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The Travellight World

Inspiração, informação e Dicas de Viagem

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Inspiração, informação e Dicas de Viagem

Sex | 31.07.20

Mojito de Melancia

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Se há duas coisas que associo ao verão são melancias e mojitos. Então e que tal combinar os dois? Muito doido não é? também achei, depois provei e ADOREI! Por isso tinha de partilhar a receita convosco 😉

Ingredientes

4 fatias de limão
5 folhas de hortelã
1 colher de xarope de açúcar
Gelo
1 colher e meia (de sopa) de puré de melancia (melancia descaroçada e passada no liquidificador)
90ml de rum
Água tónica ou ginger ale
Folhas de hortelã, para decorar

 

Preparação

Numa coqueteleira, adicione as fatias de limão a hortelã e o xarope de açúcar*. Junte o gelo e depois o puré de melancia e o rum.
Agite bem.

Despeje num copo, cubra com água tónica ou ginger ale. Decore com um quadrado de melancia e hortelã fresca.

 

*para fazer o xarope de açúcar coloque 50/50 de água e açúcar numa panela. Misture com uma colher em fogo brando até o açúcar derreter por completo na água. Deixe esfriar antes de usar)

 

Qui | 30.07.20

Herdade da Rocha | O Alentejo no seu melhor

fullsizeoutput_4dd2Fotos: Travellight e H. Borges

A vida tem destas coisas… depois de passar mais de 20 anos a viajar quase ininterruptamente pelo mundo, eis que agora, à conta da pandemia, me vejo “confinada” a Portugal. Que chatice? NÃO! Que sorte!

É uma bênção viver num país tão belo e que tem tanto para oferecer 😊.

No inicio da semana passada decidi rumar ao Alto Alentejo para aproveitar uns dias de descanso na paz e tranquilidade do interior português e no roteiro tinha a visita a vilas históricas como Crato e Alter do Chão, por isso procurei um alojamento que ficasse naquela área. Optei por reservar um quarto na Herdade da Rocha. Os motivos?

São simples de explicar.

A Herdade tinha uma propriedade enorme para explorar, só 8 quartos (logo, poucas pessoas com quem dividir o espaço), uma piscina linda, vinhas e adega, arquitetura, arte e design, quarto com vista… enfim, tudo. A combinação pareceu-me perfeita.

Chegar foi um pouco difícil porque a propriedade não aparecia no GPS e o site da Herdade da Rocha não tinha informação das coordenadas. Um telefonema rápido para a receção resolveu o problema e lá dei com o lugar.

O check-in foi rápido e todos os cuidados de higiene foram respeitados: havia álcool gel à entrada, a funcionária estava de máscara (assim como eu), a chave foi desinfetada antes de ser entregue… enfim, tudo o que as circunstâncias atuais exigem.

O quarto era confortável, decorado com muito gosto e com detalhes que fazem a diferença, como amenities da marca Rituals ou um cesto para levar a toalha da piscina.
Tinha uma pequena varanda com vista para as vinhas e uma mesa com cadeiras, onde de manhã, a pedido, podia ser servido o pequeno almoço.

As áreas comuns são igualmente confortáveis e tem um ambiente familiar e aconchegante. Os detalhes da decoração deixaram-me encantada. 

A piscina e toda a área circundante é perfeita para relaxar, principalmente de manhã bem cedo. Por momentos, as palmeiras e esculturas asiáticas, quase te fazem acreditar que saíste do Alentejo e estás em Bali ou talvez na Tailândia.

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Mas, aquilo que realmente distingue esta Herdade são as suas belíssimas terras. Coladas às encostas da serra de S. Mamede, são ideais para descobrir a pé ou de bicicleta. Tem as oliveiras, as vinhas; uma adega deslumbrante — a Herdade produz vinho de excelente qualidade (e azeite também); um passadiço; zona de piquenique; bonitos trilhos, pontuados aqui e ali por esculturas incríveis; um monumento designado por Retiro da Paz, que convida ao recolhimento e à meditação; e como bónus, durante o passeio ainda podemos encontrar vários animais como veados e cabras. É um verdadeiro deslumbre!

Já me hospedei em muitos hotéis maravilhosos, mas devo dizer que este me surpreendeu (e muito) pela positiva. As fotos não fazem justiça à beleza deste lugar.

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O pequeno almoço, escolhido à carta, era decente, mas nada que mereça muitos comentários. Tinha fruta fresca, pão, croissants, queijo, presunto, ovos, sumo de fruta — o habitual neste tipo de unidade hoteleira. A apresentação é que foi um pouco descuidada (as torradas chegaram a vir queimadas, o café tinha muitas borras… — detalhes que podiam ser melhorados). Aliás, o único ponto fraco para mim, foi mesmo o restaurante, que me pareceu estar a funcionar com serviços mínimos...

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Em todo o caso os funcionários foram muito simpáticos e prestativos e tudo o resto foi tão bom, mas tão bom, que fiquei com imensa vontade de regressar.

Se tiverem oportunidade, não deixem de ir conhecer a Herdade da Rocha. Vale mesmo a pena!

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Sigam a minha conta de Instagram se tiverem curiosidade de ver as stories que fiz na Herdade e noutros belos hoteis de Portugal.

Tchau!

