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The Travellight World

Inspiração, informação e Dicas de Viagem

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Inspiração, informação e Dicas de Viagem

Sex | 23.04.21

As melhores praias de Menorca

fullsizeoutput_57afFoto: PxHere (assim como todas não creditadas de outro modo)

Para uma ilha relativamente pequena, Menorca surpreende pelo sua impressionante costa litoral. Tem o estatuto de Reserva da Biosfera atribuído pela UNESCO e ao contrário de Maiorca, a sua vizinha maior e mais desenvolvida, permanece, em grande medida, pouco afetada pelo turismo, escondendo ainda muitas praias virgens de incrível beleza natural.
Estes litorais secretos, para serem alcançados, exigem geralmente uma boa caminhada, muitas vezes através de florestas de pinheiros e enseadas escarpadas, mas recompensam qualquer esforço com a sua beleza incomparável.

PLAYA DE CAVALLERIA E CALA ROJA

Areias douradas e um pano de fundo de aparência vulcânica definem estas praias bucólicas no norte de Menorca. A Playa de Cavalleria é claramente a estrela e o local onde a maioria dos visitantes se junta, mas a muito próxima, Cala Roja, oferece um retiro mais selvagem e rochoso.
Ambas as praias são boas para nadar, apanhar sol e fazer snorkel, mas para quem viaja com crianças pequenas, a Playa de Cavalleria é melhor porque o mar é mais calmo e não tem tantas pedrinhas.

Para visitar a Playa de Cavalleria e a Cala Roja, dirijam-se até ao Farol do Cabo Cavalleria. Há estacionamento à esquerda, antes da entrada para o Cap de Cavalleria. O estacionamento é gratuito e (habitualmente) há muitos lugares disponíveis.

A partir do estacionamento, sigam pelo caminho de terra batida e um pouco mais adiante encontram uma escada de madeira que conduz à Playa de Cavalleria à esquerda, ou uma pequena trilha que leva a Cala Roja, à direita.

fullsizeoutput_57b8Foto: Menorcadiferente

CALA PREGONDA

Com uma paisagem de outro mundo, Cala Pregonda oferece uma experiência única na costa norte de Menorca. Situado longe das estradas e dos resorts, é um espaço calmo onde rochas alaranjadas erguem-se da água azul turquesa e verde esmeralda.
Chegar a Cala Pregonda pode ser um pouco desafiador para quem não conhece bem Menorca. Seguir o GPS pode revelar-se um erro, pois às vezes indica uma estrada a quilómetros de qualquer acesso público à praia.

Para evitar enganos, dirijam-se antes à Praia de Binimel-là. Os últimos 2 km são numa estrada de cascalho, mas ela é larga e está (quase toda) em boas condições. Parem no estacionamento do restaurante e prossigam a pé até a praia de Binimel-là.

Binimel-là é também uma bela praia, mas vale a pena caminhar os 20 minutos de trilha até Pregonda, para encontrar uma bonita e tranquila enseada, totalmente intocada. Atenção que a praia "oficial" de Cala Pregonda fica mais longe, mas é maior, tem mais pessoas e algumas casas particulares estragam um pouco a vista.

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CALA PRESILI

Situada não muito longe e com uma vista fantástica do Farol de Favàritx, esta praia escondida em Menorca oferece um refúgio tranquilo das praias mais movimentadas do sul.

A areia branca não é característica deste lado da ilha e contrasta maravilhosamente com o mar azul.
Conseguir aqui chegar pode ser difícil, pois parece estar cercada por estradas particulares, algumas até com segurança, onde só é permitido passar de táxi ou de autocarro.

O ideal é mesmo ir de táxi, porque não há estacionamento nas proximidades.

Antes de chegar ao farol, vê-se uma placa indicando Cala Presili e Cala Tortuga. Cala Presili é a praia mais próxima.

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CALA TORTUGA

A praia mais próxima de Cala Presili, Cala Tortuga é semelhante à sua praia irmã. Uma grande entrada revela uma enseada maior e mais popular, onde crianças brincam na água e casais apanham sol e passeiam de caiaque.

Fica situada dentro do protegido Parque Natural de s'Albufera des Grau e é uma área de abundante vida selvagem, perfeita para a observação de aves, principalmente pela presença do lago natural que fica atrás da praia — o Bassa de Morella.

Para chegar a Cala Tortuga, sigam as mesmas instruções de Cala Presili, mas em vez de sair do Camí de Cavalls, sigam direto até a praia. São cerca de 2 km até à saída da estrada principal para Favàritx.

fullsizeoutput_57b9Foto: Menorcadiferente

CALA EN VIDRIER

Próxima da movimentada praia de Es Grau, Cala en Vidrier é uma joia escondida, longe das multidões. De aspeto imaculado, esta pequena praia abraça uma enseada protegida e oferece uma vista deslumbrante da baía.

Para chegar a Cala en Vidrier, estacionem no amplo parque de terra batida que se encontra antes da entrada da vila de Es Grau. Continuem a pé em direção à aldeia, mas virem à esquerda quando avistarem a plataforma de madeira que dá acesso à praia de Es Grau.

Parem aqui se quiserem alugar um caiaque para chegar a Cala en Vidrier, caso contrário, continuem até o final da praia, onde encontram uma trilha estreita que serpenteia pela encosta. Ao chegar ao topo da colina, sigam o caminho mais perto da costa, que conduz a uma descida íngreme que leva à praia.

fullsizeoutput_57baFoto: Menorcadiferente

CALA MESQUIDA

A baía de Sa Mesquida é absolutamente encantadora e sua praia principal, Cala Mesquida, não lhe fica atrás. Situada numa baía em forma de lua crescente, protegida entre escarpas rochosas e apoiada por dunas baixas, é um verdadeiro santuário de paz.
Chegar aqui é simples, mas tenham em atenção que o estacionamento é limitado. Dirijam até Sa Mesquida antes de seguir pela baía e depois contornem-na. 
Esta é uma ótima praia para crianças em Menorca, pois é protegida, não é muito longe para caminhar e há um salva-vidas de serviço (na época balnear).

