Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

The Travellight World

Inspiração, informação e Dicas de Viagem

The Travellight World

Inspiração, informação e Dicas de Viagem

Ter | 30.11.21

5 resorts de esqui “tudo incluído” para conhecer no inverno

Entre pausas para beber chocolate quente, almoços no hotel e bilhetes para teleféricos, o custo de umas férias na neve pode subir mais rápido que um elevador. Reservar um resort de esqui “tudo incluído” pode ajudar a poupar dinheiro e evitar discussões no momento de decidir se aquele cocktail aprés-ski realmente vale o que custa.

Da Europa à América do Norte, estes são alguns dos melhores resorts de esqui “tudo incluído” do mundo.

fullsizeoutput_617cFoto: PxHere

Club Med Alpe d'Huez, França

Situado na montanha Grandes Rousses, o Club Med Alpe d'Huez oferece muito terreno para esquiadores de todos os níveis, além de vistas deslumbrantes dos Alpes do Sul. Ir esquiar em Alpe d'Huez é descobrir uma incrível zona de esqui com os maiores desníveis, desde o topo do glaciar, a 3.300 metros de altitude, até às aldeias do Vale do Oisans.

Após uma recente renovação, os 441 quartos deste resort estão mais confortáveis ​​do que nunca.

Além de esqui e snowboard, a caminhada nórdica, o trenó em realidade virtual, o trenó puxado por cães, o SPA e aulas de ioga estão incluídos no preço da diária.

Club Med St Moritz, Suíça

Aninhado no sopé de montanhas cobertas de neve, o Club Med Saint-Moritz Roi Soleil fica a uma altitude de 1.750 m, a poucos passos da cidade. Este hotel Club Med com tudo incluído é a base perfeita para explorar tudo o que St Moritz tem para oferecer.

O resort tem 311 quartos de hotel de estilo contemporâneo, restaurantes com cozinha deliciosa e criativa e atividades que permitem a adultos e crianças combinar desporto, descanso e descoberta.

Incluido está o esqui alpino, o fitness club e wellness center, o esqui cross-country e as caminhadas guiadas.

Triple Creek Ranch, Montana, EUA

Situado no coração da deslumbrante Cordilheira Bitterroot, nas Montanhas Rochosas de Montana, o Hotel Triple Creek Ranch é membro do prestigiado Relais & Châteaux e oferece aos viajantes uma experiência de férias epicurista com tudo incluído para que desfrutem de um cenário verdadeiramente romântico e de um menu quase infinito de experiências ao ar livre.

No inverno, as estadias neste resort incluem viagens ao Lost Trail Powder Mountain Resort, onde podemos esquiar em Continental Divide na fronteira entre o Idaho e Montana. Bilhetes para teleféricos, aluguer de esqui / snowboard, almoço e transporte para as pistas fazem parte do pacote.

Club Med Québec, Québec, Canadá

Quando for inaugurado em dezembro de 2021, o Club Med Québec será o primeiro Club Med do Canadá. Situado perto do Rio St Lawrence, o resort está localizado na bonita região de Le Massif de Charlevoix e estará aberto todo o ano.

Inspirado pelo seu ambiente, o Club Med Québec Charlevoix é construído com materiais de origem local, tais como madeira, pedra e telha, num estilo moderno. Segue naturalmente as curvas do terreno, permitindo tanta luz natural quanto possível e oferecendo vistas espetaculares das montanhas circundantes e da paisagem fluvial.

No inverno, o resort com tudo incluído oferece acesso ski-in / ski-out ilimitado, bilhetes para teleféricos, aulas de esqui em grupo ou snowboard, patinagem no gelo, trenós puxados por cães e muito mais. Todas as refeições e bebidas também estão incluídas.

Club Med Cervinia, Itália

As férias na neve em Itália são particularmente descontraídas e informais apesar dos italianos levarem o esqui e o snowboard tão a sério quanto a comida e a bebida.

Localizada a 2.050 m na sombra dos Alpes em Breuil-Cervinia, o Club Med Resort é um confortável refúgio de montanha, ideal para esquiadores iniciantes e intermedios. Há pistas desafiadoras para esquiadores mais  experientes, mas exigem um pouco de exploração para localizá-las.

O que torna Cervinia especial é a sua proximidade com as áreas de esqui suíças em redor de Matterhorn e Zermatt. Na verdade, é muito comum os turistas comprarem um passe de esqui combinado Cervinia / Zermatt e aproveitarem a manhã para esquiar até Zermatt, parando depois para um longo almoço na Suíça antes de voltarem para Cervinia.

Qui | 25.11.21

Peru assado com clementinas | A receita mais deliciosa do Dia de Ação de Graças!

fullsizeoutput_6178

O Dia de Ação de Graças ou Thanksgiving é um dos mais importantes feriados norte americanos. É comemorado à mesa (como qualquer boa festa!) e tem como peça central o peru assado. As receitas são aos milhares, mas gosto particularmente desta que aqui partilho, porque é fácil de preparar e as clementinas deixam o peru muito saboroso e suculento!

INGREDIENTES

170 g de manteiga sem sal, amolecida

Raspas das cascas de 6 clementinas

6 clementinas cortadas ao meio

4 dentes de alho grandes, finamente ralados, mais 6 cabeças de alho inteiras, cortadas ao meio

2 colheres (de chá) de tomilho picado, mais 3 raminhos de tomilho fresco

1 peru com cerca de 5 kg

Sal

Pimenta

2 chávenas de caldo de galinha

PREPARAÇÃO

Numa tigela média, junte a manteiga com as raspas de clementina, o alho ralado e o tomilho picado. Passe os dedos sob a pele do peito do peru e da coxa para soltá-la e, em seguida, espalhe a mistura de manteiga por baixo e por cima da pele do peito e das coxas. Tempere o peru por dentro e por fora com sal e pimenta. Transfira o peru para uma assadeira e reserve.