Travellight

Qua | 29.07.20

Barrigas de Freira

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As ordens religiosas, conventos e mosteiros foram os percursores da doçaria em Portugal e deixaram de herança delicias como as barrigas de freira, um doce que é um pecado, nada aconselhado a quem está de dieta 😉

Partilho aqui uma receita de barrigas de freira à antiga, que é comum encontrar na região do Alentejo.

INGREDIENTES

250 g de açúcar
1,25 dl de água
100 g de miolo de pão duro
6 Ovos
100 g de amêndoa em pó
2 colheres (sopa) de  manteiga
Canela em pó para polvilhar


PREPARAÇÃO

Deite o açúcar e a água para um tacho e leve ao lume até obter o ponto pérola (se o fio que corre da colher for espesso e ficar uma gota suspensa na extremidade, a calda está em ponto de pérola).


Triture o miolo de pão até ficar em pó. Numa tigela, bata os ovos, junte o miolo de pão e o miolo de amêndoa em pó e mexa. Adicione depois a calda de açúcar, em fio e mexendo sempre.



Deite a mistura anterior para um tacho e leve ao lume, adicionado a manteiga em pequenas quantidades e mexendo sempre até engrossar. Retire do lume, verta para uma tigela, deixe arrefecer e sirva polvilhado com canela em pó.


 

Receita retirada com pequenas alterações do site www.teleculinaria.pt

Ter | 28.07.20

Pelas ruas desertas do Centro Histórico do Crato

A Vila do Crato, no coração do norte Alentejano, tem uma história que remonta ao III milénio a.C. Foi o centro português da Ordem de Malta e o berço de D. Nuno Álvares Pereira, o Santo Condestável.

Um passeio pelas ruas quentes e (incrivelmente) desertas do seu Centro Histórico, conduziu-me recentemente, à (re)descoberta desta terra por onde andaram nobres cavaleiros e casaram reis de Portugal.

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A Vila do Crato foi conquistada aos mouros em 1160 pelas tropas de D. Afonso Henriques, e depois doada em 1232, pelo rei D. Sancho I à Ordem de Malta (também designada por Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta), que a desenvolveu e fortificou.

No século XIV a vila assistiu à construção do magnífico Mosteiro de Santa Maria de Flor da Rosa (hoje convertido na Pousada Mosteiro do Crato), que se tornou a sede da Ordem de Malta em Portugal. Foi Frei Álvaro Gonçalves Pereira, Prior do Crato e pai do Condestável D. Nuno Álvares Pereira, quem mandou construir o Mosteiro, transformando a vila numa das mais importantes vilas alentejanas, tanto a nível militar, como religioso.

A época áurea da Vila do Crato, chegou durante o século XVI, com a edificação do Paço do Castelo, palco dos grandes casamentos régios de D. Manuel I com D. Leonor de Castela, em 1518, e de D. João III com D. Catarina da Áustria, em 1525.

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Ao percorrer as ruas vazias do Centro histórico do Crato, vagarosa — como os 39 graus centígrados de temperatura do ar me obrigavam a ser — pude observar com toda a calma, os interessantes exemplos de arquitetura medieval, solares, igrejas, ermidas e painéis de azulejo. 
Quem estiver um pouco atento, como eu, vai conseguir identificar também várias cruzes da Ordem de Malta, nos edifícios e placas toponímicas que encontramos pelo caminho.

Passei pelo Museu Municipal, instalado num palácio barroco e depois vi o Palácio do Grão-Prior, construído pelo arquiteto Miguel Arruda, na atual Praça do Município. Do edifício resta apenas uma janela e uma imponente varanda sustentada por arcos de volta perfeita, decorada com rosáceas e meias-rosáceas. Na praça vê-se também o edifício dos Paços do Concelho e o Palácio Sá Nogueira, assim como um belíssimo Pelourinho onde era exercida a justiça na vila.

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Murais de arte urbana, trouxeram-me de volta ao presente, apenas para me conduzir de novo ao mundo da imaginação.

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Vi a Capela de Nossa Senhora do Bom Sucesso, mandada construir em 1755 para que os presos da antiga cadeia em frente, pudessem assistir aos serviços religiosos; e a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, edificada originalmente em 1232, da qual resta apenas a estrutura da torre, sendo a igreja atual resultado de sucessivas reedificações e adições feitas durante os séc. XV e XVIII.

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De longe, mais tarde, ainda vi os vestígios do Castelo do Crato (também conhecido como Castelo da Azinheira), uma construção medieval onde se destacam as plataformas para artilharia, a porta do fortim e uma cisterna.

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Gostaria ainda de ter saboreado umas deliciosas Barrigas de Freira, doce tão típico desta região, mas pareceu-me que estava tudo encerrado...

fullsizeoutput_4d49... Enfim, fica a desculpa para voltar mais uma vez a esta bela vila Portuguesa 😉

Tchau!
Travellight

Sex | 17.07.20

Yemas de Ávila

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Também são chamadas de yemas de Santa Teresa, uma homenagem a Santa Teresa de Jesus. É o principal doce da região de Ávila, em Espanha. São pequenas bolinhas doces, cor laranja, que lembram gemas de ovo (daí o seu nome). Levam ovos, açúcar, canela e casca de limão.

