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The Travellight World

Inspiração, informação e Dicas de Viagem

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Inspiração, informação e Dicas de Viagem

Sex | 27.03.20

Bruschetta de abacate e queijo fresco

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A bruschetta é uma entrada clássicas da cozinha italiana. Estas deliciosas fatias de pão tostado com diferentes complementos são um verdadeiro petisco.

Partilho aqui uma receita muito simples e saudável de bruschetta com abacate e queijo fresco.


Ingredientes

2 Fatias de pão
1/2 Abacate
1 Tomate
4 Fatias de pepino
50 gr Queijo fresco
Sal
Pimenta


Preparação

1. Lave e corte o tomate em fatias.

2. Corte a polpa do abacate em tiras.

3. Barre as fatos de pão com o queijo fresco
4. Coloque por cima as fatias de pepino, as fatias de tomate e as fatias de abacate
5. Tempere com sal e pimenta e sirva


Qui | 26.03.20

Lago di Carezza, o lago arco-íris

Os bonitos desenhos com um arco-íris e a frase “vai ficar tudo bem”, que por estes dias nos animam tanto, lembram-me sempre um lugar que tive a sorte de visitar no ano passado — o Lago di Carezza, também conhecido como o lago arco-íris.

fullsizeoutput_46f1Fotos: Travellight e H. Borges

Há lugares na Terra, que pela sua beleza estonteante parecem quase irreais. O Lago di Carezza é um desses locais.

Alimentado por nascentes subterrâneas, este pequeno lago fica localizado à sobra da montanha Latemar, que pertence à cadeia montanhosa das Dolomitas, no Tirol do Sul.
O nível da água do lago muda constantemente ao longo do ano, sendo mais baixo no outono e mais alto na primavera quando a neve do inverno começa a derreter.

No inicio da manhã, quando os primeiros raios de sol iluminam o Carezza, todo o lago parece ganhar vida. É um cenário de sonho. 😍
As águas brilham intensamente com cores vivas e as montanhas que circundam o lago são refletidas nele como se de um espelho se tratasse.

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Caminhar em redor do lago leva cerca de 30 a 50 minutos, dependendo das vezes que paramos para o fotografar e admirar e uma visita ao nascer do sol, quando a névoa ainda cobre parte da floresta, pode ajudar-nos a perceber melhor porque este local serviu de inspiração e foi objeto de tantos mitos e lendas.

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A mais famosa lenda conta que, há muitos, muitos anos, viveu em Carezza um mago chamado Masaré que se apaixonou perdidamente por uma ninfa do lago.

A ninfa costumava sentar-se na beira da água a cantar e a pentear os seus longos cabelos. Ela era belíssima, mas também terrivelmente tímida e fugia sempre que via alguém.

Sem saber o que fazer para a conquistar, Masaré consultou uma feiticeira que o aconselhou a disfarçar-se de vendedor de joias para atrair a atenção da ninfa e depois criar um arco-íris que fosse do Monte Catinaccio à montanha Latemar para a impressionar.

Ele assim fez, mas a ninfa reconheceu-o e sem lhe dar uma oportunidade fugiu e desapareceu do lago para sempre. Cheio de raiva e tristeza, o mago lançou o arco-íris e todas as joias no Lago di Carezza e é por isso que ainda hoje ele ostenta o brilho mágico das joias e todas as cores do arco-íris!

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Tchau!

Travellight

Ter | 24.03.20

3 Receitas de Pão Naan

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O pão naan é um dos elementos mais tradicionais da culinária Indiana. A receita típica é muito simples e rápida de fazer. Basta juntar farinha, um pouco de fermento, água e sal, amassar, estender a massa e depois assar. 

Pode ser servido simples, com manteiga ou recheado (com batatas, carne picada, queijo, etc).

Partilho em baixo 3 receitas, se quiserem experimentar em casa 😃

Pão naan tradicional

Ingredientes

55 g de farinha de trigo
Sal (a gosto)
1 colher (de chá) de manteiga derretida
2 colheres de chá de iogurte natural (opcional)
1 g de fermento
1 chávena (de chá) de água morna

Preparação

Misture a farinha, o fermento, o sal, a manteiga derretida e o iogurte numa batedeira. Vá acrescentando a água morna aos poucos e bata até a massa ter uma aparência homogénea (costuma levar uns 15 minutos). Se a massa estiver muito seca acrescente mais água, se estiver muito liquida acrescente farinha.

Deixe a massa descansar por pelo menos 1 hora, num recipiente coberto com um pano húmido.

Divida a massa em pequenas bolas do tamanho de bolas de golfe e depois abra cada uma delas até formar um circulo, com um rolo da massa.

Asse cada naan numa chapa ou numa frigideira grande anti-aderente (sem acrescentar nenhuma gordura), até ficar dourado. Sirva quente.


Pão naan com manteiga de alho e coentros

Ingredientes

1 iogurte natural
125 ml de água morna
1 colher de chá de açúcar
6 g de fermento de padeiro
2 chávenas (de chá) farinha de trigo sem fermento
1 colher de chá rasa de sal
1 colher de sopa de azeite
Óleo q.b.
1 dente de alho
coentros
3 colheres de sopa de manteiga com sal

Preparação

Numa taça junte 1 iogurte natural, à temperatura ambiente, com 125ml de água morna, 1 colher de chá de açúcar, 6g de fermento de padeiro e envolva bem.

Na taça da batedeira coloque 2 chávenas de farinha de trigo sem fermento e 1 colher (de chá) rasa de sal. Misture, abra uma cavidade no centro e junte os líquidos.

Comece a bater enquanto acrescenta 1 colher de sopa de azeite.
Depois de amassar durante uns 7 a 10 minutos, e quando a massa estiver pegajosa mas bem elástica, unte uma taça com azeite, deite-a lá para dentro, tape com película aderente e deixe levedar num sítio quente, até dobrar de volume.

Com a massa já levedada, polvilhe a bancada com farinha, amasse mais um pouco, retire pedaços e molde em discos com cerca de 10 a 15 centímetros de diâmetro.

