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The Travellight World

Inspiração, informação e Dicas de Viagem

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Qua | 30.06.21

As cinco vilas de Cinque Terre, Itália

À primeira vista a costa que abraça Cinque Terre pode parecer hostil por causa das falésias escarpadas e íngremes, mas é rica em baías calmas, vilas pitorescas, praias e caminhos panorâmicos — tudo elementos que justificam a sua classificação como Património Mundial da UNESCO.
Localizada na região italiana da Línguria, Cinque Terre ou “Cinco Terras", é formada, como o próprio nome indica, por cinco vilas — Riomaggiore, Manarola, Corniglia, Vernazza e Monterosso al Mare — cada uma com a sua própria beleza e charme.

É um dos lugares mais românticos e marcantes do mundo e a sua paisagem é tão pitoresca que ao longo dos tempos inspirou muitos poetas, pintores e escritores… Dizem que Dante Alighieri criou as falésias do Purgatório a pensar no território hostil de Cinque Terre, Telemaco Signorini pintou-a em toda a sua beleza e Gabriele D'Annunzio celebrou o vinho mais famoso desta terra, o “Sciacchetrà”, num dos seus poemas.

É um destino imperdível para quem pensa visitar a Itália!

RIOMAGGIORE

cinque_terra_italy_mediterranean_riomaggiore_town_terra_cinque_liguria-898308.jpg!dFoto: PxHere

Riomaggiore é a vila mais ao sul de Cinque Terre, fica situada a poucos minutos de comboio de La Spezia e ergue-se entre duas falésias íngremes. Parece um presépio com todas as suas casinhas coloridas encaixadas nas rochas.

As suas origens remontam ao século VIII, quando os habitantes do vale de Vara, em busca de um clima mais ameno para plantar vinhas e oliveiras, e sem medo de ataques piratas, decidiram mudar-se para mais junto da costa.

Descobrir as suas ruas e becos, onde as luzes e sombras criam efeitos muito particulares, é um verdadeiro prazer.

Durante o passeio podemos descobrir a Torre Guardiola, antigo forte militar convertido em Escola de Educação Ambiental onde é possível fazer observação de pássaros; o Santuário de Montenero, construído em 790 para marcar uma aparição da Virgem Maria; o Castello in Cerricò, com a sua bela vista do mar e a Igreja de San Giovanni Battista.

É também em Riomaggiore que começa a famosa Via dell’Amore (Caminho do Amor), um caminho escavado na rocha, conhecido pela atmosfera romântica e paisagens incríveis, que termina em Manarola.

Manarola

fullsizeoutput_5a1bFoto: PxHere

Manarola é bonita como uma pintura, com as suas casas encavalitadas na estreita e comprida falésia.
O nome da vila vem provavelmente de “magna rota”, que literalmente quer dizer “roda-gigante” de um moinho de água. Na parte baixa da cidade ainda é possível ver o antigo moinho ou lagar de azeite, que foi restaurado.

Na parte alta da vila está a Igreja de San Lorenzo, construída em 1338 em estilo gótico, com três belas naves e interiores barrocos. Outras atrações incluem Campanile Bianco, uma antiga torre de vigia; o Antigo Hospital de San Rocco e o Oratorio dei Disciplinati della Santissima Annunziata, que data de 1400. 

Manarola tem muitas trilhas pitorescas que são uma ótima atividade para quem procura vistas espetaculares e a natureza. Muitas trilhas conduzem a vinhas e olivais locais, mas quem não dispensa o oceano, certamente não fica desapontado se descer em direção ao porto — há dezenas de locais pelo caminho que oferecem vistas deslumbrantes para o Mar da Línguria. 

Vernazza

fullsizeoutput_5a1cFoto: PxHere

Vernazza é considerada uma das 100 mais belas aldeias da Itália e em comparação com as outras vilas de Cinque Terre é mais “marítima”, marcada pelo seu pequeno porto e pela tradição naval. Foi fundada por um grupo de escravos libertos que pertenciam à antiga família romana “Gens Vulnetia”; O nome “Vernazza” deriva do apelido dessa família.

A atmosfera mágica da vila seduz e encanta. Ruas charmosas, casinhas coloridas, o Castelo Doria, com a sua vista maravilhosa do porto e da baía e o surpreendente Santuário de Nostra Signora di Reggio que não é fácil de alcançar, mas que vale muito a pena conhecer.

Corniglia

fullsizeoutput_5a1dFoto: PxHere

A antiga vila romana de Corniglia está situada num penhasco impressionante com cerca de 100 metros de altura. É a única cidade de Cinque Terre que não pode ser alcançada por mar, portanto, para aqui chegar é necessário subir a “lardarina”, uma imensa escadaria (382 degraus), ou seguir a estrada que vai da estação ferroviária de Vernazza até à vila.

Corniglia fica no topo de um promontório, rodeada de vinhas e socalcos e deve o seu nome à família romana “Gens Cornelia”, que foi proprietária da vila e produzia um excelente vinho branco,  já famoso na época dos romanos.

Na encantadora vila podemos visitar a Igreja gótica de San Pietro; a praça do século XVIII “Largo Taragio” com o Oratório de Santa Caterina e o Terraço de Santa Maria, que oferece vistas panorâmicas incríveis.