Pré-aqueça o forno a 200° C e depois coloque o peru a assar por cerca de 30 minutos, até dourar levemente.

Adicione o caldo de frango à assadeira e asse por mais 30 minutos. Espalhe as metades de clementina, as cabeças de alho e os raminhos de tomilho. Continue a assar por mais 1 hora.

Quando vir que o peru está pronto retire-o do forno e  transfira-o para uma tábua de corte. Deixe descansar por 30 minutos.

Transfira as clementinas, as cabeças de alho e o tomilho para um prato, e tape com papel de alumínio para que se conservem quentes.

Enquanto isso, recolha os sucos que ficaram no fundo da assadeira e transfira-os para uma panela média. Junte uma cabeça de alho assado espremida aos sucos e leve a mistura a ferver em fogo moderadamente alto, mexendo sempre até o molho reduzir ligeiramente (cerca de 5 minutos). Tempere o molho com sal e pimenta.

Coloque o peru numa travessa. Disponha as clementinas assadas, as cabeças de alho cortadas e o tomilho ao redor do peru e sirva com o molho ao lado.

Bom apetite!

 

Receita retirada com adaptações do site www.foodandwine.com

Qua | 24.11.21

Os Pássaros da Ria Formosa

Estendendo-se ao longo da costa algarvia por aproximadamente 55 quilómetros, o Parque Natural da Ria Formosa é uma das 7 maravilhas naturais de Portugal e uma importante zona migratória para aves aquáticas da Europa Central e Setentrional. Tem uma biodiversidade imensa e paisagens maravilhosas. Dá gosto descobrir e conhecer!

fullsizeoutput_6172Fotos: Travellight e H.Borges

Não sabia exatamente o que esperar quando o barco movido a energia solar começou a deslizar, silencioso, pelas águas do Parque Natural da Ria Formosa, mas rapidamente percebi que o passeio não ia dececionar...

Abrangendo uma área com cerca de 18.000 hectares, a Ria é uma das zonas protegidas mais importantes de Portugal e está classificada desde 1980 como zona húmida de importância internacional.

Protegida da força do mar por um cordão de bonitas penínsulas e ilhas barreira, a Ria Formosa é composta por caniçais, sapais, salinas, zonas de vaza e pinhais, e especialmente no período compreendido entre a maré baixa e a meia maré, é possível observar aqui uma grande variedade de aves aquáticas.

UNADJUSTEDNONRAW_thumb_11be6UNADJUSTEDNONRAW_thumb_11c36fullsizeoutput_6163

De facto, à medida que o barco avançava tranquilamente por entre canais, bancos de areia e pântanos, a natureza começou a revelar-se: primeiro apareceu um ostraceiro, pouco depois maçaricos, mais à frente pilritos, borrelhos e garajaus. 

Também observei aves de maior porte, como a garça branca, a solitária garça real, cegonhas, corvos marinhos e flamingos.

fullsizeoutput_616cfullsizeoutput_616dfullsizeoutput_6168fullsizeoutput_6171UNADJUSTEDNONRAW_thumb_11bd2fullsizeoutput_6175fullsizeoutput_616f

Durante o outono e inverno, a Ria Formosa é uma área de concentração de milhares de aves como o pilrito-de-bico-comprido, a seixoeira, alfaiates, ostraceiros, pilritos-de-peito-preto e pilritos-pequenos, entre outros. Outras espécies interessantes de aves invernantes são o flamingo, a íbis-preta, o colhereiro, o peneireiro-cinzento, o garajau-grande, o pisco-de-peito-azul ou o mais raro chapim-de-mascarilha. Nos últimos anos, a gaivota-de-bico-fino também tem sido avistada na zona.

As aves nidificantes incluem o camão, o garçote (para estas recomenda-se a observação a partir do observatório da Quinta do Lago), a garça-vermelha, a perdiz-do-mar e a gaivota-de-audouin.

As ilhas-barreira albergam grandes colónias de chilretas, aves que podem ser vistas regularmente a pescar nos baixios, e também uma pequena população de alcaravão. 

Nos pinhais situados na zona envolvente, podem ser encontradas espécies como o pica-pau-malhado-grande, o picanço-barreteiro ou o papa-figos.*

fullsizeoutput_6176

Vi apenas uma pequena fração das espécies que por aqui habita e que por aqui passa. O tempo foi infelizmente muito curto e a observação de pássaros, já se sabe, exige calma e paciência. Não se pode ficar prisioneiro da ditadura do relógio. 

Ainda assim foi um passeio maravilhoso, que me recordou como é belo o lado mais natural do Algarve e me deixou cheia de vontade de regressar 😃

Para mais inspiração, ideias para escapadinhas de fim de semana e passeios em Portugal, sigam-me  no Instagram

Tchau!

Travellight

 

* Fonte: SPEA (Sociedade Portuguesa Para o Estudo das Aves)

Ter | 23.11.21

Apps que ajudam quem vai viajar e tem dúvidas sobre as restrições covid

É difícil acompanhar as constantes mudanças nas restrições de viagem impostas pelo Covid-19. As regras variam de país para país e deixam o viajante confuso e preocupado: Será que é preciso apresentar certificado de vacinação para entrar no meu destino? Qual o teste covid exigido? Preciso de usar máscara na rua? As perguntas são mais que muitas.

Felizmente existem aplicações que nos podem ajudar com informações úteis, atualizações e muito mais.

fullsizeoutput_6161Foto: PxHere

App in the Air

O App in the Air  é uma aplicação de viagens tipo “tudo-em-um”, que ajuda os usuários a navegar no meio de todas as informações Covid-19.

Esta aplicação está disponível online, para Android e iOS, e permite verificar as medidas de saúde e segurança exigidos pelas companhias aéreas durante os voos, saber quais os procedimentos necessários antes da partida e à chegada, receber notificações sobre alterações de viagem e ter informação sobre as restrições pandémicas em cada destino.

