e calmo.

A distração e a recordação de bons momentos, tantas vezes associados à música, pode ajudar a reduzir a ansiedade.

4 - Antes do voo escolha alimentos que ajudem a aumentar o seu bem-estar mental

Se vai viajar, tenha consciência que este não é o momento de experimentar um novo prato cheio de condimentos e molhos. Espere para provar as novidades quando chegar ao seu destino. Antes de entrar no avião, escolha as suas refeições e bebidas com um pouco mais de cuidado, para evitar azia, má digestão ou qualquer outro desconforto físico.

Na manhã do voo, coma com o objetivo de nutrir o seu cérebro e deixar o seu corpo confortável. Não entre no avião com fome. Se possível faça uma refeição completa e equilibrada, com proteínas e hidratos de carbono, antes de voar. Evite consumir demasiado açúcar, cafeína ou qualquer outra coisa que possa aumentar a sensação de nervosismo. Beber água é sempre a melhor opção.

5 - Viagem confortável

Use roupas confortáveis, que não o apertem, para minimizar a sensação de desconforto corporal e mantenha-se hidratado, bebendo água com frequência enquanto estiver no avião.

6 - Informe os seus companheiros de viagem de como o podem ajudar

Se for viajar acompanhado, é bom que o seu companheiro de viagem saiba o que lhe assusta e o que pode fazer para lhe ajudar a lidar com a ansiedade e o medo durante o voo. Para algumas pessoas, poder apertar a mão de quem está sentado ao seu lado, pode transmitir maior conforto e segurança. Outros podem preferir que ninguém fale com elas durante todo o voo. Cada pessoa é diferente, por isso assegure-se de que explica  claramente o que acha mais útil para aliviar os seus anseios.

 

Sex | 25.03.22

La Carreta de Sarchí | Costa Rica

Nestes dias cinzentos em que vivemos, dou por mim a recordar, cada vez com mais saudade, de lugares coloridos como Sarchí, na Costa Rica. É um pequeno e tranquilo vilarejo, aninhado nas colinas de Alajuela, que é conhecido por ser o berço do artesanato nacional e por uma curiosidade: Uma enorme “carreta”!

fullsizeoutput_64f3Fotos: Travellight e H. Borges

Todos na Costa Rica conhecem Sarchí e sabem que este é o melhor local para comprar artesanato em madeira, desde pequenos artefactos até a grandes móveis como camas ou cómodas.
Um simples passeio pela pequena cidade permite descobrir que existem muitas lojas e oficinas, a maioria na propriedade das mesmas famílias há gerações, que vendem estes produtos artesanais.

Foi no final de 1800 que grandes móveis começaram a ser fabricados em Sarchí e foi também por essa altura que artesãos nativos da região criaram uma forma particular de trabalhar a madeira e deram origem a um estilo próprio — o estilo “Sarchí”. Ao especializarem-se, essas oficinas familiares, começaram a produzir mais do que apenas móveis e hoje podemos encontrar todo tipo de artefactos em madeira, tanto ornamentais como funcionais.

Mas em Sarchí, os trabalhos em madeira não começaram pela construção de móveis e artesanato, mas sim por carros de boi — “las carretas” — que foram o meio de transporte mais importante na Costa Rica por muitas décadas e a única forma de transportar o precioso café entre as fazendas e o porto de exportação. Os carros de bois de Sarchí são muito especiais e únicos, não só pela técnica de construção utilizada, mas principalmente porque são decorados com belas pinturas. E é por causa de um carro de boi em particular que esta cidade tem a sua própria página no livro Guinness World Records.

Está no parque central, ao lado da igreja da cidade, mede 15 metros de comprimento e pesa quase 2 toneladas. É uma vista e tanto e homenageia um dos principais símbolos nacionais da Costa Rica, declarado em 2005  Património Imaterial da Humanidade, pela UNESCO.

Para os costa-riquenhos, o carro de bois significa trabalho, sacrifício, paciência, paz, humildade e perseverança. É tão importante que no dia 22 de março de cada ano é celebrado em todo o país o Dia de la Carreta.

Embora os motivos ornamentais apresentem semelhanças óbvias, pode-se afirmar que não há dois carros de boi exatamente iguais, há sempre uma variação nos detalhes e na disposição dos desenhos — A própria dignidade do artista assim o exige.