Corniglia possui também duas praias.
A maior, conhecida como Praia de Corniglia, estende-se por cerca de um quilómetro entre as aldeias de Manarola e Corniglia, e nos anos 70 a 90 do século XX atraiu um grande número de turistas, mas agora dessa praia só restam seixos de vários tamanhos, expostos sem qualquer proteção às impetuosas tempestades dos meses de inverno.

Já a Praia de Guvano, mais pequena, está localizada numa maravilhosa baía de águas transparentes e cristalinas, entre Corniglia e Vernazza, e pode ser alcançada seguindo ao longo do "Sentiero Azzurro" (Caminho Azul), que demora aproximadamente uma hora e quinze minutos. A praia é feita de areia e pedras e conserva uma aparência isolada e selvagem.

Monterosso

fullsizeoutput_5a1eFoto: H. Borges

É a maior vila de Cinque Terre e é composta por duas partes: a cidade velha e a nova, que se chama Fegina.

Monterosso está situado numa enseada, entre “Punta del Mesco” e a ilha de Tinetto e mantém viva a sua tradição marítima.
Ainda guarda vestígios do passado como a Torre Medieval que hoje é a torre do sino da Igreja de San Giovanni, o Castelo de Monterosso com a Torre Aurora, a única das treze torres que protegiam a vila, que ainda se mantém de pé.

Podemos passar o tempo no centro histórico, visitando a Igreja gótica de San Giovanni Battista, ou podemos ficar em Fegina e aproveitar a sua praia, a maior de Cinque Terre.

A atração mais incrível de Monterosso é O Gigante: uma enorme estátua de Neptuno que dá a ilusão de fazer parte das falésias.

Como Chegar a Cinque Terre

Chegar a Cinque Terre é bastante simples, principalmente no verão quando os comboios e os barcos são mais frequentes (e os bilhetes mais baratos).

A linha ferroviária Pisa - Génova permite chegar à estação de La Spezia de onde partem comboios para todas as vilas e alguns comboios intercidades tem também paragens em Monterosso e Riomaggiore.

Quem estiver interessado em chegar por mar tem, durante a primavera e o verão, barcos que saem todos os dias de La Spezia, Porto Venere, Portofino e Lerici chegando a Monterosso, Riomaggiore, Vernazza e Monterosso al Mare.

Se puderem, evitem ir de carro porque estacionar em Cinque Terre é praticamente impossível.

 

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Ter | 29.06.21

5 coisas para ter em mente se quiserem viajar neste verão

fullsizeoutput_5a1aFoto: PxHere

O verão chegou e para a maioria de nós isso significa férias e, com sorte, uma (ou mais) viagens.
O certificado digital Covid já está disponível e promete facilitar as deslocações, mas a verdade é que a insegurança ainda persiste e planear uma viagem em 2021 exige mais considerações e preocupações do que aquelas que existiam em anos passados

Agora não basta verificar o preço dos voos, coordenar datas de viagem com a família e amigos, reservar uma acomodação e planear o que queremos fazer, por isso partilho aqui cinco coisas simples que devem ter em mente se quiserem viajar neste verão.

1. Flexibilidade é muito importante

Uma coisa que a pandemia nos ensinou a todos foi que, ser flexível e adaptar-se a novas circunstâncias, é muito importante. Esta lição assume especial relevância quando se trata de planear uma viagem de verão.

Nas atuais circunstâncias, quando marcamos um voo, reservamos um hotel ou simplesmente pensamos em mudar de concelho, temos de admitir que há uma forte possibilidade de o voo ser cancelado ou de haver uma alteração nos requisitos de entrada, de deslocação e de quarentena. Mas isso não significa que tenhamos de ficar em casa. É preciso é que sejamos capazes de manter a flexibilidade, ter a mente aberta e aceitar que há muitas coisas fora do nosso controlo, assim não ficaremos desapontados caso os planos precisem de mudar.

2. Ter um plano A, B e C

Se o vosso plano principal tiver de ser cancelado no último minuto, convém já ter alguns planos alternativos preparados para aproveitar bem o verão.
Mantenham-se atualizados sobre as regras locais e internacionais e preparem um plano A, um plano B e um plano C, para garantir que, independentemente do que aconteça, não vão ficar deprimidos em casa.

Plano A: Este é o plano de verão ideal, aquele que contempla o vosso destino preferido.
Plano B: Este plano deve contemplar um destino alternativo (outro país ou cidade que gostariam de visitar) caso não seja possível viajar para o vosso destino preferido.
Plano C: É um plano mais modesto, menos ambicioso, mais perto de casa, mas que ainda assim permita desfrutar de um bom descanso no verão.

3. Pensar que a estadia pode ter de se prolongar e o orçamento das férias ter de ser reajustado

Nos dias que correm, não podemos pensar em viajar e não estar prevenidos, financeiramente, para suportar custos adicionais de quarentena, de testes covid, de alterações de voos…

Reservem sempre voos e acomodações que permitam alterações e cancelamentos sem custos e pensem se não compensa ter um seguro de viagem que cubra essas despesas inesperadas.

