Quem segue o meu blog ou página de Instagram sabe que há pouco tempo estive em Monsanto e vim de lá completamente apaixonada. Já falei da história, das paisagens, das casas extraordinárias, mas faltou falar do lugar onde fiquei hospedada e das pessoas maravilhosas que me receberam.
Quando comecei a planear a visita a Monsanto, tive de decidir se queria ficar hospedada dentro da aldeia ou nos arredores. Optei por ficar na aldeia — fazia mais sentido para mim e dava-me mais tempo para explorar o lugar. Não me arrependi.
Reservei um alojamento local designado por Sun Set House e assim que vi a casa e o simpático alpendre soube que ia gostar 😊
É uma habitação típica, de dois pisos, recuperada com materiais tradicionais. Era aconchegante, tinha lareira (ar condicionado também) e a decoração era uma mistura eclética de antiguidades e curiosidades.
O piso de cima abrigava a maior surpresa de todas: uma enorme rocha de granito em pleno quarto de dormir! Só podia ser em Monsanto 😃
A casa de banho ficava ao lado do quarto e tinha um belo chuveiro.
A localização da Sun Set House é perfeita, a 200 metros do Castelo de Monsanto e perto de todas as atrações principais.
Os anfitriões, D. Helena e Sr. Fernando, foram fantásticos. Muito atenciosos desde o inicio. Ajudaram a estacionar o carro, contaram muitas histórias interessantes sobre a região e aconselharam locais para visitar.
Mostraram-nos a sua própria casa e outras que estão a restaurar e foi um prazer ver a interessante coleção de fotografias de Constantino Varela Cid pertencente ao Sr. Fernando.
A D. Helena é uma cozinheira de mão-cheia. O lanche foi servido com compota caseira e chá de cidreira feito com folhas colhidas e secas pela própria dona da casa; ao jantar esperava-nos um belo bacalhau com natas, salada, castanhas assadas e romãs, e ao pequeno almoço não faltava queijo, fiambre, doces, sumo... podia ser simples, mas era tudo tão bom! Caseiro e preparado (atrevo-me a dizer, com carinho) e com produtos frescos e de boa qualidade.
Estava tudo delicioso, mas o bolo de chocolate e as bananas com canela merecem uma menção especial 😋.
A estadia em Monsanto foi simplesmente maravilhosa! Ficar nesta casa foi igualmente uma experiência única. Não podia recomendar mais! 😃
A aurora boreal é certamente uma das exibições mais espetaculares da natureza!
Segundo me explicaram, o fenómeno celeste, também conhecido como Luzes do Norte, ocorre quando partículas solares carregadas eletricamente colidem com gases atmosféricos para produzir um deslumbrante show de luzes de neon que ilumina o céu noturno.
Assistir a este espetáculo nem sempre é fácil. Mesmo os especialistas tem muita dificuldade em prever exatamente quando e onde as luzes podem ser vistas, mas a melhor aposta para “apanha-las” é durante o inverno e em regiões polares de alta latitude.
Vejam aqui a lista dos melhores lugares:
1- Fairbanks, Alasca, EUA
Fairbanks, no Alasca, é considerado um dos melhores lugares do mundo para ver as luzes do norte.
É um centro popular para o turismo da aurora boreal, graças ao seu aeroporto internacional e à sua posição privilegiada sob a chamada “aurora oval” - uma zona em forma de anel onde a atividade da aurora boreal fica concentrada. A cidade está localizada a sul do Círculo Polar Ártico e fica a norte do Parque Nacional Denali, o que a torna uma base bastante acessível para explorar este fenómeno natural.
Como ir: A partir de Fairbanks, a 1st Alaska Tours organiza passeios noturnos para as Chena Hot Springs, uma das melhores fontes termais dos Estados Unidos, onde os viajantes podem visitar o museu de gelo da região, mergulhar nas águas curativas e, se tiverem sorte, ver a Aurora Boreal
Quando ir: De meados de agosto até ao final de abril
2- Yellowknife, Canadá
Muitas partes do norte do Canadá testemunham a aurora boreal regularmente, mas as remotas regiões do Yukon e os Territórios do Noroeste são alguns dos melhores lugares para ver o show de luzes naturais.
A área de Yellowknife, nos territórios do noroeste do Canadá, localizada logo abaixo da aurora oval, é uma das mais perfeitas.