De seguida unte uma chapa ou frigideira anti-aderente com óleo e cozinhe até os naan formarem bolhas e ganharem cor de ambos os lados.

Aproveite e faça a manteiga: numa taça coloque 2 a 3 colheres de sopa de manteiga amolecida e junte 1 dente de alho grande picado.

Acrescente coentros picados e misture bem. À medida que os naan vão ficando prontos, barre-os com manteiga e sirva.

(Receita retirada do site 24kitchen.pt)


Pão naan com queijo

Ingredientes

250 g de farinha de trigo
10 g de fermento para pão
1 colher (de sopa) de leite morno
1 colher (de sopa) de manteiga derretida
1 colher (de sopa) de azeite
200 ml de iogurte natural
Ervas frescas q.b.
 ½ colher de chá de sal
80 g de queijo

Preparação

Numa tigela, misture o fermento no leite morno e deixe repousar por 5 minutos.
Adicione os outros ingredientes, com exceção do queijo, e misture tudo.

Amasse por 10 a 15 minutos até obter uma bola lisa e homogénea.
Coloque na tigela, cubra com uma toalha e deixe descansar até dobrar de volume. Mais ou menos 1 hora.

Passado o tempo, amasse novamente a massa e divida em 8 partes.
Pré-aqueça o forno a 200 graus.
Faça 8 bolas e reserve até dobrar de volume.

Abra as bolas formando discos, coloque porções de queijo no centro de um disco e cubra com outro.
Aperte bem as bordas para evitar que abram ao assar.

Coloque-os sobre uma forma de pizza de 2 em 2 e leve a assar durante 8 minutos.

Retire, vire e leve para assar por mais 4 minutos. Sirva quente.

(Receita retirada do site cozinhasincera.com)

 

Seg | 23.03.20

Café da Manhã em Viagem

Agora que estamos todos fechados em casa, que tal viajar na net e começar a manhã na companhia de pessoas que tem para partilhar connosco anos e anos de experiência a viajar pelo mundo e histórias fantásticas para contar. Soa bem?

Então não percam a partir de amanhã dia 24 de Março, às 10h00, o “Café da Manhã em Viagem”, no grupo do Facebook Viajantes Minimalistas.

Vejam em baixo o programa para esta semana.

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Na semana que vem eu também vou lá estar! 😎

Tchau!

Travellight

 

Seg | 23.03.20

Aulas de culinária e degustações de vinhos on-line

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Já se sabe que, por todo mundo, o esforço para controlar a disseminação do coronavírus obrigou muitos negócios como restaurantes, hotéis e bares a encerrar. Alguns, porém, não baixaram os braços e procuraram alternativas seguras para manter o contacto com os seus clientes.

É o caso de Silvia Grossi, chef executiva da Il Salviatino, uma villa com 44 quartos, em Fiesole, perto de Florença, na Itália. Ela recorreu às plataformas sociais, nomeadamente ao Instagram, para oferecer a todos aulas de culinária on-line a partir da sua própria cozinha.
Quem estiver interessado, pode visitar a conta de Instagram do Il Salvatino e nos Insta Stories aprender com a Silvia receitas fáceis e rápidas, criadas com ingredientes que a maioria das pessoas já tem em casa — farinha, temperos, alimentos enlatados e ovos, por exemplo.
Ela ainda só publicou duas receitas, mas já prometeu partilhar mais 😃.

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Caroline Conner, uma especialista em vinhos que costuma trabalhar com turistas em Lyon, na França, tem outra proposta incrível: Ela propõe-se a realizar degustações virtuais gratuitas de vinhos através da aplicação Zoom, para seis pessoas de cada vez.
Ela pretende ensinar como se escreve uma nota de degustação, comparar vinhos e criar uma experiência divertida e social para distrair um pouco as pessoas. Os participantes podem se inscrever e ver a programação completa aqui.

 

 

Sex | 20.03.20

A recalcular a rota...

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Comecei a escrever o The Travellight World em Maio de 2016 e durante estes quase 5 anos de blog, partilhei, com quem teve a amabilidade de me ler e seguir, muitas das minhas memórias de viagem, dicas e experiências pelo mundo.
…Então, quase de um dia para o outro, e sem que ninguém o pudesse prever, apareceu o Covid-19 e tal e qual como um monstro de uma história infantil, o vírus foi-se espalhando pelos cinco continentes, foi ganhando mais e mais força até se transformar numa pandemia global.

Todos os dias, se não a cada hora, a cada minuto, a cada segundo, novas notícias sobre a crise do coronavírus mostram-nos a horrível dimensão do problema. Na minha amada Itália, morrem centenas e centenas de pessoas por dia, países fecham fronteiras, barcos de cruzeiro são impedidos de atracar nos portos, companhias aéreas deixam de voar, cancelam rotas e milhares de voos. Viajantes ficam presos em aeroportos sem conseguir voltar para casa. Muitos estão a ficar sem dinheiro, não tem o que comer e pouco podem fazer a não ser esperar que os vão buscar. O medo está espelhado na cara das pessoas. “Podia ser eu” — penso muitas vezes. Também tinha viagens marcadas para esta altura, podia estar agora sentada no chão de um aeroporto, confusa com a situação e assustada por ver voo atrás de voo a ser cancelado e não conseguir voltar. Tive sorte… apercebi-me a tempo que isto não ia melhorar e cancelei tudo.

Ao longo dos anos assisti a algumas crises no sector, a maioria confinada a uma região, como foi o caso da nuvem de cinzas que cobriu os céus da Europa e parou o tráfego aéreo durante dias, quando o vulcão islandês Eyjafjallajokull entrou em erupção, mas nada se compara à atual situação. Nem ao tempo que, previsivelmente, ela vai levar a ser resolvida.

A depressão instalou-se. A inspiração (e a vontade) para escrever sobre viagens “secou”. E agora? o que faço?
Viajar faz parte da minha natureza, não sei viver de outra forma, mas a situação é muito grave e exige que coloquemos a nossa saúde e a saúde dos nossos familiares, amigos, vizinhos e colegas, muito acima de qualquer pensamento sobre praias distantes e destinos exóticos.