4. Aproveitar a natureza

Visitar museus e atrações locais, ir a restaurantes e lojas, são atividades normais quando estamos de férias, mas no momento é difícil saber exatamente o que estará aberto neste verão. Portanto, ao escolher um destino, considerem tudo o que é possível lá fazer, caso sejam impostas restrições mais duras.

Caminhadas, passeios de bicicleta, natação e camping são atividades que habitualmente são menos afetadas pelas restrições e permitem explorar o ar livre de forma segura. E vamos ser honestos, depois de ter de ficar fechados dentro de casa tanto tempo, a natureza nunca nos pareceu tão atraente.


5. Levar o essencial e seguir as regras

Levem na mala o essencial: máscaras, álcool gel, lenços desinfetantes e luvas… E estejam preparados para seguir as regras e protocolos exigidos pelas diferentes regiões ou países e todas as restrições impostas.

Boas Férias!!!

 

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Sex | 25.06.21

Cavacas das Caldas

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As Cavacas das Caldas fazem parte da gastronomia típica da região constituindo, desde tempos longínquos, um forte pólo de atração a algumas das icónicas pastelarias da cidade como as da Rua da Liberdade, que une a famosa Praça da Fruta ao largo do Hospital Termal.

A história da sua confeção está ligada à freguesia de S. Gregório, local onde nasceram as irmãs Rosalina e Gertrudes Carlota. Conta-se que estas duas senhoras, doceiras da Corte, viram-se obrigadas a abandonar o cargo após o assassinato do Rei D. Carlos e por isso decidiram voltar à sua terra natal onde começaram a vender os famosos doces no Largo do Hospital Termal. Em pouco tempo as cavacas ganharam popularidade e logo transformaram-se numa das imagem de marca da cidade.

Há duas variedades de Cavacas das Caldas: Nas feiras de Santarém, Golegã ou Cartaxo é frequente encontrar-se a cavaca saloia que leva só um banho de açúcar e o travo a limão é mais forte. Depois há as cavacas finas, tipicamente vendidas nas pastelarias que são mais pequenas e com dois banhos de açúcar.

Partilho aqui a receita para quem quiser experimentar fazer em casa 😃

INGREDIENTES

CAVACAS
400 g de farinha
30 g de margarina derretida
6 ovos grandes
1 colher (café) de sal fino
 
COBERTURA
150 g de açúcar em pó
1 clara
Sumo de limão (a gosto)


PREPARAÇÃO

Deitar primeiro os ovos numa tigela e depois, aos poucos, o sal e a farinha peneirada, batendo tudo muito bem com uma colher de pau para depois adicionar a margarina derretida e bater novamente tudo até ficar uma massa «elástica»;

Untar algumas formas de queques com azeite, dividindo a massa de modo a não ultrapassar os 3/4 de altura, sem esquecer de passar o dedo polegar em farinha para pressionar no meio da massa até ela começar a subir as margens;

Colocar as formas no forno pré-aquecido a 220°C, durante cerca de 20 minutos, para logo a seguir baixar para 180°C, durante mais 20 minutos;

Fazer a cobertura, deitando primeiro a clara para uma tigela, depois o açúcar em pó e umas gotas de sumo de limão, a gosto, misturando tudo muito bem até ficar um creme mais seco; deitar o preparado obtido sobre as cavacas, deixando-as secar antes de serem servidas.


Receita retirada do site www.mytasteprt.com

Qui | 24.06.21

19 Tile Boutique House | Caldas da Rainha

Numa cidade como as Caldas da Rainha, onde a arte está por todo o lado, dificilmente há melhor lugar para ficar do que no 19 Tile Boutique House, um pequeno hotel cheio de charme e originalidade.

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O conceito do 19 Tile — “11 Ceramistas, 11 Quartos, 11 Viagens” — transporta-nos para um maravilhoso mundo de fantasia, perfeitamente inserido no contexto cultural e artístico das Caldas da Rainha.

Cada quarto foi decorado por um artista caldense e está cheio de detalhes surpreendentes que nos mostram como a cerâmica pode, ela própria, ser uma viagem mágica e sem roteiro, desde quando o barro começa a ser moldado, até ao momento em que se revela toda a surpresa das cores do vidrado.

Reservei um dos apartamentos do piso térreo, decorado por Pedro Brás, um ceramista de inspiração naturalista, com mais de 40 anos de experiência. A base do seu trabalho são peças e objetos de decoração que tem muitas vezes por tema alguns dos seus animais e insectos preferidos.

O espaço — composto por um quarto, uma cozinha, casa de banho e sala — era grande, confortável e aconchegante.
O apartamento estava virado para o agradável pátio interior e tinha um pequeno espaço com cadeiras onde nos podíamos sentar a relaxar. De manhã é comum aparecerem neste pátio, pavões que vivem ali perto no Parque D. Carlos I.

Os primeiros minutos dentro do apartamento são perdidos a descobrir todos os pequenos detalhes deste espaço criativo e especial.

Vês o ninho de andorinhas no corredor; a árvore cheia de passarinhos na sala; as abelhas, as libelinhas, os trevos… É um verdadeiro mundo encantado!

Todas as fotos em baixo: Travellight e H.Borges

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O wi-fi (gratuito) funcionava bem, mas a única televisão do apartamento ficava na sala. Quem gosta de ver televisão na cama pode sentir alguma falta.

