Saaristolaislimppu ou Pão do Arquipélago é um pão tradicional finlandês de sabor adocicado e maltado. É consumido durante todo o ano, mas é sempre uma parte essencial da mesa de Natal.
Pode ser apreciado apenas com manteiga, mas é comum na Finlândia ser barrado com patês de peixe ou ser acompanhado de gravlax de salmão. Este pão também é um acompanhamento fantástico para sopas de peixe.
O bom do Saaristolaislimppu é que fica melhor com o tempo e pode ser preparado alguns dias antes. Também pode ser congelado, o que é bom, visto que esta receita faz uma boa quantidade de pão.
INGREDIENTES
7 dl de buttermilk 50 gr de fermento 2 dl de farelo de trigo ou flocos de espelta 2 colheres (de chá) de sal 2 dl de farinha de centeio 2 dl de malte de centeio esmagado (se não encontrarem à venda em Portugal, podem encomendar on-line aqui) 7 dl de farinha de trigo 2 dl de xarope (calda preparada como o caramelo, com 2 partes de açúcar mascavado de cana e 1 parte de água a ferver) — guarde 2 colheres (de sopa) do xarope para revestir os pães.
PREPARAÇÃO
Aqueça o buttermilk a 37 °C. Junte ao fermento e misture bem. Adicione a calda e o sal.
Misture o farelo de trigo, a farinha de centeio e o malte e adicione-os à mistura de buttermilk.
Mexendo sempre, acrescente a farinha de trigo aos poucos à massa e mexa por cerca de 5 minutos. Deixe a massa crescer por uma hora.
Encha as formas de pão até a metade e deixe-as descansar por uma hora, tapadas por um pano.
Asse os pães a 175 ° C durante 1 hora e depois retire-os do forno, pincele-os com uma mistura de 2 colheres de xarope e 2 colheres (de sopa) de água e volte a por no forno. Asse por mais meia hora na grade inferior do forno.
Logo após retirá-los do forno, cubra os pães com mais uma camada da mistura de xarope e água.
A Lapónia é famosa por ser a residência "oficial" do Pai Natal e um dos melhores lugares do planeta para se ver a aurora boreal, mas esta tundra gelada de beleza surreal, localizada na parte mais ao norte da Finlândia, próxima do círculo polar ártico, esconde, sob a sua espessa camada de neve, muitos outros encantos e surpresas.
Toda a magia começa depois de uma curta viagem de avião (de cerca de uma hora) de Helsínquia para Rovaniemi, a bonita capital da Lapónia. É possível viajar também de comboio, mas o trajeto leva quase 8 horas (ou mais) e tem de se fazer um transbordo em Oulu.
Rovaniemi é a base perfeita para explorar toda a região e ver uma das principais atrações locais — A casa do Pai Natal! Na cidade existem muitos alojamentos disponíveis, com diferentes preços, tanto no centro como nas suas proximidades e é possível marcar todo o tipo de atividades a partir daqui: snowmobile, passeios de trenó, observação de aurora boreal, visita a quintas onde são criadas renas e cães da raça husky, safaris na neve...
Se reservarmos os passeios com a Lapland Safaris, por exemplo, eles emprestam-nos gratuitamente um macacão ártico, luvas e até as botas de neve, tudo artigos absolutamente essenciais para enfrentar o intenso frio que se faz sentir, principalmente no inverno, durante uma estadia em Rovaniemi.
Segundo o folclore finlandês, o habitante mais famoso de Rovaniemi — o Pai Natal — vive numa aldeia perto do centro, com a sua esposa e um exército de elfos que trabalha o ano inteiro para fabricar os brinquedos que na noite de Natal são entregues às crianças de todo o mundo, por isso obrigatoriamente, um dia inteiro, tem de ser reservado para o conhecer 😃.
A aldeia do “verdadeiro" Pai Natal fica a uma curta viagem de autocarro do centro da cidade. A entrada é gratuita e somos recebidos por música e iluminações de Natal. É difícil não ficar imediatamente conquistado pelo ambiente animado e festivo. Melhor ainda é chegar à casa do Pai Natal num trenó de renas. É aquele tipo de experiência com que todos sonhamos quando somos miúdos! Na aldeia, para além de conhecer o Pai Natal, podemos ainda visitar o seu escritório, visitar a cabana da Senhora Natal e o posto dos correios, onde nos podemos sentar e escrever um postal ou uma carta para enviar aos nossos amigos e família. Dizem-nos que se colocarmos a carta na caixa de correio vermelha ela será enviada mesmo no Natal.
Ali próximo fica o Santa Park, uma espécie de parque temático, dedicado a… conseguem adivinhar? Ao Pai Natal, é claro! Os elfos apresentam um espetáculo acrobático divertido, há uma galeria com esculturas de gelo e workshops para crianças.
O Círculo Polar Ártico que atravessa a aldeia é outro ponto de interesse. Existe até uma linha, bem identificada que marca a latitude mais ao sul onde o sol pode permanecer continuamente abaixo ou acima do horizonte por 24 horas (fenómeno conhecido como “sol da meia-noite” no verão e “noite polar” ou“kaamos” no inverno. Depois de a atravessa podemos obter um certificado a confirmar o feito 😃.
Depois de nos cansarmos de brincar na neve, de andar de snowmobile ou no trenó de renas e de rir com os disparates dos elfos, podemos ir comer ao restaurante Kotahovi que tem uma bela lareira e está instalado numa cabana de madeira tradicional da Lapónia. A sopa de salmão com pão de centeio e a rena salteada com puré de batata são algumas das especialidades que podemos provar aqui.
