Para um fim de semana perto, mas com sabor a longe, decidi hospedar-me no Praia do Sal Resort. Fica localizado em Alcochete, a 20 minutos de Lisboa e é uma bela opção para uma escapadinha rápida que nos ajuda a recarregar energias e a relaxar o corpo e a alma.
No processo de reserva, rapidamente percebi que os alojamentos são em formato de apartamento, totalmente mobilado e equipado, com tipologias que vão desde estúdios até ao T4.
Optei por marcar um estúdio, não precisava de mais.
O check-in foi rápido, simpático e com todos os cuidados de higiene que o contexto pandémico exige.
O estúdio é basicamente um quarto de hotel com uma pequena kitchenette. Tem fogão, micro-ondas, máquina de café e um lavatório. Também tem loiça (pratos, copos…).
É um espaço confortável, sem grandes elementos de destaque, mas com uma varanda muito agradável.
Para quem procura relaxar e fugir da rotina opções aqui não faltam:
Gostas do contacto com a natureza?
Tens a Praia dos Moinhos em frente e as Salinas do Samouco com os seus bandos de flamingos, bem ao lado.
Queres fazer exercício?
Podes andar no Passeio do Tejo ou ir de bicicleta (disponibilizada gratuitamente pelo hotel) até à belíssima vila de Alcochete.
Algo mais?
Podes ir às compras no Freeport ou simplesmente descansar e usufruir da enorme piscina exterior ou da piscina interior aquecida e do maravilhoso SPA.
Foto: Praia do Sal ResortFoto: Praia do Sal Resort
O pequeno-almoço é servido em buffet quando o número de hóspedes o justifica, se não, é pedido no check-in que se preencha um lista com aquilo que desejamos para depois ser servido na nossa mesa.
Eu tive direito ao buffet e gostei da variedade apresentada: Croissants, vários tipos de pão, ovos, bacon, salmão fumado, queijos, fruta fresca, iogurtes, cereais, sumos, doces, etc…
O jantar, no Restaurante Ommagio também foi delicioso e com um serviço atencioso. Adorei as opções de cocktails e mocktails!
Fotos (se não indicado em contrario): Travellight e H. Borges
Foi uma boa experiência que recomendo muito 😊.
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A vila de Alcochete é uma pequena joia situada na margem sul do rio Tejo. Fica nas proximidades de uma Reserva Natural e encanta quem a visita com o seu sossego, as suas ruas pitorescas, uma agradável zona ribeirinha, um interessante património histórico e excelentes restaurantes. É uma terra de salineiros, de pescadores e forcados, mas também de reis.
Conquista qualquer visitante porque ninguém consegue ficar indiferente ao seu charme e autenticidade.
Fotos: Travellight e H.Borges
“Alcochete” é um topónimo de origem árabe, que deriva de “al-kusat” (que significa “os fornos”). É uma vila antiga, cuja fundação remonta ao século VII. Pensa-se que a sua existência está relacionada com a tradição oleira que se desenvolveu na região durante o período romano e que está comprovada em cerca de vinte sítios arqueológicos situados sobretudo ao longo da margem direita da ribeira das Enguias.
Quem quer visitar a vila e vem de carro, pode começar o passeio pelo Largo Almirante Gago Coutinho. É fácil de estacionar nas redondezas e depois seguir a pé, descobrindo devagar o património singular da região.
Logo no Largo encontramos um espaço ajardinado com um bonito coreto e vários edifícios, cujas fachadas preservam o estilo Arte Nova, visível nos azulejos com figuras, balaustradas de cerâmica, estátuas e jarrões. A Casa Moisém, a Casa de António José Garrancho e a Casa dos Bustos são particularmente merecedores de atenção. Dizem que é obrigatória uma paragem nas padarias de fabrico próprio “Popular” e “Piqueira” para os admiradores de doçaria tradicional, mas infelizmente estas estavam encerradas quando por lá passei. Entre as várias iguarias que ali podem ser saboreadas, destaca-se a fogaça de Alcochete, famosa pelo seu sabor e textura única.
A paragem seguinte é o Largo de São João.
No século XVI, esta era uma área essencialmente ocupada por quintas agrícolas, mas hoje essa realidade está longe, e o Largo é um dos lugares mais movimentados da vila, frequentado tanto por residentes como por visitantes, com cafés, restaurantes e bancos de jardim que convidam a um momento de pausa. Abriga vários edifícios de interesse histórico como a Igreja Matriz; o antigo Solar dos Pereiras (atualmente ocupado pelos Paços do Concelho) e uma estátua dedicada ao Padre Cruz, que aqui nasceu.
Outro motivo de interesse no Largo é o Poço de São João, que foi recuperado pela Câmara Municipal em 2009 e está intrinsecamente associado ao imaginário coletivo da comunidade local, uma vez que durante séculos e até 1943, foi o principal ponto de abastecimento público de água na vila de Alcochete.
Deixando o Largo de São João e entrando por ruas paralelas descobrimos becos e outros largos mais pequenos, como o Largo da República que tem no seu centro o poético Monumento ao Salineiro — Do Sal a Revolta e a Esperança; o Largo João da Horta que exibe a Estátua Do Forcado ou o Largo António dos Santos Jorge que abriga a sede do Grupo de Forcados Amadores de Alcochete.
Chegando à Avenida dos Combatentes da Grande Guerra, no limite norte da Vila, avistamos ao fundo o Estuário do Tejo. É aqui que está imortalizada a homenagem de Alcochete à diva do fado, com o Miradouro Amália Rodrigues.
Seguindo da Avenida dos Combatentes para a Rua do Norte, e sempre com o rio Tejo a espreitar, chegamos à Igreja de Nossa Senhora da Vida, e ao Bairro das Barrocas, um bairro típico que no passado, foi habitado predominantemente por gente ligada às atividades tradicionais como as salinas e a pesca. As casas são simples, pintadas de branco, mas com as bordas cheias de cor.
Tem um cariz assumidamente popular, que contrasta com o Largo de São João que antes era habitado pela burguesia.
O Largo da Misericórdia é um dos principais da Vila, com elementos que testemunham a história local. Aqui encontramos o Padrão comemorativo do nascimento de D. Manuel I que reúne algumas referências à sua vida e às descobertas que foram alcançadas no seu reinado; e a Igreja da Misericórdia, edificada na segunda metade do século XVI, que agora integra o Núcleo de Arte Sacra do Museu Municipal e o Posto de Turismo de Alcochete.
O Restaurante Solar do Peixe, que fica no Largo da Misericórdia, é uma excelente opção para almoçar. Se ficarem sentados na esplanada reparem na fachada que fica ao lado, onde ainda existe uma pedra com as armas da família Beliago (que foi muito importante em Alcochete durante o século XVI).
Depois do almoço, nada como andar para ajudar na digestão. E se for num lugar tão bonito como a Ponte-Cais, próxima do Largo da Misericórdia, é ainda melhor.
Noutros tempos, a Ponte-Cais foi utilizada para a acostagem de embarcações de maior dimensão, como o vapor de Alcochete ou o cacilheiro, popularmente conhecido como “O Menino” que até aos anos 50 do século XX assegurou a ligação fluvial entre Alcochete e a capital.
Hoje esta infraestrutura continua a servir de apoio à atividade piscatória e é muito frequentada por visitantes e moradores que aqui se deslocam para um agradável passeio à beira rio.
As estrelas das fotografias dos visitantes são o farol e o Bote Leão — uma embarcação tradicional, propriedade da Câmara Municipal de Alcochete, que reflete a história, a tradição local e a grande paixão pelo Tejo, orgulhosamente assumida pelas gentes locais. O barco foi construído de raiz de acordo com as técnicas utilizadas na construção das antigas embarcações que navegavam no rio e atualmente é usado para fazer passeios pelo Estuário Natural do Tejo.
Da Ponte-Cais, e para finalizar o passeio antes de regressar ao centro da Vila, podemos seguir caminho pelo Passeio do Tejo, um dos principais cartões de visita do Concelho de Alcochete.
Se tiverem mais tempo na Vila, podem visitar nos arredores, as Salinas do Samouco; o Polo Ambiental do Sítio das Hortas, situado em plena Reserva Natural do Estuário do Tejo; a Praia dos Moinhos e a Praia Fluvial do Samouco, onde existe um circuito pedonal, um parque infantil e uma zona de merendas.
Sem ideias para o jantar? Acham que fazer paella é demorado e trabalhoso? Na-na-ni-na não!
Espreitem esta receita. É fácil, infalível, rápida e cheia de sabores fantásticos.
