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The Travellight World

Inspiração, informação e Dicas de Viagem

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Qui | 28.11.19

10 Hotéis perfeitos para uma escapadinha romântica no Inverno

O inverno pode nem sempre ser a nossa estação preferida mas não podemos negar que tem alguns elementos indiscutivelmente românticos: A chuva a cair lá fora, as lareiras a crepitar, as feiras de Natal… tudo parece convidar a celebrar o amor.

Uma noite passada no meio da natureza ou uma indulgente estadia à beira-mar, opções não faltam porque em Portugal encontramos refúgios fantásticos onde um casal pode sentir-se como o único do mundo.

Fica aqui uma lista de 10 Hotéis com serviços personalizados, ambientes aconchegantes e jacuzzi ou lareira no quarto para onde podem escapar quando as temperaturas começarem a cair e o romance a aumentar. 

114420_15100511063.jpg  Crédito da foto: Carmos Boutique Hotel

1 - Carmo's Boutique Hotel - Small Luxury Hotels of the World

Localizado no coração do Minho, na bonita vila de Ponte de Lima, o Carmo’s Boutique Hotel proporciona aos seus hospedes um ambiente de acolhedora intimidade complementado por um serviço personalizado, que presta atenção a cada detalhe.

O espaço combina elegância com um toque de ruralidade e as suites de estilo lusitano estão equipadas com confortáveis camas de dossel e lençóis de algodão português que certamente vão fazer suspirar os mais apaixonados.

O sedutor SPA Divina oferece tratamentos como aromaterapia e banhos de leite de cabra e o restaurante do hotel serve iguarias da melhor cozinha portuguesa preparadas com produtos orgânicos da região.

O hotel tem um pacote de uma noite denominado “Noite Romântica” que inclui, entre outras coisas 1 jantar à luz de velas para duas pessoas, acesso à piscina e jacuzzi do SPA e a preparação de um relaxante banho no quarto com ervas e óleos essenciais e ainda a oferta de 2 flûtes de champanhe.

356950.jpg  Crédito da foto: Nelson Garrido 

2- Santa Luzia ArtHotel

Este alojamento, localizado a 500 metros do centro histórico da cidade de Guimarães, tem uma decoração moderna, confortável e um ambiente muito romântico.

Detalhes como um menu de almofadas especiais ou um "ritual de descanso" no quarto que incorpora experiências sensoriais e banhos personalizados para alivio de tensões, podem converter uma noite no Santa Luzia ArtHotel numa escapadinha memorável.

Nos dias frios, quando o hotel acende a sua lareira, o ambiente fica ainda mais romântico e agradável. O piano e os grandes sofás do salão principal contribuem para a sensação de conforto.

O programa romântico do hotel inclui o pequeno almoço servido no quarto; tratamento VIP e decoração romântica do quarto; acesso à piscina interior com jacuzzi, à sauna e ao banho turco e ainda uma massagem para 2 pessoas.

fullsizeoutput_2f3f.jpeg  Crédito da foto: Furadouro Boutique Hotel

3 - Furadouro Boutique Hotel Beach & SPA

Com a praia em frente, a Ria de Aveiro próxima e uma floresta de pinheiro bravo que liga o Furadouro a Esmoriz através da Ecopista do Atlântico, este hotel localizado a 3 quilómetros de Ovar, tem quartos, com vista para o mar, luminosos e modernos,  alguns com banheira de hidromassagem.

O Furadouro Boutique Hotel Beach & Spa carateriza-se pelo seu ambiente intimista e pelo seu design contemporâneo. É ideal para quem quer descansar e namorar.

Os hospedes são recebidos com um cocktail de boas vindas e o hotel aposta num acompanhamento muito próximo e personalizado dos seus clientes.

Existem com frequência ofertas especiais para casais à procura de romance que incluem, para além da estadia, acesso à piscina, sauna e banho turco; um ritual de balneoterapia com pétalas de rosas para o casal; relaxamento em camas aquecidas com cromoterapia; um jantar para dois e tratamento VIP no quarto. Ao casal que escolher este pacote é ainda oferecida uma garrafa de espumante e delícias de chocolate com frutos vermelhos.

fullsizeoutput_2f40.jpeg  Crédito da foto: Douro Palace Hotel

4- Douro Palace Hotel Resort & SPA 

Rodeado por hectares de vinhas e florestas protegidas, este hotel tem um ambiente requintado e acolhedor.

Os seus quartos estão decorados de forma elegante e tem varandas privadas com vistas espetaculares sobre o Rio Douro, o que permite ao hóspede sentir-se mais próximo da natureza.