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CALÓ BLANC

Caló Blanc é uma praia escondida… à vista de todos. Localizada perto da estrada, não muito longe da muito mais movimentada Binibeca, esta é uma das mais pequenas praias de Menorca, mas também uma das mais populares devido à sua localização acessível e às boas condições para a prática de natação, mergulho e snorkel.
Como a praia em si é tão pequena, a maioria das pessoas instala-se nas falésias que a cercam e na época alta pode ficar demasiado cheia.

Para chegar a Caló Blanc, basta dirigir em direção a Es Caló Blanc, onde encontraram um estacionamento à beira da estrada. Deixem lá o carro e prossigam a pé para o lado direito do parque, onde encontram uma escada íngreme que dá acesso à praia.

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PLAYA DE BINIGAUS

A praia de Binigaus fica a uma curta caminhada da cidade de Santo Tomas, mas ainda assim consegue oferecer uma sensação de paz e isolamento. Pode não ser a praia mais bonita de Menorca, mas é uma praia popular entre os naturistas, especialmente nas enseadas isoladas, uma vez que oferece muita privacidade. O mar aqui pode ficar um pouco agitado, visto estar bastante exposto aos ventos, mas há quem consiga nadar até à Ilha Binicodrell para fazer snorkel ou tomar banhos de sol.

Para chegar à Playa de Binigaus, basta parar no estacionamento de Santo Tomas e caminhar o pequeno trecho do Camí de Cavalls até a praia. Demora cerca de 10 a 15 minutos a pé.

Binigaus-y-Santo-Tomas-desde-el-Aire-800x543Foto: Menorcadiferente

CALA ESCORXADA

Cala Escorxada não é tão bonita quanto Cala Macarelleta, ou tão calma quanto Cala Pregonda, mas tem uma beleza selvagem e acidentada que a diferencia das demais e a sua localização isolada só aumenta o seu apelo.

Chegar até lá pode ser uma caminhada árdua, mas o esforço é compensado quando avistamos a baía celestial que nos espera.

Podemos caminhar até Cala Escorxada a partir de Santo Tomas no leste, ou Cala Mitjana / Cala Galdana no oeste. Quem vem de Santo Tomas, tem vista para as enseadas da Playa de Binigaus. É uma caminhada deslumbrante, de cerca de 1 hora, que sobe muito acima da praia. O caminho é bastante bem sinalizado e alterna entre a beira dos penhascos, a vegetação rasteira e a sombra dos pinheiros.

Vindo de Cala Mitjana, passa-se por Cala Trebalúger e Cala Fustam, mas o caminho é muito mais difícil e por vezes íngreme.

fullsizeoutput_57bfFoto: Menorcadiferente

CALA FUSTAM

Cala Fustam é uma praia pequena, com uma enseada silenciosa, protegida de ambos os lados por rochas íngremes e pinheiros. É uma das praias favoritas dos nudistas de Menorca, por isso não se surpreendam se ninguém estiver de fato de banho quando lá chegarem.

fullsizeoutput_57c0Foto: Menorcadiferente

CALA TREBALÚGER

Localizada atrás de uma espessa copa de pinheiros, Cala Trebalúger esconde um cenário magnífico de águas turquesas calmas e areias brancas e finas, onde um riacho de água doce, flui suavemente através do mato abundante.
A sua localização é remota e para lá chegar temos primeiro de caminhar até Cala Mitjana que fica a cerca de 40 minutos. Nessa praia há uma escada na rocha do lado esquerdo que leva para dentro e através da mata, até Cala Trebalúger.

A caminhada não é muito cansativa, e a primeira parte até pode dar uma falsa sensação de segurança, mas existem algumas partes difíceis, incluindo a última descida.
Esta não é uma praia de acesso fácil, por isso se a visitarem, usem calçado apropriado para não escorregar.

fullsizeoutput_57c1Foto: Menorcadiferente

CALA MITJANA E CALA MITJANETA

Muitas vezes citadas como as melhores de Menorca, Cala Mitjana e sua irmã menor Cala Mitjaneta são duas das praias mais populares da ilha.

O acesso, razoavelmente fácil, permite que famílias inteiras desfrutem da enseada estreita de Cala Mitjana.

Para chegar lá, parem no estacionamento principal que está sinalizado na entrada de Cala Galdana. É um grande estacionamento, mas mesmo assim fica cheio, então não esperem encontrar uma vaga se chegarem ao meio-dia.

Prossigam a pé para o lado oeste do estacionamento, por um caminho de terra (que se torna um caminho pavimentado) até a praia.

É uma caminhada de cerca de 20 minutos, e toda a descer, o que significa que é preciso economizar energia para a caminhada de volta.

fullsizeoutput_57c2Foto: Menorcadiferente

CALA MACARELLA

São os arredores de Cala Macarella que lhe conferem o status de uma das mais belas praias de Menorca. Integrada numa baía sublime na costa sul da ilha, é uma praia amada por locais e por visitantes.
O estacionamento perto de Cala Macarella é restrito a autocarros durante os meses mais movimentados do verão, portanto, se vierem de carro terão de estacionar nas proximidades de Cala Turqueta e caminhar pelo Camí de Cavalls por aproximadamente 3 km (da praia).

fullsizeoutput_57c3Foto: Menorcadiferente

CALA MACARELLETA

Esta bonita praia fica numa enseada tranquila de águas transparentes.

Para aqui chegar é preciso caminhar de Cala Macarella ou Cala Turqueta.
A partir de Cala Turqueta a caminhada não é longa e existem duas rotas: Seguir o caminho costeiro ou seguir o Camí de Cavalls. O primeiro caminho é a opção mais cénica, mas o último é o caminho mais fácil.

Se forem pelo caminho costeiro, vão reparar numa placa que indica uma trilha bastante clara que segue a beira do penhasco (muito alto). Pouco antes de chegar a Cala Macarelleta, há uma parte muito íngreme que desce pelo mato, que pode causar dúvidas, mas depois de chegar ao fundo e caminhar por alguns minutos, encontramos logo a placa para Macarelleta.

Seguir o Camí de Cavalls leva um pouco mais de tempo, mas é um caminho mais fácil e leva cerca de 30 minutos.