INGREDIENTES
1 colher (de sopa) de azeite 1 cebola fatiada 110 g de chouriço fatiado (em alternativa pode usar carne de porco ou frango) 1 colher (de chá) de açafrão 300 g de arroz 1 l de caldo de galinha 200 g de ervilhas congeladas 400 g de mistura de frutos do mar congelados (descongele antes) Salsa picada
PREPARAÇÃO
Aqueça o azeite numa frigideira funda e cozinhe a cebola por 5 minutos sem dourar. Junte o chouriço e deixe fritar. Acrescente o açafrão e o arroz e mexa até que todo o tempero se espalhe uniformemente. Em seguida, despeje o caldo de galinha. Deixe ferver e cozinhe por 15 minutos, mexendo ocasionalmente.
Adicione as ervilhas e cozinhe por mais 5 minutos, depois acrescente os frutos do mar e deixe cozinhar até que o arroz esteja cozido. Se necessário retifique os temperos, polvilhe com salsa picada e sirva imediatamente com rodelas de limão.
Alguns países europeus já estão a permitir a entrada de viajantes vacinados ou com testes negativos, mas as informações são tantas e tão diversas que por vezes se podem tornar confusas. Partilho por isso aqui, um guia (atualizado ao dia de hoje) com alguns dos destinos turísticos mais populares do continente e indicação do que esperar e do que é necessário para visitar.
Grécia
Situação no país
A Grécia está a recuperar da última vaga de coronavírus, que atingiu o seu pico no início de abril. De lá para cá a média diária de casos tem vindo a descer sistematicamente e a 18 de Maio, 28% da população já tinha recebido pelo menos uma dose da vacina. Mais de 16% estava totalmente vacinada.
Aqueles que trabalham na indústria de turismo do país tem prioridade na vacinação, assim como várias ilhas. O ministro da saúde grego anunciou na semana passada que os residentes de ilhas que recebem muitos turistas como Mykonos, Santorini e Corfu são os próximos na fila para receber a vacina.
À medida que o governo descarta as várias restrições do confinamento, a vida na Grécia começa a voltar ao normal.
Sítios arqueológicos ao ar livre foram reabertos no início desta primavera, enquanto restaurantes e cafés mais uma vez começaram a oferecer serviço de esplanada (com um máximo de seis pessoas por mesa). Os cinemas ao ar livre iniciaram a sua temporada de verão em 21 de maio, enquanto spas, centros de bem-estar e teatros ao ar livre estão programados para reabrir antes do final do mês.
O recolher obrigatório permanece em vigor, das 0h30 às 5h e os serviços de ferry para as ilhas estão a funcionar com capacidade limitada e uso obrigatório de máscara.
Requisitos de entrada
Ao entrar no país os viajantes devem apresentar um certificado de vacinação, um teste de coronavírus negativo com não mais de 72 horas ou prova de recuperação da Covid-19 nos últimos nove meses.
Os passageiros também podem ser submetidos a testes rápidos aleatórios no aeroporto; qualquer pessoa com resultado positivo será alojada num hotel local por pelo menos 10 dias, junto com os seus companheiros de viagem, às custas do governo grego. Qualquer pessoa que planeie viajar de avião dentro do país estará sujeita aos mesmos requisitos que aqueles que chegam do exterior.
Todos os viajantes devem preencher um impresso PLF (Passenger Locator Form) até ao dia anterior à entrada e saída do país, fornecendo informações detalhadas sobre o seu ponto de partida, a duração de estadias anteriores em outros países e o endereço da sua estadia na Grécia. Em caso de estadias múltiplas, devem fornecer o endereço das primeiras 24 horas, pelo menos. Deve ser apresentado um PLF por família.
Mais detalhes sobre as regras de entrada podem ser encontrados aqui.
Antes da partida, todos os viajantes devem se certificar de que possuem a documentação certa sobre o seu estado de saúde. Os documentos aceitáveis incluem:
- Um resultado de teste molecular de PCR negativo feito em laboratório (o teste deve ser feito até 72 horas antes da entrada).
- Um certificado de vacinação emitido por uma autoridade certificada. Todos os certificados devem incluir informações como o número de doses e suas respetivas datas, em inglês, alemão, francês, italiano, espanhol ou russo e o nome completo da pessoa deve corresponder ao nome que consta no passaporte ou em qualquer outro documento de viagem reconhecido.
- Um certificado de recuperação da infeção pelo vírus SARS-CoV-2 emitido por uma autoridade pública ou um laboratório certificado.
- Um certificado de um resultado de teste molecular PCR positivo, confirmando que o titular se recuperou da infeção pelo vírus SARS-CoV-2, realizada pelo menos 2 meses antes da chegada, e não mais do que 9 meses antes da chegada.
Islândia
Situação no país
Desde janeiro, a Islândia teve poucos casos confirmados do coronavírus. A contagem diária está atualmente em um dígito, depois de um aumento relativamente acentuado em meados de abril (onde chegou aos 27 casos diários). Em 20 de maio, cerca de metade dos islandeses adultos tinham recebido pelo menos uma dose da vacina. A maioria das pessoas totalmente vacinadas tem mais de 60 anos e as autoridades esperam terminar de vacinar a faixa etária mais velha, pessoas com condições médicas pré-existentes e trabalhadores essenciais da linha de frente no final de maio.
A Islândia superou a pandemia sem nunca ter de recorrer às paralisações sociais e económicas quase totais aplicadas em muitos outros países europeus. O sucesso é em parte devido à sua diminuta população, mas também é o resultado de uma ação rápida e decisiva das autoridades que investiram na testagem muito cedo.
Bares, restaurantes, museus, ginásios - quase tudo - permanecem abertos. O uso da máscara é obrigatório em ambientes fechados e essa regra é rigorosamente aplicada.
Requisitos de entrada
Visitantes vacinados com certificado de vacinação aprovado ou comprovativo de infeção anterior devem se submeter a um teste PCR, que é fornecido gratuitamente no aeroporto, e ficar em quarentena até que o resultado do teste seja negativo; os resultados são revelados em 24 horas por meio de uma aplicação de rastreamento local.
Os turistas não vacinados precisam de ficar em quarentena por cinco dias num hotel indicado pelo governo (a estadia é gratuita). Antes da chegada, o turista precisa de se registar e fornecer um teste PCR negativo com, no máximo, 72 horas.
Mais detalhes sobre as regras de entrada podem ser encontrados aqui.
Os voos domésticos operam sem nenhum requisito além do uso de máscara facial, e o transporte público geralmente funciona num horário normal.
Itália
Situação no país
A Itália parece estar a sair de uma terceira vaga da pandemia que atingiu o seu pico em março. Novos casos e óbitos estão em constante declínio. Mais de 17% dos adultos estão totalmente vacinados e 38% estão pelo menos parcialmente vacinados, de acordo com o E.C.D.C.
A Itália regula as restrições com um sistema que coloca cada uma das suas 20 regiões numa escala branco-amarelo-laranja-vermelho, o que às vezes pode resultar em diferenças significativas em todo o país. Atualmente, a maior parte da Itália está listada como “amarela”, com pequenas restrições.
Bares e restaurantes estão abertos para serviço de esplanada (o atendimento no interior será permitido a partir de 1 de junho).
Continua a vigorar o recolher obrigatório às 23:00, mas em 7 de junho conta-se que o horário passe para a meia-noite e, se a situação continuar a melhorar, o recolher obrigatório será revogado até ao final de junho. Museus e teatros estão abertos, mas com capacidade reduzida. As máscaras são obrigatórias para qualquer pessoa acima dos 6 anos, em ambientes exteriores e interiores. Os parques temáticos serão abertos em junho.
Requisitos de entrada
A Itália faz uma distinção entre turistas e quem viaja por outros motivos, como trabalho ou estudo. Visitantes da União Europeia,, Israel e Grã-Bretanha podem visitar a Itália sem quarentena, independentemente do motivo, mas precisam de fazer o teste.
A Itália adota a sua própria classificação nacional de áreas de risco, portanto, as restrições de viagem para a Itália não são baseadas no mapa de cores da E.C.D.C.
Regras específicas e atualizadas estão disponíveis aqui .
Em caso de permanência ou trânsito por um país da "Lista C" (onde se inclui Portugal) durante os 14 dias anteriores à entrada na Itália, a entrada é permitida sem a necessidade de especificar o motivo da viagem.
Todos os viajantes estão sujeitos à exigência de um teste COVID-19 negativo antes da partida. O teste deve ser feito 48 horas antes da chegada a Itália. Teste aceite: molecular (PCR) e antigénio. Crianças menores de 2 anos estão isentas.
A partir de 16 de maio, nenhuma quarentena é imposta aos viajantes que chegam dos Estados-Membros da UE e dos países do espaço Schengen que podem apresentar um teste COVID-19 negativo antes da partida. Se não se puder apresentar prova de um teste molecular ou antigénio, pode-se na mesma entrar na Itália, mas nesse caso é necessário: - Auto isolar-se por 10 dias no endereço fornecido no formulário digital de localização de passageiros - Fazer outro teste molecular ou antigénio no final do auto-isolamento de 10 dias.