O SPA com piscina, sauna e banho turco pode ajudar  a relaxar e o som do piano no bar dá o tom sedutor pelo qual se pauta o “In Love with Douro” - o programa oferecido pelo hotel a casais interessados numa escapadinha romântica.

Este programa inclui jantar à luz de velas, para 2 pessoas no restaurante Eça, com menu do Chef e bebidas incluídas; um ritual de SPA de 20 minutos; espumante e bombons no quarto e mais uma surpresa especial só revelada no dia da chegada.

O Douro Palace Hotel está situado próximo da aldeia de Santa Cruz do Douro e a 5 minutos de carro da Estação Ferroviária de Aregos.

fullsizeoutput_2f42.jpeg  Crédito da foto: booking.com

5 - Natura Glamping

Para quem não sabe, a palavra “Glamping” aplica-se ao ato de “acampar com glamour” e o Natura Glamping faz jus a esta definição.

Situado na Serra da Gardunha, em Alcongosta, a 7,5 km do Fundão, este alojamento, composto por 6 magnificas tendas, permite aos seus hospedes acampar efetivamente no meio da natureza mas com muito glamour.

Cada tenda tem dois quartos; uma casa de banho, com chuveiro e jatos de hidromassagem; um míni bar; ar condicionado e, durante o inverno, uma salamandra. A paisagem é de cortar a respiração e poucas coisas serão tão românticas como acordar numa cama com vista direta para a Serra.

Entre as atividades disponibilizadas estão passeios a cavalo, aulas de yoga e passeios de balão. É o cúmulo do romantismo!

fullsizeoutput_2f43.jpeg  Crédito da foto: Memmo Baleeira

6- Memmo Baleeira - Design Hotels 

Debruçado sobre uma falésia, em Sagres, o Memmo Baleeira tem uma localização única, mesmo junto ao mar, oferecendo aos hóspedes um ambiente de tranquilidade e sossego.

O Baleeira alberga um restaurante mediterrâneo tradicional e uma "Fornaria" - com vistas deslumbrantes para a baía - que serve pizzas caseiras saborosas, preparadas em forno a lenha.

O programa “Cheers to Love” dá aos casais acesso gratuito ao roteiro Living Sagres by memmo® (descontos e ofertas junto dos melhores restaurantes, bares e lojas de Sagres ) e a oferta de 1 cocktail por pessoa no dia de chegada. Os hóspedes podem relaxar no spa e desfrutar da piscina interior aquecida, do banho turco e da sauna. Podem também mimar-se com um vasto leque de massagens.

120567209.jpgCrédito da foto: booking.com

7 - Vitoria Stone Hotel 

Localizado apenas a 600 metros da Capela dos Ossos e a 10 minutos a pé do centro histórico da cidade de Évora, este hotel tem uma decoração arrojada que combina elementos modernos com vários motivos típicos do Alentejo. Estão ali representados os tons caraterísticos da região, as suas pedras nobres e a cortiça.

Os quartos tem uma atmosfera acolhedora e minimalista, com pormenores criados para proporcionarem uma estadia agradável e memorável.

No Almendra SPA os hospedes podem receber massagens a dois ou relaxar no jacuzzi e no intimista Avista Bar podem usufruir de um ambiente quente e sensual - com um piano de cauda e uma lareira - perfeito para quem gosta de manter acesa a chama da paixão.

luxury-tours-in-portugal-luzcharminghouses---11-.jpg  Crédito da foto: booking.com 

8 - Luz Charming Houses 

Esta propriedade está localizado em Fátima, a 500 metros do Santuário e é um hotel boutique criado para ser um espaço único e especial.
Segundo o site oficial do hotel, “aqui cada casa conta uma história, cada árvore guarda um segredo e cada pedra convida a perdermo-nos onde o passado, o presente e o futuro brincam em harmonia.”

Rodeado por um bosque, este alojamento convida a descansar e relaxar. Os casais apaixonados podem caminhar sem pressas por percursos meditativos cuidadosamente desenhados, ler mensagens nas paredes e descobrir uma gruta no jardim.

O programa romântico “Blanket for Two” oferece aos casais, à chegada, chá com scones; um jantar e uma massagem para dois.

32883440_BINARY_GI21102018DIANAQUINTELA0093_resultado.jpg  Crédito da foto: Herdade do Touril

9- Herdade Do Touril 

A Herdade Do Touril é propriedade da mesma família há 5 gerações e foi construída em 1825.