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CALA TURQUETA

As enseadas gémeas que formam Cala Turqueta estão situadas entre escarpas altas, pontilhadas de árvores que criam uma baía calma e protegida.
Pode ficar mais movimentada do que algumas das outras praias isoladas de Menorca, provavelmente porque é mais fácil de chegar, mas experimentem visitar no início da noite e vão encontrar paz e um espetacular pôr do sol.

O acesso a Cala Turqueta é bastante simples. Sigam o GPS em direção a Sant Joan de Missa. Eventualmente chegarão a uma encruzilhada onde podem virar para Cala Macarella ou Cala Turqueta. Há uma placa aqui que indica se há vagas disponíveis em cada um dos estacionamentos da praia (atenção que no verão o estacionamento de Cala Macarella é exclusivo para autocarros).

Prossigam em direção a Cala Turqueta por uma estrada estreita com muros de pedra até ver a placa do estacionamento. Simplesmente deixem o carro estacionado no parque gratuito e sigam pelo caminho marcado para a praia que fica a cerca de 10 minutos a pé.

CALLA ALGAIERENS

Cala Algaiarens, também conhecida como praia de La Vall, é um conjunto de duas praias virgens de areias brancas e águas transparentes, localizadas na costa norte de Menorca. A primeira praia que encontramos é a praia de Dels Tancats, a maior das duas. Mais a leste fica a praia Des Bot, menor e mais discreta, mas também mais tranquila.

Cala Algaiarens fica a cerca de 10 km ao norte da Cidadela de Menorca. Para aqui chegar basta seguir pela estrada para Cala Morell e depois virar à direita para a estrada que conduz a Cala Algaiarens. No local há um parque de estacionamento.

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Qui | 22.04.21

Pastéis de Nata

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Apercebi-me agora que nestes anos todos de blog, nunca partilhei aqui a receita de um, se não meu doce favorito — O tão lisboeta e português pastel de nata!

Esta falha é imperdoável, pelo que há que corrigi-la rapidamente. A receita original é um segredo exclusivo da Fábrica dos Pastéis de Belém, mas esta receita alternativa também é muito boa 😋

Vejam aqui!

INGREDIENTES

1 embalagem de massa folhada congelada
1 lt de  leite
400 g de açúcar
9 gemas
80 g de farinha
1 casca de limão
1 pau de canela
canela em pó q.b. (opcional)
Farinha para polvilhar
Manteiga para untar

PREPARAÇÃO

Ferva o leite com o pau de canela e a casca de limão. Misture o açúcar com a farinha e adicione lentamente o leite através de um coador, mexendo depois muito bem.



Leve novamente ao lume, continuando a mexer, retire quando o creme estiver homogéneo e deixe arrefecer. Bata as gemas à parte e depois adicione-as ao creme, em fio e mexendo sempre.



Estenda a massa folhada sobre uma superfície enfarinhada. Dobre-a e volte a passar o rolo. Com um cortador ou copo, corte rodelas com o mesmo diâmetro da abertura das formas. Unte as formas com manteiga e forre-as com uma rodela de massa, esticando-a até ao bordo.


Coloque as formas num tabuleiro, encha-as com o creme e leve ao forno, pré-aquecido a uma temperatura igual ou superior a 250º C, durante cerca de 10 minutos.

Sirva os pastéis quentes ou frios, com ou sem canela em pó.



Receita retirada do site teleculinaria.pt

Qua | 21.04.21

Lisboa Pessoa Hotel

A desconfinar com cuidado, ainda com receio de ir muito longe e principalmente apreciando o prazer de ser turista na minha própria cidade, hospedei-me no fim de semana passado no hotel Lisboa Pessoa.
Tinha decidido dedicar o fim de semana a fazer um roteiro inspirado em Fernando Pessoa, por isso o lugar não podia ser mais perfeito.

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Não sabia bem o que esperar e fui agradavelmente surpreendida por um hotel boutique confortável e charmoso, localizado no coração do Chiado.

Reservei o pacote “Sabor com Vista”, que incluía, entre outras coisas, estacionamento, alojamento com pequeno-almoço e um jantar com menu de degustação para duas pessoas.

O quarto em si não era muito grande, mas tinha um design inteligente e todo o espaço estava muito bem aproveitado.

Como bónus tinha ainda um terraço grande, com cadeiras e mesa para aproveitar o sol e apreciar a vista fantástica de Lisboa.

O espaço estava bem decorado, a cama era confortável e os produtos de higiene pessoal eram de uma marca que aprecio muito, a Castelbel.

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O jantar no Mensagem, foi muito agradável. Poucos restaurantes devem estar tão bem preparados para garantir o distanciamento social como este. A nossa mesa estava inserida numa espécie de cabine com janela, onde tínhamos total privacidade e podíamos relaxar sem nos preocupar com nada.

O menu de degustação teve os seus altos e baixos, com uns pratos mais bem conseguidos do que outros, mas no geral foi bom e o serviço eficiente e a simpatia dos empregados de mesa ajudou a garantir uma boa experiência.

O pequeno almoço, também servido no Mensagem, foi espetacular. Por causa da pandemia, não há buffet, mas podes pedir o que quiseres (ovos, bacon, fruta, panquecas, croissants, torradas, iogurte, cereais, sumos de fruta, chá, café…) e uma simpática funcionária prepara-te os pratos com tudo.

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A maravilhosa piscina interior tem de ser marcada com antecedência, para garantir que não se juntam demasiadas pessoas (só são permitidas 4 pessoas em simultâneo). O hotel aqui conta com o civismo dos hóspedes, porque não vi ninguém a controlar as entradas neste espaço (ou no ginásio, que também estava disponível).

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Antes de deixar o hotel passei ainda na biblioteca, que é um espaço muito simpático e tem uma selecção decente de livros para entreter os hóspedes.

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Foi uma estadia super agradável. Recomendo muito!