Omio

Aplicação e site, o Omio’s Open Travel Index fornece informações atualizadas  sobre os regulamentos das companhias aéreas (sobre o uso de máscara, distanciamento social, etc) e muito mais. Permite também reservar voos, autocarros, comboios e ferries e pesquisar mais informações sobre países específicos para descobrir se há regras de entrada ou outras diretrizes Covid-19 a serem seguidas enquanto estivermos lá.

Airsiders Compass

O Airsiders Compass é uma app que nos dá conhecimento sobre as medidas de segurança e restrições aplicadas nos aeroportos e nas companhias aéreas de todo o mundo, para que estejamos sempre preparados e com a documentação certa para voar.

O Airsiders Compass oferece uma visão geral sobre tudo o que está  relacionado com o Covid-19 no aeroporto, incluindo pontos onde se pode comprar máscaras e luvas, locais para realização de testes covid e quais as lojas e restaurantes abertos.

Check & Fly

Esta app foi criada pelo The Airports Council International para iOS, para que o viajante possa receber informações relevantes para a sua viagem. Ele compila informações de saúde e segurança diretamente dos aeroportos para que possamos saber o que esperar antes de chegar. Os aeroportos podem até comunicar diretamente com os passageiros através da aplicação, com as informações mais atualizadas para que o viajante esteja preparado para todos os aspetos da sua viagem e evite surpresas.

Sex | 19.11.21

Hotel Rural Vale do Rio | Tranquilidade, natureza e uma piscina aquecida no quarto!

Em Palmaz, a cerca de 8 km de Oliveira de Azeméis, encontramos o Hotel Rural Vale do Rio.

Um cantinho no seio florestal do vale do rio Caima, que alia o conforto à preocupação ambiental e nos convida a longos passeios na natureza, perfeitos para quem precisa de desligar, relaxar e respirar ar puro.

fullsizeoutput_613f

A estrada arborizada que nos conduz ao Vale do Rio, deixa antever o que nos espera: ar puro, calma e serenidade. Um cenário idílico para desanuviar e apreciar a natureza.

A mini-hídrica existente no terreno data de finais de 1800 e foi a inspiração para a construção desta unidade sustentável de eco-turismo, que funciona integralmente através de energias renováveis: energia hídrica, eólica, solar, foto-voltaica, biomassa e biodiesel.

Ficando aqui hospedados temos acesso privilegiado à margem do rio Caima e aos passadiços de madeira. A paisagem, agora com as cores do outono, é encantadora.

fullsizeoutput_6142fullsizeoutput_6144fullsizeoutput_6143UNADJUSTEDNONRAW_thumb_1196dfullsizeoutput_6146UNADJUSTEDNONRAW_thumb_11970fullsizeoutput_6145

Somos recebidos com simpatia no hotel e depois de um check-in rápido, seguimos para uma das suites.

O espaço é amplo e tem uma design moderno, inspirado nos 4 elementos da natureza: água, terra, fogo e ar.

É muito agradável e confortável… e à nossa espera ainda estavam uma garrafa de espumante, macarons, uma bela banheira e um terraço com uma pequena piscina aquecida (alguns quartos tem jacuzzi). Melhor impossível!

(tirem notas se já estão a pensar no dia dos namorados 😉)

308975554fullsizeoutput_6147308975508308975495UNADJUSTEDNONRAW_thumb_116d6308975537fullsizeoutput_614bCollage_Fotor1fullsizeoutput_613e

Os incentivos para sair do quarto eram poucos, confesso, mas os passeios matinais na margem do rio valem a pena e o pequeno almoço servido em buffet, com uma boa seleção de produtos, providenciava a energia necessária para as caminhadas.

Collage_Fotor1

O hotel conta ainda com um SPA que oferece uma variedade de tratamentos, uma piscina interior aquecida, um ginásio, sala de jogos e um lounge bar. Tem uma sala de leitura e convívio grande com uma boa variedade de livros que será certamente mais acolhedora no Inverno com a lareira acesa.

O único desapontamento foi o restaurante do hotel. Não sei se por ser época baixa, mas a carta era muito reduzida, a comida apenas aceitável e o ambiente completamente inexistente. É pena, esta unidade hoteleira merecia mais…

fullsizeoutput_615e

No geral foi uma estadia muito agradável que só posso recomendar 😃

Para mais inspiração, ideias para escapadinhas de fim de semana e hotéis em Portugal, sigam as minhas stories no Instagram

Tchau!

Travellight

 

Qua | 17.11.21

Anho Assado com Arroz de Forno

fullsizeoutput_6121

A receita tradicional de anho assado e arroz de forno, tão popular em concelhos como Marco de Canaveses ou Penafiel, é por excelência um “prato de festa” que é demorado de preparar, mas que compensa no sabor, toda a paciência do cozinheiro.

Partilho aqui a receita para quem quiser experimentar em casa!

Ingredientes

4 kg de anho ou cabrito

1 pitada de sal

2 cebolas médias

2 ou 3 dentes de alho

2 folhas de louro

Salsa

1 colher (de sopa) de banha

2 colheres (de sopa) de azeite

Colorau a gosto

Meio copo de vinho branco

 

Para o arroz:

3 chávenas de arroz

1 cebola das pequenas

Azeite a gosto

Salsa

 

Para a calda:

500 g de carne de vaca

1 cabeça de alho

1 salpicão

1 chouriço

Sal a gosto

 

Preparação do anho ou cabrito

Limpa-se o anho de gorduras, lava-se e esfrega-se com sal. Corta-se muito miudinha a salsa, a cebola, o alho e o louro.

A seguir junta-se tudo numa caçarola com banha, 1 colher de azeite e colorau e mexe-se bem. Fazem-se uns golpes no anho, que se enchem com esta mistura, o resto esfrega-se por dentro e por fora do mesmo.