Está localizada na Costa Vicentina, no interior do Parque Natural do Sudeste Alentejano e conta com 13 acomodações, todas elas casas típicas alentejanas, decoradas com elegância e simplicidade.

O ambiente é acolhedor e confortável e no inverno os hóspedes ficam particularmente rendidos aos serões frente à lareira da sala de estar.Entre as atividades recomendadas estão as caminhadas à beira mar e passeios de bicicleta.

23136804.jpg  Crédito da foto: Villas D. Dinis

10- Villas D. Dinis - Charming Residence (adults only)

Cada vez mais turistas procuram hotéis só para adultos, que garantam tranquilidade e descanso absoluto. As Villas D. Dinis são uma das unidades hoteleiras no Algarve que se assume, sem qualquer tipo de constrangimento, como exclusiva para adultos.

Estas Villas são um conjunto de moradias situadas junto às famosas praias Dona Ana e Camilo. A Ponta da Piedade, com as suas grutas e pequenas praias e a zona histórica de Lagos, encontram-se também a poucos metros.

Algumas moradias dispõem de terraço e piscina privativos e tem uma decoração única e original onde predominam as cores.

Neste espaço de charme, destacam-se os pormenores que apelam ao romantismo como por exemplo a Suite Júnior Romântica que tem por tema exatamente o romance. Quem a escolhe recebe de oferta, à chegada, uma garrafa de vinho e flores.

 

Artigo Patrocinado pelo Booking.com e originalmente publicado no SAPO Viagens

 

 

Qua | 27.11.19

Pumpkin Pie | A Tradicional Tarte de Abóbora Americana

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A tarte de abóbora é muito popular nos Estados Unidos da América principalmente durante o Thanksgiving (feriado de Ação de Graças) e o Natal.
Diz a lenda que as tribos nativas do nordeste americano cultivavam abóboras e trouxeram-nas como presentes aos primeiros colonos que se estabeleceram em Plymouth, no sul da Nova Inglaterra, ensinando-lhes a melhor maneira de as cozinhar e comer.

A tarde de abóbora é servida hoje nas mesas do Thanksgiving em homenagem a esse primeiro contacto entre colonos e nativos.

Partilho em baixo a receita para quem quiser experimentar:

INGREDIENTES

1 base de massa folhada
4 ovos
2 ½ chávenas de chá de puré de abóbora
1 ½ chávenas de chá de açúcar
½ c. chá de sal
1 c. chá de canela em pó
½ c. chá de gengibre em pó
½ c. chá de noz-moscada

 

PREPARAÇÃO

Pré-aqueça o forno a 220º. Numa tigela grande, bata os ovos e junte o puré de abóbora, o açúcar, o sal, a canela, o gengibre e a noz-moscada, mexa tudo até ter uma mistura homogénea e cremosa.

Forre uma forma redonda com a massa folhada. Deite a mistura antes preparada e leve ao forno por 15 minutos. Reduza a temperatura para 175º e asse por mais 30-40 minutos.

Retire do forno, corte em fatias e se quiser decore com um pouco de chantilly antes de servir.

Dica:
Para fazer o puré, evite cozer a abóbora, é preferível assar fatias de abóbora (descascadas e sem sementes) durante 45 minutos em forno pré-aquecido a 165º e depois passar tudo com a varinha mágica. O sabor fica melhor.

Ter | 26.11.19

Thanksgiving | O Dia de Ação de Graças na América

O Thanksgiving ou Dia de Ação de Graças é um dos feriados mais comemorados nos EUA e juntamente com o Natal é um dos eventos mais importantes do ano para as famílias.
Quem viaja para o país nesta altura pode descobrir tudo o que esta celebração implica e viver um pouco a magia deste dia que tem como objetivo principal “agradecer”. 

 

90Fotos: PxHere

O Thanksgiving tem sempre lugar na quarta quinta-feira do mês de novembro e embora não exista um consenso histórico sobre onde e quando ocorreu a primeira refeição de Ação de Graças na América, costuma considerar-se que a celebração original do feriado ocorreu em 1621 na região onde hoje fica Plymouth, Massachusetts.

Conta-se que após a chegada do navio Mayflower a Plymouth Rock a 11 de dezembro de 1620, os peregrinos (britânicos) perderam 46 de seus 102 colonos originais, mas com a ajuda dos índios Wampanoag, aprenderam a cuidar melhor das suas colheitas e a sobreviver ao frio do primeiro inverno no Novo Mundo.
Assim quando no verão de 1621 conseguiram produzir uma colheita abundante, decidiram organizar um festival de 3 dias para comemorar o evento e para mostrar a sua gratidão aos nativos pela sua preciosa ajuda. Os índios foram convidados a comparecer a um grande banquete e assim nasceu a tradição que se mantém viva até aos dias de hoje.