É o doce perfeito para servir numa festa de crianças (e não só 😉)

INGREDIENTES

12 gemas de ovos
180 g de açúcar
1 pau de canela
casca de meio limão
100 g de açúcar de confeiteiro
Água

 

PREPARAÇÃO

Coloque 10 colheres (de sopa) de água, o açúcar, a casca de limão e o pau de canela numa panela. Aqueça e deixe ferver em fogo muito baixo, mexendo sempre.

Quando a calda engrossar e ficar com a consistência de um xarope, desligue o fogo. Retire o pau de canela e a casca de limão e reserve.

Passe as gemas por uma peneira fina e adicione-as à calda. Coloque a mistura novamente no fogo e mexa até começar a “despegar” da panela. Nessa altura retire do fogo. Tenha cuidado para não deixar a mistura ferver (se isso acontecer as gemas podem coalhar).

Despeje a mistura num prato e deixe esfriar. Trabalhe a massa até formar um rolo e polvilhe com açúcar de confeiteiro. Corte em 24 partes iguais. Com as mãos, faça pequenas bolas e cubra-as com mais açúcar.

Coloque as bolinhas em formas de papel e sirva. Se desejar pode ainda enfeitar cada uma das Yemas de Ávila com uma cereja.

 

Receita retirada com adaptações do site www.spain.info

Qui | 16.07.20

Espanha | 5 sugestões menos conhecidas para passar umas férias tranquilas

Num ano onde fugir das multidões é muito importante, novos destinos de férias impõem-se e lugares menos conhecidos começam a chamar a nossa atenção. Felizmente temos muita oferta em Portugal, mas para quem está a pensar em ir um pouco mais longe, o país vizinho pode ser uma boa opção.

Espanha tem pequenas cidades extraordinárias e regiões menos badaladas, que são perfeitas para passar umas férias bem tranquilas. Espreitem aqui:

Setenil de Las Bodegas, Andaluzia

Setenil de las Bodegas é sem dúvida uma das cidades mais invulgares de Espanha. Destaca-se por entre os pueblos caiados de branco da Andaluzia, pela sua aparência insólita, onde as casas surgem debaixo de rochas enormes, que outrora pertenceram ao estreito desfiladeiro de um rio.

A cidade fica a cerca de 100 quilómetros de Cádis e, além das suas peculiares casas, abriga um impressionante castelo medieval do século XII e uma grande variedade de bares de tapas.

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Albarracín, Aragão

Albarracín é uma aldeia encantadora, localizada na província de Teruel, Aragão que está classificada como Património da Humanidade pela UNESCO, pelo seu valor histórico e artistico.

Com as suas ruas estreitas, casas avermelhadas e muralha, Albarracín tem muitos elementos que a transformam num lugar único e especial. Vale a pena explorar os caminhos do vilarejo e ver os seus edifícios e atrações como a Plaza Mayor, a catedral e as igrejas de Santiago e Santa Maria.

Quem adora a natureza, não pode deixar de visitar as Frías de Albarracín — A paisagens é maravilhosa e é neste local que nasce o Rio Tejo.

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Rías Baixas, Galiza

A região de Rias Baixas é protegida do Atlântico por uma série de ilhas: Cíes, Ons, Sálvora, Rúa. O mar por aqui raramente é agitado, e as rias têm algumas das melhores praias do país vizinho.

O resort de Sanxenxo, é bastante popular entre os galegos e deverá estar cheio no verão, por isso, para maior tranquilidade o ideal é ir um pouco mais para o interior. O pequeno mas excelente hotel Quinta de San Amaro, localizado entre as vinhas de Salnes, oferece conforto rural e fácil acesso ao mar.

Um passeio até à Playa de Rodas, nas ilhas Cies — já descrita como uma das mais belas do mundo é uma atividade imperdível. O barco para lá parte de Vigo, Cangas ou Baiona.
O número de visitantes na maioria das ilhas, agora, é regulamentado, por isso tem de ser solicitada uma permissão para ir até lá, com antecedência.

Longe da praia, vale a pena conhecer a cidade de Cambados, localizada junto às margens da Ria de Arousa e da foz do rio Umia. Encanta os visitantes com a sua elegante Praza de Fefiñáns do século XVI e os tradicionais horreos (celeiros de pedra).

Experimentem a cozinha regional no restaurante Yayo Daporta, e depois visitem a Fundação Manolo Paz, um jardim de esculturas no estuário de Umia, onde o artista galego instalou uma coleção das suas enormes obras de arte em aço e pedra.

Finalmente, não deixem de provar outro dos prazeres das Rias: os vinhos aromáticos albariño, perfeitos para acompanhar os pratos de frutos do mar.

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Matarraña, Aragão

Matarraña é um canto da Espanha intocada e selvagem, onde vales alinhados com oliveiras e pinheiros dão lugar a montanhas, rios e desfiladeiros.

A área tem o nome do rio Matarraña, onde é possível andar de caiaque, praticar natação e fazer uma caminhada espetacular (mas fácil) ao longo do desfiladeiro Parrizal. O cenário verdejante e as encantadoras piscinas naturais de cor turquesa, encantam qualquer visitante

Com pouco transito, andar de carro é um prazer e a estrada que sai ​de La Portellada em direção à vila de Ráfales é especialmente bonita.

A vida selvagem é abundante nesta região pouco povoada. Fiquem atentos às cabras Íbex que são raras e não percam o frenesim diário da alimentação dos abutres no observatório de pássaros Mas de Bunyol.