Sigam-me no Instagram (podem ver pequenos filmes do hotel nos destaques das stories) 

Tchau!
Travellight

Ter | 20.04.21

Desconfinar em Lisboa… com Pessoa

fullsizeoutput_5780Fotos: Travellight

Nos dias em que estive fechada em casa, por conta do confinamento, refugiei-me muito nos livros. Li novos, voltei a ler antigos preferidos e dei por mim novamente apaixonada pelas palavras de Fernando Pessoa e todos os seus heterónimos.

Não é por isso de estranhar que no meu regresso às ruas de Lisboa, primeiro de forma inconsciente e depois conscientemente, o tenha procurado.

Acompanhada pelo seu espírito (fantasma?) por entre poemas, o Livro do Desassossego e Lisbon: What the Tourist Should See, perdi-me na capital. Percorri, como se os visse pela primeira vez, os locais que fizeram parte do seu quotidiano, do seu imaginário e aqueles que ele considerava importante os turistas conhecerem.

Deixei-me transportar para uma Lisboa que foi cenário real/irreal de Fernando, Bernardo, Álvaro… Como se descobrisse um mapa. O mapa emocional e sensorial de Pessoa.

Comecei no Largo de São Carlos, onde também ele começou a sua existência. Vi a placa que assinala o seu nascimento a 13 de Junho de 1888 e imaginei o pequeno Fernando a espreitar da varanda daquele 4º andar.
Seria melancólico? Alegre? ou muito sério como quem já viveu outras vidas?

Sonhador era com certeza, pois com 6 anos de idade já criara o Chevalier de Pas (que se pode traduzir como “cavaleiro de nada”)
A escultura de bronze que lhe foi dedicada em homenagem, com a cabeça feita num livro, pareceu-me muito apropriada.

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Subi as escadas até ao Chiado e lá estava ele de novo na Rua Garrett. Desta vez na Brasileira, a olhar para mim. Chapéu, bigode aparado, perna cruzada, mão levantada como que a convidar-me para um café.
Não,  pensei. Um solitário como Pessoa, nunca convidaria uma estranha para se sentar à sua mesa.
Tenho para mim que ele seria tímido… Talvez menos com Ofélia Queiroz, a quem escreveu as “ridículas cartas de amor”.

Segui caminho e parei na Bertrand, onde certamente ele também pararia, uma ou outra vez. Saí com um novo livro na mala, passei na Basílica de Nossa Senhora dos Mártires, onde o bebé Fernando foi batizado, e desci a rua até ao Rossio, a que o poeta chamava o "coração de Lisboa”.

Admirei a praça e a estátua de D. Pedro IV, senti o cheiro das rosas que emanavam das bancas das floristas e depois atravessei o Arco do Bandeira.

Em segundos estava na estreita Rua dos Sapateiros.

Do lado direito avistei o extraordinário Animatógrafo do Rossio com os seus belos detalhes de Arte Nova.
Poucos locais em Lisboa mudaram tanto ao longo do tempo como este…
Foi inaugurado em 1907 e começou por ser o salão de cinema mais luxuoso da capital, depois foi uma sala de teatro infantil e por fim transformou-se numa casa de peep shows.

Fernando Pessoa, suponho, terá assistido a filmes no Animatógrafo. Soube recentemente que ele admirava muito a 7ª Arte e que após 1917 e na década de 1920, chegou até a escrever alguns argumentos para filmes, ainda no tempo do cinema mudo, que ficaram incompletos (foram publicados em 2011 pela Ática e são escritos principalmente em inglês). Entre outros projetos, Pessoa planeou também lançar uma produtora cinematográfica, a “Ecce Film”, na Rua de São Bento, na mesma zona de Lisboa onde tinha vivido na infância após a morte do pai. Nessa altura a sua mãe teve de vender a casa do Largo de São Carlos e mudar-se para uma casa mais pequena na Rua de São Marçal.
No prédio onde viveram, está hoje afixada uma placa com um poema que em menino dedicou a sua mãe.

Fixei a minha atenção nos bonitos e coloridos painéis de azulejos do Animatógrafo do Rossio. São dedicados ao tema da luz elétrica, com duas figuras femininas a segurarem candeeiros. Não resisti a fotografá-los.

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Dei depois uns passos em frente e encontrei a Licorista que no tempo de Fernando Pessoa era a Companhia Portuguesa de Licores, fundada por Abel Pereira da Fonseca. Consta que ele tinha por hábito parar aqui para beber um copo. Aliás, uma das poucas fotos conhecidas do poeta, em que ele, com humor se considerou “apanhado em flagrante delitro” foi tirada aqui e hoje está recriada num painel de azulejos. Como o estabelecimento estava encerrado, não o consegui ver.

Meti então pela rua de Santa Justa, passei a Rua Augusta, a Rua dos Correeiros e a Rua da Prata e virei para a Rua dos Douradores onde vivia e trabalhava Bernardo Soares.

Vejo-me no quarto andar alto da Rua dos Douradores, sinto-me com sono; olho, sobre o papel meio escrito, a vida vã sem beleza e o cigarro barato que esquecido estendo sobre o mata-borrão velho. Aqui eu, neste quarto, a interpelar a vida!, a dizer o que as almas sentem!, a fazer prosa como os génios e os célebres! Aqui eu assim!…

— Livro do Desassossego

Senti-me de novo inquieta, respirei a solidão e pareceu-me ouvir os receios. Serei cúmplice de Bernardo, na procura do sentido da vida e na consequente constatação do seu não sentido? ou apenas testemunha de um diário de Fernando feito de fragmentos, deambulações e reflexões? 

A falta de liberdade que me trouxe a pandemia, exacerbou uma série de sentimentos sombrios que pareciam-me ecoar no Desassossego de Pessoa, mas agora, de novo na rua, queria deixar para trás essa angústia, a dúvida, a recusa, todo o peso da vida... Devolver o seu a seu dono...

Fugi por isso para um lugar mais luminoso — O Terreiro do Paço.

O Tejo brilhava em tons de prata quando passei o Café Martinho da Arcada (também fechado) em direção ao Cais das Colunas.

Um pouco mais em frente, um rapaz sentado nas escadas da nova praia urbana de Lisboa, abria uma lata de coca-cola para beber. Sorri ao recordar que foi Pessoa que criou o primeiro anúncio desta bebida em Portugal: “Primeiro estranha-se, depois entranha-se”.