Os espaços comuns, para quem aprecia decoração de interiores e design, também são um deleite para os olhos. Explicaram-nos que o nome “19 tile” vem do nº atribuído ao azulejo original que revestia a casa centenária onde está instalado o hotel, e que foi restaurada com todo o cuidado, mantendo o seu traçado original.

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Os funcionários que nos atenderam foram muito simpáticos e prestáveis e o pequeno almoço, servido numa bela sala, com hora marcada por exigência da situação pandémica, era bom e oferecia todos os elementos básicos de um pequeno almoço de hotel. Havia pães, croissants, iogurtes, maçãs, laranjas, cereais, queijos e fiambre, sumos de fruta, café e chá… O suficiente para ficares de barriguinha cheia e satisfeita, mas nada de verdadeiramente especial. Não havia ovos ou panquecas por exemplo…

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No geral foi uma excelente estadia.
O 19 Tile é uma ótima opção para quem visita as Caldas da Rainha, é central e fica próximo das maiores atrações da cidade.

Recomendo muito!

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Travellight

Qua | 23.06.21

A arte, a criatividade e o humor das Caldas da Rainha

Nestes passeios que tenho feito pelos caminhos de Portugal, era inevitável ir parar às Caldas da Rainha, essa linda cidade termal, fundada por uma rainha, onde o génio de Bordallo Pinheiro espreita a cada esquina e a arte e o humor estão sempre presentes.

fullsizeoutput_59f0Fotos: Travellight e H. Borges

Quando cheguei às Caldas, o tempo estava excelente e encorajava o contacto com a natureza, por isso a visita começou pelo lugar mais óbvio — o Parque D. Carlos I.

Desde miúda que não passava por aqui, e aquilo que encontrei não se afastava muito das boas memórias que guardava da infância. O jardim continua a ser uma espécie de floresta de contos de fada, com uma fantástica paleta de cores: a terracota do chão, o verde das árvores, todas as cores dos barquinhos do lago e o azul (e branco) dos pavões.
É um jardim romântico, criação do arquiteto Rodrigo Berquó, que nos finais do século XIX o imaginou e projetou.

Está cheio de recantos maravilhosos como a pérgula próxima do Museu Malhoa, o Céu de Vidro (antiga casa da cultura e clube de recreio), que ligava o jardim ao Hospital Termal, e o bonito lago que reflete como um espelho a imagem dos grandes Pavilhões do Parque.

Estes edifícios imponentes, hoje abandonados, sempre foram uma obra inacabada. Foram construídos para funcionarem como hotel termal, mas na verdade, nunca desempenharam essa função. Ao longo do tempo tiveram vários inquilinos entre os quais o exército e a Escola Técnica Empresarial do Oeste. Estão vazios desde 2005, mas no início deste mês foi aprovado o projeto para reabilitação do espaço e, se tudo correr bem, em 2023 abrirá aqui um hotel cinco estrelas denominado Montebelo Bordallo Pinheiro.

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As Caldas da Rainha inspiram e expiram arte. O pintor José Malhoa, pioneiro do Naturalismo em Portugal, é filho desta cidade, e o museu que hoje lhe presta homenagem é de visita obrigatória. Mostra o maior núcleo reunido de obras de José Malhoa e uma importante coleção de pintura e de escultura dos séculos XIX e XX. Para além disso apresenta interessantes exposições temporárias como a exposição “Casulos”, que podemos visitar atualmente.

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… e por falar em arte. Ela está por todo o lado nas Caldas da Rainha. Ainda no Parque D. Carlos I podemos encontrar dezenas de esculturas e pelas ruas da cidade somos surpreendidos por maravilhosos elementos da Rota Bordaliana.

Pensada para ser percorrida a pé, a Rota Bordaliana, dedicada, como o nome indica, a Rafael Bordallo Pinheiro, oferece um percurso que demora aproximadamente duas horas a ser percorrido. Começa no Largo da Estação, passa por vários pontos turísticos relacionados com o artista e com o seu trabalho e termina na Fábrica de Faianças e Casa Museu Rafael Bordallo Pinheiro.

Existe uma rota mais curta, com duração de cerca de uma hora, que contempla apenas os locais que têm as peças cerâmicas de grande escala. Este percurso termina igualmente na Fábrica de Faianças Bordallo Pinheiro.

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Perto da Fábrica encontramos outra das atrações imperdíveis da cidade — o Museu da Cerâmica.

As Caldas da Rainha sempre foram um centro cerâmico de reconhecida tradição e o Museu que a cidade dedica a esta arte, comprova isto mesmo.

Instalado na antiga Quinta Visconde de Sacavém, este conjunto arquitetónico revivalista de final do século XIX, integra um Palacete tardo-romântico que abriga a exposição permanente e áreas anexas remodeladas, onde se situam a sala de exposições temporárias, a loja, a olaria e centro de documentação.

Os jardins da Quinta, de traçado romântico, constituem mais um interessante conjunto evocativo do gosto do final do século XIX, com as suas alamedas, canteiros, floreiras e um auditório ao ar livre.

São de realçar as decorações cerâmicas que ornamentam todo o conjunto. Eu gostei especialmente do lindíssimo gato preto que fica ao pé do pequeno lago.