Coloca-se o preparado numa assadeira de barro vermelho, onde já se encontra o vinho branco, o restante azeite e 1 cebola cortada aos pedacinhos.

Este preparado fica assim de um dia para o outro. No dia seguinte, leva-se assar no forno.

 

Preparação do arroz:

Coze-se a carne de vaca, a cabeça de anho, o salpicão e o chouriço durante bastante tempo, para fazer com que a calda fique saborosa. Tempera-se com sal.

Logo de seguida, faz-se um refogado com cebola que baste e azeite a gosto. A cebola é somente para cozer, sem ganhar cor.

Depois de cozidas as carnes, côa-se o caldo em que estas foram cozidas e junta-se ao refogado.

Num alguidar de barro vermelho, já se deve encontrar o arroz lavado, na proporção de três chávenas. Junta-se a calda e vai sem demora para o forno com um bocadinho de azeite e um ramo de salsa por cima do alguidar.

 

Receita retirada com adaptações do site www.receitasparatodososgostos.net

 

Ter | 16.11.21

Sentir a alma de Penafiel

Já se chamou Arrifana, mas diz a lenda que por ser fiel mudou de nome e hoje é Penafiel. Fica entre as colinas, vales e rios da Região Norte de Portugal e é uma cidade antiga, de encantos mil, que nos convida a caminhar por ruas pré-romanas e a descobrir as paisagens inebriantes das margens do rio Sousa.

fullsizeoutput_6109Fotos: Travellight 

Com a cidade e o Vale do Sousa a seus pés, o Santuário da Nossa Senhora da Piedade e Santos Passos (Igreja do Sameiro), chama a atenção assim que entramos em Penafiel.

Foi construído no alto do Monte de São Bartolomeu nos finais do séc. XIX e domina a paisagem, oferecendo uma vista panorâmica única a quem o visita.

A sua bela cúpula é imponente e a igreja bonita, mas o Parque Zeferino de Oliveira, popularmente conhecido por Jardim do Sameiro, é igualmente maravilhoso e bastante romântico.

Desenvolve-se ao longo de vários patamares que conduzem o visitante por um jardim cheio de bonitos cenários e coloridas paisagens, num local de grande paz e tranquilidade.

fullsizeoutput_610aUNADJUSTEDNONRAW_thumb_117eefullsizeoutput_610bfullsizeoutput_610c

O centro histórico pode não ser enorme, mas guarda no seu interior encantadoras praças e igrejas. É um prazer percorrer as suas pitorescas travessas e ruas e sentir a alma de Penafiel: Admirar a arquitetura, as bonitas portas e janelas, observar as tão típicas varandas de ferro, ver as modernas manifestações de arte urbana e descobrir as marcas que em outubro, o fantástico festival literário “Escritaria de Penafiel”, deixa na cidade.

Das igrejas destaca-se a Igreja Matriz de São Martinho, localizada na Rua Direita e classificada como monumento nacional, mas também a Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo; a Igreja de Nossa Senhora da Conceição (mais conhecida por Igreja das Freiras); a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco (Igreja do Calvário), a Igreja de Nossa Senhora da Ajuda e a Igreja da Misericórdia.

fullsizeoutput_6112fullsizeoutput_610dfullsizeoutput_6113fullsizeoutput_6111fullsizeoutput_6110fullsizeoutput_6115fullsizeoutput_6114fullsizeoutput_610fUNADJUSTEDNONRAW_thumb_1180ffullsizeoutput_6117fullsizeoutput_6116fullsizeoutput_6118

O Museu Municipal, instalado no palacete dos Pereira do Lago, na Rua do Paço, é uma paragem obrigatória para quem quer conhecer melhor Penafiel e o seu interessante passado.

O espaço museológico apresenta cinco salas temáticas dedicadas à Identidade, ao Território, à Arqueologia, aos Ofícios e à Terra e Água, e integra quatro núcleos arqueológicos: Castro do Monte Mozinho; Moinho da Ponte de Novelas; Engenho de Sebolido e a Aldeia de Quintandona.

Muitos dos artefactos descobertos no Castro de Monte Mozinho foram trazidos para o museu, incluindo um par de estátuas de guerreiros galegos.

Para quem não sabe, os “castros” são aldeias fortificadas das épocas pré-romana e romana, habitualmente localizadas no topo de colinas. Alguns foram escavados no século XX e descobriu-se lugares como a Citânia do Monte Mozinho, um dos castros mais extensos da Península Ibérica.

Com 22 hectares, este castro destaca-se pela variedade de estilos de construção que vão desde as primitivas configurações circulares, até às mais sofisticadas casas retangulares utilizadas pelos romanos. Alguns historiadores acreditam que esta foi a “Cividade Gallaeci” — a capital dos galegos, mas não há certezas.

No Centro Interpretativo de Monte Mozinho (Lugar de Vilar, Galegos) pode ser observado um conjunto de maquetes e algumas peças que complementam a visita à área arqueológica. O Museu Municipal faz também visitas guiadas para grupos, mediante marcação prévia.

Lugares como Monte Mozinho, ajudam-nos a ter uma ideia de há quantos séculos é habitada a região que agora chamamos de Penafiel, mas é incerta a verdadeira origem da povoação. Uns dizem que foi fundada pelos gregos após a guerra de Troia, outros dizem que a sua fundação se deve a Faião Soares, senhor de origem Goda e parente da família dos Sousas que no turbulento século IX, durante a expansão muçulmana, reuniu os vencidos, e com a autorização dos ocupantes árabes, fundou Arrifana de Sousa.

O facto é que, até ao reinado de D. José I, esta terra foi realmente conhecida por Arrifana de Sousa, apenas mudando a sua designação para Penafiel quando foi elevada a cidade, por carta régia, em 1770.

Mas porquê Penafiel?