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Voltei para trás. Atravessei o Arco da Rua Augusta — “magnífico arco triunfal de grandes dimensões, indubitavelmente um dos maiores da Europa" e na rua da Conceição apanhei o emblemático elétrico 28 para Campo de Ourique.
Saí na Rua Saraiva de Carvalho e dirigi-me ao número 16 da Rua Coelho da Rocha, onde Pessoa passou os últimos 15 anos da sua vida.

 

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O edifico onde morou foi convertido numa casa-museu com uma exposição em três pisos, sobre a vida e obra do poeta e uma biblioteca especializada em poesia mundial. Quando visitei, apresentava também uma interessante exposição temporária — “Pessoas com relações com Pessoa”, de Pedro Matos Soares e Carlos Pittella. Uma exposição de fotografia, com imagens de leituras não-ensaiadas de sonetos pessoanos. A ideia é saber como pode um soneto ressoar no corpo de quem o lê.

 

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I know not what tomorrow will bring

Com a última frase escrita por Pessoa, antes de morrer, a ecoar na minha cabeça, deixei a sua casa e embarquei de novo no 28 em direção ao Chiado.

Ainda não estava pronta para me despedir do poeta por isso hospedei-me no Lisboa Pessoa Hotel, no Carmo. No dia seguinte continuaria a minha visita pela nossa Lisboa...

 

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Deixei o hotel, depois de uma noite bem dormida e um pequeno almoço maravilhoso, sentindo-me uma verdadeira turista. Desta vez de carro porque as distância assim o impunham, comecei na Praça dos Restauradores e segui pela Avenida da Liberdade até à Praça Marquês de Pombal. “Foi este o local escolhido para erigir o monumento ao grande estadista português”, dizia Pessoa, deixando claro que a estátua do Marquês de Pombal ainda não estava concluída quando ele escreveu o seu roteiro. Foi inaugurada em 1934, um ano antes da morte do poeta.

Continuando a seguir Lisboa : O que o turista deve ver, fui pela Avenida Fontes Pereira de Melo. Vi o palacete  "do milionário Sotto Mayor", um dos poucos do tempo de Pessoa que sobreviveu até aos dias de hoje. Já na Avenida da República, parei um pouco na Praça de Touros do Campo Pequeno, “que data de 1892 e foi construída em tijolo no estilo árabe”.

Dei uma volta pelo parque do Campo Grande e retornei ao centro da cidade, desta vez com destino ao bairro da Mouraria e de Alfama, os mais antigos de Lisboa. Vi o Castelo de São Jorge. Hoje é um dos locais mais visitados da capital portuguesa, mas na época em que Pessoa escreveu o seu guia, era ocupado por militares e não gozava de tanto prestígio como atrativo turístico. “Pode-se visitar pedindo autorização ao oficial de dia dos quartéis”, informava o poeta.

De regresso ao Chiado, segui rumo ao Aqueduto de Águas Livres, uma das mais impressionantes construções da engenharia lusitana, referidas por Pessoa.
Do aqueduto, o roteiro continua para a região de Belém, onde estão os mais importantes monumentos referentes à Era das Navegações. O poeta destaca o Museu dos Coches, o Palácio Nacional da Ajuda, e não poupa elogios à Torre de Belém, uma fortificação erguida em 1521 e que se tornou símbolo da expansão marítima de Portugal.

Por fim chama a atenção para o Mosteiro dos Jerónimos e conclui: “Uma visita aos Jerónimos tem, necessariamente, de ser demorada para ser uma verdadeira visita”.

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Penso que Pessoa, quando escreveu o seu roteiro, estaria longe de imaginar que os seus restos mortais ali seriam depositados tais como os de outro grande poeta português, Luís Vaz de Camões…

Apesar de haver mais coisas que o “turista deve ver”, achei por bem terminar ali a minha jornada e agradecer a Pessoa a companhia que me fez ao longo dos anos, durante o tempo de confinamento e neste regresso às ruas de Lisboa.

Serei o que quiser. Mas tenho de querer o que for.
— Livro do Desassossego

Sex | 16.04.21

Lent Tart | Um clássico da cozinha britânica

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A Lent Tart é uma tarte tradicional da culinária britânica, inicialmente desenvolvida para a Quaresma, quando as tartes de carne não podiam ser servidas e muitos procuravam uma alternativa às tartes confecionadas com peixe.

INGREDIENTES

(para 4 a 6 pessoas)

175 gramas de farinha de trigo
150 gramas de manteiga
300 ml de leite
25 gramas de farinha de arroz
50 gramas de açúcar
2 ovos
1 limão, apenas raspas
1/4 colher (de chá) de noz-moscada em pó
25 gramas de passas

PREPARAÇÃO

Pré-aqueça o forno a 200 ° C

Coloque a farinha de trigo numa tigela e junte 75g de manteiga e misture bem. Junte 3 a 4 colheres de sopa de água para formar uma massa. Estenda a massa sobre uma superfície enfarinhada e use-a para forrar uma forma untada de 20 cm.
Pique a massa com um garfo e leve ao forno para assar por 10 a 15 minutos, até a base estar firme. Reduza a temperatura do forno para 190 ° C

Enquanto isso, coloque o leite e a farinha de arroz numa panela e leve ao lume, mexendo sempre, até engrossar. Retire a panela do fogo e deixe esfriar.

Quando a mistura estiver fria, bata o restante da manteiga com o açúcar até obter um creme claro e fofo. Junte os ovos, um de cada vez, e junte as raspas de limão, a noz-moscada e a mistura de leite e farinha de arroz. Misture bem e despeje na forma forrada com a massa quebrada já assada.

Polvilhe com as passas e asse por 40 a 45 minutos até a tarte ficar firme ao toque e dourar.

Sirva quente.

 

Receita retirada com pequenas adaptações do site www.hamhigh.co.uk

Qui | 15.04.21

Cambridge | Inglaterra

A Inglaterra conta atingir a imunidade de grupo ainda esta semana, transformando-se num destino atrativo para quem pensa viajar este verão, mas procura evitar riscos demasiado elevados.
Sair de Londres e explorar regiões mais pequenas como Cambridge, pode também ser uma boa ideia.
A famosa cidade universitária, tem jardins exuberantes, edifícios históricos e ruas encantadoras. É perfeita para visitar a pé, de bicicleta e de barco.