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Mas, há mais arte nas Caldas da Rainha.

Os murais de arte urbana chamam imediatamente a nossa atenção e as artes plásticas estão presentes pela mão de Ferreira da Silva, um dos maiores nomes das artes plásticas em Portugal, apontado como uma grande referência dos séculos XX e XXI.

A sua obra está espalhada pela cidade, em espaços públicos e privados, integrando dez trabalhos em escultura, cerâmica, azulejaria e pintura, que mostram a sua versatilidade.

Os trabalhos foram desenvolvidos entre 1989 e 2010 e formam instalações de grandes dimensões, que integram painéis de azulejo, ferro, vidro e fragmentos cerâmicos. Destaca-se o Jardim da Água, uma das maiores obras de arte exterior/urbana do território nacional.

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… E depois há o humor!

Esculturas em formato fálico não se encontram em muitos lugares, mas são uma coisa comum nas Caldas da Rainha. A sua origem é obscura, mas a versão que atribui a sua criação à Fábrica de Manuel Gomes, “o Mafra”, na segunda metade do século XIX, por encomenda do Rei D. Luís que, segundo dizem, queria oferecer algo original a convidados espanhóis, parece ser a mais consensual.

Estas engraçadas peças de cerâmica, numa altura em que o sector do artesanato estava em crise, foram a salvação de muitos pequenos negócios e atualmente, como que a provar que as Caldas da Rainha são uma cidade criativa e que se sabe adaptar aos tempos, muitos são os ceramistas e designers modernos que dão continuidade à tradição, dando-lhe novas formas e roupagens.

Mas a malandrice, essa, está sempre lá! 😜

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Sex | 18.06.21

Os melhores lugares para ficar em Ibiza para solteiros, casais e famílias

fullsizeoutput_599dFoto: White Ibiza


Melhor lugar para casais - Cala San Vicente

Cala San Vicente é um dos melhores lugares para um casal ficar em Ibiza. Cercado por falésias e montanhas exuberantes, aqui encontramos muita natureza intocada para descobrir, belas praias, passeios a cavalo ao longo da costa, snorkel em águas azuis, excelentes restaurantes e um calçadão à beira-mar pontilhado por palmeiras, perfeito para um passeio romântico ao pôr do sol.

Esta é uma das mais belas enseadas de Ibiza. É caracterizada pelas suas águas cristalinas e rasas e fica localizada no nordeste da ilha e a cerca de 45 minutos de carro de San Antonio de Portmany.

A praia de Cala San Vicente é uma das praias mais calmas e mais amplas de Ibiza. Tem muitos metros de areia, por isso geralmente não é uma área que encha muito de gente.

Quem gosta de caminhadas, pode fazer um percurso tradicional que liga La Cala de Sant Vicent com a localidade com o mesmo nome. Ao longo do caminho podemos observar a típica paisagem rural e a interessante flora de Ibiza.


Onde Ficar em Cala San Vicente:

- Grupotel Cala San Vicente, para uma estadia à beira-mar com tudo incluído. 

- Villa Can Sans, para uma villa romântica de 1 quarto com piscina privativa e vista espetacular. 

- Esta casa de 6 quartos na falésia, com piscina, vistas amplas e muito espaço. 

fullsizeoutput_59a0Foto: Visit Santa Eulalia

Melhor lugar para famílias - Santa Eulària des Riu

Para se divertirem ao sol com as crianças, sigam com todos os baldes, pás e bolas de praia, para Santa Eulària des Riu, um povoado tranquilo e familiar, ideal para os que procuram um lugar onde desfrutar de umas férias relaxadas na praia. É o terceiro maior resort da ilha e oferece um mar calmo, muitos desportos aquáticos e um calçadão para passear. Os pais também encontram bons restaurantes e bares para belos cocktails ao pôr do sol, e a partir do porto, é fácil apanhar um ferry para as praias próximas e para Formentera.

Vale a pena conhecer o centro histórico da cidade, formado por diversas casinhas brancas que estão em volta da colina de Puig de Missa. No alto da colina está a igreja da cidade, de onde é possível ter uma maravilhosa vista panorâmica.

Santa Eulària tem trabalhado muito nos últimos anos para ajudar a construir a sua reputação de destino familiar. Tem a primeira (e única) praia da ilha onde é proibido fumar, garantindo assim um lugar amigo do ambiente e agradável para todos. Muitos negócios locais têm também procurado maneiras de melhorar os seus espaços e instalações para as famílias, incluindo a inscrição num programa local chamado “Family Moments” (“Momentos em família”), que garante que todos os seus membros aderem a uma lista completa de requisitos familiares.

Em 2012 a região foi oficialmente designada como uma cidade amiga da criança pela UNICEF e é a anfitriã de um Festival de Teatro Infantil no último fim de semana de Maio.

Com hotéis e alojamentos locais para todos os orçamentos, do modesto ao luxo, há algo para todos em Santa Eulària e para descanso dos pais, todos os hotéis listados no “Family Moments” oferecem serviço de babysitter.

Onde Ficar em Santa Eularia des Riu:

- Apartamentos Casa Luis, para diversão em família, com três piscinas, apartamentos independentes e uma estadia acessível.