Bom, diz a lenda que quando se deu a fundação da cidade, erguiam-se aqui dois castelos: um deles situava-se junto ao rio Sousa, a norte do seu leito, e chamava-se Castelo Aguiar de Sousa; O segundo, na margem sul, denominava-se Castelo  da Pena. Atacado diversas vezes pelos mouros, esta última fortificação nunca se rendeu, o que lhe valeu o epíteto de “fiel” passando assim a ser conhecida por Castelo de Penafiel — daí o nome!

Fora do centro histórico, vale a pena conhecer o Mosteiro beneditino do Paço de Sousa — uma Igreja edificada no século XIII que abriga o túmulo de Egas Moniz de Ribadouro (mestre do rei D. Afonso Henriques), e a belíssima Quinta da Aveleda.

fullsizeoutput_6119fullsizeoutput_607b

Penafiel também está no mapa turístico pelas suas adoráveis aldeias antigas que mais parecem cápsulas do tempo.

Quintandona e Cabroelo são dois excelentes exemplos, e ambas merecem uma visita.

Cabroelo situa-se na freguesia da Capela, inserindo-se no meio natural e paisagístico da Serra da Boneca e do vale do Rio Mau. É um pequeno povoado construído em granito, com belos espigueiros de madeira e moinhos.

No cimo, encontra-se a capela de S. Mateus, reconstruida em 1872, com um curioso altar de talha barroca.

A Aldeia de Quintandona, em Lagares, é igualmente charmosa com os seus edifícios de ardósia e xisto. Tem uma capela com mais de 200 anos e todos os anos, no terceiro fim-de-semana de setembro, costuma realizar-se aqui a Festa do Caldo — festa típica onde se servem caldos tradicionais da aldeia.

O Museu Municipal, com a parceria da Casaxiné — Associação para a Promoção e Desenvolvimento Cultural de Quintandona, faz visitas guiadas para grupos, mediante marcação prévia.

AldeiaQuintandonaPenafielFoto: Câmara Municipal de Penafiel

Para mais inspiração e ideias para escapadinhas de fim de semana e passeios em Portugal, sigam as minhas Stories no Instagram

Tchau!

Travellight

 

Qui | 11.11.21

Frittelle di San Martino | Os doces italianos do Dia de São Martinho

fullsizeoutput_6104

Em Portugal dizemos “São Martinho, Pão, castanhas e vinho”, já em Itália diz-se “per il giorno di San Martino una frittelle e un bicchiere di vino!” (para o dia de San Martino uma frittella e um copo de vinho!).

Diz-se que a receita de frittelle nasceu em homenagem a São Martinho que abdicou da sua capa, dividindo-a em dois  pedaços para cobrir dois mendigos que passavam frio. Para lembrar as partes doadas da capa, são preparadas estas pequenas iguarias, que devem ser apreciadas quentes, acompanhadas por um copo de vinho e partilhadas em sinal de paz.

Os frittelle de San Martino, são uma receita típica da região siciliana de Ragusa. A receita é passada de geração em geração e cada família tem sua própria variante (há quem as faça com batata, maçã, recheio de creme, com pedacinhos de chocolate, etc..), mas a receita que partilho aqui, com passas e erva doce, é a mais tradicional.

Se quiserem servir algo original neste São Martinho, experimentem!

INGREDIENTES

250 g de farinha

250 ml de água morna (aprox.)

2 g de levedura de cerveja

30 g de passas

2 colheres (de sopa) de sementes de erva doce

1 pitada de sal

Açúcar q.b.

Óleo de amendoim

PREPARAÇÃO

Primeiro, mergulhe as passas em água fria por 10 minutos, depois retire e reserve.

Dissolva a levedura num pouco de água com uma pitada de açúcar. Junte tudo à farinha.

Neste ponto, acrescente uma pitada de sal e a restante da água, mexendo com uma colher de pau até a massa ficar bem macia e pegajosa, quase uma massa compacta.

Adicione as sementes de erva-doce e as passas. Cubra e deixe a massa a crescer por 3 ou 4 horas, até que a massa tenha mais que dobrado.

Numa panela ou frigideira funda, aqueça o óleo de amendoim.

Quando o óleo estiver bem quente, coloque pequenas colheradas de massa e cozinhe os frittelle di San Martino por alguns minutos, deixando-os dourar uniformemente em todos os lados.

Para evitar que o interior dos bolinhos fique cru, evite torná-los muito grandes e cozinhá-los muito rapidamente se reparar que estão a dourar muito rápido, baixe o fogo.

Retire os frittelle já cozinhados do fogo, coloque-os sobre papel absorvente e passe-os imediatamente por açúcar.

Sirva com um copo de vinho!

 

Receita retirada com algumas adaptaçãoes do site blog.giallozafferano.it

Qua | 10.11.21

Os festejos de São Martinho em Portugal e na Europa

fullsizeoutput_6103

No dia 11 de Novembro, Dia de São Martinho, em Portugal realizam-se magustos, assam-se castanhas e bebe-se água-pé, jeropiga e o vinho novo produzido com as uvas apanhadas no verão.   

Mas sabiam que o Dia de São Martinho festeja-se também um pouco por toda a Europa?

Espreitem aqui como são as celebrações mais especiais!

Espanha

Em Espanha, este dia chama-se San Martín e marca o início da época em que se faz a matança do porco. Esta tradição deu origem ao ditado popular "A cada cerdo le llega su SanMartín" (“cada porco tem o seu São Martinho”), ou seja, cada pessoa receberá o pagamento adequado pelos atos incorretos que cometeu.  

Grã-Bretanha

Na Grã-Bretanha, o Saint Martin’s Day é também chamado de Martinmas. Como a sua data coincidia com o final das colheita, na Idade Média era a desculpa perfeita para festejar o fim do outono e o início dos preparativos para o inverno.