Cambridge fica localizada a menos de uma hora de comboio de Londres e é um excelente destino para quem quer conhecer um pouco mais do Reino Unido, apreciar o ar do campo e fazer passeios bucólicos à beira rio.

fullsizeoutput_5775Foto: Pixabay

A cidade é pequena, mas há muito para ver e conhecer. Atrações populares incluem a capela do King’s College, a Round Church, o Trinity College, o Fitzwilliam Museum, o caminho ao longo do rio Cam e os jardins atrás das universidades conhecidos coletivamente como “The Backs”. Passear num dos barcos do rio Cam também é obrigatório.

A Universidade

Cambridge é internacionalmente conhecida pela sua universidade e orgulha-se de ter tido como alunos alguns dos melhores escritores, atores, comediantes e políticos do Reino Unido.
Aqui estudaram nada mais nada menos do que Charles Darwin, Isaac Newton e, mais recentemente, Stephen Hawking.

Os edifícios que compõe o campus podem ser visitados e são muito interessantes do ponto de vista histórico e arquitetónico. Entre os mais famosos estão:

King’s College, fundado em 1441 pelo rei Henrique VI. Tem como destaque uma capela em estilo gótico inglês, que se transformou num dos símbolos da cidade e que abriga a obra prima de Rubens, “The Adoration of the Magi”.

Trinity College, com o seu Great Court (um pátio ajardinado onde se encontra até hoje a famosa macieira que inspirou Newton a descobrir a lei da gravidade) e a Biblioteca projetada por Christopher Wren, construída no final do século XIX, que guarda nas suas prateleiras manuscritos medievais e obras científicas e filosóficas que marcaram toda a civilização ocidental.

St John’s College — famoso pela capela, projetada por Sir George Gilbert Scott e inspirada na Sainte Chapelle de Paris, e pela bonita ponte coberta sobre o rio Cam, chamada Ponte dos Suspiros (Bridge of Sighs).
É nesta faculdade que está o edifício académico mais antigo de Cambridge, o “Colégio de Pitágoras” (School of Pythagoras), datado de cerca de 1200.

fullsizeoutput_5776Foto: PixHere

O Rio e as Pontes

O Rio Cam, onde dizem, se banhou o poeta Lord Byron, flui através de Cambridge para o Great Ouse, e é perfeito para pescar, nadar e mergulhar no verão ou simplesmente para dar um passeio num dos tradicionais barcos locais.

The Mathematical Bridge (a ponte matemática), é outro local maravilhoso para respirar um pouco do charme descontraído de Cambridge. Esta obra projetada por William Etheridge e construído por James Essex em 1749, deve o seu curioso nome ao desenho de certas tangentes que criam a sua forma arqueada. Existe um mito de que Sir Isaac Newton construiu esta ponte sem a ajuda de quaisquer porcas ou parafusos, o que, embora falso, é uma história muito repetida para “enganar” os turistas.

The Bridge of Sighs (a ponte dos suspiros), é uma ponte coberta construída em 1831 para conectar o Terceiro Tribunal do St John’s College com o Novo Tribunal. Embora não tenha muito em comum com a sua homónima de Veneza, esta ponte partilha com ela todo o romantismo.

fullsizeoutput_577aFoto: Graham Hodgson por Pixabay

Os Jardins

The Backs - Os hectares de terreno ajardinado que ficam nas traseiras das faculdades, onde é comum encontrar gado a pastar, são perfeitos para uma bela caminhada pelos edifícios das universidades, pelo rio Cam e pelas suas várias pontes. É um pitoresco trecho de terra que proporciona um ângulo incrível para admirar a beleza de Cambridge.

Jardim Botânico da Universidade de Cambridge — é um paraíso verde, bem próximo da estação de comboio de Cambridge. Tem uma coleção de mais de 8000 espécie de plantas e várias estufas.

Parker’s Piece — É outro jardim lindo e cuidado, conhecido como o berço da associação de futebol, pois foi aqui que as Regras de Cambridge foram postas em prática pela primeira vez em 1848.

Wimpole Estate — Propriedade nobre, privada por mais de 2.000 anos, mas agora aberta ao público. Foi o lar de muitas famílias importantes e quem visita o espaço pode aprender tudo sobre o seu fascinante património enquanto explora os jardins e conhece os vários animais que residem na quinta.

fullsizeoutput_5779Foto: PxHere

Os Museus e as Galerias de Arte

The Fitzwilliam Museum — museu de arte e antiguidades da Universidade de Cambridge que abriga uma das maiores coleções de arte da nação britânica. Foi fundado pelo Visconde Fitzwilliam de Merrion que lhe doou toda a sua coleção privada de arte.
Muitos consideram este o melhor pequeno museu de Inglaterra e o seu portfólio inclui armas, moedas, arte cipriota, grega e egípcia, quadros de Degas, Reubens, Gainsborough e muitos outros.

Sedgwick Museum of Earth Sciences (museu de geologia) — É o mais antigo dos museus da Universidade de Cambridge, foi fundado em 1728 e agora abriga cerca de 2 milhões de minerais, fósseis e rochas.

Imperial War Museum Duxford — Além de um enorme campo de aviação, este museu também possui uma coleção de 200 aviões antigos (incluindo o Concorde e o Spitfire), que foram cuidadosamente restaurados à sua glória de época e são agora exibidos com orgulho. O museu fica um pouco afastado do centro de Cambridge, mas basta apanhar o autocarro 7A, que parte da estação de comboios para IWM Duxford e em menos de 10 minutos estamos lá.