Visitar Rovaniemi permite-nos também mergulhar na floresta ártica e explorar as maravilhas naturais da Lapónia. Podemos ver as florestas geladas e os campos imensos cobertos de neve imaculada. Ir até Saariselka é uma boa opção. Fica a cerca de 3 horas de autocarro de Rovaniemi e tem muitas acomodações disponíveis, a diferentes preços. Destaco, pela sua originalidade, o Kakslauttanen Arctic Resort e o Wilderness Hotel Muotka & Igloos onde é possível dormir num igloo, bem quentinho, sob a aurora boreal.
No Kakslauttanen Arctic Resort, podemos experimentar outra tradição finlandesa — a sauna!
Correr para dentro de um buraco aberto no gelo, ou rebolar na neve depois do calor da sauna, não será para todos, mas vale a pena experimentar, pelo menos uma vez na vida.
Os safaris na neve, que ajudam a ter um vislumbre da vida do povo Sami (povo indígena que vive no extremo norte da Europa), são outra atividade imperdível e uma boa oportunidade de aprender um pouco sobre a cultura local. O guia conta histórias tradicionais, partilha técnicas de sobrevivência no gelo e no fim há até um autêntico jantar Sami, preparado numa fogueira e o calor de boas-vindas de uma cabana de madeira.
Quando chegar a hora de rir embora, não vale a pena voltar para Rovaniemi. O aeroporto de Ivalo fica perto de Saariselka e o Kakslauttanen Arctic Resort oferece transporte regular para este aeroporto de onde podemos apanhar o voo de regresso para Helsínquia.
Hoje partilho convosco mais uma maravilhosa tradição de Natal da Islândia — os Marens Kornflexkökur.
Estes deliciosos cookies reúnem o consenso de adultos e crianças e proporcionam momentos agradáveis e divertidos na cozinha. A receita é super simples e incrivelmente rápida de fazer. Só usa 5 ingredientes e fica pronta em 15 minutos!
INGREDIENTES
2 claras de ovo 100 g de açúcar superfino / refinado 35 g de flocos de milho, levemente esmagados 50 g de chocolate preto picado em pedaços pequenos ½ colher (de chá) de baunilha
PREPARAÇÃO
Pré-aqueça o forno a 150 ° C e forre uma travessa com papel vegetal. Bata as claras em neve na batedeira, acrescentando lentamente o açúcar, até formar picos firmes. Misture delicadamente os pedaços de chocolate, os flocos de milho e a baunilha. Coloque colheres de sopa da mistura na forma já preparada, com espaçamento de 2,5 cm entre elas. Asse por 15 a 20 minutos ou até que a parte exterior esteja crocante. Retire do forno e deixe esfriar.
Para decorar, derreta 50 g de chocolate preto e passe uns fios por cima dos cookies, depois polvilhe cada um com alguns flocos de sal e sirva.
No inverno, a Serra da Estrela veste-se de branco e convida às brincadeiras na neve, aos passeios até à Torre, mas também ao aconchego de uma lareira. Há várias opções de alojamento, uns mais em conta, outros mais “salgados”, que nos podem servir de base para explorar esta Serra onde a natureza domina e o ar é tão puro que até nos refresca a alma!
Espreitem aqui as sugestões:
Casa das Penhas Douradas - Burel
Situado no Parque Natural da Serra da Estrela, este hotel design disponibiliza quartos com painéis de madeira, grandes janelas panorâmicas e um alpendre mobilado com vista para a serra. Os hóspedes podem descontrair na piscina interior aquecida ou na sauna. As salas de estar públicas da Casa das Penhas Douradas incluem uma grande biblioteca e uma sala de cinema e o Spa disponibiliza massagens, um duche vichy e uma sala de relaxamento. Há caminhos pedonais em volta da Casa e o SkiParque fica a 30 minutos de carro.
Casa d'Avenida
Localizada no centro de Manteigas, a Casa D'Avenida é uma casa familiar recém-renovada, situada no interior do Parque Natural da Serra da Estrela. A propriedade dispõe de 4 quartos duplos decorados de forma elegante, e há uma sala de estar comum, onde os hóspedes podem relaxar. A Casa D'Avenida fica a 35 minutos de carro da Estância de Esqui da Serra da Estrela, a única deste tipo em Portugal.
Cota 1500 - Chalé 32 - Penhas da Saúde
Situado em Penhas da Saúde, o Cota 1500 - Chalé 32 é um alojamento local confortável e acolhedor. Tem uma sala e cozinha, duas casas de banho e três quartos. Possui um terraço e uma varanda com com vistas incríveis para o Vale das Cortes e para a Montanha. A propriedade fica próxima de muitas atrações da Serra. O Covão D'Ametade, por exemplo, fica a 4 km de distância, enquanto Ski Parque - Manteigas está a 14 km.