Levei uns dias a assimilar tudo o que está a acontecer… confesso que ainda tenho uns altos e baixos, mas tal como um GPS, recalculei a rota e voltei a por as ideias em ordem. O isolamento social voluntário também ajudou. Tive de parar, respirar, olhar para dentro. Concentrar-me no que é mais importante.

Não há volta a dar, é preciso fazer o que é preciso fazer. Não há que contestar, se temos de parar, vamos parar. O certo é que como todas as crises, esta também passará.
Enquanto isso, uma coisa que o Covid-19 não me pode tirar é o desejo de sonhar com os lugares que irei visitar quando tudo isto passar. Porque vai passar!

Continuo a acreditar imensamente no poder da viagem para abrir mentalidades, criar empatia e unir o mundo. Por isso, neste cantinho do bairro do Sapo Blogs, vou continuar a alimentar esse desejo e a partilhar, com quem me quiser ler, dicas para manter a mente ocupada durante a quarentena, receitas do mundo para variar os pratos lá de casa, mas também inspiração para futuras viagens.

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Até que o COVID-19 se torne passado, mantenham-se seguros, sigam todas as indicações da DGS, fiquem em casa e continuem a sonhar com viagens. Pode parecer distante agora, mas um dia esses sonhos vão tornar-se realidade. Isso é certo! 😀

Tchau!
Travellight

Sex | 13.03.20

Viajar sem sair de casa | 8 coisas que podem fazer se tiverem de ficar fechados em casa

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Gostam de viajar, mas o Coronavírus deixou-vos fechados em casa? Já viram todas as séries do Netflix e agora estão mais aborrecidos que um peru? 😳

Relaxem, há muitas maneiras de viajar sem sair de casa. Vejam aqui:


1. Ouvir podcasts de viagem

Uma das melhores maneiras de viajar sem sair de casa é ouvindo um podcast. Basta colocar os auscultadores e podemos dar conta das tarefas domésticas mais aborrecidas ao mesmo tempo que “escapamos” ao sabor de histórias e fantásticos relatos de viagem.

Estes são alguns dos meus preferidos:

The Globetrotter Lounge
Viajar pra Quê?
Women on the Road

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2. Ler livros

Às vezes, a leitura de um livro de viagens pode ser tão transformadora quanto a própria viagem.
Um grande livro pode ensinar-nos lições para a vida toda. São obras que inspiram, divertem e refletem sobre o próprio ato de viajar. 
Livros como “Far and Away: Como Viajar Pode Mudar o Mundo” ou a “Arte da Viagem” são um exemplo disso.
No primeiro, o autor Andrew Solomon, relata as suas histórias de viagem e faz observações sobre vários países do mundo, mas o livro é muito mais do que um conjunto de relatos. Solomon contextualiza o lugar usando como ponto de partida pessoas comuns para analisar os destinos muito para além do seu lado turístico.
Já a “Arte da Viagem”, de Paul Theroux, assume-se como um manual de viagem literário, um guia filosófico e uma antologia de grandes autores que viajaram.
E por falar de grandes autores que viajaram, outra boa sugestão é ler “Viagem a Portugal” de José Saramago. Misto de crónica, narrativa e recordações, este livro foi escrito em 1981 depois do autor percorrer o nosso país.
Após essa deambulação o escritor disse: “o fim de uma viagem é apenas o começo de outra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na primavera o que se vira no verão, ver de dia o que se viu de noite… É preciso voltar aos passos que foram dados, para os repetir, e para traçar caminhos novos”. Eu não podia concordar mais! 😊.

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3. “Viajar” com o estômago

Para mim, a comida e a viagem andam de mãos dadas. Adoro experimentar novos sabores e é sempre um desafio interessante tentar recria-los em casa.
Viajar para Itália é agora impossível, mas isso não significa que não podemos deliciar-nos com a sua cozinha. Pesquisem on-line ou folheiem aquele livro de receitas que está na estante há anos. Escolham um prato novo, que nunca tenham cozinhado e que represente a gastronomia de outro país, ou de outra região do nosso país. É uma ótima maneira de jantar fora.. só que dentro.
Aproveitem e façam um cocktail para servir antes do jantar. Um pouco de álcool anima sempre 🍹

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4. Transformem a vossa casa num SPA

Ficar fechado em casa, sem poder sair pode ser muito stressante. Relaxar é um dos benefícios das férias e muitos hotéis tem isso em consideração quando oferecem serviços de SPA, então porque não criar um SPA em casa?
Ponham uma música relaxante a tocar e acendam uma vela perfumada; mimem-se com um luxuoso banho de imersão e façam uma máscara facial. Vão ver que pode ser tão bom como se estivessem de férias.

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5. Viajem na net

Existem milhares de blogs de viagens na Internet, contas lindíssimas de Pintrest e Instagram, por isso hoje é fácil viajar para qualquer lugar do mundo sem sair do sofá.

Estas são algumas das contas de Instagram que atualmente me inspiram:

travelbloggersptoficial 

lovelylisbonnertravelblog 

mmaroundtheworld2010

worldofdreamers_wod

traveloveroma

... e se quiserem espreitar a minha conta, é esta thetravellightworld 😁

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6. Organizem as vossas fotos de viagem

Criar álbuns, rever fotos que não viam desde o século passado e recordar histórias de viagem, pode levar a horas e horas de entretenimento.

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7. Planeiem a vossa próxima viagem

Planear uma viagem pode ser quase tão divertido quanto viajar. Estudos científicos já provaram que grande parte do aumento da felicidade resultante das férias vem na verdade da fase de planeamento. Mesmo que não tenham a certeza de quando poderão efetivamente viajar, planear pode ser um grande incentivo. Descobrir destinos, passeios e hotéis que gostaríamos de fazer e conhecer, ajuda a manter um espírito positivo. Independentemente da situação, ter objetivos e sonhar um pouco é sempre importante 😃

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8.Brinquem com os vossos filhos 

Exercitem a imaginação, façam uma mochila com sandes e sumos, como se fossem passar o dia fora e finjam que vão num safari pela casa. Montem uma tenda na sala com cadeiras e mantas, explorem os quartos, a varanda ou o jardim, se o tiverem. Tentem desenhar as plantas, observem o comportamento do gato, tirem fotografias do cão. Os miúdos vão adorar! 