Uma das feiras de Martinmas mais famosas era em Nottingham. Durava 8 dias e vinham pessoas de toda a Europa para festejar e fazer negócios. Tradicionalmente, o ganso, era a carne de eleição para as comemorações, ao lado da carne de vaca, da morcela e do haggis.

O simbolismo do ganso está ligado a uma lenda que diz que, ao tentar evitar ser ordenado bispo, São Martinho se escondeu dentro de uma cerca de gansos apenas para ser traído pelo grasnar dos pássaros. Por isso até hoje, em Inglaterra e em muitos países da Europa, muitas pessoas ainda celebram Martinmas com jantares de ganso assado.

Tal como em Portugal que tem o “verão de São Martinho”, o folclore na Inglaterra também faz referência à temperatura nesse dia. Se estiver quente, dizem que o inverno será rigoroso; se ao contrário o tempo no Martinmas estiver gelado, o Natal será mais quente.

Alemanha

Na Alemanha, era costume acenderem-se fogueiras — as Martinsfeuer, que representavam a luz dos santos, e assar-se ganso ou porco. Atualmente, organizam-se procissões, as chamadas Martins-Zuge, nas quais as crianças saem à noite com lanternas, cantando músicas e recebendo doces. A procissão inicia-se com um homem de capa vermelha montado num cavalo, que representa São Martinho. Os adultos bebem Gluhwein o vinho quente tradicional.

Croácia   

Na Croácia, o Dia de São Martinho simboliza o dia em que as uvas fermentadas são transformadas em vinho. Seguindo a tradição, as uvas, consideradas impuras, são “batizadas” pelo dono da casa que se veste de bispo. Nesta época, os pratos característicos são o ganso e o mlinci, uma espécie de sopa de pão.  

Itália

Na Itália o São Martinho é festejado principalmente à mesa. Além das castanhas assadas, também se come um zeppole ou um frittelle di San Martino; ensopado de carne de porco e biscoitos de São Martinho (bolachas duras com sabor a erva-doce que devem ser comidas depois de embebidas em vinho moscatel de Pantelleria).

Nesse dia as crianças andam pelas ruas com tachos e pedem doces ou dinheiro, recitando poemas.      

Portugal

Portimão é uma das cidades portuguesas com maior tradição no Dia de São Martinho. A Feira de São Martinho de Portimão remonta a 1662 e é um dos eventos mais populares da localidade. Penafiel também tem uma importante Feira de São Martinho onde brilha a gastronomia regional, os magustos e as provas de vinho.  

A Feira da Castanha e do Castanheiro de Marvão é um dos ex-líbris daquele concelho do Alto Alentejo e nos festejos não faltam magustos, mercados de produtos locais e animação de rua.  Já em Vila do Conde a tradição passa por acompanhar um prato de castanhas com roscas de pão de trigo e nozes. 

Sex | 05.11.21

Viagem numa chávena de café: Descubra os segredos de Timor

Sentimento, história, natureza exuberante, assim é Timor-Leste. Uma terra de sorrisos abertos e gente acolhedora, que esconde numa chávena de café um segredo muito especial — o Timor Hybrid.

fullsizeoutput_576f

Nação jovem, independente desde 2002, Timor-Leste foi uma colónia portuguesa por cerca de quatro séculos e tem uma história recente marcada por episódios de violência que opuseram o povo timorense às forças militares indonésias que ocupavam o país desde 1976.
Está geograficamente distante, mas mantém-se próxima do coração português, que hoje é uma das duas línguas oficiais do país.

A sua capital, Dili, tem uma vibração descontraída e proporciona um olhar sobre o dia a dia dos timorenses. Pode não ser a mais bonita das cidades, mas é real e verdadeira, e tem o melhor de tudo: um povo generoso e acolhedor, sempre com um sorriso aberto, apesar das suas muitas dificuldades económicas.

A natureza é outro ponto alto de Timor-Leste, com a praia de Akrema a deslumbrar os visitantes com os seus recifes cheios de vida marinha e a ilha de Jaco a conquistar todos com as suas bonitas praias e ambiente tranquilo.
Tasitolu, uma área protegida e preservada na costa do país abriga importante fauna e flora local e o Monte Ramelau — considerado durante a colonização o ponto mais alto dos territórios de administração portuguesa — proporciona caminhadas incríveis e maravilhosas vistas panorâmicas.
O Monte Ramelau é conhecido localmente como “Tatamailau” ou “avô de todos os montes” e tem um profundo significado cultural. A sua silhueta tem a forma de um crocodilo que, segundo a lenda, deu origem à ilha.

As fazendas de café também são uma paisagem que se destaca no país e se, entre os países do sudeste asiático que cultivam este produto, Timor não é o mais famoso, a qualidade única do que aqui é produzido não passa despercebido aos verdadeiros conhecedores e entusiastas do café.

O café chegou a Timor-Leste no início de 1860, pela mão dos portugueses e rapidamente ganhou importância na economia do país. O período de ocupação indonésio viu muitas fazendas a serem abandonadas e o negócio a decair, mas em 2002, com a independência e a ajuda internacional, o sector recuperou e hoje o café representa cerca de 80% do total das exportações de Timor-Leste.

A Campanha da Delta “Um café por Timor, que visou a construção de infra-estruturas e escolas para a população, é um bom exemplo da ajuda internacional prestada para capacitar os produtores de café, valorizar o café timorense e promover o desenvolvimento sustentado das comunidades — A campanha foi até reconhecida pelo Social Accountability International com o “Positive Community Impact Award" em 2003.

Produzir café em Timor, é de facto um desafio. O clima árido marcado por uma curta estação chuvosa, torna os solos pobres, mas por sorte, o país tem regiões altas com árvores de sombra abundantes o que favorece a qualidade e permite cultivar café de forma orgânica, sem usar produtos químicos.

Mas há mais uma coisa importante que distingue o café timorense — O Timor Hybrid.