Hotel Vila Galé Serra da Estrela
Hotel de montanha, temático, dedicado aos mitos, lendas, costumes e tradições da região serrana fica em pleno vale glaciar do Zêzere, em Manteigas. Tem 91 quartos, incluindo nove familiares, duas piscinas exteriores e ainda uma piscina de hidromassagem exterior onde se pode relaxar e apreciar a paisagem. O restaurante, que serve iguarias típicas da região, tem uma varanda panorâmica e vistas espetaculares para a Serra da Estrela. O Spa dispõe de uma piscina interior aquecida e todas a comodidade e segurança necessárias para massagens e tratamentos estéticos. Os hóspedes podem fazer um banho de imersão terapêutico com plantas locais ou desfrutar de uma massagem com lavanda da montanha. O Vila Galé Serra da Estrela tem a localização perfeita para nos meses mais frios, quando a neve é a estrela, se praticar desportos de inverno como o esqui ou o snowboard. A partir daqui também podemos visitar alguns dos pontos mais conhecidos da Serra como o Poço do Inferno, o Covão d’Ametade ou o Covão dos Conchos e ainda os museus do pão, do queijo ou dos lanifícios.
Casa da Escola Antiga
Este alojamento local disponibiliza acomodações e vistas do jardim para Manteigas e tem estacionamento privado gratuito. Encontra-se numa zona onde os hóspedes podem participar em atividades como caminhadas e pesca. O Ski Parque - Manteigas fica a 2,9 km e as Termas de Manteigas estão a 10 km.
Hotel da Fábrica
O Hotel da Fábrica fica situado em Manteigas no coração da Serra da Estrela, com vista para o Vale Glaciar, a 1,9 km das Termas e a 7 km do Ski Parque. Está instalado numa antiga fábrica da Ecolã por isso é também uma espécie de museu. É um edifício cheio de história onde podemos descobrir como era feita a tecelagem da lã e os mistérios do burel. O hotel dispõe ainda de uma piscina interior.
Casa de Manteigas
Com vistas para o rio e a apenas 400 metros das Termas de Manteiga, este alojamento local fica numa área onde os hóspedes podem participar em atividades como caminhadas e esqui. O apartamento tem uma sala de estar, cozinha, 4 quartos e 2 casas de banho. O Ski Parque fica a 8 km da propriedade
Abrigo da Montanha Hotel Rural
Localizado em Sabugueiro, dentro da paisagem natural do Parque Natural da Serra da Estrela, este hotel de 4 estrelas dispõe de uma piscina interior com vistas cénicas para a montanha, de um restaurante à carta e de um bar. O Abrigo da Montanha Hotel Rural fica a cerca de 21 km do sopé da Serra da Estrela.
Luna Chalets da Montanha - Serra da Estrela
Situada na região da Covilhã, esta propriedade dispõe de vistas panorâmicas para a serra e chalés com varandas, 3 quartos, 2 casas de banho, uma espaçosa sala de estar e uma kitchenette totalmente equipada. O restaurante do hotel serve cozinha tradicional portuguesa, preparada com ingredientes frescos e sazonais e os hóspedes do Luna Chales de Montanha beneficiam de condições especiais para praticar esqui na Serra da Estrela. O hotel fica a apenas a 10 minutos (de carro) da Estância de Esqui, onde os hóspedes podem desfrutar de uma variedade de desportos de Inverno, incluindo esqui, snowboard e trenó.
A esperança de voltar a viajar sem problemas, em algum momento de 2021, volta a ganhar força, mas enquanto ainda temos de ficar em casa não custa continuar a sonhar com os nossos destinos preferidos. Partilho hoje convosco 8 velas aromáticas, que dão um belo presente de Natal e que podem ajudar a reavivar boas memórias e, talvez, inspirar novas aventuras.
Tóquio, Japão | The Ritual of Sakura
As delicadas flores da árvore sakura, a cerejeira japonesa, tantas vezes descritas pelos poetas japoneses como neve da primavera, e o leite de arroz, símbolo de abundância, felicidade e fertilidade são a base desta vela de fragrância extraordinariamente relaxante que nos transporta, na sua chama, até ao Japão. www.rituals.com
Goa, Índia | Escape - World of Goa
Abraçando a costa sudoeste da Índia, Goa distingue-se do resto do país pelas suas bonitas praias e pela sua herança cultural portuguesa. Para evocar este lugar especial a CASA criou uma vela de perfume sedutor que nos leva de volta ao caminho das Índias. pt.casashops.com
Capri, Itália | Acqua di Parma - Arancia di Capri
Acender esta vela leva-nos instantaneamente para a famosa ilha de Capri, com as suas águas cristalinas, céu azul e ar suavemente perfumado com laranja, tangerina e limão. Embora as notas cítricas tenham tendência a dominar o aroma, elas são agradavelmente suavizadas pelo cardamomo e pelo almíscar. www.acquadiparma.com
Mato Grosso, Brasil | Vela Aromática Palo Santo
Com um toque picante de pimenta e cravo, o aroma desta vela da ZARA, inspirada na queima de pau-santo, transporta-nos até ao Brasil e à floresta Amazónica, no Mato Grosso onde se encontram as árvores de onde é retirado o “pau-santo”, um pequeno pau de madeira à qual se atribui propriedades medicinais e excecionais qualidades energéticas. www.zarahome.com
Tulum, México | Diptyque Choisya
Tulum oferece muitos encantos: praias de areia fina, vibrações descontraídas e uma vida noturna agitada. Para evocar a sensação de passar férias aqui, queimem esta vela de aroma sensual, inspirada na flor de laranjeira mexicana cuja fragrância é mais verde e mais viva do que a da sua parente mediterrânea. www.candledelirium.com
Kauai, Havai | Malie Organics Plumeria Soy Candle
Estão com saudades de um ambiente mais tropical? Então deixem-se transportar pela fragrância desta vela para o Havai e para os aromas emanados pela sua flor icónica — a plumeria (também chamada de frangipani). Além de ser visualmente impressionante, esta flor (que floresce em tons de vermelho, rosa e amarelo) é culturalmente importante pois é usada pelos locais para fazer colares. Floral suave e sensual, com um toque de especiarias este aroma saúda-nos com os verdes exuberantes da ilha e um toque de frutas cítricas revigorantes. Essências de plumeria, gardénia, jasmim e sândalo comemoram a beleza vibrante e as maravilhas culturais do Havai. www.malie.com
Alpes suíços, Suíça | Lafco Ski House Feu de Bois
Com notas de pinho, sândalo e couro, esta vela promete recordar a sensação aconchegante e quente de uma cabana de montanha e de uma lareira com lenha a crepitar a dar-nos as boas vindas quando regressamos das encostas geladas dos Alpes. www.candledelirium.com
Santorini, Grécia | Santorini Escapist Candle
Esta vela é uma reminiscência dos aromas terrosos e frutados das figueiras e das deliciosas groselhas de Santorini. Notas de sândalo e âmbar formam uma base rica e sedutora que, a cada queima, nos ajuda a sonhar com o calor e com o verão animado das ilhas gregas. brooklyncandlestudio.com
Feito com uma massa fina, semelhante a uma bolacha, o laufabrauð é uma tradição de Natal islandesa. É cortado em padrões geométricos intrincados e depois frito e servido como acompanhamento no jantar de Natal.