Qui | 12.03.20

Pepián Guatemalteco

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O Pépian é um dos pratos mais antigos e tradicionais da Guatemala. É um guisado picante que resulta da fusão das culturas espanhola e maia. Habitualmente é feito com frango, mas também pode ser feito com carne bovina ou suína. Todas as variedades do prato contêm legumes (geralmente abóbora, cenoura, batata ou milho) e uma mistura de especiarias. É tradicionalmente servido com arroz, abacate e tortilhas de milho.

Partilho aqui a receita para quem quiser experimentar 😃

Ingredientes:

5 peitos de frango grandes

2 cebolas cortadas

Meio pau de canela

6 cravinhos

6 grãos de pimenta preta

1 colher (de sopa) de sementes de coentro

1 colher (de sopa) de pimenta preta em pó

1 colher (de sopa) de piri-piri

1 colher (de sopa) de sementes de abóbora

1 colher (de sopa) de sementes de gergelim

Orégãos (a gosto)

1 colher (de sopa) de óleo

8 tomates (500 gr)

3 dentes de alho

Água

Abóbora ou chuchu (a gosto)

2 batatas grandes, descascadas e cortadas em pequenos pedaços

1 colher (de sopa) de farinha de milho

1 caldo de galinha knorr

Sal (a gosto)

Folhas de coentro para decorar


Preparação

Coloque os peitos de frango numa panela grande com 3 litros de água e tape com uma tampa. Adicione à água, o sal e 1 cebola cortada e deixe cozer.

Enquanto o frango estiver a cozinhar, coloque o meio pau de canela, a pimenta preta em pó, os cravinhos, os 6 grãos de pimenta e as sementes de coentro, numa frigideira em fogo médio e deixe tostar até a mistura ficar bem aromática. Transfira para uma tigela.

Coloque o piri-piri, as sementes de abóbora, as sementes de gergelim e os orégãos na mesma frigideira e deixe também a torrar em fogo médio (até que as sementes de gergelim fiquem douradas). Em seguida, transfira todas as especiarias e sementes tostadas para um liquidificador ou uma máquina de moer e transforme tudo em pó.

Aqueça o óleo na frigideira, adicione a outra cebola cortada, os tomates (inteiros) e os dentes de alho e cozinhe tudo até que a cebola fique dourada. Em seguida, tire do lume, retire a pele dos tomates e pique.
Junte com as especiarias e coloque tudo num liquidificador, adicione 1 caldo de galinha knorr e misture até ficar homogéneo.

Despeje tudo numa panela grande e adicione depois meio litro do caldo onde cozeu a galinha.

Num recepiente à parte, junte duas colheres de sopa de caldo de galinha à farinha de milho, mexa bem até a mistura ficar homogénea. Adicione à panela grande, coloque no lume e deixe ferver, mexendo sempre até que o molho engrosse um pouco.

Adicione os peitos de frango, a batata e a abóbora à panela, baixe o lume, tape a panela e cozinhe por cerca de 30 minutos ou até os legumes ficarem prontos.

Sirva quente, com folhas de coentro por cima e arroz, abacate e tortilhas de milho a acompanhar

 

Receita retirada com algumas adaptações do site www.spanishacademyantiguena.com

Qua | 11.03.20

Antigua | Guatemala

Aninhada num vale cercado por vulcões imponentes, a bonita cidade de Antígua — Património Mundial da UNESCO — é muitas vezes, apenas um ponto de passagem para quem visita as famosas Ruínas Maias de Tikal, mas a sua herança histórica e casinhas de cores vivas conseguem rapidamente prender a atenção do visitante.

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Fundada em 1543 como sede do poder espanhol na região, Antigua serviu como centro cultural, religioso e económico por mais de 200 anos. A cidade foi destruída, em grande parte por terremotos no século XVII, mas muitos dos edifícios coloniais foram reconstruidos e restaurados e encontram-se um pouco por toda a cidade.

A atração mais fotografada de Antígua é o Arco de Santa Catalina — o último vestígio de um convento do século XVII. Foi construído para que as mulheres pudessem atravessar a rua sem serem vistas e fica praticamente em frente à Igreja de La Merced, uma igreja barroca, pintada de amarelo, construída em 1548 mas restaurada em 1853. O padrão arabesco é uma evidência da tendência do design mouro na Espanha daquela época.

O antigo mosteiro, que fica em anexo e tem um extraordinário pátio interior, merece uma visita, assim como as Ruínas do Convento de Santa Clara.

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A alguns quarteirões de distância de La Merced, fica a Igreja de San Francisco el Grande.

A igreja tem mais de 500 anos e apesar de parte dela se encontrar em ruínas, a sua fachada continua a ser maravilhosa. O local também inclui um pequeno museu e a sepultura de São Pedro de San José Betancur, que foi canonizado em 2002.

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As mulheres locais com as suas huipiles (blusas) bordadoas são um retrato ambulante da herança têxtil da Guatemala. Disseram-me que pode levar até seis meses a criar estas coloridas peças. Os padrões do tecido e as técnicas de tecelagem, específicos da região, transmitem muitas informações, como por exemplo o local de nascimento, a posição social, o estado civil e a religião de quem a usa. Nas lojas de lembranças e nos mercados de artesanato é possível comprar huipiles; toalhas de mesa; máscaras de madeira; esculturas e outras peças de artesanato.

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A Guatemala produz um dos melhores cafés do mundo, portanto, quando visitamos Antígua o café não pode ser esquecido (nem há como!). Varias excursões levam os visitantes a conhecer a produção de café da região e oferecem degustações.