A Oficina de Eloy Alfaro (“Don Lolo”) é uma das oficinas de carros de boi mais antigas da cidade e uma das poucas oficinas da Costa Rica que usa uma roda hidráulica. O edifício foi declarado Património Arquitetónico Nacional e Património Industrial Nacional e pode ser visitado em Sarchí.

No tranquilo centro da cidade há também muitos trabalhos em madeira que podemos admirar e uma igreja típica da região que é muito simples, mas bonita. Tem uma fachada colorida e detalhes interessantes.

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Sarchí é uma das boas recordações que guardo da Costa Rica 😃

Podem ler mais sobre a Costa Rica aqui.

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Tchau!

Travellight

Qui | 24.03.22

Raia de Pitau | Uma especialidade da Figueira da Foz

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A Figueira da Foz tem uma tradição intimamente ligada ao mar e a sua gastronomia brilha com várias especialidades onde o peixe e o marisco fresco são o destaque.

A Raia com Molho de Pitau, é um dos pratos que podemos experimentar nesta cidade costeira portuguesa e a sua receita é tão antiga que já nos finais do século XIX fazia as delícias dos banhistas. O fígado da raia é essencial na preparação do molho e é o ingrediente que dá carácter ao cozinhado.

Espreitem aqui:

INGREDIENTES

1,2 kg de raia

800 g de batatas

1 dl de azeite

2 dentes de alho

1 folha de louro

1 colher (de chá) de colorau

1 colher (de chá) de vinagre

sal e pimenta a gosto

PREPARAÇÃO

Amanha-se a raia e lava-se muito bem. Reserva-se o fígado.

Em seguida corta-se a raia em pencas (este é o nome que se dá na Figueira da Foz às tiras da raia cortada de alto a baixo).

Temperam-se com sal e, passada 1 hora, cozem-se em água.

À parte cozem-se as batatas com a pele e pelam-se.

Entretanto, prepara-se o molho: leva-se ao lume o azeite, os dentes de alho, o louro, o colorau, o vinagre, um pouco de pimenta e um bocadinho de fígado da raia (cerca de 40 g), 3 colheres da água da cozedura da raia e vai-se esmagando tudo até engrossar.

Coloca-se a raia numa travessa, com as batatas em redor e rega-se tudo com o molho.

 

Receita retirada do site clubevinhosportugueses

 

Qua | 23.03.22

Figueira da Foz | Para além da praia e do carnaval

Localizada a meio caminho entre Lisboa e Porto, a Figueira da Foz, é sempre um destino agradável. Seja para férias ou apenas para um passeio de fim de semana, esta bonita cidade costeira tem muito para oferecer ao visitante. É verdade que é mais movimentada no verão quando a sua extensa praia se enche de banhistas ou no carnaval quando os foliões invadem as ruas, mas a verdade é que o seu encanto permanece inalterado em qualquer estação do ano.

fullsizeoutput_64d3Foto: Travellight e H. Borges

Mesmo num dia cinzento, a ameaçar chuva, é um prazer passear pela Figueira da Foz.

São quilómetros e quilómetros de praia e mar que se abrem à nossa frente, numa paisagem monumental que nos  recorda o porquê desta cidade ser há séculos uma estância balnear de referência.

A região onde hoje fica a Figueira da Foz começou por ser povoada no século XI pelo Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, junto à foz do rio Mondego, o mesmo rio que atravessa Coimbra e desagua no Oceano Atlântico.

Pouco a pouco esta localidade cresceu e em 1771 era já uma vila. No século XIX, muito graças ao porto e aos visitantes que queriam desfrutar das magníficas praias, duplicou a sua população e transformou-se numa cidade. Para acomodar tanta gente, foi construído o Bairro Novo, de frente para o mar, inspirado em  Arcachon e Biarritz, com hotéis, restaurantes, bares e vários casinos (chegaram a ser quatro).

Hoje, aquele que foi o mais antigo de toda a Península Ibérica, inaugurado em 1884 com o nome de Theatro-Circo Saraiva de Carvalho, tem um aspeto moderno, mas continua a ser uma referência na Figueira da Foz.

O edifício que abrigava o Casino Oceano, também ainda lá está, no Bairro Novo, com a sua fachada belle époque, mas agora desprovido das suas funções originais.

E é igualmente no Bairro Novo que encontramos um dos mais belos edifícios da Figueira — O Palácio Sotto Mayor, construído no século XX, por ordem de Joaquim Sotto Mayor, um rico empresário português que, no seu regresso do Brasil, visitou a cidade e encantou-se por ela. Para construir a sua moradia, contratou o arquiteto Gaston Landeck que a desenhou à imagem dos palacetes franceses. O seu interior, dizem, é deslumbrante, mas infelizmente (segundo me informaram) só pode ser visitado, com marcação, nos meses de verão.