É uma delicia! Partilho a receita para quem quiser experimentar uma receita diferente e original neste Natal.
INGREDIENTES
3 1/2 chávenas de farinha 1 colher (de sopa) de açúcar 1 colher (de chá) de fermento em pó 1 colher (de chá) de sal 3 e 1/2 (colheres de sopa) de manteiga sem sal 1 chávena mais 2 colheres (de sopa) de leite gordo aquecido Óleo para fritar
PREPARAÇÃO
Junte a farinha, o açúcar, o fermento em pó e o sal numa tigela e mexa tudo. Corte a manteiga e adicione à mistura de farinha. Junte depois o leite e mexa até formar uma massa.
Transfira a massa para uma superfície levemente enfarinhada e amasse-a até ficar homogénea. Divida a massa em vinte e cinco pequenas bolas; Trabalhe-as individualmente usando o rolo da massa para formar pequenos discos. (Cubra a massa que não está a ser trabalhada com uma toalha húmida para evitar que seque) Usando uma faca comece a marcar pequenos “V” em cada um dos discos e depois use a mesma faca para levantar a ponta dos “V”, dobrando cada uma de forma a cruzar o “V” que está atrás dele (vejam aqui como se faz)
Armazene os discos de massa cortados entre o papel vegetal e cubra com uma toalha húmida até estar pronta para fritar. Aqueça o óleo numa panela e depois frite 1 disco de massa de cada vez. Frite cerca de 30 segundos para cada lado para ficar crocante. Retire da frigideira e deixe em cima de folhas de papel de cozinha para retirar a gordura.
A Islândia pode ser uma ilha selvagem, cheia de glaciares e monumentais quedas de água, mas está longe de ser fria ou inóspita. Os seus habitantes são simpáticos e acolhedores e a paisagem transborda calor com géiseres, vulcões e fontes termais. Tem uma história viking fascinante e se soubermos onde procurar, podemos até encontrar fauna digna de um documentário.
Estão a planear um viagem até aqui para o ano? Confusos quanto ao que devem ver? Espreitem estes dois itinerários, um curto, outro mais longo. Pode ser que vos ajude a decidir 😀
REYKJAVÍK E O GOLDEN CIRCLE (3 dias)
Para quem tem poucos dias disponíveis, este é o roteiro perfeito para conhecer o lado mais cosmopolita de Reykjavíc e admirar um pouco da extraordinária paisagem islandesa.
Dia 1 - Blue Lagon
Em vez de seguirem diretos para Reykjavík assim que o avião pousar no aeroporto de Keflavík, aluguem um carro e dirijam por meia hora até à Blue Lagoon. Se puderem marquem uma noite no Hotel The Retreat onde podem usufruir de um maravilhoso SPA e de uma secção privada da Blue Lagoon, reservada apenas para hóspedes do hotel.
Dia 2 - Golden Circle
No segundo dia comecem a viagem pelo chamado Golden Circle — um percurso que cobre três dos principais pontos geológicos do país: O Parque Nacional Thingvellir (Þingvellir), a cascata Gullfoss e as fontes termais de Geysir.
Ignorem o GPS se ele vos disser para seguir para o norte, via Reykjavík e sigam antes para o sul, pela cidade piscatória de Grindavík. Esta rota é muito mais bonita, silenciosa e cénica. A primeira paragem (paragem programada, porque certamente pelo caminho vão querer sair do carro muitas vezes para fotografar a paisagem deslumbrante) deve ser no Parque Nacional Thingvellir, onde se encontra a cordilheira de Almannagjá. É aqui que as placas da Eurásia e da América do Norte se encontram e se erguem da paisagem como a lombada de um livro gigante. Foi também aqui o local do primeiro parlamento do mundo — o Althing, fundado por volta de 930 a.C.
Outra atração a não perder no parque é Oxarafoss, uma cascata que parece rugir como as vozes dos muitos vikings que por ali viveram.
Façam uma paragem para almoçar em Friðheimar, uma quinta e restaurante que serve as refeições dentro de uma estufa. Eles tem uma sopa de tomate divinal!