Croácia
Situação no país
Como outros países da Europa, a Croácia experimentou uma terceira onda que parece ter atingido o pico em abril. Desde então, os casos diários têm vindo a diminuir. De acordo com o Centro Europeu para a Prevenção e Controle de Doenças cerca de 31% dos adultos na Croácia receberam pelo menos uma dose de vacina, e quase 10% estão totalmente vacinados.
Bares e restaurantes podem funcionar, mas os clientes devem sentar-se do lado de fora. As únicas refeições permitidas no interior, são dos restaurantes de hotéis.
Lojas, restaurantes e outros negócios fecham às 22h00. Praias, spas termais, parques, jardins zoológicos e a maioria dos museus estão abertos. Casas noturnas estão fechadas.
Requisitos de entrada
Ao contrário de alguns outros países europeus, a Croácia não faz distinção entre turistas e outros viajantes, aplicando as mesmas condições para viagens de lazer ou por razões familiares, essenciais e de trabalho. Os visitantes dos países europeus a verde no mapa da E.C.D.C. (que varia constantemente) podem viajar sem restrições. Todos os viajantes com idade acima de 7 anos que, independentemente da sua cidadania, chegam de países ou regiões NÃO classificados como "verdes", estão sujeitos à exigência de um teste PCR negativo antes da partida ou teste rápido de antigénio para SARS-CoV-2 listado na lista de Testes Rápidos de Antigénios Mutuamente Reconhecidos pelos Estados-Membros da União Europeia, publicada pela Comissão Europeia.
Os testes devem ser realizados 48 horas antes da chegada. No caso de um teste rápido de antigénio e uma estadia na Croácia de mais de 10 dias, um segundo teste deve ser realizado dentro de 10 dias após o último teste.
As pessoas que se recuperaram do COVID-19 nos últimos três meses estão isentas da obrigação de fornecer um resultado de teste PCR negativo e de se auto-isolar. Para provar a sua recuperação, os passageiros precisam ter um resultado de teste de PCR ou teste de antigénio positivo, ou um resultado de teste de neutralização (NT) positivo obtido nos últimos três meses e mais de 11 dias, ou um certificado de recuperação emitido por um médico.
Pessoas que apresentarem um certificado de vacinação comprovando que a segunda dose da vacina COVID-19 foi recebida há mais de 14 dias, ou a vacina de dose única foi recebida há mais de 14 dias, estão isentos dos requisitos de teste e isolamento.
Todos os viajantes devem preencher o formulário Enter Croatia.
França
Situação no país
O número de casos covid na França tem vindo a cair no último mês, graças à campanha de vacinação acelerada do país e ao confinamento nacional anunciado no final de março.
A 17 de maio, quase 31% da população francesa tinha recebido pelo menos uma dose da vacina e 14% estava totalmente vacinada.
No dia 19 de maio de 2021, a França deu início à segunda etapa para sair do confinamento — antes de seguir para a terceira etapa, definida para começar a partir de 9 de junho. Atualmente já é possível ir a lojas não essenciais, esplanadas e alguns locais culturais, O recolher obrigatório passou das 19h00 para as 21h00 (até às 06h00). Museus como o Louvre e o Musée d'Orsay também já abriram as portas, assim como teatros, cinemas e locais culturais em todo o país, incluindo o Palácio de de Versailles e a Abadia de Mont-Saint-Michel. A Disneylândia de Paris será reaberta em 17 de junho.
Requisitos como uso de máscara e medidas de distanciamento social, mantém-se, incluindo a limitação de número de pessoas em museus, restaurantes, lojas e outros estabelecimentos.
Requisitos de entrada
A França adota a sua própria classificação nacional de áreas de risco, portanto, as restrições de viagem para a França a partir de um Estado-Membro da UE ou um país do espaço Schengen não são baseadas no mapa de cores da E.C.D.C.
As viagens de, e para a França, continuam a ser desencorajadas, a não ser por motivos de força maior. Quem chega de um país da União Europeia não precisa de fazer quarentena.
Todos os viajantes estão sujeitos à exigência de um teste PCR negativo antes da partida. O teste deve ser feito 72 horas antes da chegada. Após a chegada, os passageiros também serão submetidos a um teste de PCR. Se o teste a apresentar não puder ser realizado no país de partida, pode ser solicitado à Embaixada ou Consulado da França um documento específico denominado "Isenção de teste PCR". Neste caso, o viajante será testado à chegada e terá de efetuar uma quarentena obrigatória de 7 dias num estabelecimento de alojamento validado pelas autoridades públicas, com um teste adicional no final do período de isolamento. As despesas de alojamento durante a quarentena são por conta do visitante.
No caso de sintomas do COVID-19, os viajantes deverão ser submetidos a quarentena ou isolamento.
Todos os viajantes devem apresentar uma declaração comunicando que não apresentam sintomas de COVID-19; que tanto quanto sabem, não entraram em contacto com um caso confirmado nos 14 dias anteriores à viagem e que concordam em se submeter a um teste PCR na chegada. Este requisito não se aplica a menores de 11 anos.
As pessoas vacinadas continuam (por agora) sujeitas às mesmas regras (teste PCR e declaração).
Após meses de medidas restritivas de confinamento e uma rápida operação de vacinação, a taxa de infeção da Grã-Bretanha tem diminuído desde o pico em janeiro, e a curva de novos casos diários achatou-se a partir de abril. Espera-se que o país acabe com as restrições e veja um retorno significativo à vida diária normal até 21 de junho.
Mais da metade da população da Grã-Bretanha recebeu uma dose da vacina contra o coronavírus e o governo pretende oferecer ao resto da população adulta a sua primeira injeção até ao final de julho. Até agora, 31% da população foi totalmente vacinada.
Pubs, restaurantes, teatros, museus, lojas e hotéis reabriram nas últimas três semanas, embora ainda existam restrições de capacidade e medidas de distanciamento social. Enquanto estão do lado de fora, a maioria das pessoas não usa máscara, mas dentro de espaços fechados espera-se que o façam, a menos que estejam num restaurante a comer ou a beber.
Requisitos de entrada
A Inglaterra desenvolveu um sistema de “semáforo” para visitantes estrangeiros, que determina os requisitos de quarentena e de teste, dependendo do número de casos e da prevalência de variantes do coronavírus nos seus países de origem. Visitantes de países da lista verde da Inglaterra - atualmente são 12, incluindo Portugal - estão isentos de quarentena, mas são obrigados a fazer um teste PCR antes da partida e dois dias após a chegada.
Apenas cidadãos britânicos e irlandeses e aqueles com residência no Reino Unido têm permissão para entrar na Inglaterra vindos de destinos na lista vermelha. Qualquer pessoa que visite ou passe por um país da lista vermelha nos 10 dias anteriores à chegada no Reino Unido tem de fazer um teste 72 horas antes da sua partida e deve ficar em quarentena por 10 dias num hotel designado pelo governo inglês (e pagar a sua própria estadia). No segundo e no oitavo dia de quarentena, os viajantes devem repetir os testes de PCR, que devem ser adquiridos com antecedência junto das autoridades britânicas.
O sistema de “semáforos” é revisto a cada três semanas, e as listas de países a verde ou vermelho pode sempre alterar-se. Mais informações aqui
ESPANHA
Situação do país
Com as taxas de infecção de covid-19 a estabilizarem, a maioria das 17 regiões da Espanha conseguiram relaxar o confinamento e as muitas restrições, permitindo que os espanhóis viajem entre as regiões pela primeira vez em meses.
Nas últimas semanas, a campanha de vacinação atingiu velocidade de cruzeiro e pelo menos 29% da população recebeu já uma dose.
Os restaurantes e bares podem agora permanecer abertos até às 23h00, mas o limite de quatro pessoas por mesa mantém-se. As refeições servidas no interior dos restaurantes devem ser limitadas a 30% da capacidade.
Quatro regiões mantém o recolher obrigatório: as Ilhas Baleares (23h00 até 06h00), as Ilhas Canárias (23h00 até 06h00 na Gran Canária, Tenerife e Lanzarote; 00h00 até 06h00 no resto do arquipélago), Navarra (23h00 até 06h00) e Valência (00h00 até 06h00).
Os cidadãos são aconselhados a seguir as orientações e usar máscaras em todos os momentos nos espaços públicos e nos transportes públicos, e a manter o distanciamento social.
Requisitos de entrada
Todos os viajantes que chegam de áreas de alto risco (indicadas a vermelho no mapa da ECDC) por transporte aéreo ou marítimo estão sujeitos à exigência de um teste COVID-19 negativo antes da partida. A partir de 30 de março, o mesmo requisito é imposto aos viajantes que cruzam a fronteira terrestre entre a França e a Espanha. Só estarão isentos os que trabalham com transporte e trabalhadores transfronteiriços, juntamente com os que vivem na zona de fronteira (desde que permaneçam num raio de 30 quilómetros da sua residência).