Kettle’s Yard — Este espaço já foi a residência de Jim e Helen Ede, mas hoje pode ser visitado por todos.
Jim Ede trabalhou durante anos como curador da Tate Gallery, e durante esse tempo encheu a sua casa com obras de arte de nomes famosos como Barbara Hepworth e Joan Mirò. Então, num ato de grande generosidade, resolveu doar tudo à Universidade de Cambridge e permitir que a coleção ficasse acessível a todos.

lysander-6160215_1920Foto: Flyby54 por Pixabay

Os Monumentos

The Round Church (A Igreja Redonda) — Oficialmente conhecida como a Igreja do Santo Sepulcro, a Igreja Redonda é um edifício que data de 1130. A sua bela estrutura é formada por pedra e o andar superior da igreja, construído acima da nave, tem uma gloriosa torre cónica no topo.
A Igreja do Santo Sepulcro é uma das quatro igrejas redondas deixadas pelos Normandos na Inglaterra e o segundo edifício mais antigo de Cambridge.

Torre da Igreja Great St Mary — Great St Mary’s é uma igreja situada no coração de Cambridge, na Market St. Tem uma torre com 123 degraus que proporciona uma das melhores vistas da cidade.

fullsizeoutput_577bFoto: Marián Okál por Pixabay

Os Arredores

Grantchester — É uma pitoresca vila ao sul de Cambridge e um belo passeio de bicicleta desde os Backs, passando por Grantchester Meadow.
Se o tempo estiver bom, descansem e relaxem no extenso Orchard Tea Gardens, um marco de Grantchester desde 1897. Experimentem os famosos scones caseiros, servidos quentes, com doce, geleia e chá.

Abadia de Anglesey — Localizado nos arredores de Cambridge, na idílica vila de Lode, este edifício abriga uma vasta coleção de relógios e enfeites que vale a pena conhecer.

fullsizeoutput_577cFoto: PaddyBriggs - Wikimedia Commons

Comer e Beber

The Varsity Hotel Roof Bar — Nas noites quentes de verão, o bar do The Varsity Hotel é difícil de bater. Com bons cocktails e um terraço com vista para muitos dos tesouros arquitetónicos da cidade, é o lugar perfeito para relaxar.

Cambridge Food Park — Aberto em locais diferentes às quartas, quintas e sextas-feiras, tem alguns dos melhores food trucks de Cambridge, que servem de tudo, desde bao cozido a vapor, passando por pizzas assadas no forno a lenha, até pratos do Sri Lanka e burritos mexicanos.

St Radegund Pub — Os pubs são uma grande parte da cultura inglesa e em Cambridge isso não é exceção. O St Radegund é o menor pub da cidade, mas o que lhe falta em tamanho, compensa em charme. Está atualmente encerrado, mas promete reabrir ainda em 2021.

 

Qua | 14.04.21

Älplermagronen | O Macarrão com Queijo dos Alpes Suíços

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Älplermagronen é um prato de massa delicioso e reconfortante que teve origem nos Alpes suíços.
Tradicionalmente é feito com queijo e macarrão cotovelo, localmente chamado de magronen ou hörni, porque lembra a forma dos chifres da íbex, uma espécie de mamífero caprino, que habita as regiões montanhosas dos Alpes.

Há uma simples razão logística por trás da história deste prato: Os pastores que viviam nos Alpes com os seus rebanhos, tinham de transportar a sua comida e a massa seca era leve e fácil de carregar. O queijo, que era feito pelos próprios pastores, era outro ingrediente óbvio.

Com o tempo a receita do Älplermagronen, denominado "Macaroni du Chalet" na Suíça francófona, evoluiu, e atualmente varia de cantão para cantão; Uma das versões mais populares deste prato é a que adiciona à receita, batatas, natas e é acompanhada com apfelmus (compota de maçã).

Partilho aqui para quem quiser experimentar:

INGREDIENTES

4 colheres (de sopa) de manteiga sem sal
2 cebolas grandes cortadas em fatias finas
500 g de batata descascada e cortada em cubos
340 g de macarrão cotovelo (ou penne)
225 g de queijo Gruyère ralado ou outro queijo de textura dura
3/4 de chávena de natas
Sal, pimenta preta moída na hora e noz-moscada ralada na hora, a gosto

Compota de maçã para servir
Salsa fresca opcional, para guarnição

 

PREPARAÇÃO

Pré-aqueça o forno a 190º C. Unte levemente uma caçarola grande.

Numa frigideira grande, derreta a manteiga em fogo médio-baixo. Adicione a cebola, tempere com uma pitada de sal e cozinhe, mexendo ocasionalmente, até dourar e caramelizar. Isso levará cerca de 30 minutos.

Leve a ferver uma panela grande com água e uma pitada de sal.

Quando a água começar a ferver, adicione as batatas aos cubos. À medida que começam a amolecer, após cerca de 5 minutos, adicione o macarrão (ou penne). Continue a cozinhar, por cerca de 7 minutos, mexendo de vez em quando, até que as batatas estejam macias e a massa quase pronta (a massa vai cozinhar mais um pouco enquanto assa). Escorra e reserve.

Numa tigela média, tempere as natas com sal, pimenta e cerca de 1/4 de colher (de chá) de noz-moscada ralada na hora.
Adicione 1/3 do macarrão e batatas no fundo da caçarola untada. Cubra uniformemente com 1/3 do queijo ralado. Cubra com outro 1/3 de macarrão e batatas. Cubra com outro 1/3 do queijo e, em seguida, o macarrão e as batatas restantes. Cubra com o queijo ralado restante. Despeje a nata temperada sobre as camadas.

Asse em forno pré-aquecido até que o queijo derreta e borbulhe, cerca de 15-20 minutos.

Retire do forno e cubra uniformemente com as cebolas caramelizadas.

Sirva o Älplermagronen quente sobre um pouco de compota de maçã ou com a compota de maçã ao lado. Se desejar, polvilhe com um pouco de salsa fresca ou cebolinho.

 

Receita retirada com pequenas adaptaçoes do site tarasmulticulturaltable.com

Ter | 13.04.21

Genebra, o destino perfeito para o viajante com preocupações ambientais

Com montanhas imponentes, florestas exuberantes, lagos tranquilos e quedas de água, a Suíça é um paraíso para os amantes da natureza e Genebra é o destino perfeito para o viajante com preocupações ambientais.