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Paralela à Avenida 25 de Abril, a marginal da cidade, encontramos a praia mais conhecida  da Figueira: a Praia do Relógio, cujo nome vem da proximidade do areal à Torre do Relógio. Faz parte da faixa central do maior areal urbano do país — a praia da Claridade, e quem a visita dispõe de vários passadiços em madeira para fazer o caminho até ao mar.

A forte ondulação que se faz sentir naquela zona reúne condições ideais para a prática do surf e os vários recintos desportivos também disponibilizados junto à marginal permitem que ali sejam disputados vários campeonatos internacionais. A par de outras oito praias do concelho, a praia do Relógio é distinguida com a bandeira azul e o título de “praia acessível”.

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Nas imediações encontra-se o Forte de Santa Catarina, que data do século XVI. Fez parte de um triângulo defensivo constituído pelo Forte dos Palheiros e pela Fortaleza de Buarcos e, como estes edifícios, foi construído para defender a foz do rio Mondego e a cidade dos ataques dos piratas.

A função estratégica de defesa do Forte foi perdida durante o século XIX, mas este continuou a ajudar a navegação marítima graças ao seu pequeno farol.

Dentro do forte encontramos uma pequena capela que homenageia Santa Catarina e no exterior um grande espelho de água que realça a beleza do local.

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Caminhando pela marginal, na direção oposta ao Forte de Santa Catarina chegamos a Buarcos.

Em 1342 quando foi constituída vila, Buarcos era mais importante do que a Figueira da Foz, mas foi perdendo a sua relevância quando a Figueira cresceu mais e se tornou também ela uma vila em 1771.

Hoje, Buarcos pode ser parte integrante da Figueira da Foz mas, é inegável que continua a manter uma identidade muito própria e vários pontos de interesse.

Desde logo, a lembrar a sua importância e prestígio, temos a Fortaleza de Buarcos e os seus baluartes. Três ainda se mantém em boas condições: Baluarte da Conceição, Baluarte de S. Pedro e Baluarte da Nazaré. Um quarto baluarte — o do Rosário, que defendia a baía a Sul, não teve a mesma sorte.

Os três baluartes ainda existentes deverão ser da época do Infante D. Pedro, do duque de Coimbra e do Senhor de Buarcos (séc. XV).

O acesso à povoação e ao bonito casario era feito por duas portas dissimuladas na muralha, ainda hoje bem visíveis.

Buarcos tem a particularidade de ter dois pelourinhos devido à integração da pequena vila de Redondos (que já não existe). O pelourinho de Buarcos fica no Largo do Pelourinho de Baixo e o pelourinho dos Redondos, no Largo do Pelourinho de Cima.

O Núcleo Museológico do Mar é mais um ponto de interesse. Criado em 2003, tem como principal objetivo homenagear os pescadores da comunidade e recordar a sua história e as dificuldades do ofício. Aqui podemos descobrir como eram os barcos utilizados na pesca, os trajes tradicionais da região e muito mais.

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Na zona alta de Buarcos, na Rua do Castelo, encontramos a Torre dos Redondos, local onde se situava o castelo que protegia a vila. O edifício foi demolido em 1854 e hoje só restam as ruínas da torre.

Descendo a rua e virando para a Rua dos Redondos, encontramos o Teatro da Trindade com a sua elegante fachada exterior, de estilo marcadamente neo-manuelino. Foi inaugurado em 1910 e o seu interior tem a particularidade de ser uma réplica, em tamanho reduzido, do teatro de Lisboa com o mesmo nome.

Continuando a descer podemos ver a Igreja da Misericórdia, construída no século XVI, durante o reinado de D. Manuel I e a Igreja de São Pedro, reconstruida após o grande terramoto de 1755.

Outra coisa que é difícil não notar enquanto percorremos as ruas de Buarcos, são os painéis de azulejo — a maioria, representando santos católicos — que decoram as paredes exteriores das casas.

Parece que foram ali colocados após o terremoto de 1755 que destruiu toda a cidade, porque os  proprietários acreditavam que protegeriam as suas casas de futuros desastres naturais.