O teste deve ser feito 72 horas antes da chegada. Teste aceito: PCR, TMA ou outras técnicas moleculares. Crianças menores de 5 anos estão isentas.
O certificado ou documentação de apoio devem ser documentos originais e devem ser redigidos em espanhol, em inglês, em alemão ou em francês. Caso não seja possível a sua obtenção nestas línguas, o certificado ou a documentação deve vir acompanhada de uma tradução para o espanhol efetuada por uma entidade oficial. Pode ser apresentado em papel ou em formato eletrónico.
O documento deve conter, no mínimo, as seguintes informações: - Nome do viajante, passaporte ou número de identificação - Data do teste - Identificação e contacto da clínica que realizou a análise - A técnica usada - Um resultado negativo
O número de identificação pessoal (ou número do passaporte) usado para obter o código QR deve ser o mesmo que o número de identificação que aparece no certificado COVID-19 negativo.
A quarentena não é necessária para quem vem de um país da Comunidade Europeia.
Um formulário Spain Travel Health deve ser preenchido e assinado eletronicamente antes da chegada a Espanha. Após a assinatura, o viajante recebe um código QR que deve ser apresentado à chegada a Espanha (só é válido em formato digital. No entanto, por motivos justificados poderá ser apresentado em papel antes do embarque). Todos os viajantes devem preencher o formulário, incluindo crianças de qualquer idade.
Regras específicas para as Ilhas Canárias
Todos os viajantes para as Ilhas Canárias estão sujeitos à exigência de um teste COVID-19 negativo antes da partida. O teste deve ser feito 72 horas antes da chegada. Os testes aceites são PCR e antigénio rápido.
Ensaïmada é o delicioso pão doce tradicional da ilha espanhola de Maiorca. A sua origem não é muito clara mas certamente os árabes que ocuparam a região do século VIII ao século XIII tiveram influência na receita.
Não são difíceis de fazer, mas exigem um pouco de paciência, pois a massa deve crescer várias vezes. Originalmente, as ensaïmadas eram apenas pães doces polvilhados com açúcar, mas no século passado os padeiros começaram a enchê-los com creme, "cabello de angel" (doce de abóbora) ou doce de amêndoa.
A receita que aqui partilho é com doce de amêndoa:
INGREDIENTES
500 g de farinha simples, mais o extra para enfarinhar 150 g de açúcar 2 colheres (de chá) de fermento 1 pitada de sal 200 ml de leite quente 2 ovos batidos óleo (para untar) açúcar de confeiteiro, para decorar
PARA O DOCE DE AMÊNDOA
100 g de açúcar refinado 100 g de manteiga amolecida 100 g de amêndoas moídas algumas gotas de extrato de amêndoa algumas gotas de água de flor de laranjeira (opcional)
PREPARAÇÃO
Primeiro faça a massa do pão. Coloque a farinha, o açúcar refinado e o fermento na tigela da batedeira, com uma pitada de sal. Misture.
Aqueça o leite numa panela até ficar morno e depois misture-o com os ovos. Com a batedeira ligada, vá adicionando à tigela com a farinha, o leite e os ovos, aos poucos, até obter uma massa pegajosa. Continue a bater a massa até esta ficar macia e lisa.
Transfira para uma tigela untada com óleo e cubra com um pano húmido até que cresça; isso leva algumas horas. Como alternativa, faça à mão, vire a massa sobre uma superfície levemente enfarinhada e amasse até a massa ficar lisa.
Para o recheio de amêndoa, bata o açúcar e a manteiga até ter uma mistura fofa e homogénea e, em seguida, adicione as amêndoas, o extrato de amêndoa e a água de flor de laranjeira (opcional).
Transfira a massa para uma superfície levemente enfarinhada e divida em 16 pedaços. Mantenha os pedaços cobertos com um pano húmido até ao momento de utilizá-los.
Enrole cada pedaço de massa numa bola e, em seguida, abra-a até ter um circulo de 15–20 cm de diâmetro.
Espalhe o recheio com uma colher de sobremesa sobre a massa estendida, deixando uma pequena margem a toda a volta.
Enrole com força e depois role até formar uma espécie de salsicha longa, com cerca de 25 cm de comprimento.
Enrole então a massa como uma concha de caracol, enfiando a extremidade externa por baixo. Certifique-se de fazer isso com bastante folga, caso contrário, as voltas do meio não terão espaço suficiente para crescer.
Repita o mesmo processo com os restantes pedaços de massa e depois coloque as ensaïmadas em duas assadeiras e cubra novamente com um pano húmido para fermentar por mais uma hora (ou mais) até dobrar de tamanho.
Pré-aqueça o forno a 180 ºC. Asse por cerca de 12 minutos ou até dourar levemente e estar cozido.
Deixe esfriar e polvilhe com açúcar de confeiteiro antes de servir.
Destino popular de férias de verão, Palma, a capital da ilha de Maiorca, é uma cidade à beira mar plantada com um centro histórico deslumbrante que encanta os visitantes com os seus monumentos imponentes, arquitetura maravilhosa e estilo de vida descontraído.
Dois dias pode ser pouco para descobrir os seus segredos, mas com certeza é o suficiente para nos deixar com vontade de regressar.
Fotos: Travellight
A escapadinha de fim de semana foi marcada em cima da hora. Estávamos numa altura em que para apanhar o avião não era preciso pensar muito…
Para mim Palma era um regresso, mas para quem me acompanhava era uma novidade. A sugestão foi acolhida com algumas reservas e desconfiança, por isso senti que era responsabilidade minha encantar, conquistar e provar que aquele era um destino extraordinário.
A chegada tardia e o cansaço de uma viagem após um dia longo de trabalho não permitiu começar a explorar a cidade logo na sexta feira, mas sábado, bem cedo pela manhã, estávamos na Calle, ou melhor, na Plaça.
Perto do nosso hotel, próximo da Plaça d'Espanya, a caminhada mal tinha começado quando paramos no Mercat l'Olivar atraídos primeiro pelo barulho, depois pelas cores e sabores das bancas de mercado.
Os mercados são óptimos lugares para sentir a vibração local. São um deleite para os olhos (e não só), funcionam com uma espécie de micro cosmos da cidade. Eu gosto de ver o que as pessoas põe no saco para levar para casa, imaginar o que vão cozinhar, ouvir as conversa que tem uns com os outros e com os feirantes, os comentários sobre as notícias, os programas de televisão, o último jogo de futebol... Gosto de ver o que provam, o que bebem, o que os anima… Como se diz em bom português: gosto de cuscar!
— Começamos bem, pensei assim que vi que quem me acompanhava já tinha um sorriso estampado no rosto.
Era cedo para experimentar umas tapas e uma taça de vinho, por isso concordamos em voltar mais tarde e continuamos o nosso caminho até a Calle Sant Miquel que abriga uma infinidade de capelas, igrejas, edifícios históricos, lojas originais, cafés e restaurantes.
A Calle Sant Miquel é uma das ruas mais movimentadas de Palma. Tem 650 metros de extensão e vai da Avenida Joan March até à Plaça Mayor. No seu extremo norte fica o Centro de Historia y Cultura Militar, um edifício do século XIII que alberga atualmente um importante e extenso legado documental e bibliográfico. A exposição ocupa parcialmente a primeira das três alas que rodeiam o outrora Convento de Santa Margalida e entre as suas curiosidades destaca-se uma farmácia de 1857, doada pela Rainha Isabel II de Espanha.
Um pouco mais longe do museu, a estrada asfaltada passa a ser apenas para pedestres.
Seguindo em frente passamos pela Plaça Porta Pintada que conecta a Calle Sant Miquel à Plaça d'Espanya — o principal centro de transporte público de Palma.
É na Plaça d'Espanya que podemos apanhar o Ferrocarril de Sóller, um comboio tradicional de madeira que desde 1912 percorre a distância entre Palma e Sóller com paragem em Bunyola.
Foi o sucesso do comércio de laranjas de Sóller no início do século XX que levou à necessidade de uma rota acessível para Palma. A viagem de comboio leva-nos por uma rota espetacularmente panorâmica pela Serra de Tramuntana e atravessa um túnel de 2.856 metros na Serra de Alfábia que levou quatro anos para ser construído.
A antiga estação do Ferrocarril, agora fechada e convertida num café com esplanada, está localizada a apenas 75 metros da estação ferroviária e rodoviária Intermodal da Plaça d'Espanya. Vale a pena conhecer a charmosa estação e tomar um café na esplanada antes de regressar para a Calle Sant Miguel e foi exatamente isso que fizemos antes de seguir até à Basílica de Sant Miquel.
Pensa-se que foi nesta basílica que a primeira missa após a conquista cristã de 1229 foi celebrada…
Continuando ao longo da Calle Sant Miquel encontramos o Museo Fundación Joan March. A entrada é gratuita e exibe obras de arte de alguns dos mais proeminentes artistas espanhóis do século XX. Picasso, Dalí e Joan Miró, estão entre os artistas apresentados.