Depois de comer, sigam para Geysir — a segunda paragem do Golden Circle. Esta é uma das áreas com maior atividade geotérmica de toda a Islândia. Por todo o lado encontramos lama borbulhante e fumarolas. Existem muitos géiseres por aqui, desde pequenos como uma panela, até enormes, com jatos de água que “explodem” bem alto. Strokkur é o mais ativo, entrando em ebulição a cada seis ou dez minutos.
Após estacionarem, vão ver uma pequena montanha chamada Laugafell e encontrar a área geotérmica que segue as linhas tectónicas. À frente existem placas a avisar que há água a ferver e é preciso permanecer no caminho demarcado. O campos adjacentes ao caminho fumegam e até mesmo o pequeno riacho que corre ao longo do caminho tem uma placa de aviso.
O géiser Strokkur é a estrela deste lugar e encanta todos os visitantes com erupções de até 30 metros de altura, enquanto o Geysir, que dá o nome a esta área, o faz até 80 metros de altura (apesar de atualmente estar adormecido).
A última paragem do Golden Circle é Gullfoss, uma monumental queda de água, com 200 metros de largura, que em pleno fluxo pode canalizar cerca de 1.400 metros cúbicos de água por segundo. Gullfoss é uma das cascatas mais icónicas da Islândia e é formada a partir da água do rio Hvítá que viaja do glaciar Langjökull, antes de cair em cascata por 32 metros. Gullfoss, na verdade, pode ser considerada como duas cascatas porque caí por dois “degraus”. A primeira e mais curta tem 11 metros, enquanto a segunda tem 21 metros.
Atividades adicionais que podem ser feitas em Gullfoss, incluem visitar o glaciar Langjökull, o segundo maior da Islândia, a seguir a Vatnajökull, e entrar nos seus túneis de gelo ou andar de snowmobile ao longo da sua superfície brilhante.
Depois da visita, aqueçam-se com um café no centro de visitantes de Gullfoss e preparem-se para as duas horas de carro de volta a Reykjavík, onde recomendo ficar no Hotel 101, um boutique hotel situado num antigo prédio de escritórios, numa esquina movimentada no centro da capital islandesa. O seu nome é uma referência ao código postal mais antigo do centro da cidade — 101.
Dia 3 - ReykjavÍk
ReykjavÍk é melhor explorada a pé. Com a sua arte urbana e museus inusitados, uma caminhada pela cidade pode ser uma autentica caça ao tesouro. Não deixem de visitar a Hallgrímskirkja, a igreja que parece um foguetão. A partir daqui, são 20 minutos a pé até ao Museu Nacional da Islândia, onde podem descobrir a história do país e ver artefactos bem preservados da época dos vikings.
Voltando ao centro, se estiverem à procura de uma recordação para levar de Reykjavic, passem na Fischer, uma peculiar concept store, que vende perfumes, sabonetes, velas, chás…
Para almoçar parem no Skál ! e provem as deliciosas criações do chef Gísli Matt que prepara pratos lindos a partir de ingredientes locais e sazonais.
O panorama gastronómico de Reykjavík tem crescido muito nos últimos anos e o Matur Og Drykkur, é outro restaurante que vale a pena conhecer. Peçam o menu de degustação "do mar" e deliciem-se com a sopa cremosa de mexilhão. Aquece até a alma! 😌.
Na parte da tarde visitem o Museu Marítimo e a exposição Whales of Iceland (Baleias da Islândia) onde podemos ver modelos em tamanho real de baleias azuis e jubarte. Vale muito a pena.
Quem tem mais dias disponíveis pode estender a viagem e depois do Golden Circle, fazer o Diamond Circle, que abrange as quatro principais atrações do norte da Islândia: O Lago Mývatn, a Cascata Dettifoss, o Desfiladeiro Ásbyrgi e a pitoresca cidade de Húsavík.
DIA 4 - Reykjavik até Húsavík
A partir de Reykjavic podemos chegar até Húsavík, de carro ou de avião. Se forem de carro contem com mais um dia de viagem, são pelo menos 6 horas a conduzir. Tenham em mente que a Islândia é um país com muita estrada e poucos postos de gasolina. Certifiquem-se de que ficam atentos e enchem o tanque sempre que tiverem oportunidade, é melhor do que arriscar e ficar parado no meio da estrada.
DIA 5: Húsavík e Tjörnes
A pequena cidade costeira de Húsavík, é o lugar perfeito para observar as diferentes espécies de baleia que passam pela baía de Skjálfandi. Há baleias minke, baleias azuis, baleias jubarte, orcas e golfinhos. Comecem a manhã a fazer um passeio de barco com a North Sailing, os guias conhecem bem o mar e conseguem chegar bem perto das baleias. Casacos e impermeáveis estão disponíveis para quem precisar e a bordo são servidos chocolate quente e pãezinhos de canela.
Foto: North Sailing
Quando voltarem para terra, caminhem até à igreja de madeira que domina a paisagem da cidade. Foi construída em 1907 pelo arquiteto Rögnvaldur Ólafsson e no altar existe uma pintura que usou como modelo os habitantes da cidade de Húsavík.
Para o almoço, façam como os pescadores e sigam para o Fish and Chips, que fica um pouco fora da rua principal em Hafnarstétt 19. O restaurante tem um deck externo com vista para o porto, de onde podemos observar os barcos.
Depois de comer, sigam para norte pela Norðausturvegur (estrada 85) até a Península de Tjörnes, conhecida pelas suas falésias ricas em fósseis e pelas colónias de papagaios-do-mar.