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“Viajar de forma ecológica” pode parecer uma contradição — afinal só quando estamos parados é que conseguimos reduzir a nossa pegada de carbono ao mínimo. Contudo, é impossível negar que viajar representa um dos grandes prazeres da vida e é uma atividade que permite o contacto com outras realidades e culturas, o que pode ser extremamente positivo.
Importa então encontrar soluções que possibilitem a diminuição do impacto das viagens no ambiente.

Um passo simples, pode ser escolher um destino de férias eco-friendly, como a cidade de Genebra, que encara a defesa do ambiente como uma prioridade.

Genebra é considerada uma das cidades mais ecológicas da Europa e está muito à frente do resto do mundo no que toca a assuntos relacionados com a sustentabilidade.

Atualmente está determinada a ser, até ao ano de 2050, uma cidade 100% renovável e nesse sentido segue uma política que promove a gestão racional de eletricidade, água, iluminação pública, mobilidade e clima.

Veja aqui algumas das atrações a não perder, nesta bonita cidade e nos seus arredores, durante o verão.

PASSEIO PANORÂMICO PELO LAGO

Dê um passeio de barco pelo Lago de Genebra e aprecie as vistas magníficas para as montanhas e para as suas encostas verdejantes. Os barcos param em várias vilas e pequenas cidades com ruas pitorescas e um ambiente romântico.

É possível sair do barco em qualquer destes locais para passear e depois voltar noutro barco ou voltar de comboio.

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PARQUE NATURAL REGIONAL GRUYÈRE PAYS-D'ENHAUT

O parque está localizado nos cantões de Friburgo e Vaud, entre as margens do Lago de Genebra, La Gruyère e Pays d'Enhaut e é o berço da produção de queijos alpinos ricos em tradição, como Gruyère, L'Etivaz e o famoso Vacherin de Fribourg. 

Reservas naturais importantes, como o vale de L'Etivaz ou Pierreuse compõem o coração do Parque Natural e são destinos populares de excursão para os visitantes que gostam de observar a natureza mais de perto.

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JARDIM BOTÂNICO DE GENEBRA

O Jardim Botânico de Genebra abriga mais de 16.000 espécies de plantas e outras tantas espécies de aves exóticas.

Localizado nos arredores de Genebra, o Jardim Botânico é simultaneamente um local usado para o estudo da botânica e um popular destino para passear e relaxar. O grande parque com as suas plantas, árvores, flores, estufas e um jardim zoológico, está aberto ao público desde 1904.

As espécies de plantas são categorizadas de acordo com o seu habitat nativo e as espécies em exposição incluem plantas protegidas, plantas medicinais, plantas de jardim e flores exóticas.

O zoológico abriga espécies ameaçadas, cervos, patos, flamingos, papagaios e periquitos.

CHÂTEAU DE CHILLON

O magnífico Château de Chillon é uma estrutura do século IX que se ergue diretamente das águas do Lago de Genebra.

O cenário é espetacular e explica porque serviu de inspiração a Lord Byron para escrever “O Prisioneiro de Chillon”. O livro é baseado numa história real e ainda hoje é possível ver o anel na parede da cela onde François de Bonivard esteve preso.

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No século XIII, os Condes e Duques de Sabóia deram ao castelo a sua forma atual, mas as fundações originais e as cavernas subterrâneas, com pilares maciços esculpidos no leito rochoso, ainda existem e podem ser exploradas durante uma visita ao castelo.

DICA: É aconselhável fazer uma visita guiada porque o complexo inclui mais de 20 edifícios.
Os destaques são a cozinha, a sala de banquetes, os apartamentos do Duque, a sala de Bernese, a Capela de São Jorge e o Grande Salão do Conde com o seu fabuloso teto e arcos góticos.

MONT SALEVE

Localizado na fronteira francesa ao sul de Genebra, o Mont Saleve é ​​uma cordilheira de calcário que oferece vistas deslumbrantes para o lago e para os Alpes. É perfeito para atividades como caminhada e escalada, mas quem preferir pode optar por apanhar o teleférico de Veyrier, na fronteira francesa.

A uma curta distância de Veyrier, nas encostas sul do Petit Salève, fica o resort de verão de Mornex e entre Petit e Grand Salève fica o resort Monnetier, de onde parte uma trilha que proporciona vistas magníficas da cadeia montanhosa Mont Blanc, do Lago de Genebra e do Jura.

CHAMONIX E MONT BLANC

A pequena aldeia montanhosa de Chamonix, localizada na fronteira com a França, a 90 minutos de carro de Genebra, fica na base do Mont Blanc, o pico mais alto da Europa Ocidental e embora o seu principal atrativo seja o acesso aos Alpes, a cidade em si é atraente e charmosa, com ruas cheias de chalés, lojas e cafés onde se pode saborear chocolate quente e admirar a paisagem.

DICA: Vale a pena comprar um bilhete para o comboio que faz a subida até Montenvers e Mer de Glace, ou "mar de gelo", onde se encontram cavernas de gelo e um museu.

VEVEY

Com os seus edifícios medievais e em estilo Belle Époque, Vevey é uma das cidades mais bonitas do Lago Genebra. Alberga o Alimentarium — um museu interativo de história gastronómica e na sua praça central (às terças e sábados pela manhã) realiza-se um dos maiores mercados da Europa, onde agricultores locais, floristas e artesãos apresentam os seus produtos.

Vevey também é famosa por ter sido a casa de Charlie Chaplin na Suíça e pelos seus belos hotéis, datados do final do século XIX, cuja principal estrela é o Hotel du Lac.

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MONTREUX E O CAMINHO DE FERRO ROCHERS-DE-NAYE

Outra bela cidade próxima do lago Genebra é Montreux. Tem bonitos jardins e todos os verões em junho e julho, apresenta o mundialmente famoso Festival de Jazz de Montreux.

Para vistas do lago e vistas panorâmicas dos Alpes, apanhe o comboio para Glion, nas colinas acima da cidade e depois embarque no caminho de ferro Glion / Rochers de Naye para um agradável passeio até ao topo da montanha.

No verão visite os vertiginosos jardins alpinos de La Rambertia e no inverno o centro de esqui.

 

Artigo patrocinado pela TAP e originalmente publicado no SAPO VIAGENS