A Calle Sant Miquel termina na Plaça Mayor, que já foi a sede da inquisição e agora é um centro movimentado usado para feiras e apresentações de artistas de rua.É a praça central da cidade, onde se misturam locais e turistas… claramente é o lugar onde todos vem para ver e serem vistos.
Sinto sempre um arrepio ao imaginar um tribunal da Inquisição ali onde hoje se tiram fotografias, se namora ou se bebe sangria. Será que a alegria do presente consegue apagar o terror de outrora? Para quem tem uma imaginação ativa como eu às vezes é difícil, por isso desprezando a sugestão para almoçar numa das esplanadas, preferi contornar a Plaza Mayor e na Plaça del Marques del Palmer admirar a fachada de azulejos coloridos e a varanda peculiar do Edificio Can Forteza Rey.
A obra idealizada por José Forteza Rey Aguiló, joalheiro maiorquino, parece ter sido inspirada no estilo Modernista de Gaudí.
Seguimos em direção à Plaça Cort, onde está situado o Ajuntament (câmara municipal) um edifício de estilo barroco do século XVII, e um dos ícones mais populares de Palma — uma oliveira com mais de 600 anos!
Esta velha e enorme árvore, conhecida como Olivera de Cort, foi trazida de uma quinta de Pollensa, na Serra de Tramuntana, para ser plantada em 1989 na Plaça de Cort como um símbolo de paz e da ilha de Maiorca.
Existem alguns restaurantes e cafés em redor da praça e a sorveteria Giovanni's destaca-se porque é conhecida por fazer entregas na Casa Real Espanhola. Acabamos por almoçar na esplanada do restaurante do Hotel Mamá e ficamos virados para a Oliveira divertindo-nos a procurar rostos no seu tronco nodoso, incluindo uma orelha, a que chamam “Orella de Mallorca” (não vimos nada 😜).
Hora e meia depois (que gostamos de almoços demorados), voltamos à rua e na Calle Palau Reial, admiramos o impressionante edifício neogótico Consell Insular.
Entre aqui e a Catedral de La Seu estão vários museus e palácios fascinantes, como a Marcha Fundacio Bartomeu (que apresenta interessantes exposições e concertos de música clássica) e o Palau de la Almudaina, um palácio medieval deslumbrante que atualmente é a residência oficial da família Real Espanhola quando ela visita Mallorca.
Passamos ainda por um grande arco gótico chamado Arc de la Drassana Reial, que já foi a porta de entrada para as docas reais e por fim avistamos a Catedral La Seu.
Para quem gosta de arquitetura, história e arte, a magnífica catedral do século XIV é sem dúvida o destaque de qualquer visita a Palma.
É uma das estruturas góticas mais altas da Europa. Fica situada acima do Parc de la Mar e oferece uma vista soberba a quem chega por mar. Demorou quase quatro séculos a concluir e a sua fachada neo-gótica é realmente maravilhosa.
Por dentro, a luz quase etérea, o espaço imponente e toda a arte sacra são simplesmente de tirar o fôlego.
A história de La Seu começou com a chegada de Jaime I a Maiorca. Conta-se que lutando contra o mar agitado, com a sua frota de navios e homens a enfrentar grande perigo, o jovem rei jurou que se tivesse sucesso na sua missão de livrar a ilha dos mouros, ele construiria uma enorme catedral. Foi o que acabou por acontecer e a La Seu (que significa cátedra ou a cadeira do bispo), foi construída no local da mesquita que ficava em frente ao Palácio Real de La Almudaina durante a ocupação mourisca de Maiorca.
Entrando na Catedral conseguimos facilmente entender por que muitos a chamam de "Catedral da Luz". No total, são 61 vitrais em La Seu — o mais espetacular é a rosácea central, que aproveita o sol da manhã e inunda o edifício de feixes de luz colorida.
Muitos desconhecem este facto, mas no início do século XX, La Seu sofreu algumas mudanças pelas mãos do arquiteto modernista catalão Antoni Gaudí. Uma das adições mais dramáticas foi a enorme coroa de espinhos que paira sobre o altar, no entanto, embora o trabalho seja atribuído a Gaudí, ele foi efetivamente concluído por um dos seus alunos e por um colega.
No século XXI, aconteceu mais uma mudança: a reforma da Capela do Santíssimo Sacramento pelas mãos do artista maiorquino Miquel Barceló. O seu design moderno não agrada a todos, mas definitivamente provoca uma reação.
Os claustros e o museu adjacente também merecem uma visita.
Saindo de La Seu fomos até ao Parc de la Mar — um parque e lagoa (projetado para refletir a Catedral iluminada à noite) e que tem como destaque um mural gigante de Juan Miró.
Passamos o Museu de Maiorca, a Lonja de Maiorca (um edifício do século XVI com belos pilares e abóbadas) e acabamos na Plaça de la Reina, a praça que marca o início do Passeig des Born, uma das principais avenidas de Palma.
Voltamos para baixo em direção à marina, continuamos em zigue-zague pelas ruas antigas entre Carrer Mar e Carrer Sant Joan e como já estava na hora de jantar e este bairro é perfeito para uma deliciosa refeição maiorquina, escolhemos um restaurante típico — o La Boveda.
Jantamos muito bem e regressamos felizes para o hotel.
No dia seguinte retomamos o passeio, quase do ponto onde paramos no sábado, caminhando ao longo da Avenida Maritim, mas não sem antes pararmos numa das muitas padarias locais para comprar uma ensaïmada.
Passeamos ao lado das enormes paredes fortificadas do Museu D’es Baluard e fomos ver de perto os moinhos de vento de Maiorca.
Seguimos depois para o Castelo de Bellver que fica no topo de uma colina próxima. Este é considerado um dos poucos castelos circulares da Europa, data do século XIV e é um ótimo local para uma inesquecível vista panorâmica de Palma e do seu porto.
Originalmente foi residência real (e um refúgio da peste) e depois uma prisão. Agora está aberto aos turistas, com um museu completo dedicado à história de Maiorca. Concertos clássicos e outros eventos acontecem no pátio central durante o verão.
Existem parques de estacionamento à volta do castelo, mas também é uma caminhada agradável para lá chegar através do pinhal (embora possa ser um pouco cansativo no calor do verão).
Recompensamos o esforço com uma cerveja gelada e uma fatia de tortilla na esplanada com vista do café que fica no topo 😎
Descemos novamente para a orla marítima e depois de um agradável passeio de cerca de meia hora pelo calçadão chegamos a Portixol.
Portixol que foi outrora uma vila de pescadores pitoresca, mas decadente, agora tem uma bela marina, um punhado de restaurantes excelentes e uma pequena praia agradável para um banho de sol ou um mergulho rápido.
Almoçamos por lá, antes de voltar ao centro de Palma.
Tínhamos hora marcada no Hammam Al Ándalus Baños Árabes Palma — uma joia escondida, numa rua lateral do centro histórico. Os banhos árabes de estilo tradicional, mas luxuosos, são impressionantes. Podemos relaxar na piscina de aromaterapia à luz de velas e desfrutar da sauna a vapor e da sala fria antes de fazer um dos vários tratamentos e massagens disponiveis.
Foto: Hammam Al Ándalus Baños Árabes Palma
Para fechar o fim de semana com chave de ouro, reservei mesa para jantar no Marc Fosh, o restaurante com estrela Michelin do Hotel Convent de la Missió. O restaurante tem um pequeno pátio com jardim e um menu deliciosamente criativo.
A origem e história do arroz doce branco alcochetano está muito enraizada na comunidade local, sendo encarado como uma sobremesa especial em todas as comemorações importantes, como os almoços da Festa do Círio dos Marítimos, os batizados, os aniversários e os casamentos — durante os quais tradicionalmente ocupa um lugar especial, e dias antes é entregue em casa de familiares e amigos para anunciar a boda.
Em Alcochete o arroz doce é branco, porque é confecionado sem a adição de ovos e manda a tradição que fique seco para que se possa cortar às fatias, ou em quadrados, mas claro que neste ponto há variações consoante o gosto de cada um.
Espreitem aqui a receita:
INGREDIENTES
300 ml leite 1 pau de canela Casca de 1 limão 150 g de arroz carolino (ou outro arroz de grão curto e redondo) 340 ml de água 225 g de açúcar 20 g de Manteiga (ou margarina) Canela em pó para polvilhar Uma pitada de sal
PREPARAÇÃO
Num tacho em lume alto, junte a água, sal, manteiga, casca de limão e pau de canela.
Quando a água começar a ferver, baixe o lume para médio e adicione o arroz, mexendo sempre. Deixe o arroz cozinhar, até a água evaporar quase toda (mas não deixe o tacho ficar completamente seco).
Num tacho à parte, aqueça o leite. Quando a água do arroz estiver quase toda evaporada, baixe o lume e deite metade do leite bem quente, seguido de metade do açúcar, mexendo sempre bem.