As 18 aldeias históricas de Matarraña estão quase vazias. Os jovens, na sua maioria, partiram para Saragoça e Barcelona, mas as aldeias continuam a impressionar quem as visita, com as suas igrejas góticas, galerias em arco e casas palacianas. É difícil escolher a mais bonita: talvez Calaceite, La Fresneda ou Valderrobres.

Se tiverem oportunidade, reservem uma estadia no Hotel Consolacion, que ganhou prémios pela sua arquitetura influenciada por Mies van de Rohe. Possui banheiras de imersão revestidas a ardósia, fogões a lenha para as noites frias de montanha e vistas incríveis.

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Daroca, Aragão

Cidade encantadora situada a 83 km de Saragoça, na comunidade autónoma de Aragão, Daroca está cheia de maravilhosos edifícios históricos, igrejas e ruas antigas e sinuosas. Já foi conhecida como a cidade dos “sete 7”, pois possuía o mesmo número de igrejas, conventos, fortificações, praças, portas e fontes.

A sua bonita cidade velha, cercada por 3 km de muralhas medievais com torres e portões, é uma mistura inspiradora de arquitetura gótica, românica e mudéjar.

Daroca aparece citada no poema Cantar de Mío Cid, uma obra épica anónima que relata as aventuras do herói castelhano Rodrigo Díaz de Vivar, mais conhecido como “EL Cid”

 

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Qua | 15.07.20

O Convento da Graça e a Procissão do Corpo de Deus

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Uma das melhores coisas de agora passar tanto tempo em Lisboa é ter mais vagar para (re)descobrir alguns dos espaços mais bonitos da cidade. O Convento da Graça estava na minha lista de coisas a fazer desde que, em 2017, foi restaurado e reabriu ao público, mas por uma ou outra razão, adiei sempre a visita. No inicio de Julho deste ano, finalmente, consegui lá ir e fiquei encantada!

Esta igreja, que se encontra virada para um miradouro com uma vista extraordinária para a cidade, pertenceu à Ordem dos Agostinianos Eremitas, conhecida por Ordem dos Gracianos.

Inicialmente, o convento foi edificado no Monte de São Gens, no local onde D. Afonso Henriques acampou com as suas tropas durante o cerco a Lisboa de 1147 e apenas no século XIII, mais precisamente em 1291, é que a Igreja e o convento passaram para o Largo da Graça. 

fullsizeoutput_4c10fullsizeoutput_4c0bMais tarde foram reedificados no século XVI e após o terramoto de 1755, restaurados em estilo barroco, embora tenham preservado o núcleo manuelino, constituído pelo baptistério e pela capela, assim como o claustro maneirista.

Após a extinção das ordens religiosas, o convento foi transformado em quartel de diversas unidades do exército e uma das salas chegou a funcionar como creche.

No interior da Igreja da Graça destacam-se os azulejos dos séculos XVI, XVII e XVIII; o trabalho em talha dourada dos altares em estilo rococó e as esculturas setecentistas das capelas intermédias, a decoração barroca da sacristia, com o teto alegórico, o grande painel das Relíquias e o túmulo de D. Mendo de Fóios Pereira.

A visita ao convento é gratuita e começa por uma capela, cuidadosamente restaurada, segue depois para a Sala do Capítulo, que dá passagem para o claustro.

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A Sala do Capítulo, apresenta painéis de azulejos que retratam vários mártires e tem em exposição, no seu centro, uma maravilhosa réplica da Procissão do Corpo de Deus como seria no século XVIII, composta por centenas de figuras de barro concebidas por Diamantino Tojal, em 1948.

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O detalhe e a graça destas 1.587 miniaturas, por si só, já justifica a visita a este Monumento Nacional, mas o conjunto do convento e da igreja, mais o miradouro, assim como o Jardim Augusto Gil — um pequeno oásis de paz, com uma fonte central e uma estátua de bronze — fazem deste lugar, uma atração imperdível de Lisboa.

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Tchau!

Travellight

 

 

Ter | 14.07.20

Salada marroquina de batata doce

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Nestes dias de calor, sabe bem comer pratos leves e frescos e esta salada de batata doce marroquina é super saudável e saborosa!
A mistura exótica de batata doce com pistáchios torrados, pepino, tomate, tâmaras, uma pitada de hortelã fresca e um molho cremoso de caju tornam esta salada um original prato de verão.

Partilho a receita para quem quiser experimentar 😃

INGREDIENTES

Para a salada:

1 kg de batata doce
Sal
1/3 de chávena de pistáchios
1 chávena e meia de pepino em cubos
1 chávena de tomate em cubos
1/2 chávena de coentros picados
1/2 chávena de tâmaras, em fatias finas
3 colheres (de sopa) de hortelã fresca

Para o molho:

1 chávena de caju torrado, embebido em água durante a noite
7 colheres e meia (de sopa) de água
2 colheres (de sopa) mais 1 colher (de chá) de sumo de limão fresco
1 colher (de sopa) de raspas de 1 limão grande
2 colheres (de chá) de cominho em pó
2 colheres (de chá) de gengibre fresco picado
1 colher (de chá) de canela em pó
sal e pimenta preta a gosto
1 colher (de café) de paprica
1 colher (de café) de pimenta da Jamaica moída

 

PREPARAÇÃO

Corte as batatas em pedaços grandes e coloque-os numa panela grande com água salgada. Deixe ferver.