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Um pouco longe do centro, o Parque Florestal da Serra da Boa Viagem, é o lugar a visitar por aqueles que  procuram espaços verdes e belas paisagens. Tem miradouros e equipamentos de usufruto público, associados às atividades desportivas. Aqui podemos caminhar, correr, andar de bicicleta, observar a flora e descobrir a fauna da região.

Fica a sugestão!

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Travellight

Qui | 10.03.22

Tres Leches | Uma delícia Costa-Riquenha

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Tres Leches é a sobremesa nacional da Costa Rica. É um bolo molhado, embebido em três tipos de leite, daí o nome tres leches! É fácil de fazer e fica uma delícia.

Espreitem aqui a receita:

INGREDIENTES DO BOLO

4 ovos, à temperatura ambiente 

1/2 chávena de leite

1 chávena de açúcar

Pitada de sal

1 colher (de chá) de extrato de baunilha

1 chávena de farinha

1 colher (de sopa) de fermento em pó

INGREDIENTES DO MOLHO DE LEITE

1 chávena de leite condensado

1 chávena de leite evaporado

1 chávena de natas

1 chávena de leite (opcional - reduz o sabor doce do molho se estiver muito doce)

INGREDIENTES DA COBERTURA

1 litro de natas

3 colheres de açúcar granulado

1/2 colher (de chá) de baunilha (opcional)

PREPARAÇÃO

Pegue nos ovos e separe as gemas das claras.

Na batedeira adicione as gemas e bata em velocidade média.

Enquanto mistura as gemas, junte os ingredientes secos numa tigela média (farinha, fermento e sal)  e mexa até estar tudo bem misturado.

Em seguida, adicione 1/3 da chávena de leite e a baunilha à mistura de gema de ovo. Mexa. Despeje tudo sobre a mistura de farinha e volte a mexer até combinar.

Numa tigela grande, separada, bata as claras em castelo. até formar picos moles. Adicione o restante 1/4 de chávena de açúcar e bata até formar picos firmes.

Adicione as claras batidas em castelo à mistura de farinha e mexa. A massa de bolo deve ser leve e arejada.

Despeje tudo numa assadeira, borrifada com spray anti-aderente de cozinha, e coloque na grade central do forno.

Asse este bolo por cerca de 25 a 30 minutos. Quando inserir um palito e este sair limpo, está pronto.

Enquanto o bolo assa, prepare o molho de leite, misturando todos os ingredientes (as natas, o leite condensado e o leite evaporado).

Retire o bolo do forno, deixe arrefecer um pouco (à medida que arrefece, as laterais do bolo afastam-se  naturalmente das bordas da assadeira e é mais fácil depois cortar). Entretanto faça furos no bolo com um garfo e despeje a mistura de leite sobre todo o bolo até ser absorvido. Deixe o bolo esfriar completamente enquanto prepara a cobertura.

Bata as natas com o açúcar e a baunilha até ter uma mistura bem homogénea. Barre o bolo com a mistura e decore-o com morangos frescos.

Está pronto a servir!

 

Receita retirada com adaptações do site www.puravidamoms.com

 

 

Qua | 09.03.22

Costa Rica | Informações Básicas e Dicas de Viagem

A Costa Rica é um dos destinos turísticos mais populares do mundo. Com florestas tropicais, vulcões, cascatas, fontes termais, praias lindas, vida selvagem abundante, boa comida e infinitas oportunidades de aventura, este lugar oferece uma experiência de férias absolutamente incomparável.

Contudo explorar um país tão diversificado requer alguma preparação e organização, por isso, se a Costa Rica está na vossa lista de desejos, espreitem este guia rápido com dicas e informações sobre como chegar, o que fazer e onde ficar.

fullsizeoutput_6492Foto: PxHere

COMO CHEGAR

Não há voos diretos de Portugal para a Costa Rica, mas muitas companhias aéreas oferecem esta rota, com uma ou mais escalas. Uma das mais baratas é a Air Canada, onde uma ida e volta pode ficar por 677 dólares americanos (cerca de 619 € por pessoa).

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De Madrid, a Iberojet faz voos diretos para San José que ida e volta, na tarifa básica, ficam por cerca de 549,00€ por pessoa, por isso se encontrarem um daqueles voos low cost baratinhos para Madrid, esta pode ser uma opção viável.

Outra possibilidade a considerar, na época baixa, é viajar para Miami, se encontrarem um voo em promoção (daqueles que às vezes a KLM tem a 300 e poucos euros) e depois apanhar um voo da low cost Spirit Airlines, de Fort Lauderdale para San José, onde um ida e volta pode custar tão pouco quanto 26 dólares ( 23 €).