- Este apartamento de 2 quartos, com varanda e vista para o mar (acomoda 5 pessoas).

- Hotel ME Ibiza Santa Eulália, hotel 5 estrelas com tudo o que esperaríamos de um retiro em Ibiza, incluindo um DJ da casa, piscina deslumbrante com o mar a dois passos e um incrível buffet de pequeno almoço. Há uma piscina separada, completa com flamingos e unicórnios insufláveis, para crianças, além de um  clube infantil e muitas babysitters à disposição para ajudar os pais que quiserem ir ao SPA. O hotel também oferece apartamentos maiores para quem deseja fazer reservas para grandes grupos familiares.

fullsizeoutput_59a3Foto: Ibiza Spotlight

Melhor lugar para solteiros - Playa d'en Bossa

Estão à procura do melhor sitio de Ibiza para aproveitar a praia, a vida noturna e quem sabe, conhecer alguém? Então Playa d'en Bossa é o vosso destino. É aqui que encontramos os superclubes icónicos ao ar livre, como Ushuaïa e Hï.

Com três quilómetros de extensão, Playa d'en Bossa é a maior praia de Ibiza e também uma das mais famosas. A areia fina e clara está repleta de espreguiçadeiras ao longo do verão e oferece uma variedade de bares de praia e restaurantes. É frequentada por todo o tipo de pessoas, desde o típico turista espanhol até ao jet set europeu.

A vibração de festa ao longo da Playa d'en Bossa começa no final da tarde. As manhãs são melhores para descansar da noite anterior no conforto de uma espreguiçadeira de praia.


Onde ficar em Playa d'en Bossa:

- Dorado Ibiza, com vistas magnificas para o mar e ambiente exclusivo para adultos.

- Hotel Garbi Ibiza & Spa, pelo bar de praia, spa no local e proximidade de discotecas.

- Esta villa de 4 quartos, que pode ser a base ideal para um grupo grande de amigos que divida entre si o preço da estadia (acomoda até 10 pessoas).

 

Qui | 17.06.21

Rojões à Minhota

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Este prato típico português resume na mesa a tradição e a sabedoria minhota, a cultura de um povo que é especialista em criar pratos nobres com ingredientes simples e baratos.

A receita que partilho aqui, se optar por não usar as tripas, é uma versão mais simples e rápida da receita tradicional.

INGREDIENTES

1 kg rojões (carne de porco cortada em pequenos pedaços)
650 g batatas
200 ml de vinho verde
qb banha de porco
qb sal
qb pimenta branca
qb cominhos
qb colorau
folhas de louro

PREPARAÇÃO

Tempere a carne com o sal, pimenta, vinho branco, colorau, cominhos e folhas de louro. Deixe marinar algumas horas antes de cozinhar.

Corte a batata em cubos pequenos.

Numa frigideira funda e larga, coloque banha de porco suficiente para cobrir a base
Assim que a banha derreter, coloque a carne na frigideira. Deixe cozinhar entre 5 a 10 minutos.

Caso aprecie e tenha tempo, junte as tripas enfarinhadas que fazem parte da receita tradicional (no dia anterior à confeção do prato, as tripas devem ser lavadas em várias águas e colocadas em água com limão. As tripas devem posteriormente ser secas e, depois de viradas do avesso, besuntadas com farinha de milho e pimenta. Atam-se numa das pontas e torna-se a virar-lhes a “casaca” ao contrário. Vão a cozer em água fervida e, depois de retiradas, devem ser fritas com um pouco da banha que foi usada para cozer a carne de porco.)

Na mesma frigideira, depois de cozinhar a carne, frite também as batatas.

Junte todos os ingredientes na mesma travessa e sirva.

Se quiser dar um aroma mais fresco ao prato pode adicionar salsa picada por cima e umas gotas de sumo de limão antes de servir.

 

Receita retirada com pequenas adaptações do site ruralea.com

Qua | 16.06.21

Parque Nacional Peneda - Gerês | Um paraíso natural a norte de Portugal

O Parque Nacional Peneda-Gerês estende-se do planalto de Castro Laboreiro ao da Mourela, abrange as serras da Peneda, do Soajo, Amarela e do Gerês, é recortado por dois grandes rios — o Rio Lima e o Rio Cávado, e atravessa nada menos do que cinco concelhos.

São precisos muitos dias para conhecer a maravilha natural que é este Parque e para descobrir todos os seus segredos e preciosidades. No entanto poucas horas bastam para cair de amor por esta área protegida e ficar irremediavelmente apaixonado pelas suas serras, florestas, cascatas, piscinas naturais de água cristalina e pequenas aldeias tradicionais.

Este podia ser um post cheio de informações sobre trilhos e caminhos, sobre o que ver e fazer no Parque Nacional Peneda-Gerês, mas não é. Este é um post escrito com o coração, um registo simples de tudo o que vi e senti num passeio pelo primeiro (e único) Parque Nacional Português.

fullsizeoutput_5949Fotos: Travellight e H. Borges

Partimos de Braga pela manhã. Primeira paragem, primeiro miradouro, primeiro assombro.

Uma paisagem que convidava à evasão… à evasão dos sentidos e do tempo.