Depois de ferver, reduza o fogo para que a temperatura se mantenha constante e cozinhe as batatas até ficarem macias, cerca de 20 a 25 minutos. Depois retire do fogo, escorra as batatas e reserve.

Aqueça o forno a 180° C e coloque numa travessa, os pistáchios até que fiquem dourados, cerca de 10 a 12 minutos.
Retire do forno e pique os pistáchios finamente. Reserve.

Comece a preparar o molho, colocando os cajus, já demolhados, num liquidificador e adicionando todos os outros ingredientes.
Misture até criar um molho uniforme e cremoso.

Tire a pele das batatas e corte-as em cubos pequenos. Coloque-as numa tigela grande. Adicione o pepino, tomate, coentro, tâmaras, hortelã e pistáchio picado.

Adicione o molho à salada e misture bem.
Cubra a tigela e coloque no frigorífico, por pelo menos 1 hora, para que os sabores ficarem bem incorporados.

Sirva a salada fria.

 

Receita retirada com adaptações do site www.onegreenplanet.org

Qui | 09.07.20

Sonhar com... Casablanca

Casablanca, o centro económico de Marrocos, foi durante muito tempo ignorada e considerada apenas um ponto de passagem para as cidades imperiais de Marrakesh e Fez ou para os resorts de Agadir e Essaouira. Mas isso está a mudar e hoje Casablanca impõe-se, por direito próprio, como um destino a ter em conta no Norte de África.

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Casablanca pode não ser a mesma do filme romântico de 1946, mas tem tudo para agradar ao viajante mais exigente que está interessado em conhecer a verdadeira cultura Marroquina.

Nesta cidade, onde mesquitas e medinas históricas dividem o espaço com boutiques sofisticadas, hotéis de luxo e casas de arquitetura francesa, a influência das populações nativas, berberes e árabes continua a ser muito forte e é facilmente notada na saborosa e apimentada culinária local. 

Vejam aqui tudo o que não podem perder numa viagem a Casablanca:

GASTRONOMIA

Não há melhor lugar para experimentar a comida marroquina do que em Casablanca — a maior cidade de Marrocos. Conhecida pelos seus temperos e ingredientes do mediterrâneo, esta adorada culinária é perfeita para quem gosta de sabores fortes.

La Corniche, a avenida à beira-mar da cidade, está cheia de esplanadas e cafés, salões elegantes e restaurantes.
Passe por lá e reserve uma mesa no Le Cabestan ou no Bleu — o restaurante do Four Seasons.

O Bleu tem vistas maravilhosas para o mar e um impressionante mural com milhares de conchas em cerâmica criado pelo estúdio de design canadiano Moss & Lam. O bar serve mocktails deliciosos com infusões de chá e toques teatrais.

Também próximo de La Corniche, encontra o Le Relais de Paris, outro restaurante imperdível. Com sabores sedutores de origem francesa e um ambiente confortável, Le Relais de Paris mistura a  tradição com a elegância moderna para atrair os seus clientes.

O Al Mounia — um verdadeiro salão marroquino com um bonito jardim — é tido como um dos melhores restaurantes da cidade. Peça cuscuz e tajine poulet au citrone, não se vai arrepender!

Para um jantar romântico escolha o Le Rouget de L'Isle. Localizado numa vila antiga com um bonito jardim. Serve um menu de pratos clássicos franceses que deixam qualquer um apaixonado. Já para um almoço ou brunch opte pelo La Sqala. Escondido nas paredes ocre de uma antiga fortaleza do século XVIII, este restaurante encantador oferece uma fuga à cidade movimentada. Com um interior rústico e um deslumbrante jardim cheio de flores, o La Sqala é um paraíso de tranquilidade. Serve especialidades marroquinas como tagines, cuscuz, e chá de menta. Oferece ainda, três vezes por semana, entretenimento ao vivo.

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Jantar no Rick's Café, para qualquer turista que se preze, é obrigatório! Não só por causa da comida, mas sim por causa da atmosfera sensual inspirada no bar que o icónico filme "Casablanca" tornou famoso. O Rick’s Café oferece também uma experiência gastronómica, em colaboração com o Four Seasons Hotel, chamada “Taste of Place” que inclui uma visita privada ao restaurante seguido por uma refeição de quatro pratos, acompanhada por vinhos que realçam os ingredientes locais.

Quem procura sabores árabes vai gostar do restaurante Dar Beida. Com dançarinas de dança do ventre e um menu de sabores regionais e tradicionais, o Dar Beida proporciona aos seus clientes uma experiência verdadeiramente cultural (ainda que claramente turística).

ARQUITETURA FASCINANTE

A cidade de Casablanca é especialmente conhecida pelos seus edifícios art déco e por outras estruturas do tempo colonial francês, mas existem mais pontos de interesse arquitetónico.

Destacam-se o Sqala — ruínas de uma antiga fortaleza, construída pelos portugueses e a deslumbrante Mesquita Hassan II — um dos pontos turísticos mais famosos de Casablanca. Construída nos anos 90 para comemorar o 60.º aniversário do rei de Marrocos, a Mesquita Hassan II é considerada uma das mais bonitas mesquitas do mundo.