Deite então o resto do leite e do açúcar, envolva e deixe cozinhar até notar que a mistura começa a engrossar e a ficar mais espessa, (pode demorar entre 5 a 20 minutos).
Retire então do lume e deite numa travessa ou em tacinhas individuais, deixa arrefecer e leve ao frigorífico.
Quando for servir, retire do frigorífico e decore cada tacinha polvilhando com canela em pó
Muitos não sabem, mas às portas de Lisboa, em pleno estuário do Tejo, existe uma das zonas de maior riqueza ambiental da Europa — as Salinas do Samouco. É um espaço de contacto privilegiado com a Natureza e permite ao visitante conhecer e perceber a importância que teve para aquela região, a industria da extração do sal. É um lugar único que une a biodiversidade a um relevante património sociocultural.
Fotos: Travellight e H. Borges
A Reserva Natural Salinas de Samouco, é um estuário que fica localizado entre Alcochete e o Montijo, na margem esquerda do Rio Tejo. São 360 hectares de ambiente natural, constituídos em grande parte por salinas e um intrincado sistema de canais e tanques.
Há muito que o queria visitar, mas só no último fim de semana tive essa oportunidade.
Apesar de ter sido informada que ali viviam cerca de 250 espécies de aves, incluindo flamingos, para ser sincera, não ia à espera de ver muito e no final acabei verdadeiramente surpreendida e de coração cheio com tanto que vi.
As Salinas do Samouco albergam hoje, para além da produção de sal, um projeto ecológico e ambiental de proteção e conservação, sendo um local de alimentação, refúgio e nidificação de milhares de aves e outras espécies.
O Trilho do flamingo (4 km com dificuldade reduzida) e do Pernilongo (7 km com dificuldade média) são os dois passeios que podem ser realizados nesta área natural e, através dos quais, podemos conhecer a importância do salgado e observar in loco as aves estuarinas.
Várias aves migratórias repousam aqui depois dos seus longos voos e algumas espécies fazem desta área, que se altera com as marés, o seu lar todo o ano.
É possível fazer uma visita guiada, mas optamos por ir ao nosso próprio ritmo e seguir o Trilho do Flamingo.
Logo no inicio fomos brindados por uma série de (barulhentos e adoráveis) pernilongos.
A paisagem era de tirar o fôlego...
Ao longe, primeiro e depois de perto, vimos bandos de flamingos. Eram muitos e a certa altura levantaram voo… Foi um espetáculo de beleza única… Pura poesia.
As fotografias não o conseguem transmitir. É preciso estar lá.
Pelo caminho encontramos também dezenas de simpáticos burros mirandeses que ali estão ao abrigo de um projeto de conservação.
Vi também vários coelhos, rápidos de mais para pousar para a fotografia.
Mais ou menos a meio do percurso, chegamos à Marinha do Canto, a única salina neste local que se mantém em funcionamento.
O complexo centenário do Samouco, remonta ao século XIII e era originalmente constituído por 56 salinas. Foi durante muitos anos, o principal produtor de sal do país, mas representa muito mais do que isso, representa parte da história e cultura de um povo — os alcochetanos.
O sal, era nesta região o sustento de muitas famílias. Chamavam-lhe o “ouro branco” e, Alcochete, foi, durante muito tempo, o principal núcleo de produção desta riqueza que, depois de extraído, era transportado para Lisboa, onde era vendido e exportado.
A extração do sal era uma tarefa árdua. Nessa época as pessoas trabalhavam "de empreitada, das 03.00 às 08.30 para tirar sete molhos de sal, que eram cinco toneladas e meia, e corriam 140 metros com a canastra de 48 a 60 quilos à cabeça para despejar o sal na serra”. O trabalho de rapação (rapar o sal da salina e juntá-lo com o rodo) também era pesado. A água salgada muito saturada fazia a pele envelhecer rapidamente… As marcas físicas eram muitas e a compensação na carteira, muito fraca.
Atualmente a produção de sal nas Salinas do Samouco é feita sobre os moldes artesanais, com todo o rigor e com uma dedicação extrema, dando origem a um sal da mais alta qualidade. O sal e flor de sal extraídos artesanalmente dos cristalizadores preservam as propriedades da água marinha e são excelentes não só para a gastronomia, mas também para a utilização em tratamentos medicinais, cosmético e spas.
O período de extração do sal começa normalmente em maio, quando terminam as chuvas da primavera, e vai até o final de setembro, com as primeiras chuvas do outono.
Quem quiser conhecer mais sobre esta atividade pode ser “Salineiro por um dia”, basta marcar no site das Salinas do Samouco .
DICA: Se visitarem as Salinas não se esqueçam de levar protetor solar e repelente de insectos. São duas coisas absolutamente essenciais.
Gostei muito da visita a este lugar de paisagem única produzida pelo alinhamento das salinas e por um magnifico património natural.
Hoje partilho convosco uma receita de mousse de chocolate que descobri recentemente. Não leva manteiga, natas, leite ou leite condensado. Não leva açúcar, nem gemas de ovo. É só chocolate de São Tomé e Principe, claras de ovo, água e umas gotas de limão!
É a mousse ideal para quem adora chocolate preto e fica perfeita com chocolate 100% cacau de São Tomé e Príncipe (podem encomendar on-line aqui)
INGREDIENTES
200 g de chocolate preto 100% cacau (ou, pelo menos, 70% de cacau) 5 colheres de sopa de água 5 claras de ovo 1 limão
PREPARAÇÃO
Numa taça de vidro, colocar o chocolate partido em pedaços. Adicionar a água e derreter o chocolate em banho-maria.
Bater as claras em castelo e adicionar umas gotas de sumo de limão para que estas fiquem estáveis.
Adicionar, calmamente, as claras batidas em castelo ao chocolate derretido para não lhes retirar o ar.
Deitar a mousse de chocolate nos copos de shot e levar ao frigorífico por 3 horas.
Viajar é e deve ser considerado um prazer, mas em 2021 pode ser difícil descontrair e não se preocupar, principalmente quando estamos dentro de um aeroporto, sentados num avião ou hospedados num hotel.
Se têm planos para viajar num futuro próximo e querem (na medida do possível) sentir-se seguros e confortáveis durante a viagem, esta lista de acessórios pode ajudar.
Antes de passar à lista, um nota importante: Certifiquem-se de verificar os conselhos e informações locais antes de embarcar numa viagem, sigam as diretrizes e regras oficiais e certifiquem-se de avaliar bem os riscos de viajar durante estes tempos incertos.
1. Máscara facial
As máscaras agora são obrigatórias, tanto para viajar como para entrar nos aeroportos e, com base nas regras locais, também nos arriscamos a uma multa ou a outra penalização, se nos esquecermos de a usar. Atualmente as opções de mascaras cirúrgicas e reutilizáveis é quase infinita por isso não é difícil encontrar uma máscara facial confortável e respirável que ofereça uma cobertura adequada durante a viagem e a estadia.
Levem sempre máscaras em número suficiente para poder substituir e garantir que não ficam desprotegidos no decorrer da viagem e da estadia.
2. Desinfetante para as mãos e pulseira recarregável
Lavar as mãos com água é sempre, e sempre foi, a melhor coisa a fazer, mas ter um desinfetante para as mãos à disposição também é um bom hábito e um hábito absolutamente essencial durante uma viagem. Existem muitas marcas diferentes por onde escolher, mas um desinfetante que não seque muito a pele, ajuda sempre a manter o conforto. Lembrem-se de comprar uma embalagem de no máximo 100 ml, para ela não ser confiscada no aeroporto.
Uma boa ideia pode ser também levar uma pulseira desinfetante recarregável. É pratica e eficaz porque “está sempre à mão”. Basta encher e prender no pulso.
3. Abridor de porta sem toque
Com este acessório nunca vão ter de se preocupar em abrir portas, pressionar botões de elevador e tocar em várias superfícies.
Esta multi-ferramenta está equipada com um design especializado que podemos usar para tocar em muitas superfícies, abrir e fechar portas e pressionar botões ser ter de lhes tocar.
É fácil de prender a um chaveiro e é um gadget original para uma viagem segura e higiénica. Se estiverem interessados, podem encomendar on line aqui.
4. Toalhetes desinfetantes
Junto com os desinfetantes para as mãos, os toalhetes desinfetantes são uma boa maneira de limpar as mãos, mas, acima de tudo, de limpar os lugares com os quais entramos em contato como os assentos do avião, a mesa do café do aeroporto, as portas e interruptores do hotel e assim por diante.
5. Capas de assento
Se os assentos de avião, comboio ou autocarros vos deixam um pouco nervosos e paranoicos, mantenham-os cobertos com capas laváveis. Podem encomendar on-line aqui.
6. Kit de primeiros socorros compacto
Este kit tem um design cilíndrico e pratico. É muito fácil de transportar na bagagem e possui uma caixa durável e à prova de água. É essencial para qualquer viajante que gosta de atividades ao ar livre. Podem encomendar on line aqui.