Ao longe avistava-se a aldeia de Ermida, uma típica povoação serrana, assente no topo de bonitos campos verdes, cultivados em socalcos.

Este sempre foi um lugar muito isolado, de difícil acesso, e no passado, sem a estrada, ainda era mais. Exigia que as pessoas fossem unidas e dependessem umas das outras para superar as dificuldades da vida.

Ainda hoje esse espírito de entreajuda sobrevive. A população pratica uma agricultura de subsistência, preservando uma extensa área agrícola (cada vez mais abandonada) e ocupa-se da produção de gado e do rendimento da floresta que é gerida pela comunidade. 

Uma senhora de idade, que no local onde paramos rezava a uma Nossa Senhora de pedra, confidenciou-nos, depois de terminada a prece, que tinha saudades dos tempos antigos “quando tudo era melhor”…

No mesmo local, apareceu também um simpático cão de gado transmontano e um cachorrinho.

Cheios de alegria e boa disposição, eles estavam mais preocupados em socializar e em receber mimo, do que em guardar as ovelhas que por ali andavam.

A bem da verdade as ovelhas também não estavam interessadas em ir para lado nenhum e algumas até se deitaram, pachorrentas, à sombra de um banco de madeira.

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Próximo dali fica Branda de Bilhares, uma aldeia abandonada, que antes era usada no verão, quando o gado era transferido para pastagens mais altas.

Fotos antigas mostram as casas com telhados de colmo, mas agora a maioria das construções de pedra estão cobertas por telhados de chapa metálica ou simplesmente em ruínas.

Mas o lugar é interessante para quem gosta de história e arqueologia, pois na aldeia há ainda vestígios da ocupação romana. Em certos sítios, por exemplo, são visíveis troços de um sistema de regadio que remonta a esse período.

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O calor já apertava (estavam 29º C!) por isso seguimos para um banho refrescante no Poço Negro, uma das quedas de água mais bonitas do Parque Nacional.

A piscina natural e a cascata são realmente maravilhosas, mas a descida até lá não é propriamente fácil.

Com calma, cuidado e ajuda do nosso guia da Keen Tours que nos acompanhou neste fantástico passeio,  conseguimos chegar até lá abaixo e o esforço valeu imenso a pena porque a recompensa foi grande — Não estava ninguém naquele cantinho do paraíso!

Um pouco mais acima um grupo de pessoas praticavam canyoning, mas na piscina natural e perto da cascata não encontramos ninguém.

A água, completamente cristalina, permitia ver cada pedra e detalhe do fundo e a temperatura (para minha surpresa) estava muito agradável.

Li algures que a água a correr pode induzir um tipo leve de hipnose ou relaxamento profundo, que leva instantaneamente as pessoas para um “lugar feliz”.

Deve ser por isso que os seres humanos são tão atraídos por cascatas. Quando estamos em subtil intimidade com a natureza e tudo nos parece tão puro como os olhos de uma criança, é impossível não nos sentirmos felizes.

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Depois do banho, o caminho continuou até Germil, uma pequena aldeia de ruas estreitas, casas de granito e antigos espigueiros, que ainda preserva o ambiente de outros tempos e a beleza de uma vida mais simples.

Antes ainda, passamos pelo Fojo de Lobo de Germil, uma estrutura murada, usada outrora para atrair, encurralar e matar lobos :-(

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O Gerês reserva muitas surpresas e uma das melhores, para mim, são todos os animais que encontramos pelo caminho: uns são mais comuns como vacas barrosã, cabras e ovelhas, outros nem tanto, como águias ou cavalos selvagens.

As manadas de cavalos selvagens Garrano, uma raça de pequeno porte, mas muito forte e capaz de sobreviver em condições desfavoráveis, são das coisas mais bonitas que podemos encontrar no Parque Nacional. Vê-los a correr soltos pela serra, graciosos e gloriosos, é uma experiência inesquecível.

A manada que se cruzou connosco tinha muitas éguas prenhes e muitas que estavam a amamentar, o que tornou a experiência ainda mais especial. Os pequenos potros eram absolutamente adoráveis!

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Vimos depois a barragem de Vilarinho de Furnas e a albufeira que resultou da sua construção.

Debaixo das suas águas, tal como uma Atlântida perdida no tempo, permanecem os restos da aldeia comunitária com o mesmo nome, que ainda podem ser avistados quando o nível da água baixa o suficiente.

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Seguiu-se a Aldeia de Covide (sim, esse é mesmo o nome da aldeia!) e uma paragem para o almoço no Restaurante Cantinho do Antigamente.

Uma mesa farta, cheia de petiscos tradicionais e um vinho verde deliciosamente fresco, ajudou a elevar mais a alma e a restaurar as forças.

Ao lado do restaurante fica A Loja do Parque que funciona como um centro de valorização e promoção dos produtos locais. Eles tem umas bolachas da Essências do Minho, que tive oportunidade de experimentar, que são uma delícia! 

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Em pouco tempo estávamos de volta à estrada e às paisagens incríveis, seguindo em direção à Mata da Albergaria e à Estrada Romana — A Geira.

Esta rota romana ligava duas importantes cidades do Noroeste da Península Ibérica: “Bracara Augusta“, atual cidade portuguesa de Braga, e “Asturica Augusta“, atual cidade espanhola de Astorga.