A Avenida Mohammed V, no coração da antiga Casablanca, recorda a influência francesa na cidade e o lugar onde se encontram os melhores exemplos do design art déco: o Cinema Rialto, o edifico Wilaya e a Catedral de Sacre Coeur — uma catedral dessacralizada, construída nos anos 30 e que agora apresenta concertos e exposições de arte.

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Merecem também uma visita a Villa des Arts — um edifício clássico em estilo art déco; o Twin Center — que com as suas duas torres de 115 metros de altura, está entre as mais modernas obras de Casablanca; e o Palácio Real. A residência oficial do rei não permite visitas, mas vale a pena parar para ver a entrada do palácio. O seu portão ornamentado oferece um vislumbre da grandiosidade que se esconde lá dentro.

Perto do Palácio Real encontra-se o Bairro Habous — uma das secções mais antigas de Casablanca. O bairro é famoso pela sua arquitetura de linhas tradicionais que fazem lembrar os bairros de Fez e Marraquexe e também pela venda de produtos tradicionais marroquinos como peças de couro, prata e cobre, produtos de madeira e tapetes feitos à mão.

Se quiser conhecer em primeira mão a cultura marroquina, não deixe de visitar este bairro e de fazer uma paragem no Mahkama du Pacha — edifício construído no início dos anos 50 e uma joia da arquitetura e artesanato local;

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MUSEUS E GALERIAS DE ARTE

Muitas das villas históricas em estilo art déco de Casablanca foram restauradas e convertidas em museus e galerias de arte.

A Villa des Arts, por exemplo, apresenta exposições permanentes e temporárias de arte contemporânea e tem atualmente em destaque uma retrospetiva da obra de Najia Mehadji, pintora franco-marroquina de renome internacional.

O Museu da Fundação Abderrahman Slaoui — uma villa art déco dos anos 40 e a antiga casa do empresário Slaoui — também foi transformada num museu e possui uma notável coleção de artes decorativas marroquinas, cerâmica, móveis, frascos de perfume, joias berberes e cartazes de viagem produzidos entre 1890 e 1950.

A merecer igualmente destaque no panorama das artes Marroquinas, está La Fabrique Culturelle des Anciens Abattoirs de Casablanca — o edifício do antigo matadouro industrial da cidade que agora funciona como centro para exposições de street art e recebe frequentemente eventos de dança e música urbana.

Para explorar a história de Marrocos, visite o Museu de Abdel Rahman El Sellawy e se tem curiosidade de saber mais sobre a vida dos judeus no norte da África passe pelo Museu Judaico — o maior museu do género em todo o mundo árabe.
Ocupando uma superfície de mais de setecentos metros quadrados, o Museu Judaico exibe esculturas, retratos e fotografias.

YOGA

A prática de yoga cresceu significativamente nos últimos anos em Casablanca, e atualmente há imensos estúdios que oferecem diferentes experiências, retiros e workshops. É possível escolher entre retiros de yoga e surf ou outros que promovem a desintoxicação do corpo e da mente.
O Om Yoga Casablanca, localizado no coração da área de Anfa, a poucos passos do oceano, é um dos estúdios mais conhecidos e respeitados da cidade. Aqui pode reservar-se um retiro de yoga personalizado para qualquer nível de experiência com acesso ilimitado a aulas e estadia em hotel de luxo.

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                                                     Texto patrocinado pela TAP e originalmente públicado no SAPO VIAGENS

Qua | 08.07.20

Coelho à Fundador com Espumante de Vinho Verde Tinto

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A receita que hoje partilho convosco chama-se Coelho à Fundador e foi o prato que, há muitos anos atrás, ganhou o 1º prémio da 1ª quinzena de Gastronomia de Guimarães.


INGREDIENTES

1 coelho (1 kg)


150 g de toucinho fumado

650 g de batata

450 g de cenouras

500 g de cebolinhas

0,2 lt de azeite


1 lt de espumante de vinho verde tinto

50 g de cebola

20 g de dentes de alho


200 g de margarina


sal, pimenta, tomilho, funcho q.b.

 

PREPARAÇÃO 

Faz-se um refogado com a cebola juntamente com o toucinho fumado cortado em quadrados, refresca-se com o espumante. Junta-se o coelho que dever estar marinado 12 horas. Deixa-se apurar lentamente, junta-se um pouco de farinha dissolvida em vinho verde para engrossar o molho. Entretanto cozem-se as batatas e as cenouras. As cebolinhas salteiam-se numa frigideira com margarina. Junta-se ao coelho para acabar de cozinhar e está pronto a servir.

 

Receita tirada do site www.guimaraesturismo.com 

Ter | 07.07.20

Paço dos Duques de Bragança | Guimarães

Em Guimarães, no Monte Latito, junto ao Castelo, berço da nacionalidade portuguesa, e da Igreja de S. Miguel, encontramos o Paço dos Duques, um imponente palácio, originalmente mandado construir por D. Afonso, filho bastardo do rei D. João I, e primeiro duque de Bragança, para servir como sua residência e a da sua segunda mulher, D.Constança de Noronha.

As características arquitetónicas desta majestosa casa senhorial denotam uma forte influência europeia e transformam-na num exemplar único na Península Ibérica. É um lugar extraordinário que merece uma visita de quem passar por Guimarães.

