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The Travellight World

Inspiração, informação e Dicas de Viagem

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Qua | 07.07.21

Chimichurri Argentino | O molho perfeito para acompanhar os churrascos de verão

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O chimichurri é uma mistura de salsa picada, oréganos, pimenta moída e alho picado, misturado com vinagre e óleo vegetal, que é muito usado como molho para acompanhar bifes de vaca e outros tipos de pratos de carne na Argentina.

Existem várias lendas sobre a sua origem e sobre o seu nome. A mais famosa afirma que foi um imigrante irlandês do século XIX, James (Jimmy) McCurry, que, ansiando pelo molho Worcestershire — um condimento popular no Reino Unido e na Irlanda, decidiu criar um novo molho com ingredientes locais. Supostamente, o molho levaria o seu nome "Jimmy Curry", que passou a ser "chimichurri" com a pronúncia argentina.

Alguns argentinos porém, afirmam que as raízes deste molho remontam a antes de Cristóvão Colombo chegar às Américas em 1492 e que a palavra "chimichurri" vem dos quíchuas, uma população indígena que viveu na região andina do norte da Argentina muito antes da chegada dos europeus, e que esta palavra “era um termo genérico usado para descrever molhos fortes que acompanhavam e ajudavam a conservar diferentes tipos de carne".

Qualquer que seja a sua origem, o certo é que a sua popularidade é indiscutível não só na Argentina, mas também no resto do mundo.

Espreitem aqui a receita original, perfeita para dar mais sabor aos grelhados e churrascos de verão.

INGREDIENTES

5 colheres (de sopa) de salsa
3 colheres (de sopa) de orégano seco
2 colheres (de sopa) de pimenta em pó vermelha (opcional)
1 colher (de chá) de pimenta em pó preta (opcional)
2 dentes alho picado
1/4 chávena de água morna (para hidratar os oréganos secos e as pimentas em pó). Se utilizar ingredientes frescos, a água não é necessária
1/2 chávena vinagre de vinho tinto (dá a cor característica do chimichurri argentino)
1 chávena de azeite (a receita original usa óleo de girassol, mas prefiro usar azeite)
1 colher (de sopa) de sumo fresco de limão
Sal a gosto

 

PREPARAÇÃO

Junte os ingredientes secos (orégano e pimentas) com a água e mexa.
Adicione o sal e o alho picado.

Acrescente a salsa e o vinagre, mexendo sempre para que os ingredientes absorvam bem o vinagre.

Adicione o sumo de limão e por fim o azeite. Mexa tudo muito bem. 


Deixe descansar, preferencialmente de um dia para outro. 

Não se preocupe se inicialmente parecer líquido demais. Os ingredientes, com tempo, vão acabar por absorver os líquidos e o resultado final será um molho mais espesso. 


 

Receita retirada com pequenas adaptações do site www.cozinhatecnica.com

Qua | 07.07.21

Uma piscina com vista para Alfama

A recente proibição de sair da área metropolitana de Lisboa aos fins de semana por conta do agravamento da pandemia, tem tido, para mim, o lado positivo de descobrir lugares incríveis e especiais, a dois passos de casa.
Ao longo desta semana vou partilhar convosco algumas das propriedades que mais me surpreenderam e agradaram.

Começo pelo Tandem Palácio Alfama.

fullsizeoutput_5aa6Foto: Tandem Palácio Alfama

Localizados num dos bairros mais emblemáticos e fascinantes de Lisboa, estes apartamentos turísticos modernos e confortáveis da Rua dos Remédios em Alfama, escondem um passado cheio de História.

Ocupam aquele que um dia foi conhecido como o “Palácio da Dona Rosa” — um prédio setecentista que se pensa terá pertencido a Dona Rosa Mello de Castro Mendonça e Sousa, Morgada do Alcube e de Colares, senhora de enorme fortuna e detentora do ofício hereditário de Porteiro-Mor do Reino.

A recuperação do imóvel devolveu toda a beleza arquitetónica à fachada exterior do edifício que é um interessante exemplar de casa apalaçada urbana do séc. XVIII , sobretudo pela articulação da habitação e capela, através do Arco Dona Rosa.

Sabe-se que em 1883, a então Capela de Nossa Senhora da Conceição ainda estava incluída no distrito da paróquia de Santo Estêvão, mas mais tarde a cruz e os pináculos que coroavam a fachada foram retirados e o púlpito e as pinturas em tela que decoravam o teto foram transferidos para uma igreja em Alhandra, ficando apenas os azulejos barrocos das antigas capela e sacristia. Em 1889 abriu ali uma taberna e hoje o espaço alberga um conhecido restaurante e casa de fados — o Mesa de Frades.

Do portão principal, flanqueado por duas grandes janelas gradeadas, acede-se ao pátio nobre que, por sua vez abre sobre um logradouro: o “Pátio da D. Rosa”, transformado na década de 1930 num conjunto de habitações.
Ali viveram muitas famílias até que em Fevereiro de 2010 parte do complexo ruiu e um mês depois um incêndio tornou as casas definitivamente inabitáveis.

Depois de anos de abandono e mais uns tantos de obras de restauro, o palacete recuperou finalmente todo o seu brilho e hoje convida turistas estrangeiros e locais a ficarem nos seus apartamentos luminosos, de diferentes tipologias, com cozinha e todos os confortos modernos. Existe também um ginásio bem equipado que os hóspedes podem usar e wi-fi gratuito.

O funcionário da receção foi muito simpático e prestativo.

O único senão foi o facto de não estar disponível o pequeno almoço buffet (apesar do site do hotel o referir como parte dos serviços gerais).

fullsizeoutput_5a86fullsizeoutput_5a87fullsizeoutput_5a88Fotos: Travellight e H. Borgesfullsizeoutput_5a8aFoto: Tandem Palácio Alfama

A piscina exterior, é para mim, o maior destaque. Tem uma vista incrível para o Panteão Nacional e isso aliado à agradável zona ajardinada, com os seus limoeiros, ciprestes e pérgula, recordou-me um pouco a Itália … mas, só levemente, porque esta vista é do mais lisboeta que há!

É um lugar maravilhoso para se estar num dia de calor ou ao entardecer...

Uma curiosidade: o Palácio Alfama insere-se numa zona de elevado potencial arqueológico, já que a totalidade da propriedade está abrangida pela Zona de Proteção do “Castelo de São Jorge e Restos das Cercas de Lisboa”, e frente à piscina, para o lado que dá para o Panteão Nacional, está um muro coberto de buganvílias, que pertence ao Troço da Muralha Fernandina, edificada no século XIV.

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fullsizeoutput_5a8efullsizeoutput_5a8cFotos: Travellight e H. Borges

Foi uma ótima estadia, um verdadeiro achado!

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Tchau!
Travellight