A Geira partia de Bracara Augusta, seguia pelo Gerês (abrangendo o concelho de Terras de Bouro), passava pela Portela do Homem (que faz hoje de fronteira entre Portugal e Espanha) e terminava em Asturica Augusta. Talvez por o itinerário abranger locais tão isolados, a Via Geira é a estrada romana mais bem conservada da Península Ibérica e aquela em que mais marcos miliários (colunas colocadas em intervalos de mil passos para fazer a contagem das milhas) sobreviveram.

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Depois de uma pequena caminhada pela frondosa Mata, chegamos à Cascata da Portela do Homem e bem perto encontramos as mais sossegadas cascatas das Lagoas da Mata da Albergaria onde novamente nos banhamos em total paz.

Dentro da água transparente, fechei os olhos por um momento, mas logo os abri. Não queria perder nada daquele lugar extraordinário onde todos os sonhos parecem reais e a vida mais leve e plena.

fullsizeoutput_5968fullsizeoutput_5978fullsizeoutput_5977fullsizeoutput_597bFoto: Pedro Casinhas

Parti com desejo de voltar para saborear um pouco mais da magia, da tranquilidade, da emoção e até da sensualidade, do Parque Nacional Peneda - Gerês.

 

“Há sítios do mundo que são como

certas existências humanas: tudo

se conjuga para que nada falte

à sua grandeza e perfeição.

Este Gerês é um deles.

— Miguel Torga

 

Se tiverem curiosidade, espreitem as pequenas stories do Gerês que partilhei recentemente no Instagram (estão nos destaques) 

Tchau!
Travellight

Qui | 03.06.21

Tem restos de pão e vegetais em risco de se estragar? Experimentem fazer Panzanella, uma clássica salada italiana

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Panzanella é uma receita típica da Toscana, cujo propósito original era usar o pão duro e seco que sobrava da véspera e os vegetais cultivados na horta de casa. É uma receita humilde que, no entanto, se manteve inalterada no tempo e adquiriu prestígio e valor graças aos seus ingredientes simples e genuínos. Vejam como preparar a panzanella original!

INGREDIENTES

4 fatias de pão duro
2 cebolas roxas
2 tomates
10 tomates cereja
1 pepino cortado em cubos
30 ml de vinagre de vinho branco
Manjericão
Azeite extra virgem
Sal
Pimenta preta

PREPARAÇÃO

Corte o pão em fatias e depois em pedaços menores.
Corte a cebola em fatias finas e coloque numa tigela. Cubra com água fria e vinagre.

Corte os tomates em rodelas e os tomates cereja em metades.

Coloque o pão numa travessa, acrescente os tomates e as rodelas de cebola retiradas do recipiente com água e vinagre. Junte o pepino cortado em cubos e tempere tudo com azeite, sal, pimenta preta e manjericão.

Deixe descansar por pelo menos 30 minutos para que o pão amoleça e absorva os sucos do tomate e do tempero.

Se quiser um sabor ainda mais intenso, pode preparar a panzanella algumas horas antes de servir mas, neste caso, lembre-se de deixar o pão de molho apenas alguns minutos, para ele não se desfazer completamente.

 

Receita retirada, com algumas adaptações do site www.finedininglovers.com

 

Ter | 01.06.21

5 blogs de viagem em família (e contas de Instagram) para começar a seguir neste Dia da Criança

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O melhor lugar para encontrar informações sobre viagens em família é…. nos blogs de viagem em família!

Eles partilham informações e dicas valiosas com foco nas crianças e em tudo o que é preciso para planear uma viagem bem sucedida em família.

Se têm dúvidas ou procuram inspiração, espreitem os blogs e as contas de Instagram destes viajantes e garanto-vos que vão ficar cheios de vontade de pegar nos miúdos e ir já conhecer todos os cantos de Portugal e do mundo.

1- WanderingLife

Blog de viagens da Catarina Leonardo que nos diz que “viajar com uma criança não tem de ser complicado”.
Ela viaja há mais de 20 anos de forma independente e nos últimos anos tem viajado em família. No blog partilha desde crónicas de viagem até dicas para ajudar a planear todos os detalhes da vossa próxima viagem.

 
 
 
 
 
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 2- Uma Família em Viagem

O pai Daniel, a mãe Matilde, a princesa Sofia que “é feliz tanto numa bela praia a relaxar, como a fazer um trekking duríssimo no meio de uma selva", e o bebé da família, contam-nos todas as suas aventuras e viagens.

 
 
 
 
 
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3- O Berço do Mundo

O Berço do Mundo é um blog de viagens, em português, que pretende inspirar outras famílias a

viajar com os filhos. Eles  acreditam que viajar é uma forma  maravilhosa de educar e  formar  

cidadãos mais tolerantes e curiosos.

 
 
 
 
 
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4- Viagensa4

Aqui podemos encontrar sugestões para viagens, alojamento, notícias, aviação, destinos e dicas

para todas as aventuras em família.

 
 
 
 
 
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5- Onde Andam os Duarte

Os Duarte são uma família que adora viajar e que quer provar a todas as outras famílias que as

viagens não tem que terminar quando nascem os filhos.

 
 
 
 
 
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