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À primeira vista, o Paço dos Duques parece ter pouco a ver com Portugal. As suas 36 chaminés, telhados, arcadas e tetos em madeira, lembram mais um palácio medieval francês, do que um edifício mandado construir, durante o século XV, por um nobre português. Contudo, ao ler um pouco sobre a sua história, conseguimos perceber rapidamente porquê.

É certo que o Paço dos Duques começou por ser construído em 1420 pelo filho bastardo de D. João I, D. Afonso, conde de Barcelos e futuro duque de Bragança, mas na verdade ele nunca chegou a ser concluído.

Com planta quadrangular, formada por quatro alas em torno de um pátio central e torreões nos ângulos (à semelhança do Paço dos Reis de Maiorca, em Perpignan), a autoria do projeto original deste palácio é desconhecida, apesar de muitos o atribuírem a Anton, um mestre pedreiro, de origem francesa que nessa época residia na cidade de Guimarães.
Supostamente o palácio, na sua forma original, deveria refletir o gosto estrangeirado do duque de Bragança, que já estivera em França e Veneza em missões diplomáticas, mas as obras foram interrompidas em 1461, com a morte do seu mentor, e só foram retomadas em 1478, impulsionadas pelo seu neto, Fernando II, o 3.º duque de Bragança. Este, porém, seria acusado de traição por D. João II – como muitos outros nobres – e ficaria com todos os bens confiscados, tornando-se o Paço propriedade da Casa Real.

Em 1496, no entanto, as coisas voltam a mudar e os bens da Casa de Bragança são restituídos ao 4.º duque de Bragança, D. Jaime - que vai construir o terceiro piso da ala posterior do Paço, ligando os dois torreões que ladeiam a capela. Seria a única ala a ter três pisos, porque, no início do século XVI, com a deslocação dos duques para Vila Viçosa, o edifício é encerrado e abandonado, vindo mesmo alguma da sua pedra a ser usada no mosteiro das Clarissas e na construção do Convento da Piedade.

A degradação do Paço acentua-se a partir de 1616, com a doação de Guimarães ao castelhano D. Diogo da Sylva e Mendonza, só vindo a abrandar no início do século XIX, com a instalação do Quartel do Regimento de Infantaria 20 nas suas partes menos danificadas.

A salvação do edifício chega finalmente em 1937, altura em que o Paço sofre profundas obras de restauro e reconstrução (que duram até 1959), adquirindo a sua atual aparência, sobretudo pelo acrescento de dois pisos à ala frontal e de um terceiro piso às alas laterais.

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Quando o Arq. Rogério de Azevedo iniciou os trabalhos de restauro e reconstrução do Paço dos Duques, este encontrava-se profundamente arruinado, tendo a sua estrutura quase desaparecido ou sido sucessivamente desfigurada pelas obras de adaptação aos vários quartéis que, ao longo de mais de um século (desde 1807), ali se instalaram.
O restauro, feito durante o século XX, veio alterar dramaticamente o perfil da construção que sobrevivera até então. A ideia do arquiteto responsável foi recriar o edifício “como ele deveria de ser, sem porém nunca o ter sido”.

Paralelamente, procedeu-se à aquisição do recheio atual, composto por peças de arte datadas, essencialmente, dos séculos XVII e XVIII. Das coleções existentes destaca-se, pelo seu valioso contributo para a história dos Descobrimentos Portugueses, o conjunto das quatro cópias das tapeçarias de Pastrana cujo desenho é atribuído ao pintor Nuno Gonçalves (séc. XV), que narram alguns dos passos das conquistas do norte de África, nomeadamente Arzila e Tânger. Os originais foram mandados executar em Tournai, no século XV pelo rei português D. Afonso V encontrando-se hoje em Espanha. As cópias (únicas) foram adquiridas pelo Estado Português em 1957 sendo executadas em Espanha pela Real Fábrica de Tapices de Madrid. O núcleo de tapeçarias flamengas também mercem a nossa atenção. Foram executadas segundo cartões de Pieter Paul Rubens e os seus temas refletem episódios da vida de um Cônsul Romano.

Numa das salas encontram-se expostas algumas das armas que foram reunidas pelo segundo Visconde de Pindela, e mais tarde adquiridas pelo estado Português.

Fazem ainda parte do espólio do Paço, mobiliário português do período pós-descobertas, uma grande coleção de porcelanas da Companhia das Índias, e faianças portuguesas das principais fábricas da época: Prado, Viana, Rocha Soares e Rato. 

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O Paço dos Duques está classificado como Monumento Nacional desde 1910 e engloba na sua estrutura uma ala destinada a residência oficial da Presidência da República.

Se passarem por Guimarães não deixem de conhecer este interessante monumento português!

Tchau,

Travellight

Sex | 03.07.20

Jardim Secreto | A Sangria Chilena

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Sexta feira!!! O fim de semana está à porta e parece que a temperatura vai subir 😃
Que tal aproveitar o calor e saborear o verão com uma sangria original de inspiração chilena?

Vejam aqui a receita:

INGREDIENTES:

½ chávena de tequilha
1 garrafa de vinho branco
20 vagens de ervilha
1 maçã
1 limão grande
45 ml de sumo de limão
Açúcar a gosto

PREPARAÇÃO

Abra as vagens de ervilha longitudinalmente e coloque numa jarra. Corte a maçã e o limão em rodas e coloque na mesma jarra. 