QUANDO IR

Na Costa Rica predomina o clima quente. Há basicamente duas estações: verão (de novembro a abril) e inverno (de maio a outubro).

A melhor época para visitar a Costa Rica é talvez de meados de dezembro a abril quando chove menos, há muito sol e o tempo é perfeito para explorar as florestas tropicais e relaxar nas praias, mas na verdade, quem viaja na época baixa gasta menos dinheiro, porque transporte e alojamento são mais baratos e a chuva, como o clima é muito quente, também não incomoda tanto (e em regra passa rápido).

ENTRAR NO PAÍS

Para entrar no país os portugueses (e brasileiros) devem ter um passaporte válido (de preferência com uma validade não inferior a três meses) e não precisam de visto se forem ficar no país como turistas por um período inferior a 90 dias.

Podem consultar mais informações aqui na página oficial do governo da Costa Rica : 

COVID-19

(Estas medidas estão sujeitas a alterações dependendo da evolução da pandemia e devem ser confirmadas antes da data da viagem)

Não é requerido teste PCR nem exigida quarentena aos cidadãos que entrem no país por via aérea ou terrestre. No caso de entrada por via marítima, e no caso de não ter sido efetuada escala noutro país não é solicitado PCR, nem exigida quarentena se se navegou por mais de 14 dias.

Requisitos obrigatórios:

- Preenchimento de formulário epidemiológico, denominado Pase de Salud, disponível aqui

- Seguro de saúde que cubra no mínimo gastos médicos originados por COVID-19 e de internamento em hospital. Este seguro pode ser obtido em qualquer companhia seguradora desde que esta seja reconhecida internacionalmente. A partir do dia 1 de Agosto de 2022, os menores de idade ou adultos já vacinados estão dispensados de apresentar seguro de saúde, devendo em sua substituição mostrar o certificado ou boletim de vacinação onde conste nome completo, data de aplicação de cada dose e nome da vacina (apenas são aceites Moderna, Pfizer-BioNTech, AstraZeneca y Johnson & Johnson). A vacina deverá ter sido aplicada no mínimo 14 dias antes da chegada ao país.

Tanto o formulário como o seguro devem estar impressos e na posse do passageiro no momento da viagem.

Para mais informação consultem por favor estes links: VistCostaRica e GovCR

IDIOMA E MOEDA

A língua oficial é o espanhol, mas o inglês é falado (ou entendido) por muitas pessoas.

A moeda local é o colón. Cartões de crédito são amplamente aceites e em todo o país há caixas automáticas onde podemos levantar dinheiro.

COMO SE DESLOCAR NA COSTA RICA

Avião

Voos domésticos baratos entre San José e destinos populares como Quepos e Tortuguero, operados por companhias aéreas como a Sansa Airlines, economizam tempo de estrada, mas atenção, na Costa Rica, os horários dos voos mudam constantemente e os atrasos são frequentes devido ao mau tempo.

Autocarro

Existem dois tipos de autocarros: direto e coletivo. Os diretos fazem poucas paragens entre um destino e outro.os coletivos fazem mais paragens e andam muito devagar. Tenham em atenção que habitualmente os autocarros não funcionam de quinta a sábado antes do Domingo de Páscoa.

Os horários variam muito, portanto, confirmem sempre o horário antes de comprar a passagem.

Um site útil para planear viagens de autocarro na Costa Rica é o Yo Viajo, que também possui uma app para smartphone.

Tours  

Os serviços de transporte turístico são uma alternativa mais cara, mas mais confortável.

Estes serviços vem buscar-nos ao hotel, tem ar condicionado e as reservas podem ser feitas online ou através de agências de viagens locais e hotéis.

Automóvel

Existem agências de aluguer de automóveis em San José e em destinos turísticos populares na costa do Pacífico. Todas as principais agências internacionais têm lojas na Costa Rica, embora às vezes se consiga obter melhores ofertas de empresas locais. Por causa do terreno acidentado e da chuva, o melhor é escolher um 4x4.

Para alugar um carro, é necessário uma carta de condução válida, um cartão de crédito e um passaporte. A idade mínima para alugar é 21 anos. Pode-se alugar um carro com cartão de débito, mas apenas se concordarem pagar o seguro total e deixarem um depósito por infrações de trânsito.