O cacau, outro produto importante da zona, é homenageado no Museu do Chocolate, que fica no centro da cidade. Aqui podemos conhecer o processo de fabrico do chocolate e, melhor que isso, provar o produto final! 😋

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Os vulcões são a principal atração natural de Antígua. O mais importante (e imponente) é Acatenango, mas para o subir temos de contar com dois dias. A manhã do primeiro dia é passada a caminhar até ao acampamento base que fica a uma altitude de 3.976 m. A tarde e a noite são passadas no acampamento a observar o vulcão Fuego a fumegar. É uma visão extraordinária!

fullsizeoutput_4693Na manhã seguinte, somos acordados bem cedo pela equipa que realiza estas excursões, para subir durante cerca de 45 minutos até ao cume de Acatenango. A partir daqui podemos assistir a um espetacular nascer do sol com vista para os vulcões em redor. Depois disso tomamos o pequeno almoço no acampamento e depois regressamos para Antígua.

Quem tem pouco tempo pode optar antes por visitar o Vulcão Pacaya. O passeio é realizado duas vezes por dia — das 6h às 14h ou das 12h às 20h.
Uma caminhada de cerca de uma hora leva o visitante até às rochas vulcânicas e à lava. Os mais corajosos podem ir com o guia até perto das rochas mais quentes e derreter um marshmallow!😳

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De volta à cidade, Santo Domingo Del Cerro, é outra atração a não perder. Este parque, dedicado à obra de Efraín Recinos — o chamado "Picasso da Guatemala" — é um dos melhores lugares de Antigua para se ver arte contemporânea. Além de 10 dos seus impressionantes murais, construídos em mosaico, existem uma série de esculturas espalhadas pelos jardins e obras de outros nomes importantes do movimento guatemalteco de artes plásticas, como Guillermo Grajeda Mena e Dagoberto Vásquez.
O destaque do parque é o “Triunfo da Guatemala” — uma escultura que retrata uma mulher empoleirada no topo de um Volkswagen carocha, segurando uma tocha na  mão direita. A peça representa a adesão do artista aos ideais de justiça (o carro pertencia a Efraín Recinos na década de 1970 e foi queimado como retaliação pelo seu envolvimento nos protestos contra a repressão do governo).
O parque fica na propriedade do Hotel Casa Santo Domingo, mas tem entrada gratuita.

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O Hotel Casa Santo Domingo também promove, em parceria com a Universidade de San Carlos da Guatemala, o “Passeio dos Museus” — uma rota cultural que permite visitar os 5 museus instalados no local onde, durante o domínio espanhol, ficava a igreja e o convento do Colégio Santo Domingo e S. Tomás de Aquino. Os 5 Museus a visitar são o Museu Colonial; o Museu Arqueológico; O Museu de Arte Pré-Colombiana; O Museu da Prata e a Galeria de Arte Marco Augusto Quiroa.

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Antígua foi declarada património mundial da UNESCO em 1979 por causa da sua arquitetura de influência barroca espanhola e igrejas coloniais do século XVI de entre as quais se destaca a Catedral de San José.

A cidade é igualmente um dos exemplos mais bem preservados do planeamento urbano latino-americano: foi reconstruida após os terremotos do século XVIII num padrão inspirado no Renascimento italiano, com ruas que corriam de norte a sul e de leste a oeste. Subindo até ao Cerro de La Cruz (Monte da Cruz) conseguimos ter uma visão panorâmica que comprova isto.

A enorme cruz que dá o nome ao monte encontra-se bem no alto. Se quiserem visitar este lugar, vão entre as 8h e as 16h, horário em que existe uma presença policial (devido a assaltos que aconteceram no passado).

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Antígua parece muito distante da realidade perigosa e sombria da Cidade da Guatemala, a capital do país. As ruas são limpas, as casas tem cores vivas e alegres, os mercados explodem de cor e há ruínas da época colonial por todo o lado. Mas por trás da fachada de perfeito cartão postal é preciso ter atenção porque os assaltos a turistas são frequentes e andar sozinho à noite, não é recomendado.

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Dito isto, acho que Antigua é definitivamente mais segura do que a capital e outras cidades da República da Guatemala e um lugar que  gostei muito de visitar.

Tchau!
Travellight

Dom | 08.03.20

Mulheres pioneiras na história das viagens

A ideia de que todas as viagens importantes da historia foram realizadas por homens, ainda paira na mente de muito boa gente. Embora as mulheres tenham feito grandes progressos para se afirmar, a ideia de que são incapazes ou frágeis demais para realizar algo tão monumental quanto uma circum-navegação do globo, por exemplo, ainda prevalece.

Por isso, para o bem das gerações atuais e futuras, partilho as histórias de algumas mulheres incrivelmente ousadas, que souberam responder ao chamado da aventura, desbravaram novos caminhos, quebraram recordes e abalaram o status quo vigente.

Estas heroínas nasceram em épocas diferentes e cresceram em circunstâncias muito diversas, mas todas tem uma coisa em comum — são ícones da narrativa feminina de viagens.

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Maria de Lourdes Braga de Sá Teixeira

Maria de Lourdes, mais conhecida como “Milú”, nasceu numa família da média-alta burguesia portuguesa e era filha de Afonso Henriques Botelho de Sá Teixeira, um coronel que também era médico. Milú era apaixonada por aviões e por volta dos 20 anos, decidiu que queria aprender a pilotar um. O seu pai opôs-se veemente a este desejo mas perante o enfraquecimento do estado de saúde da filha (que ficou doente ao ser contrariada) mudou de ideia e permitiu-lhe prosseguir com o seu sonho.
Milú obteve o seu brevete de piloto no dia 6 de dezembro de 1928, com um avião Caudron G3, na Escola Militar de Aeronáutica e o seu instrutor foi o então capitão piloto-aviador Craveiro Lopes, que mais tarde seria Presidente da República.

Antónia Rodrigues

Antónia Rodrigues foi uma mulher que destacou-se na época dos Descobrimentos Portugueses.
Numa altura em que não era permitido às mulheres viajarem nos navios, Antónia cortou o cabelo, comprou roupas de homem e foi oferecer-se para embarque ao mestre de uma caravela que ia zarpar para o norte de África. O mestre aceitou “aquele rapaz” que dizia chamar-se António Rodrigues e atribuiu-lhe tarefas de grumete.
 