Em Yellowknife, as luzes do norte são visíveis até 240 dias por ano. No Aurora Village - um conjunto de 21 tendas que ficam em volta de um lago gelado e pertencem e são administradas por índios de tribos locais - os hóspedes que reservam o pacote de três noites têm uma chance estimada de 98% de ver a aurora pelo menos uma vez, de acordo com o operador turístico.
Quando ir: Do final de agosto a meados de abril
3- Tromsø, Noruega
As longas e escuras noites de inverno da Noruega oferecem um céu claro para uma visualização ideal da aurora e com a sua localização, 69 °a norte no centro da zona da aurora (e acima do Círculo Polar Ártico), Tromsø é um dos destinos mais populares para este efeito.
No mar, o remoto arquipélago de Svalbard oferece, além das luzes do norte, a oportunidade de ver ursos polares, raposas do ártico e renas,
Como ir: Navegue pelos fiordes do ártico enquanto procura as luzes do norte num passeio de barco de três horas com o Tromsø Safari ou embarque numa aventura de quatro dias pela vida selvagem nórdica e luzes do norte liderada por um guia Sámi com o operador turístico Off the Map Travel
Quando ir: Do final de setembro a início de abril
4-Gronelândia
A maior parte da Gronelândia fica dentro do Círculo Polar Ártico, tornando-o um local privilegiado para observar as luzes do norte. E embora as luzes ocorram o ano inteiro na Gronelândia, elas não podem ser avistadas durante o verão devido ao sol da meia-noite.
A pequena cidade de Kangerlussuaq é perfeita para quem quer observar este fenómeno natural porque abriga um aeroporto internacional e está situado bem no meio da área em que a aurora boreal é mais frequente. Todos os anos, de novembro a março, a Greenland Tours oferece uma aventura de quatro dias pela Northern Lights e Icebergs em Kangerlussuaq, que inclui caminhadas pela neve, trenós puxados por cães e aurora ao longo do famoso Icefjord.
Quando ir: De setembro a início de abril
5- Lapónia, Finlândia
Na Lapónia, na região norte escassamente povoada da Finlândia, na fronteira com a Suécia, a Noruega e a Rússia, as luzes do norte são visíveis, aproximadamente por 200 noites do ano graças aos níveis mínimos de luz artificial da região.
O Nellim Wilderness Hotel possui um conjunto de iglus com cúpulas de vidro, designados por Aurora Bubbles, onde os hóspedes podem assistir à aurora boreal protegidos dos ventos de -22 ° F, comuns nas regiões subárticas da Lapónia finlandesa.
Quando ir: Do início de setembro ao final de março
6- Parque Nacional Abisko, Suécia
No Parque Nacional Abisko, na Suécia, os baixos níveis de precipitação e o nível mínimo de poluição luminosa permitem observar um céu extremamente limpo e claro. Em resultado disto o Parque Nacional Abisko ganhou uma forte reputação como um dos principais destinos para a observação de auroras.
O seu microclima específico, produz menos precipitação do que outros locais e isso permite um céu perfeito para observações noturnas.
Entre dezembro e março, a Lights Over Lapland oferece workshops especializados em fotografia que incluem, quando é possível, três horas a fotografar a aurora boreal. Pequenos grupos recebem câmaras de alta qualidade e são liderados por fotógrafos profissionais que ensinam habilidades básicas para fotografar as luzes do norte.
Quando ir: Do início de dezembro até ao final de março
7- Lagoa glacial Jökulsárlón, Islândia
As paisagens dramáticas da Islândia — entre elas a península de Snæfelsness, a lagoa glacial Jökulsárlón e a praia de areia preta Reynisfjara — são pontos particularmente espetaculares para se observar as luzes do norte. Facilmente acessível de carro a partir de Reykjavík, o Parque Nacional Thingvellir é outro favorito dos turistas.
No Buubble Lodge (conhecido como o "Hotel 5 milhões de estrelas", os hóspedes podem assistir a aurora boreal dançar no céu de dentro de uma bolha transparente situada na floresta perto de Reykjavík. Reserve uma bolha como parte do Golden Circle Tour oferecido pelo hotel, que inclui visita a quedas de água, fontes termais, à Lagoa Secreta e ao Parque Nacional Thingvellir.
Quando ir:Do início de setembro até ao final de abril