Táxis e Uber

Em San José, os táxis têm "marías" (taxímetros) e é ilegal os motoristas não os usarem. Fora de San José, a maioria dos táxis não tem taxímetro e as tarifas costumam ser combinadas com antecedência. A negociação é aceitável. Em algumas cidades existem coletivos (táxis compartilhados).

Normalmente, os motoristas de táxi não recebem gorjeta, a menos que ajudem com a bagagem ou tenham prestado um serviço acima da média.

A Uber está disponível em San José e em alguns pontos com maior população como La Fortuna, mas no resto do país é mais difícil de encontrar.

ONDE FICAR E O QUE FAZER

SAN JOSÉ

A capital da Costa Rica é, para quem chega de avião o principal ponto de entrada no país e um ótimo lugar para começar a conhecer a "Pura Vida" costa-riquenha, muitas vezes é ignorada pelos viajantes porque pode parecer um pouco intimidadora. A maioria que chega ao aeroporto internacional entra e sai o mais rápido possível, a caminho das belas praias e florestas tropicais do país, mas San José tem bons hotéis e alojamentos para todos os orçamentos e muita história e cultura para descobrir. Tem uma vibe urbana moderna e uma variedade de restaurantes e bares que não encontramos em mais nenhum  lugar do país.

Fiquem pelo menos um ou dois dias. Caminhem pela Avenida Central, uma das áreas mais acessíveis da cidade. Visitem o Museu Nacional, Museu do Ouro Pré-Colombiano, a Catedral Metropolitana, A Igreja la Soledad, passem pelo Mercado Nacional de Artesãos (Avenida 6 entre as Calle 5 e 7), vejam as praças e lojas e experimentem os restaurantes.

O Mercado Central também merece uma paragem. Tem quase tudo que possam imaginar, desde especiarias e ervas medicinais a flores, souvenirs e o rico café da Costa Rica. Fica num quarteirão entre a Avenida 1 e Avenida Central, na Calle 6.

fullsizeoutput_6497Foto: Travellight

Se ficarem hospedados num hotel perto da Avenida Central podem explorar toda a área a pé sem ter de recorrer a transportes públicos e enfrentar os incómodos do trânsito. Há muitos localizados à direita ou a poucos quarteirões da Avenida Central.

O Gran Hotel é uma boa opção, é um edifício histórico que fica em frente ao Teatro Nacional ao longo da movimentada Plaza de la Cultura. Já recebeu celebridades e políticos famosos como John F. Kennedy, que aqui se hospedou em 1963 durante a sua visita à Costa Rica. Outra boa opção, se bem que um pouco mais distante do centro é o Hotel Park Inn by Radisson.

VULCÃO ARENAL

O Vulcão Arenal é uma parte única da Costa Rica, tem alguns dos melhores resorts e vilas ecológicas e quem procura aventuras carregadas de adrenalina com certeza não fica desapontado.

Podemos visitar o Parque Nacional Vulcão Arenal, fazer canoagem, tirolesa, rafting. Ir até La Fortuna e aproveitar para tomar banho nas fontes termais e nas maravilhosas quedas de água.

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Um dos melhores hotéis para ficar nesta região é o Tabacón Resort & Spa. Tem uma vista de tirar o fôlego para o Vulcão Arenal e maravilhosas fontes termais naturais. Os macacos e os pássaros são visitas regulares nas varandas dos quartos que estão voltadas para a floresta tropical.

Leiam mais sobre Arenal, La Fortuna e sobre Tabacon aqui.

MONTEVERDE

Conhecida pela sua floresta nublada, constantemente imersa numa camada de nuvens, Monteverde é um excelente lugar para os amantes da natureza e da vida selvagem.

A Reserva Natural de Monteverde abriga várias espécies de felinos como jaguares e oncelotes e pássaros coloridos como o quetzal. Os fotógrafos tem muito com que se entreter por aqui e há imensas atividades disponíveis que permitem conhecer melhor a região. Podemos andar a cavalo, fazer caminhadas na Reserva Curi Cancha, admirar as flores no Monteverde Orchid Garden, simplesmente relaxar e desfrutar de uma das fontes termais ou fazer um tour para ver como o cacau e o café são cultivados e transformados.

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O Hotel Belmar é um espaçoso resort ecológico em Monteverde, conhecido pelos seus esforços de sustentabilidade e um dos melhores lugares para ficar na Costa Rica. A cozinha utiliza ingredientes cultivados na sua fazenda orgânica e os quartos tem vistas deslumbrantes para o oceano.