Durante a viagem trabalhou com muito afinco e recebeu elogios de toda a gente. Ao chegar a Mazagão assentou praça como soldado e depressa se distinguiu pela sua destreza e valentia. Os bons serviços prestados valeram-lhe ser promovida a cavaleiro e nessa qualidade ganhou fama.

Como associava à bravura uma simpatia natural e um trato amigável, começou a despertar paixões entre as poucas raparigas que viviam em Mazagão. Nessa altura é que tudo se complicou… Uma família que tinha uma filha solteira começou a convidar aquele jovem e amável "cavaleiro" para jantar e passar o serão, cobrindo-o de presentes, na esperança de que ele quisesse casar com a filha.
Receando ser descoberta, Antónia preferiu confessar toda a verdade. Um casal bondoso acolheu-a e as candidatas a namoradas tornaram-se suas amigas. Algum tempo depois arranjou noivo e regressou a Lisboa casada e feliz.

Jeanne Baret

De origem humilde, Jeanne Baret, nasceu na França, na região de Borgonha. Quando foi trabalhar como governanta na propriedade do Dr. Philibert Commercon, um conhecido botânico, chamou a sua atenção e quando este foi convidado a participar na expedição que pretendia levar a cabo a primeira circum-navegação francesa do mundo, Baret foi junto como sua assistente... mas não como mulher.

Na época ainda não eram permitidas mulheres a bordo dos navios franceses, então Baret (tal como fez Antónia Rodrigues) escondeu a sua verdadeira identidade, disfarçou-se de homem, assumiu o nome de Jean e embarcou.
Os relatos diferem quanto ao momento em que as pessoas começaram a suspeitar que ela era na verdade uma mulher, mas a sua real identidade não foi oficialmente anunciada até o navio chegar ao Taiti em abril de 1768. Por esta altura já ela tinha desafiando o confinamento de género e consolidado o seu legado como a primeira mulher a circum-navegar o mundo. Quando regressou à França o seu lugar na história estava garantido.

fullsizeoutput_462fBertha Benz

Em 1888, a ideia de uma carruagem sem cavalos, levantava dúvidas a muita gente, inclusive ao seu criador, Karl Benz.
Karl inventou o motorwagen, o primeiro carro motorizado, mas o seu sucesso deveu-se em grande parte à contribuição da sua esposa Bertha.

Inicialmente, o motorwagen - um veículo de madeira com duas rodas na traseira e uma na frente que funcionava com um motor a gasolina e sem recurso a animais, causou sensação (e susto), mas poucos acreditaram que era mais do que uma excentricidade passageira. Então, em 1888 Bertha, numa inteligente campanha de marketing decidiu, literalmente, pegar no volante e mostrar que o carro era capaz de percorrer sem dificuldades os 106 km que vão de Mannheim a Pforzheim, na Alemanha — algo impensável para a época. Recorde-se que os caminhos percorridos, tinham sido pensados para carroças, pelo que o percurso de mais de uma centena de quilómetros foi feito com enorme destreza por parte de Bertha. A viagem foi um êxito, potenciou as vendas e acabou por dar origem à empresa de carros de luxo que hoje todos conhecemos tão bem — a Mercedes-Benz.

nellieblyfullimage.0.0Elizabeth James Cochran "Nellie Bly"

Antes de viajar pelo mundo, Elizabeth James Cochran, mais conhecida por "Nellie Bly", construiu uma forte reputação como jornalista e foi uma das primeiras repórteres de investigação do mundo, se não mesmo a primeira. Um dos seus trabalhos mais conhecidos é uma reportagem onde descrevia os abusos a doentes mentais, nos sanatórios americanos. Para o escrever, ela própria internou-se num sanatório.

Quando em 1873, Jules Verne publicou o livro “A Volta ao Mundo em 80 Dias”, Nellie apostou que conseguia fazer o mesmo em 75 dias. O seu editor do jornal New York World inicialmente resistiu em envia-la, afirmando que o facto de ser mulher iria dificultar a sua viagem. Em resposta Nellie disse-lhe: “Muito bem. Envie antes um homem, que eu vou começar no mesmo dia, para outro jornal, e vou vencê-lo. O editor então voltou a trás e deixou-a ir.
Ela, não só cumpriu, como superou o seu objetivo, dando a volta ao mundo em apenas 72 dias!

39403303earh_20010905_00071.jpgAmelia Earhart

Amelia Earhart é sem dúvida uma das primeira mulheres que nos vem à cabeça quando pensamos nas mulheres mais inspiradoras da história das viagens, mas poucos sabem que Earhart aprendeu a voar com a menos conhecida Neta Snook, que foi a primeira mulher a criar uma empresa ligada à aviação. Snook ensinou Amelia a voar em 1921 e a paixão de Earhart pela aviação levou-a a bater vários recordes e a ser a primeira mulher a atravessar o Atlântico em 1932.

Ativista, escritora e forte defensora dos direitos das mulheres, esta aviadora fora de série, teve uma vida curta, tendo desaparecido em algum lugar do Oceano Pacifico a 2 de julho de 1937 quando tentava circum-navegar o globo. O seu avião e o seu corpo nunca chegaram a ser encontrados.

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Valentina Tereshkova

Apesar de não ser muito conhecida, Valentina Tereshkova merece um lugar na lista de mulheres inspiradoras porque em 1963, tornou-se a primeira mulher a viajar no espaço.
A 16 de junho de 1963, aos 26 anos, Tereshkova partiu da Rússia no Vostok 6 e circulou a Terra 48 vezes em menos de três dias, registando mais tempo de voo do que todos os astronautas americanos tinham até essa data. Levou mais 19 anos até que a segunda mulher pudesse viajar até o espaço novamente. O que é ainda mais impressionante é que, de entre 400 candidatos e cinco finalistas, ela foi a escolhida para pilotar o Vostok 6.