A origem desta variante remonta ao início do século XX, quando ocorreu algo raro e fortuito: o cruzamento espontâneo de duas espécies diferentes de cafeeiro — uma variante arábica, cheia de sabor, mas frágil, e uma robusta, resistente a doenças.

A espécie arábica delicada é aromática, tem um gosto doce e açucarado, muitas vezes com notas de chocolate e florais, mas também é muito frágil e propensa a doenças. A sua planta exige dias quentes e húmidos e noites frias em terras altas — idealmente 1.300 a 1.400 metros acima do nível do mar. 
A espécie robusta, por outro lado, é tal como o nome indica: robusta! Pode crescer em elevações mais baixas do que a arábica, e é resistente a muitas doenças, no entanto, é mais ácida e amarga. Então, quando, em Timor, a doce arábica e a robusta se fundiram, nasceu uma variante híbrida que tem o melhor dos dois mundos: um grão de sabor delicioso que é fácil de plantar e é forte.

O resultado? Um café exótico como o Delta Q Origens Timor — um lote raro, cujos grãos, lentamente secos ao sol, estão na génese de um expresso equilibrado, de textura suave, paladar adocicado e  aroma achocolatado.

Já experimentou?

 

Artigo patrocinado por Delta Q Origens e publicado originalmente no SAPO Viagens

Qui | 04.11.21

6 Fontes termais para visitar neste Inverno

Com o tempo a ficar mais frio, que tal planear umas férias de inverno num lugar onde se pode mergulhar em fontes termais quentinhas e relaxantes?

As águas das fontes termais, para além de estarem cheias de minerais que podem fazer maravilhas pela nossa pele e corpo, também estão, muitas vezes, localizadas em cenários naturais de tirar o fôlego.

Estes seis destinos são um bom exemplo disso:

1. Parque Terra Nostra, Açores

90327298Foto: Terra Nostra Garden Hotel

A Piscina Termal do Parque Terra Nostra é sem dúvida um dos destaques dos Açores. Construída em 1780, por Thomas Hickling — o cônsul americano que teve a ideia original do Parque Terra Nostra — a Piscina Termal passou a fazer parte do conjunto dominado pelo Yankee Hall, uma casa de férias propriedade de Hickling. A piscina era bem menor naquela época, mas já tinha uma “ilha” no meio, com uma ponte que a ligava ao terreno. Foi ampliada em 1935, adquirindo a sua forma actual.

A nascente de água termal que alimenta o tanque, a uma temperatura entre os 35 e 40 graus celsius proporciona uma sensação de repouso e relaxamento como poucos sítios no mundo, e a água, carregada de minerais essenciais, é uma das melhores formas de recuperar energias e entrar em contato com a natureza mística que preenche o Parque Terra Nostra e o Vale das Furnas.

2. La Fortuna, Costa Rica

3-tabacon-hot-springsFoto: arenal.net

La Fortuna fica na base do Vulcão Arenal a cerca de 3 horas de distância de San Jose.

As fontes termais vulcânicas na área são abundantes e as paisagens em volta exuberantes e cheias de vida selvagem. Muitos resorts aproveitam as fontes naturais e oferecem roupões felpudos e uma taça de espumante para acompanhar os banhos, mas também há muitos lugares afastados e imersos na natureza para descobrir. Se virem carros estacionados à beira da estrada, juntem-se a eles e sigam a trilha. As probabilidades de acabar numa fonte termal são grandes!

Leiam mais sobre as fontes termais de La Fortuna aqui.

3. Tolantongo, México

GRUTAS-TOLANTONGO-MEXICO-2003Foto: Gobierno de México

Tolantongo é um destino de fontes termais mexicanas extremamente pitorescas, localizado em Hidalgo (cerca de 3 horas a noroeste da Cidade do México). Aqui, piscinas infinitas de formas e tamanhos variados, cheias de águas termais naturais, caem em cascata pela encosta de uma montanha. Os degraus sobem e descem entre as piscinas e até existem cavernas de onde brotam as águas minerais, nas quais é possível nadar. Existem várias opções de hotéis no local e acampar no parque também é permitido.

4. Saturnia Terme, Itália

ab955f66-0bba-4812-83a8-2234528abede-istock-93428617Foto: Itinari.com

A pequena cidade de Saturnia fica no topo de uma colina com vista para os campos rurais da Toscana. A cidade é habitada desde a antiguidade, quando os etruscos e os romanos acreditavam que as águas quentes, ricas em minerais e sulfúricas, eram um presente dos deuses. Hoje, podemos optar por visitar as fontes termais e quedas de água gratuitas da área ou planear uma estadia num resort 5 estrelas próximo, com spa e campo de golfe.

5. Hakone, Japão

fullsizeoutput_60a7Foto:Hakone Yuryo.jp

Hakone está localizado no Parque Nacional Fuji-Hakone-Izu, famoso pelo lago Ashi, pelo santuário xintoísta Hakone Jinja e pelas vistas deslumbrantes para o Monte Fuji.

A cidade tem muitas onsen ou fontes termais por onde escolher, muitas fazem partes de banhos públicos ou de pousadas. Tenzan, Hakone Kamon e Hakone Yuryo são algumas das mais populares.

As charmosas pousadas são na sua maioria bons exemplos da bonita arquitetura tradicional japonesa e merecem uma visita não só pelos banhos termais, mas por toda a envolvência cultural.

6. Lagoa Azul, Islândia

20157335_Ho0iRFoto: Travellight

Seria difícil falar sobre as melhores fontes termais sem incluir, talvez, a mais famosa do mundo: a Lagoa Azul da Islândia. As águas azuis etéreas leitosas da Lagoa Azul são cercadas por campos de lava negra, que criam uma paisagem surreal, principalmente no Inverno, quando toda a área fica coberta de neve. É preciso pagar para entrar, mas o bilhete inclui o uso de uma toalha, máscara de lama e uma bebida grátis. Os complementos incluem massagens, experiências gastronómicas e muito mais.