PUERTO VIEJO

Puerto Viejo fica localizado no sudeste da Costa Rica, perto da fronteira com o Panamá e tem algumas das melhores praias do país, a mais famosa é de areia preta. A partir de Puerto Viejo também temos acesso à floresta tropical e a manguezais que ficam na área. Podemos visitar o Jaguar Rescue Center, fazer caminhadas na Floresta Tropical de Veragua, visitar o Santuário de Preguiças conhecer a comunidade indígena de  Kekoldi e descobrir mais sobre as suas tradições e idioma, relaxar nas belas praias do Parque Nacional Cahuita e ver as cascatas de Bribri.

fullsizeoutput_6496Foto: PxHere

Para a hospedagem há muitas opções. No segmento luxo o Hotel Boutique Le Cameleon é um dos melhores lugares para ficar e fica localizado a uma curta distância da praia Cocles.

Já uma noite no Pagalù Hostel pode custar tão pouco quanto 12 € (quarto partilhado). O hostel fica perto da Playa Negra e  tem wi-fi gratuito.

TORTUGUERO

Se sempre tiveram vontade de ver de perto o processo de nidificação das tartarugas, então um destino que não podem perder na Costa Rica é Tortuguero, onde a comunidade tem um importante papel na preservação das tartarugas marinhas ameaçadas de extinção. A área é um dos locais de nidificação mais importantes a oeste das Caraíbas para a tartaruga-verde.

As tartarugas-de-pente e tartarugas-de-couro também nidificam ao longo das praias do Parque Nacional Tortuguero.

Mas as tartarugas não são o único motivo de interesse de Tortuguero. Toda a área oferece um ambiente diversificado, perfeito para anfíbios, pássaros e outros animais. Esta região é uma planície, com mais chuva do que qualquer outro local da Costa Rica. Com margens costeiras de cada lado, vários pântanos naturais, lagos e canais formaram-se no meio, dando à área uma abundância de vida marinha.

Chegamos a Tortuguero de barco e navegar pela sua rede de canais faz parte da experiência. Passamos por vastas áreas da floresta tropical onde as árvores se erguem dos pântanos e são povoadas por uma variedade de pássaros que durante o caminho podemos encontrar.

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O verão é a época de nidificação das tartarugas marinhas verdes que moram em Tortuguero e na pequena vila que fica dentro do parque encontramos um museu e um centro de visitantes com informações sobre a espécie.

A hospedagem mais barata e acessível fica na vila, mas a grande maioria dos lugares está escondida dentro da floresta tropical ao longo dos canais de Tortuguero. São pequenas cabanas, algumas de gestão familiar, que funcionam como eco-lodges e oferecem estadias com tudo incluído e transporte de ida e volta. O Evergreen Lodge é uma boa opção, assim como o Miss Junie's, um hotel com preço mais acessível, no extremo norte da vila de Tortuguero, que oferece quartos perto da praia e alguns dos melhores pratos da região.

Leiam mais sobre Tortuguero aqui

MANUEL ANTÓNIO

Se procuram um lugar para ficar na Costa Rica, e querem fundamentalmente relaxar e apreciar a fauna e flora do país sem terem de viajar muito de região para região, Manuel António pode ser a escolha certa.

A sua principal atração é o Parque Nacional que tem belas praias, trilhas de caminhada e uma mata atlântica onde reina a biodiversidade. Já foi nomeado pela revista Forbes um dos parques mais bonitos do mundo e o título não é um exagero. Este lugar é lindo!

As duas principais praias do parque, a Praia Espadilla Sur e a Praia Manuel António, ficam a cerca de 30 minutos a pé da entrada principal do parque. A Praia Manuel António é mais conhecida pelas suas vistas espetaculares, mas se quiserem  fugir das multidões, aventurem-se um pouco mais pela trilha principal até à Praia Espadilla Sur.

fullsizeoutput_649bFoto: Travellight

Manuel António é o menor parque da Costa Rica, mas é extraordinariamente abundante em vida selvagem. Macacos-prego, bugios, macacos-esquilo, texugos, são algumas das criaturas mais fáceis de ver no parque, mas também podem esperar ver preguiças, iguanas e centenas de espécies de pássaros. Visitem o parque de manhã bem cedo para evitar as multidões e ver ainda mais vida selvagem.

A trilha principal dentro do parque é uma trilha plana e arenosa que liga as praias do parque. É perfeita para viajantes de todas as idades. Outra trilha, um pouco mais desafiadora, é a Punta Catedral, um caminho circular de 1,5 km, de dificuldade moderada e algumas inclinações íngremes. A trilha é acessível tanto pela praia Manuel António quanto pela praia Espadilla Sur.