12734049_Cabul_Afeganistão_redCassie De Pecol

Cassie De Pecol, na altura com 27 anos, tornou-se notícia em fevereiro de 2017 quando cruzou o Iémene num autocarro às 4 da manhã e com essa passagem concluiu o seu objetivo de se transformar na primeira mulher documentada a viajar por todos os países do mundo. Ela quebrou dois recordes mundiais do Guinness: foi a primeira pessoa (independentemente do género) a fazer a viagem mais rápida deste tipo e a primeira mulher a visitar todas as 196 nações soberanas.

Ela chamou a esta missão "Expedição 196" e durante o seu percurso serviu como embaixadora do International Institute of Peace Through Tourism, reunindo-se com ministros e estudantes de todo o mundo para divulgar a importância do turismo sustentável.


De Maria de Lourdes Braga de Sá Teixeira a Cassie De Pecol, estas mulheres (e tantas outras), com os seus esforços para alcançar aquilo que muitos achavam impossível, provaram-nos que nunca devemos deixar os contratempos, os “nãos” e as dificuldades, pautar a nossa vida e atrapalhar os nossos objetivos.

Feliz Dia da Mulher!

Sex | 06.03.20

Sheraton Cascais Resort

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Situado no coração da Quinta da Marinha e escondido sob belos pinheiros, o Sheraton Cascais Resort pode ser o lugar perfeito para uma “staycation”, que é como quem diz, “umas férias perto de casa”.

Os bonitos jardins deste resort — que fica a cinco minutos (de carro) da praia e próximo do movimentado centro de Cascais, mas longe o suficiente para isso não ser uma perturbação — reúne todas as condições  para oferecer paz e tranquilidade a quem procura fugir da rotina diária.

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A entrada do hotel é luminosa e agradável, com uma decoração moderna e detalhes interessantes.

Cheguei uma hora antes do horário de check-in, mas como o quarto já estava pronto, pude entrar imediatamente, o que me agradou bastante.

 

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O quarto era espaçoso e confortável e a cama oferecia a experiência Sheraton Signature Sleep, com lençóis, travesseiros e cobertores super macios e um colchão projetado para eliminar pontos de pressão desconfortáveis e melhorar a circulação. Tudo o que é preciso para garantir uma boa noite de sono! 😴

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A casa de banho tinha uma banheira e um bom chuveiro e produtos de higiene pessoal de boa qualidade.

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Do que pude observar, os quartos têm todos grandes varandas ou um acesso direto ao jardim e uma mesa e cadeiras, onde os hospedes se podem sentar a relaxar.

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O pequeno almoço é servido no restaurante The Glass Terrace, numa sala com duas portas em vidro que podem ser abertas no verão.

O buffet tinha uma boa variedade de produtos. Havia salmão fumado, queijos, fiambre, iogurtes, frutas, ovos, panquecas, pastéis de nata, etc, etc...

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Todo o resort é cercado por jardins imaculados donde emana um agradável aroma a alecrim.

O design da piscina exterior é algo que chama imediatamente a atenção pela sua originalidade. A forma arredondada é dividida em duas secções, por um passadiço de madeira. O lado esquerdo, disseram-me, é aquecido, enquanto o direito não, mas a temperatura, nos dias em que me hospedei no hotel não estava para banhos, por isso optei por não entrar na água. Só tirei fotos. Preferi passar mais tempo no SPA Serenity, a relaxar na hidromassagem e a aquecer na sauna e no banho turco 😅.

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O SPA oferece um menu de massagens e tratamentos, incluindo a experiência My Senses of Cascais que foi pensada especialmente para o hotel. O tratamento usa ingredientes locais e consiste numa esfoliação feita com flor de sal e areia da praia do Guincho, seguida por um envolvimento de argila e vinho tinto. O tratamento termina com uma massagem nas costas e na cabeça. Um copo de vinho de Colares, servido na área de relaxamento, completa a experiência. Melhor impossível!

Achei o hotel bom para casais e para famílias — no jardim há um Kids Club com uma enorme área com cabanas em madeira em forma de tendas, baloiços, escorregas, pontes de corda e uma tirolesa entre as árvores. Durante os meses de verão, as atividades para crianças incluem minigolfe, arco e flecha, oficinas de ciências e caça ao tesouro.

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Se procuram um lugar perto de Lisboa, para uma escapadinha de fim de semana, considerem o Sheraton Cascais Resort, aposto que vão gostar 😊


Tchau!
Travellight

Qui | 05.03.20

BTL Discover The World Travel Awards 2020

fullsizeoutput_460aNo inicio desta semana o The Travellight World foi nomeado, na categoria Gastronomia e Viagens para os Discover The World Travel Awards 2020, promovidos pela BTL (Bolsa de Turismo de Lisboa).

A votação para escolher os vencedores já está a decorrer por isso se gostam das receitas que partilho e acham os meus relatos de viagem inspiradores, por favor votem aqui !

Obrigada! 🤗

Qua | 04.03.20

Leivasupp | A "sopa de pão" que é um doce popular na Estónia

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A Leivasupp é uma sobremesa tradicional da Estónia, que traduzido à letra significa “sopa de pão”. Pode ser servida quente ou gelada e é feita com pão de centeio, passas, sumo de fruta, canela e açúcar. Normalmente é complementado com leite, natas, frutos silvestres e nozes.

É deliciosa, fácil de fazer e uma excelente forma de aproveitar as sobras de pão de centeio.

Partilho em baixo a receita para quem quiser experimentar 😃

INGREDIENTES

400 gr de pão de centeio cortado em pedaços (não precisa de ser pão fresco)
1,5 litros de água
Meia chávena de passas
100 ou 150 ml (cerca de meia chávena) de açúcar
1 pau de canela
200 ml de sumo de frutos vermelhos


PREPARAÇÃO

Mergulhe o pão na água para o amolecer. Quando o pão estiver bem empapado e mole, coloque-o numa panela e deixe ferver. Cozinhe, até ficar macio e quase líquido.

Retire do lume e pressione o pão com um garfo ou um esmagador de batatas para que fique com a consistência de um puré.