Quem não quiser pagar, pode sempre explorar as piscinas quentes islandesas de Seljavallalaug, as fontes termais de Reykjadalur ou as fontes termais de Hrunalaug.

Leiam mais sobre a Lagoa Azul aqui.

 

Qua | 03.11.21

Queijo Aveleda no forno com mel, frutos secos e vermelhos

fullsizeoutput_60a6

Nada melhor e mais aconchegante do que degustar um maravilhoso queijo acompanhado por um bom vinho, principalmente agora que os dias começaram a ficar mais chuvosos e tristonhos.

A receita que aqui partilho é uma das minhas preferidas. Foi criada pela Clavel's Kitchen com Queijos da Quinta da Aveleda e é perfeita para acompanhar com Aveleda Alvarinho.

INGREDIENTES

1 Queijo Aveleda Vaca e Cabra  

1 embalagem de groselhas

1 embalagem de framboesas  

1 c. de sopa de mel 

20 g de miolo de noz 

20 g de miolo de avelã  

3 folhas de manjericão fresco 

 

PREPARAÇÃO

Pré-aqueça o forno a 180 ºC. Retire a parte superior da casca do queijo e coloque-o num prato apto para ir ao forno. Faça uns golpes no interior do queijo e coloque os frutos secos, as groselhas e regue com o mel. Leve ao forno durante cerca de 15 a 20 minutos (ou até o queijo ficar bem derretido). Retire do forno e decore com os restantes frutos e as folhinhas de manjericão.

 

Receita tirada do site www.aveleda.com

 

Ter | 02.11.21

Descobrir a Quinta da Aveleda

Próxima do centro de Penafiel, mas protegida por muros altos, a bela Quinta da Aveleda esconde no seu interior um jardim impressionante, vinhas e muitas outras riquezas. É um mundo cheio de fantasia e romantismo que convida o visitante a perder-se numa viagem através dos sentidos.

fullsizeoutput_607bFotos: Travellight

Diz-se que na origem da Quinta esteve Velleda, um sábio e antigo profeta que viveu nas redondezas de Penafiel, mas a verdade é que os primeiros registos efetivos da herdade remontam ao século XVI.

Foi sempre uma propriedade agrícola que ao longo dos anos passou de mão em mão, até que, por volta de 1850, o deputado Manoel Pedro Guedes de Silva da Fonseca, cansado da política e da vida que levava na capital, apaixonou-se pela região e foi viver para a Aveleda. Era uma pessoa com uma grande visão e dedicou-se bastante à propriedade, plantando vinhas, fazendo obras e desenvolvendo as estruturas já existentes. A ele se deve, por exemplo, a construção de uma adega com capacidade para 300 pipas.

Manoel Pedro Guedes de Silva da Fonseca acreditava plenamente no futuro da vinha e foi comprando mais hectares para alargar a propriedade. Hipotecava as terras que já tinha para poder comprar mais terrenos e desta forma alargou o património agrícola até Penafiel.

Nas décadas de 1870 e 1880, com a invasão da filoxera, grandes extensões de vinha ficaram completamente destruídas, mas o seu proprietário não baixou os braços e procedeu à sua reconversão segundo moldes avançados para a época.

Usando formas inovadoras de plantio e seleção de castas conseguiu controlar e melhorar a produção e a qualidade dos vinhos. Quando morreu em 1898, o ex-deputado já tinha ganho com o seu trabalho de excelência, várias medalhas em exibições e concursos internacionais.

Os dois filhos de Manoel Pedro Guedes de Silva da Fonseca, Fernando e Manuel, continuaram o seu trabalho e até hoje a Quinta da Aveleda mantém-se na mesma família, refletindo nas suas vinhas luxuriantes, toda a sua paixão e dedicação.

fullsizeoutput_6080fullsizeoutput_6081

Cada recanto da Aveleda conta uma história e é entre as suas espécies raras de árvores centenárias, como o cedro japonês, o cipreste do pântano ou as sequoias americanas (que tem o nome dos netos da família Guedes), que as vamos descobrir.

Mais de cem espécies de camélias; um lindo lago central; uma janela manuelina; chalés saídos de uma história infantil; uma torre de cabras anãs; uma cozinha antiga, onde o tempo parece ter  parado; uma adega que guarda preciosidades e a fonte de Nossa Senhora da Vandoma… Tudo isto faz parte do legado que se preserva neste jardim escondido em plena Região dos Vinhos Verdes.

fullsizeoutput_607aCollage_Fotor1fullsizeoutput_608e

Collage_Fotor1fullsizeoutput_609eCollage_Fotor1UNADJUSTEDNONRAW_thumb_118f3Collage_Fotor1fullsizeoutput_6093

Tens vontade de ficar ali a sonhar, mas a guia apressa-te e obriga-te a manter o ritmo…

Antes de seguir para uma degustação de vinhos, acompanhados de queijo Aveleda, passamos pela bonita casa principal, o coração da Quinta da Aveleda (que ainda hoje é habitada pelos Guedes), e não podemos  deixar de sentir um imenso respeito pela família que soube preservar e desenvolver tão maravilhoso património.

fullsizeoutput_6099fullsizeoutput_6097

A loja da quinta é a última paragem. Tem vinhos, aguardentes, queijos, compotas caseiras, bombons, biscoitos artesanais… Difícil é escolher o que comprar, porque a vontade é trazer tudo!

Podemos usufruir de várias experiências na Quinta da Aveleda: visitas, degustações, gastronomia, workshops, etc, mas todas tem de ser marcadas com antecedência. Podem fazer a reserva on-line aqui.

fullsizeoutput_60a3

Para mais inspiração sobre escapadinhas de fins de semana e passeios em Portugal, sigam as minhas stories  no Instagram 

 

Tchau!

Travellight