7. Luvas descartáveis
Luvas descartáveis não são obrigatórias na maioria dos locais, mas se sentirem necessidade de uma camada extra de proteção, certifiquem-se de as trazer e de usar quando estiverem a higienizar os espaços do avião, hotel, etc ou quando andarem de transportes públicos.
8. Travesseiro e cobertor de viagem
Se tiverem de embarcar num avião para uma longa viagem, pensem seriamente em levar o vosso próprio travesseiro e também um cobertor, pois algumas companhias aéreas já não os disponibilizam a bordo.
A cozinha tradicional das Maldivas, também conhecida como cozinha Dhivehi, é composta por pratos de sabores ricos e exóticos onde os temperos recordam a influência de países vizinhos como a Índia e o Sri Lanka.
Ingredientes como peixe, coco e banana abundam nas ilhas por isso são, sem qualquer surpresa, muito usados na culinária local.
Dhonkeyo Kahuku, a receita que hoje partilho aqui, usa como base a banana e o coco e é uma das sobremesas mais populares no país.
INGREDIENTES:
5 bananas bem maduras, amassadas
115 g de açúcar
275 g de farinha
100 g de coco ralado
Óleo de coco (ou outro óleo vegetal), para fritar
PREPARAÇÃO:
Numa tigela grande, junte o puré de banana, a farinha e o coco. Mexa bem até tudo ficar bem misturado.
Aqueça uma frigideira com óleo para fritar a 180˚C.
Faça pequenas bolas com a mistura de banana e coloque-as cuidadosamente no óleo quente.
Frite os bolinhos até ficarem dourados, retire-os com uma escumadeira, escorra em papel de cozinha e sirva.
Quando cheguei à praia o sol começava a despedir-se. O céu estava pintado de tons suaves e as ondas do mar murmuravam baixinho, quase silenciosas…
Chamavam por mim, sedutoras.
Não me fiz rogada e entrei.
Molhei o corpo, depois a cabeça e finalmente mergulhei. Deixei-me estar um pouco debaixo de água, como se estivesse dentro do útero da Mãe Natureza.
O tempo ficou suspenso...
O mar tem em mim esse efeito calmante e rejuvenescedor que ajuda a clarear a mente e a criar novas perspetivas. Estar perto do oceano ou dentro do mar é uma forma de relaxar e re-conectar com a minha alma.
Poucas vezes na vida me senti tão FELIZ!
Poder estar ali, nas Maldivas, numa ilha de beleza indescritível, cercada de paz e sossego, longe de preocupações, pandemias e outros medos. Onde, de repente, os minutos precisos e exatos que normalmente contam uma hora ou um dia, parecem se transformar em algo mais onírico, mais maravilhoso, mais suave, deu um verdadeiro sentido à palavra “abençoada”.
Conhecem a expressão “estou no tempo da ilha”?
Na superfície a expressão, sugere uma abordagem mais relaxada em relação ao relógio, quando de férias, começamos a desligar do ritmo exigente do mundo exterior e do stress da vida quotidiana e abrandamos. Mas “o tempo da ilha” também pode ser algo mais significativo. Pode se referir, por exemplo, ao conceito de tempo bem gasto.
… E como é bem gasto o tempo passado nas Maldivas.
Tudo começa com uma jornada através da água. Um voo de hidroavião transporta-nos sobre ilhas e atóis que lá em baixo, brilham em tons de azul pavão e azul turquesa.
Quando pisamos o cais, o som do oceano chega aos nossos ouvidos e a brisa suave do mar faz-nos virar a cabeça para contemplar a vista da praia de areia branca e das palmeiras, que ao longe balançam indolentes.
Por um segundo, tens de perguntar se estás a sonhar, porque é difícil acreditar que um lugar tão lindo exista realmente...
Uma bebida refrescante e uma compressa fria interrompem o devaneio e, em menos de nada estamos a caminho de uma villa sobre a água. A porta abre-se, e tu não consegues parar de sorrir enquanto vês tudo e corres animadamente, como uma criança, para o deck que fica na frente da villa.
À tua frente, estendendo-se no horizonte, só o oceano. A água é tão azul que não parece real.
Espreitas na beira do deck, e reparas num cardume de peixinhos que nadam alegres lá em baixo.
É servido um sumo natural e o resto da tarde é perdido em risos, admiração e descoberta, enquanto deslizamos da espreguiçadeira para a piscina, da piscina para o oceano e do oceano para a espreguiçadeira... repetidamente.
O tempo na ilha significa andar perdidos… mas no bom sentido.
É esquecer da vida lá fora nos longos passeios que fazemos descalços pelo areal, é sentir o calor suave do sol da manhã nos ombros e ouvir o canto dos pássaros ou o bater de asas de um morcego.
É passear de caiaque e ganhar a tarde num local recém-descoberto, perfeito para snorkel, onde és ultrapassada por um polvo que muda de cor à tua frente e vês raias e tubarões do recife e peixes incrivelmente coloridos a debicar nos corais…
O tempo na ilha leva o seu tempo…
Em almoços demorados à sombra da palmeira e jantares ainda mais demorados à luz de velas, com os pés na areia, e uma taça (ou duas) de vinho branco, acompanhada de frutos do mar frescos e cheios de sabor.
O tempo na ilha termina devagar…
A assistir ao pôr do sol numa rede à beira do mar, com os pés a balançar sobre a água ainda quente e nuvens cor de laranja que parecem pegar fogo ao céu.
Talvez termine com um passeio de barco ou com um mergulho na escuridão da meia-noite — tão assustador, como excitante.
O tempo na ilha tem tudo a ver com conexão — não apenas com os ritmos do mar e do sol ou com as maravilhas da natureza, mas também com aqueles que amas e que tens a sorte de ter perto de ti.
Quando o tempo se torna menos sobre velocidade e mais sobre o prazer do momento, as conexões aprofundam-se e as memórias tornam-se inesquecíveis.
Todos nós precisamos de um lugar onde possamos experimentar a magia de viver, e é claro que não é preciso viajar para tão longe para o fazer, mas quando essa possibilidade existe, principalmente depois de um período de tamanho isolamento como o que tivemos de passar, tudo fica mais especial, mais forte, mais extraordinário.
Não queres partir, mas sabes que a magia está exatamente aí, em viver uns dias de sonho e depois voltar à realidade.
“On Earth there is no heaven… but there are pieces of it”
Se tiverem curiosidade, espreitem as pequenas stories das Maldivas que partilhei recentemente no Instagram (estão nos destaques)
Localizado a poucos quilómetros de Évora, o Ecork Hotel pode ser uma boa opção para quem se preocupa com o ambiente e quer fazer uma escapadinha até aquela região. Este foi o primeiro hotel ecológico certificado em Portugal e promete apostar na sustentabilidade e na eficiência energética. Faz, por exemplo, uso da cortiça para criar um isolamento acústico e térmico amigo do ambiente e utiliza também aquecimento geotérmico e painéis solares para a água quente.
Fotos: Travellight e H. Borges
Reservei este hotel, para além das preocupações ambientais, porque parecia ser o tipo de alojamento capaz de garantir o distanciamento social que estes tempos marcados pela covid exigem, e nesse aspeto não me desiludi. Os quartos, na verdade são pequenas casas individuais, em forma de L, com uma sala, um quarto, casa de banho e um pequeno pátio.
O espaço é minimalista na decoração. Penso que tudo o que era supérfluo, foi retirado para facilitar a limpeza e higienização e, talvez por isso, a aparência final acaba por ser fria e o ambiente pouco confortável. O sossego porém é completo e à noite nada perturba a paz. Dormi lindamente!
O edifício principal tem um design mais moderno e um ambiente contemporâneo inspirado na paisagem e nas tradições alentejanas. Tanto o pátio interior como a piscina exterior e a área envolvente são muito agradáveis e no verão, sem dúvida, devem ser os lugares mais animados do hotel.
O pessoal, desde a receção até ao restaurante, foi sempre simpático e prestável, mas o jantar no Restaurante Cardo foi um pouco dececionante: Um menu muito limitado e absolutamente básico e um ambiente um pouco frio, consequência imagino das restrições impostas pela pandemia…
O pequeno almoço, tem de ser marcado com antecedência e a oferta não é muito variada. Não te transmite aquela sensação de “pequeno almoço de hotel” onde há de tudo e mais alguma coisa e podes encher o prato para provar várias frutas, tipos de pão, queijos e bolos, mas atenção, aquilo que é servido é suficiente para uma pessoa ficar satisfeita.
O hotel tem um SPA, com uma piscina interior (não aquecida) e permite a marcação de tratamentos de rejuvenescimento e massagens especializadas, mas não cheguei a usar por isso não posso dar uma opinião.