Coloque o puré de pão de volta na panela. Adicione as passas, o pau de canela, o açúcar e o sumo de frutos vermelhos. Deixe ferver lentamente e cozinhe por cerca de 5 minutos.

Retire do lume, remova o pau de canela e deixe arrefecer.

Coloque a “sopa de pão” em tigelas pequenas e por cima coloque uma camada de natas batidas, chantilly ou leite (aquilo que preferir).

Decore com arandos vermelhos, mirtilos ou nozes picadas e sirva

 

Receita retirada com adaptações do site http://nami-nami.blogspot.com

Ter | 03.03.20

Tallinn | Estónia

Tallinn é a capital e o centro cultural da Estónia. É pequena e charmosa, está cheia de cafés encantadores e museus interessantes. É difícil não ficar apaixonado quando entramos na cidade velha e nos deparamos com as suas casas coloridas, arquitetura singular e ruas medievais. É raro ver uma cidade antiga tão bem preservada. 

fullsizeoutput_45e0Foto: Visit Tallin

Comecei o meu passeio pela Raekoja Plats (Praça Municipal), uma enorme praça, localizada no coração da cidade velha, onde se encontra a Câmara Municipal e uma série de edifícios pitorescos e coloridos, que parecem ter saído de um conto de Hans Christian Andersen.

A Câmara de Tallinn, tem uma torre alta e é uma das mais antigas dos países bálticos e escandinavos. No verão é possível subir até ao topo da torre para apreciar a vista, mas eu optei por não o fazer.

Os edifícios coloridos e antigos que a rodeiam, já foram lojas de mercadores locais, mas hoje são principalmente restaurantes e cafés com esplanadas onde nos podemos sentar e ver a vida passar. Durante o verão, acontecem nesta praça eventos musicais e festivais medievais e no inverno, segundo me disseram, realiza-se aqui um enorme mercado de Natal com uma imensa árvore decorada no centro. Deve ser muito bonito de ver 😃.

fullsizeoutput_45e1fullsizeoutput_45e6    Fotos: Travellight e H.Borges

No canto da praça, à esquerda da Câmara Municipal, fica a Raeapteek — uma das farmácias mais antigas da Europa.

Ainda hoje se encontra em funcionamento e tem uma área moderna onde se aviam as receitas, mas ao fundo, tem uma espécie de museu que exibe frascos de remédios antigos e apetrechos farmacêuticos usados ao longo dos últimos séculos.

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A cidade velha de Tallinn é composta pela parte “alta” e pela parte “baixa”, mas tal como a maioria dos centros históricos de países de leste, é muito fácil de percorrer a pé.

Um dos principais pontos turísticos a visitar na baixa da cidade é a igreja de São Olavo, que remonta ao século XII e já foi o edifício mais alto do mundo. Hoje é difícil de acreditar nesta afirmação, mas a sua torre ainda impressiona e é visível de quase todos os lugares da cidade.

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A Vabaduse Valjak (Praça da Liberdade) é provavelmente a maior praça da cidade baixa e, certamente, a mais moderna. Abriga um monumento à Guerra da Independência e a Igreja de São João, mas fora isso, não tem grande interesse.

Passando o Monumento da Guerra da Independência encontramos uma parte da antiga muralha da cidade e algumas das torres de defesa, incluindo Kiek in de Kok — uma torre ainda intacta e que atualmente funciona como museu militar.

A torre era tão alta que os soldados a chamavam, por piada “Kiek in de Kok”, que significa “espreitar a cozinha”, pois diziam que dali conseguia-se ver as cozinhas das casas que ficavam em baixo.

As muralhas da cidade de Tallinn são incríveis. As 20 torres, ainda intactas, formam uma imagem única do horizonte da cidade. Três das torres são de acesso público e permitem ver a cidade de todos os ângulos. Essas torres são chamadas de torres Nunna, Sauna e Kuldjala.

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Quem gosta de chocolate, antes de subir para a parte alta da cidade tem de parar na Chocolaterie de Pierre. Tudo aqui tem chocolate: as bebida, os bolos e, obviamente, todas as trufas artesanais com todos os tipos de sabores. É uma tentação!!
A decoração é surreal, um pouco estranha… Muito bric à brac, toalhas de cores garridas, luzes baixas… às tantas não sabes se estás num velho boudoir francês, numa loja de antiguidades ou na sala de estar da tua avó, mas o chocolate, oh meu Deus, o chocolate vale mesmo a pena! 😋

Para chegar à parte alta da cidade o melhor é voltar até à Raekoja Plats (Praça Municipal) e seguir por uma rua chamada “Kinga”, onde encontramos placas que indicam a Colina de Toompea.

É um passeio agradável até ao topo. Eu, que adoro arquitetura, fui sempre de “nariz no ar” a ver as casas em tons pastel e as originais (e famosas) portas de Tallinn. Pelo caminho passei também pela muralha da cidade e por uma universidade.

Avistei depois a impressionante Catedral Alexander Nevsky. É uma igreja ortodoxa russa com grandes cúpulas e maravilhosos paineis de mosaico.

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Em frente à catedral fica o Castelo Toompea, hoje sede do parlamento da Estónia. Os visitantes podem entrar gratuitamente e ver um pouco deste lugar que remonta ao século XIII.

A Praça Kiriku e a sua enorme Catedral não ficam longe e também merecem uma paragem.

Saindo da Praça e seguindo pela rua Kohtu, cheguei a um dos pontos turísticos mais populares de Tallinn — O Miradouro de Kohtuotsa.

Uma vista fantástica sobre a cidade, com as suas icónicas torres de igreja e telhados vermelhos, revelou-se perante os meus olhos e confirmou aquilo que eu já sabía… Como é bonita Tallinn!

Na parte esquerda do miradouro, está o local mais fotografado da cidade — Uma parede rosa com a frase “The Times we had …”, escrita a preto. É uma frase apropriada e uma maneira quase poética de terminar uma visita a esta cidade.

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Tallinn revelou-se uma cidade especial… Tem algo de mágico, que não consigo pôr em palavras.

Ahh Tallinn… The times we had…

 

Tchau!

Travellight