Assim que o sol se começar a pôr, regressem para Húsavík para jantar no Naustið, um restaurante especializado em peixe. Tem no menu um pouco de tudo: tacos de peixe, sopa de peixe, tártaro de peixe, peixe e legumes grelhados na hora… Guardem espaço para o bolo de ruibarbo que vem coberto com um crumble de canela e chantilly fresco. É delicioso!
Recomendo passar a noite na Árból Guesthouse, localizada na extremidade oeste do Parque Húsavík. O prédio foi construído em 1903 e é um dos mais antigos da cidade, mas os quartos foram todos reformados e decorados no estilo escandinavo. As camas são tão macias e confortáveis que no dia seguinte, o difícil é acordar 😜.
DIA 6: Hljoðaklettar e Ásbyrgi
Tomem o pequeno almoço no Árból, e preparem-se para mais um dia na estrada. Encham o tanque de gasolina, comprem frutas, snacks e água no supermercado e passem na padaria Heimabakari, para comprar sanduíches, porque encontrar um lugar para comer no caminho pode ser difícil.
Regressem à estrada 85, voltem a passar pela Península Tjörnes e continuem até ser possível virar à direita na estrada 862 — também conhecida como Dettifossvegur. Sigam até Hljoðaklettar que se localiza na entrada de Vesturdalur, no Parque Nacional Vatnajökull.
Hljoðaklettar, significa “rochas que ecoam”, porque são formações rochosas, colunas e cavernas, conhecidas por criar ecos e reverberações espantosas quando o vento passa por elas. Se experimentarem gritar ali, vão ver como o eco funciona. A área de Hljóðaklettar tem duas trilhas que partem do estacionamento: Uma está marcada a azul e é uma caminhada fácil de 1 km que leva cerca de 30 minutos a fazer, enquanto a outra (marcada a vermelho) é uma volta mais desafiadora que leva 2 horas a ser concluída.
A próxima paragem no Parque Nacional de Vatnajökull deve ser em Ásbyrgi, um desfiladeiro em forma de ferradura com cerca de três quilómetros de comprimento. Ásbyrgi, significa "abrigo dos Deuses", e proporciona vistas realmente dignas de um Deus. Uma das melhores é a partir da lagoa de Botnstjörn, porque abrange o desfiladeiro, as falésias e a floresta. Há nove trilhas com diferentes graus de dificuldade para percorrer em Ásbyrgi e seus arredores a partir do centro de visitantes. Há caminhadas fáceis de 30 minutos e caminhadas dificeis de até sete horas ao redor do desfiladeiro. As opções de restaurantes nesta área são limitadas — afinal, é um parque nacional —, por isso o melhor é comer no restaurante do centro de visitantes.
Reservem atempadamente uma das pequenas casas Nordic Natura no Airbnb ou no Booking.com. Ficam muito perto de Ásbyrgi e tem um pequeno deck de onde podemos observar a paisagem. A roupa de cama, as toalhas e os sabonetes, são todos orgânicos.
DIA 7: Dettifoss e Mývatn
De manhã, sigam para o sul pela Estrada 864 até Dettifoss. Antes de ver esta cascata gigantesca, vão ouvi-la. São 193 metros cúbicos de água por segundo, a cair por 45 metros, no desfiladeiro Jökulsárgljúfur. Coloquem a mão numa pedra perto da cascata e garanto que vão sentir as vibrações.
Em seguida, voltem para o carro e continuem para o sul ao longo da 864 antes de virarem para oeste na Estrada 1 em direção a Mývatn; Para almoçar, parem no Vogafjós Farm Resort. Esta quinta e hotel de propriedade familiar, tem um restaurante dentro de um antigo estábulo e serve especialidades como pernil de cordeiro sem osso.
Guardem a tarde para relaxar no Mývatn Nature Bath, onde a temperatura das águas geotérmicas varia entre os 36º e os 40º C. Não é à toa que este complexo é conhecido como a Blue Lagoon do norte.
Depois de se secarem e de provarem um pão assado no subsolo, servido no café Kvika, que fica no local, continuem até ao Hotel Laxá, onde recomendo que passem a noite. É um hotel de decoração minimalista, com grandes janelas e vistas para Mývatn e para Vindbelgur. Com sorte, à noite (entre Setembro e Março) podemos ver aqui a aurora boreal!
DIA 8: Dimmuborgir, Víti e Skútustaðagígar
Se tiverem tempo, aproveitem um dia inteiro na região de Mývatn. Perto dali fica Dimmuborgir (a "Fortaleza das Trevas"), uma área com rochas de lava e cavernas. Um dos destinos de caminhada mais populares, Hverfjall, eleva-se a 400 metros do solo e chegar ao topo por um dos dois caminhos indicados leva aproximadamente 20 minutos. As vistas sobre Dimmuborgir e Mývatn são incríveis.
Outras atrações ao redor de Mývatn incluem Víti em Krafla (uma cratera com um lago azul cintilante) e Skútustaðagígar, uma área natural protegida, conhecida por ser perfeita para a observação de pássaros.
DIA 9 E 10: Goðafoss e regresso a Reykjavík
O Dimond Circle, como o nome indica é uma rota circular, e muitos viajantes optam por continuar, rumo ao norte de Mývatn, para visitar a cascata Goðafoss e depois voltar para Húsavík, onde “acaba” a rota. Se tiverem mais um dia, considerem adicionar isto ao roteiro antes de regressarem a Reykjavík.