O Hotel Makanda By The Sea é um dos mais belos (e caros) hotéis de Manuel António. A decoração única deste resort é uma mistura interessante de elementos orgânicos e materiais modernos e industriais.

Bem mais em conta é o Hotel Naoz, localizado a  1.5 km da praia Espadilla.

Se acharem as opções na cidade de Manuel António muito caras, experimentem procurar hospedagem em Quepos, que fica a cerca de 15 / 20 minutos de carro/autocarro do Parque. Aqui encontram algumas boas guest houses como a Guest House Pura Vida que tem quartos duplos com casa de banho privada, a cerca de 47 euros por noite, com pequeno almoço incluído.

Leiam mais sobre Manuel António aqui.

GASTRONOMIA

A comida na Costa Rica tem uma ampla gama de influências, incluindo espanhola e das caraíbas. Aqui estão alguns dos pratos que não devem deixar de experimentar:

Gallo Pinto: Um dos pratos mais tradicionais da Costa Rica normalmente servido ao pequeno-almoço. É composto por arroz, feijão e especiarias variadas.

Tamales: Uma mistura de massa de milho recheada com carne ou feijão, cozida no vapor em folha de milho ou folha de bananeira

Patacones: Fatias de banana, fritas duas vezes, usadas quase como uma tortilha e servidas com guacamole, salsa, feijão frito e, por vezes, carne ou legumes.

Tres Leches: Um pão de ló embebido em três tipos diferentes de leite; evaporado, condensado e natas. 

 

 

Qua | 02.03.22

Praia das Maçãs | Sintra

A sua beleza foi eternizada em 1918 pelo pintor José Malhoa e hoje a Praia das Maçãs continua a maravilhar aqueles que a visitam. Faz a alegria de muitas famílias nos dias quentes de verão, mas mesmo quando se apresenta vazia, no inverno, continua a conquistar-nos com um melancólico encanto.

Muitas vezes, durante a manhã o nevoeiro esconde as suas areias, a foz do rio e o seu conhecido mar bravo, porém quando a neblina levanta, uma luz extraordinária ilumina tudo e ajuda-nos a perceber o porquê dos romanos terem escolhido o alto dos penhascos desta praia como o local para o Templo “Soli et Lunae” — uma homenagem ao Sol, à Lua e ao Oceano. 

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A Praia das Maçãs é uma das praias mais bonitas de Sintra e à volta do extenso areal, fica uma pequena e charmosa vila que tem vários cafés e restaurantes. Nos dias de sol, as esplanadas enchem-se de pessoas que por lá se sentam a apreciar a vista e os deliciosos pratos de marisco e peixe fresco.

Junto à praia, há também uma piscina de água salgada, um parque infantil e espaço para piqueniques. Nos extremos da praia, quer do lado esquerdo, quer do lado direito, existem rochas onde se pode pescar com alguma estabilidade e o mar de ondulação forte faz sucesso entre os adeptos do surf e bodyboard.

O antigo elétrico vermelho e branco, que parte da Vila de Sintra, é um dos ex-libris da região e uma das formas mais agradáveis e encantadoras de chegar à praia. As maçãs que lhe dão o nome, há muito desapareceram. Diz-se, que vinham pelo Rio de Colares que ali desagua, e que em tempos passava por pomares onde a fruta madura, caía na água e ia dar à praia. As macieiras, infelizmente foram cortadas e agora, não sobra uma única maçã para justificar a história.

A foz do rio contudo, ainda lá está, a correr suavemente para o mar, e é muito bonito e prazeroso acompanhar os seus últimos metros “de vida”, porque é precisamente este encontro do rio com o Oceano Atlântico, que faz a ligação entre a Serra de Sintra e o litoral, que realmente distingue esta praia, lhe dá maior beleza e magia...

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Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano ele treme de medo.

Olha para trás, para toda a sua jornada, os cumes, as montanhas,

o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos

povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar

nele nada mais é do que desaparecer para sempre.

Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar.

Ninguém pode voltar. Voltar é impossível na existência. Só podemos ir em frente.

O rio precisa de se arriscar e entrar no oceano.

E só quando ele entra no oceano é que o medo desaparece.

Porque só então o rio percebe que não se trata de desaparecer no oceano, mas sim de tornar-se no próprio oceano.

Osho