Évora é uma das minhas cidades preferidas. Regressar a ela é sempre um momento feliz. Já a conheço bem, mas parece que a cada visita descubro sempre algo de novo: um hotel, um restaurante, um detalhe qualquer que nunca tinha reparado… Há sempre alguma coisa que me entusiasma!
Explorar o centro histórico pede calma e sossego. A magia está em deambular devagar pelas ruas, apreciar a mistura saborosa entre o velho e o novo, sentir o ambiente, ouvir os sons, provar os sabores e absorver a importância deste local… Não é preciso correr porque tempo, de certeza, não vai faltar. Num mapa, a zona interior das muralhas pode parecer grande, mas na realidade leva poucas horas a descobrir.
O melhor local para começar o passeio é na Praça do Giraldo — a principal praça e epicentro da cidade velha. Está bem preservada, mantendo, segundo li, a mesma disposição que apresentava no inicio do século XV. Aqui são dignos de atenção os arcos, a fonte barroca e a bonita Igreja de Santo Antão.
No verão, as esplanadas dos cafés que enchem a praça são outra atração difícil de resistir. É um lugar muito agradável para parar, comer uma queijada de Évora e observar a vida da cidade a passar.
Foto: Travellight
Da Praça do Giraldo podemos seguir para nordeste, em direção ao Largo Conde de Vila Flor, onde encontramos o Templo Romano, o ex-libris da cidade.
Este monumento, que data do século I, desempenhou um papel fundamental na entrada de Évora para a lista de Património Mundial da UNESCO e as suas ruínas são consideradas as mais bem preservadas ruínas romanas da Península Ibérica.
Ainda hoje esta construção com mais de 2000 anos é conhecida como Templo de Diana por muitos portugueses e mesmo eborenses. A confusão explica-se, talvez, devido a uma lenda criada no século XVII que associava este monumento à deusa romana da caça. A História viria a revelar, no entanto, que o Templo Romano de Évora foi erigido para prestar homenagem ao Imperador Augusto, venerado, na época, como um deus. Foi modificado nos dois séculos que se seguiram (II e III d.C.) e destruído em parte no século V, aquando da invasão dos povos bárbaros. No século XIV, chegou a servir de casa-forte ao castelo da cidade de Évora e mais tarde, foi usado como matadouro. Na segunda metade do século XIX foi alvo de uma grande restauração, cujo objetivo foi devolver-lhe o traçado original e finalmente, no século XX, novas escavações, revelaram vestígios de um pórtico que estaria rodeado por um espelho de água. Incrivelmente, o Templo Romano de Évora, apesar de tudo por que passou, mantém intacta a sua planta inicial e catorze das suas colunas coríntias originais. Olhar para este monumento é literalmente regressar ao passado.
O Jardim Diana, logo ao lado do templo, é um bom lugar para sentar e admirar as ruínas.
Próximo dali, e a merecer igualmente uma visita ficam a Sé Catedral de Évora, o Museu de Évora, o Centro de Arte e Cultura Eugénio de Almeida e Paço de São Miguel.
Foto: Travellight
O Paço de São Miguel, outrora Palácio dos Condes de Basto, é um deslumbrante conjunto de edifícios revestidos a tinta branca, deslumbrantes contra o azul profundo do céu alentejano. Está classificado como Monumento Nacional desde 1922 e encontra-se parcialmente integrado na cerca romana e medieval, ou seja, nas muralhas de Évora. A entrada fica logo atrás da Catedral de Évora, praticamente pegada com as traseiras da Biblioteca. O portão leva-nos até ao bonito Pátio de São Miguel, um lugar calmo e muito agradável.
Vale a pena parar para almoçar na esplanada da Cafetaria Páteo de São Miguel e admirar a arquitetura ancestral do Paço e as vistas da cidade, ou na Enoteca Cartuxa que evoca o ambiente informal de uma taberna, trazendo-o para a contemporaneidade. Todo o portefólio vínico da Adega Cartuxa está à nossa disposição e pode ser harmonizado com uma cozinha regional interpretada e reinventada de forma atual.
Na loja da Enoteca podemos ainda encontrar azeites do Lagar Cartuxa e ainda uma seleção de produtos gourmet da região.
Andando até ao outro lado da cidade murada chegamos a uma das atrações mais famosas de Évora — A Capela dos Ossos.
Ossos humanos cobrem cada centímetro quadrado desta capela, do chão ao teto. A capela como é hoje, na verdade é mais o resultado da necessidade do que de razões religiosas. Conta-se que durante o século XVI, os cemitérios de Évora estavam tão sobrelotados que não sobrava espaço para enterrar novos corpos e por isso, para libertar espaço, a cidade exumou cerca de 5 mil corpos. Os ossos desses corpos exumados acabaram por ser cuidadosamente arrumados e expostos dentro da Capela. revestindo paredes, colunas, arcos e o altar.
Uma inscrição acima da entrada diz: “Nós ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos” ... um lembrete aos vivos de como é temporária a passagem pela Terra…
A Capela dos Ossos fica dentro da Igreja de São Francisco, que também merece uma visita. Possui arte sacra, alguns belos azulejos e subindo as escadas proporciona uma vista fantástica da cidade. O museu no segundo andar abriga uma coleção muito interessante de presépios de Portugal e de todo o mundo.
Junto à Capela dos Ossos encontram-se os Jardins Públicos de Évora, que são pequenos mas muito agradáveis. O Palácio D. Manuel, com seus arcos e varandas construídas no século XVI, pode ser considerado o destaque dos jardins, mas aqui existem também vestígios da muralha medieval, que datam do século XIV.
Chegada a hora do jantar procurem na Rua de Burgos, nº10, o Restaurante Origens — um dos melhores restaurantes de Évora, que se assume como um lugar de experiências gastronómicas, que pretende trazer à mesa os melhores produtos da região.
Foto: Travellight
2 Dia: Vila de Redondo
De acordo com a tradição popular a fundação da vila de Redondo, uma vila a 35 km de Évora, está ligada ao título lendário de «Penedo Redondo», um penedo que existia na muralha medieval original.
Foi outrora um ponto obrigatório de escala para viajantes de Évora, Vila Viçosa e Alandroal. Por isso seguindo o costume antigo, passem por lá no domingo e deleitem-se com os seus vinhos, azeites, mel, enchidos e olarias.
Em Redondo há muita História e muitos lugares dignos de nota. É o caso da Cerca Militar mandada construir pelo Rei D. Dinis, classificada como Monumento Nacional e mais tarde como Zona Especial de Proteção; o Castelo de Redondo; o Miradouro do Cume da Serra D’Ossa; o Museu Regional do Vinho de Redondo e o Museu do Barro.
Foto: visitalentejo.pt
O Pelourinho e as Igrejas da Matriz, da Misericórdia, do Calvário e de Nossa Senhora da Saúde, também merecem atenção.
Por alturas do verão, ganham vida as “Ruas Floridas”, uma tradição do século XIX que os redondenses mantém viva até hoje, decorando as ruas da vila com milhares de flores feitas em papel colorido.
Mais afastado da vila temos o Convento de São Paulo, um edifício conventual construído em 1182, e atualmente convertido em hotel de luxo. Fica localizado entre a vila de Redondo e a cidade de Estremoz. Na meia encosta da Serra D’Ossa. Por este Convento passaram algumas figuras como D. Sebastião, D. João IV ou D. Catarina de Bragança e é aqui que está concentrada a maior coleção de azulejos do país. São perto de 54.000, sem contar com os diversos painéis que se encontram espalhados por todo o espaço do convento. Vale a pena visitar a capela, o claustro, os jardins e, claro, parar para almoçar no restaurante onde podemos apreciar o melhor da cozinha alentejana.
3 Dia: Serra d’Ossa
O Redondo encontra-se envolvido pela imensa planície alentejana e pela deslumbrante beleza da Serra D’Ossa, por isso uma visita à vila é um bom pretexto para explorar também a imponente serra e toda a sua extraordinária beleza natural.
Conhecida na História como Monte-de-Vénus e Serra dos Hossenos ou dos Hossios, esta serra é um dos melhores locais para fazer caminhadas no Alentejo. Oferecendo todo o tipo de trilhas. Algumas são fáceis, outras mais exigentes. Entre os percursos disponíveis estão o Percurso das Antas, o Percurso do Freixo, o Percurso do Montado-Freixo ou o Percurso Eremitas da Serra D’Ossa.
O percurso a “Fantástica Serra D’Ossa”, se for percorrido na íntegra, leva cerca de 7 horas a concluir. É uma caminhada difícil com altos e baixos que exige uma boa preparação física, mas as vistas do topo das colinas fazem valer a pena o cansaço. Podem encontrar adescrição de todo o percurso aqui.
Recentemente abriram também os Passadiços da Serra d'Ossa, um percurso de 7,7 quilómetros (ida e volta) que liga a Aldeia da Serra D’Ossa à Ermida de Nossa Senhora do Monte da Virgem e inclui 400 degraus.