Plain in Pigna, que significa algo como “feito no forno”, é um prato tradicional da região Suíça de Engadin, originalmente preparado com batata, bacon, milho e salsiz (salame de carne seca).
É confort food no seu melhor e perfeito para aquecer a alma naqueles dias frios de inverno em que só nos apetece ficar em casa.
INGREDIENTES
800 g de batata 1 colher (de sopa) de farinha de trigo 3 colheres (de sopa) de farinha de milho noz-moscada, sal e pimenta a gosto 150 g de bacon, em cubos 50 g de manteiga
Nota: O salsiz, como é mais dificil de encontrar em Portugal, nesta receita foi substituido por 50 g de bacon.
PREPARAÇÃO
Pré-aqueça o forno até 200º C Descasque e rale as batatas.
Numa tigela grande, misture as batatas, a farinha de trigo e a farinha de milho, a noz-moscada, o sal e a pimenta e o bacon.
Espalhe a mistura numa forma (que pode forrar com papel vegetal, se depois quiser desenformar). Parta a manteiga em pedacinhos e polvilhe por cima.
Asse por cerca de 30-40 minutos ou até ficar dourado e crocante.
St. Moritz, um dos mais famosos e um dos primeiros resorts de inverno da Europa, é uma mistura sedutora e inebriante de experiências que combinam o arrebatador cenário alpino com a elegância cosmopolita, a cultura, a extraordinária gastronomia e um toque de magia — afinal é aqui que fica a cabana da pequena Heidi!
Viajar para St. Moritz, por si só, já é uma experiência inesquecível, principalmente quando é feita de comboio no Bernina Express — a linha férrea que liga a Itália à Suíça. Para quem está em Zurique basta embarcar na Estação Central com destino a Chur e depois daí para St. Moritz.
Logo à chegada, a magnífica vista impressiona, principalmente no inverno. Abrange as montanhas de Languard até Julier e os mais proeminentes picos de Rosatsch, Surlej e Corvatsch, que imediatamente nos recordam um dos principais atrativos da região — a neve!
ESTÂNCIAS DE SKI
As origens do turismo de inverno em St. Moritz remontam ao final do século XIX e esquiar é realmente a principal atração do inverno, com mais de 20 elevadores que transportam esquiadores para diferentes níveis de dificuldade. Quem não estiver à vontade para enfrentar picos como Corviglia e Corvatsch, encontra em St. Moritz dois lugares fantásticos para aprender: a Suvretta Snowsports School, a mais antiga escola de esqui da Suíça e a Swiss Ski School de St. Moritz. Tanto numa como noutra é possivel marcar lições de 1 hora ou mais.
Mas, ski e snowboard não são os únicos desportos de inverno em St. Moritz, que oferece também pistas de patinagem no gelo (alguns artificiais outros naturais); ski nórdico (aquele que abrange todos os tipos de ski onde o calcanhar da bota não está fixado ao esqui, ao contrário do que acontece no ski alpino); curling; tobogã e bobsledding. Os eventos mundiais de ski são frequentes e todos os anos há corridas de cavalos no lago congelado, bem como pólo de inverno. Uma experiência única que podemos ter em St. Moritz é um emocionante “passeio” de bobsled na única pista natural de bobsled do mundo. Com a ajuda de pilotos experientes, podemos ter quase a mesma experiência que os bobsledders do campeonato olímpico e mundial, ao “mergulhar” num percurso de 1.722 metros onde é possível alcançar velocidades de até 135 quilómetros por hora. São só cerca de 75 segundos, mas são segundos cheios de adrenalina! O Olympia Bob Run - Guest Ride (assim se chama esta experiência) tem de ser marcado com antecedência e a disponibilidade pode ser verificada on lineaqui.
Para vistas incríveis, é recomendado apanhar o funicular de St. Moritz Dorf até Corviglia. O funicular tem uma estação intermediária a 2.005 metros, em Chantarella. O Pico de Corviglia fica a 2.486 metros, e oferece vistas alpinas deslumbrantes e excelentes pistas de ski, além de um restaurante. A partir daqui, um teleférico faz a subida de 10 minutos até ao pico Nair, que dos seus 3.057 metros de altitude oferece vistas ainda mais extraordinárias.
SPA E WELLNESS
Mas nem só de experiências na neve vive St. Moritz. Um relaxante programa de bem-estar em um dos muitos spas da região é obrigatório!
Muitos não sabem, mas St. Moritz deve originalmente a sua fama a fontes de água medicinal que há mais de 3000 anos brotam das profundezas daquelas terras, por isso quem está em busca de um tratamento regenerador deve dirigir-se até Ovaverva que oferece piscinas e um SPA, para além de um Centro Desportivo. Não é apenas Ovaverva (que significa “água da vida”) que oferece desaceleração para o corpo e para a alma. Piscinas de água quente, tratamentos e massagens também estão à disposição, nos numerosos hotéis de luxo de St.Moritz. Um dos melhores é o The Spa, do Grand Hotel Des Bains Kempinski. Tem uma variedade de tratamentos e uma enorme piscina coberta, iluminada pelo sol, que é maravilhosa. A piscina exterior aquecida, com vista para as montanhas, do SPA do hotel Carlton merece igualmente destaque.
A GASTRONOMIA
Tratar bem o corpo também significa comer bem e aí, novamente, St Moritz não desilude. St. Moritz é uma meca gourmet onde, dizem, um em cada dez restaurantes possui uma classificação que vai de pontos Gault & Millau a estrelas Michelin.