Junte a tequilha, o sumo de limão, o açúcar e o vinho branco e leve ao frigorífico por pelo menos seis horas (idealmente durante a noite para obter o aroma e o sabor ideal).

Sirva com gelo.

 

Receita retirada com pequenas adaptações do site: www.travelandleisure.com

Qui | 02.07.20

Hotel Torel Avantgard | Porto

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O Hotel Torel Avantgard abriu portas em 2017 e rapidamente estabeleceu-se como um dos hotéis mais procurados da cidade do Porto.

Eu ainda não tinha tido oportunidade de conhecer este hotel, mas na minha última visita à Invicta, um acaso levou-me até lá: Tinha reservado um quarto no Torel Palace Porto, mas o hotel não abriu (consequência do covid…) e a minha reserva foi mudada para o Avantgard.

Apesar da localização ser um pouco menos conveniente para mim (eu queria ficar perto da estação de São Bento), não fiquei nada desapontada, nem podia. Um hotel onde o bom serviço, design e arte, andam de mãos dadas, só podia me agradar.

O projecto, criado em colaboração com os artistas portugueses Jorge Curval, Frederico Draw, Daniel Eime e Paulo Neves (todos do Porto), foi buscar inspiração ao mundo das artes plásticas, literatura, ciência e música, e a artistas de vanguarda, que vão desde Frida Khalo, August Rodin, Francis Bacon e Alberto Giacometti, a Amadeo De Souza-Cardoso e Nina Simone.

A designer de interiores, Isabel Sá Nogueira, foi a responsável pela decoração  das áreas comuns do hotel, que combinam o melhor de Portugal com arte moderna e design contemporâneo.

Tal como os artistas de vanguarda, os proprietários quiseram criar algo único onde a arte não é apenas um elemento de decoração, mas a protagonista do lugar. Cada quarto tem o nome de um pintor, escritor, designer ou músico e é decorado para refletir a personalidade e o trabalho desse artista. Tudo, desde os móveis, à iluminação, à roupa de cama, foi projetado e fabricado em Portugal.

Eu fiquei na suite August Rodin, um quarto espaçoso e elegante, onde o aconchego e o calor não são sacrificados pelo design. Duas pequenas varandas, com vistas para a cidade e para o rio Douro acrescentavam charme e tornavam o pequeno almoço, servido no quarto, ainda mais delicioso.

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Nas áreas comuns, chama a atenção a exuberante e extremamente cénica, sala das flores, que funciona também como bar, e inclui um teto e paredes cobertas de flores artificiais. A sua opulência contrasta com a sobriedade do restaurante Digby, que tem um terraço maravilhoso com vistas impressionantes sobre o rio e é  perfeito para um cocktail no inicio da noite.

O nome do restaurante é uma homenagem a Sir Kenelm Digby, um diplomata, politico e filósofo inglês do século XVII, que se destacou, entre outras coisas,  pela publicação de um livro de culinária que hoje continua a ser uma referência, e pela invenção da moderna garrafa de vinho.

O menu do Digby, apesar de (agora) limitado, ainda oferece algumas opções deliciosas para um jantar inesquecível.

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Outro destaque do Torel Avantgard é a piscina externa com vista para o rio. Numa manhã ensolarada, é o lugar ideal para relaxar. A ocupação do hotel estava em valores mínimos por isso pude usufruir da piscina com toda a paz e tranquilidade.

O hotel também tem um pequeno ginásio e um SPA, mas na altura em que estive no Avantgard, estava encerrado.

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Uma última palavra vai para todos os cuidados e preocupação com a saúde e higiene que presenciei durante a estadia: Todos os funcionários da receção e restaurante usavam máscara. As áreas públicas eram higienizadas com frequência e havia álcool gel na receção e na entrada do restaurante.

O Torel Avantgard tem o selo ”Clean & Safe” que distingue as empresas do setor do Turismo que cumprem as recomendações da Direção-Geral da Saúde para evitar a contaminação dos espaços com o novo coronavírus. 

Qua | 01.07.20

Trufas de chocolate com vinho do Porto

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Chocolate e vinho do porto são duas coisas que adoro (e aposto que muitos desse lado concordam comigo 😜), por isso quando encontrei esta receita que combina os dois não resisti, tive que partilhar convosco. É super fácil de fazer e as trufas ficam deliciosas!!!

INGREDIENTES

200g de chocolate em barra
100g de açúcar em pó
100g de manteiga derretida
1dl de natas
3 colheres (de sopa) de vinho do Porto
Cacau em pó, q.b.

 

PREPARAÇÃO

Parta a barra de chocolate em pedaços pequenos e derreta em banho-maria. Retire o chocolate derretido do lume e verta para uma taça.

Junte-lhe o açúcar, a manteiga e as natas. Mexa bem, até obter uma mistura uniforme.

Deixe arrefecer e depois junte o vinho do Porto. Mexa tudo novamente e coloque no frigorífico por 24 horas.

No dia seguinte, retire a mistura do frigorifico, e molde pequenas bolinhas. Passe as bolinhas por cacau e volte a colocar no frigorífico, por mais umas horas, antes de servir.