A confeitaria Hanselmann, por exemplo, é provavelmente a melhor (doce) introdução que podemos ter da cidade. Imperdiveis são a nusstorte (tarte de nozes), o chocolate quente e os pretzels.
Já o almoço sabe melhor com vista, e aqui o chef Reto Mathis domina. O famoso chef de cozinha tem um império que abrange vários restaurantes, cafés e lojas de alimentos, quase todos no topo das montanhas. Os seus pontos mais conhecidos são La Marmite e La Terrazza - este último é incomparável pois tem uma enorme esplanada exterior. Mantas de lã e chapéus de sol são disponibilizados para os clientes poderem fazer face ao frio e ao sol, enquanto provam as deliciosas criações de Mathis confecionadas com produtos regionais.
Infelizmente, estes restaurantes no topo da montanha estão abertos apenas durante a temporada de ski. Se por acaso estiverem em St. Moritz no verão, sugiro que experimentem o Restaurante Piz Nair, onde podem apreciar vistas dignas de cartão-postal e pratos regionais clássicos, como linguiça de vitela com batatas assadas ou carpaccio de veado.
Para um chá das cinco inesquecível, dirijam-se ao Badrutt's Palace — provavelmente o hotel mais famoso dos Alpes e um ícone de St. Moritz. Servido no Le Grand Hall este chá inclui delicias como salmão, queijo, presunto, pequenas sandes, scones com geleia, uma seleção requintada de bolos e doces e 28 tipos diferentes de chá para escolher.
No jantar, uma excelente opção é o Restaurante Stars, em Nira Alpina que serve deliciosos pratos com vista panorâmica de Engadin. De todos os melhores restaurantes de St. Moritz, o Cà d'Oro, restaurante do Grand Hotel Des Bains Kempinski, é talvez o mais original. Serve comida mediterrânea e tem à frente da cozinha o chef alemão Matthias Schmidberger e uma equipa incrível que garante sempre a melhor experiência gastronómica. O Cà d'Oro é mais um daqueles lugares em St. Moritz que só podemos visitar durante o inverno, pois encerra no verão.
Completamente diferente, mas localizado próximo do Hotel Kempinski, é o La Baracca, uma espécie de pub que já virou uma instituição em St. Moritz. Serve pratos simples, mas saborosos.
Para um bom garfo, os mercados da vila são outra tentação. Oferecem todos os tipos de especialidades regionais. Tem artesanato local, degustações e até mesmo um programa infantil. É difícil não sucumbir ao irresistível mel, às salsichas preparadas de forma artesanal, ao pão das padarias locais, à cerveja artesanal produzida a partir de água de nascente da montanha, aos vegetais orgânicos, etc, etc...
EXPLORAR O CENTRO DA CIDADE
Depois de provar tanta comida boa o melhor mesmo é explorar o pequeno centro da cidade e descobrir as casas tradicionais de Engadin, com o seu sgraffiti (técnica de decoração de parede) e arquitetura art nouveau; as lojas de moda e os museus e galerias de arte que enriquecem o panorama cultural de St. Moritz.
A Via Serlas é incontornável para os shopaholics. Éum verdadeiro centro comercial ao ar livre e concentra numa pequena área todas as principais marcas internacionais de luxo. Aqui podemos encontrar de Chanel a Gucci, de Prada e de Louis Vuitton a Ralph Lauren, Dolce & Gabbana, Cartier e Tom Ford.
Quem gosta de arte tem de visitar o Museu Segantini. É dedicado ao pintor Giovanni Segantini, que se destacou no movimento do Simbolismo Realista e ocupa uma casa com uma enorme abobada do início do século XVIII. A série de pinturas mais famosa de Segantini — um tríptico designado: Vida, Natureza e Morte, também está exposto aqui.
Já quem gosta de história, não deve perder o Museu de Engadin. Abriga mais de 4.000 obras que ilustram a vida local dos séculos XIII ao XIX. A coleção tem um pouco de tudo: moveis, bordados, utensílios domésticos e agrícolas… Os exemplos de escultura em madeira alpina são excecionais e é muito interessante ver os artefactos do Neolítico, da Idade do Bronze e os achados romanos da região.
A escada rolante entre um estacionamento e um hotel pode parecer um local estranho para montar uma galeria de arte, mas é exatamente isso que podemos encontrar ao passar da garagem de Serletta para o Badrutt's Palace Hotel. A Design Gallery de St. Moritz todos anos tem um tema diferente, pode ser uma exposição de posters vintage publicitando o ski alpino, viagens de comboio e os Jogos Olímpicos de Inverno ou uma exposição de fotografias.
Quem aprecia arquitetura tem de ver o Chesa Futura — um extravagante prédio de habitação, construído pelo famoso arquiteto britânico Norman Foster. Combina um design futurista com materiais de construção tradicionais. O prédio fica na Via Tinus, 25.
Outra casa famosa da região é a cabana da Heidi, a personagem criada pela autora suíça Johanna Spyri que animou (e continua a animar) a infância de tantas e tantas crianças. A obra é um dos livros infantis mais populares do mundo e a cabana (atualmente fechada para restauro), onde em 1952 foi filmado o filme original, pode ser visitada gratuitamente, caminhando de St. Moritz até Salastrains. A caminhada é longa e a cabana na verdade não tem absolutamente nada de especial, mas para mim é sempre uma recordação da magia da infância e uma das razões que ajudam a fazer de St. Moritz um lugar extraordinário!