Alguns dos eventos mais divertidos deste dia ocorrem na cidade de Nova Iorque.

Logo pela manhã, entre as 09h00 e as 10h00 costuma acontecer o desfile da Macy’s (famosa loja de departamentos). 
Durante a parada, balões gigantes de hélio, representando figuras conhecidas da banda desenhada, como o Snoopy, o Mickey Mouse, o Homem-Aranha ou o Dragon Ball, carros alegóricos e bandas passeiam pelas ruas da cidade. Em 2020, em virtude da pandemia, o desfile não vai para as ruas. A Macy's optou antes por criar uma apresentação especial que depois vai ser transmitida pela televisão.

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Entre as 12h00 e as 13h00 a atenção volta-se para o perdão presidencial do peru. Sim! Um peru é salvo da morte pelo Presidente (de certo já viram isto na televisão). A tradição começou quando em meados do século XX, o Presidente dos Estados Unidos “perdoou” um ou dois perus que iam ser cozinhados no Dia de Ação de Graças poupando-lhes a vida. A partir daí, todos os anos um peru é perdoado e salvo da panela 😃

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E por falar em panela, uma parte essencial da experiência americana de Ação de Graças é a comer, comer muito!
Preparar uma refeição adequada para o Dia de Ação de Graças pode levar horas, às vezes até dias, dependendo dos pratos servidos e da quantidade de pessoas convidadas para a mesa. Só assar o peru recheado (dependendo do seu tamanho) leva pelo menos três a cinco horas.

Para a maioria das famílias o peru é a verdadeira estrela da festa e fica no centro da mesa de Ação de Graças. Pode ser assado, defumado, frito… não pode é faltar o peru.
O tradicional é assado e recheado com pão, cebola, aipo, sal, pimenta e outras especiarias e ervas.
As outras coisas que não podem faltar na mesa são o molho de arando (cranberry sauce), o puré de batata e a tarde de abóbora.

Depois do almoço é tempo de assistir aos jogos de futebol americano e descansar, porque no dia seguinte começa a temporada oficial de compras de Natal com a Black Friday — famosa nos EUA (e agora no resto do mundo) por oferecer grandes descontos e causar a histeria geral entre as pessoas que correm de uma loja para a outra em busca das melhores ofertas.

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Felizmente para aqueles que não gostam de multidões ou não podem sair de casa, inventaram, mais recentemente a Cyber ​​Monday (na segunda feira seguinte ao Thanksgiven), que funciona como o equivalente da Black Friday, mas para compras on-line.

Apesar de hoje este dia ser (como quase todos os outros feriados e dias comemorativos) uma boa desculpa para o comércio vender mais, acho que o espírito desta celebração ainda é muito bonito. O Dia de Ação de Graças é uma celebração para a família e para os amigos e uma excelente oportunidade para agradecer tudo de bom que a vida nos dá.❤️

 

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Travellight

Seg | 25.11.19

Monsanto | Uma aldeia extraordinária

fullsizeoutput_425eFotos: Travellight e H. Borges

Wow! Foi a única coisa que consegui pronunciar quando avistei a Aldeia de Monsanto pela primeira vez. Sei que é uma falha grave para quem já viajou tanto, mas nunca antes tinha visitado este lugar.

Nomeada em 1938 a “aldeia mais portuguesa de Portugal”, Monsanto distingue-se de todas as outras pelas enormes rochas que encontramos, tanto em volta da aldeia, como integradas nas próprias casas.

É tão linda que levei imenso tempo a subir a curta distância que vai da aldeia até ao castelo porque a cada passo tinha de parar para tirar uma fotografia. Mesmo assim acho que as fotos não conseguem fazer justiça à beleza deste lugar...

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Este é um local muito antigo, com registo de presença humana desde o Paleolítico. Vestígios arqueológicos dão conta de um castro lusitano (ruínas ou restos arqueológicos de um tipo de povoado da Idade do Cobre e da Idade do Ferro característico das montanhas do noroeste da Península Ibérica) e de villas e termas romanas no campo de S. Lourenço, que fica no sopé do monte.

Conquistada aos Mouros por D. Afonso Henriques, em 1165, e doada à Ordem dos Templários que ali edificaram o castelo sob as ordens de D. Gualdim Pais, Monsanto faz parte das doze Aldeias Históricas oficiais de Portugal, por ter desempenhado um papel estratégico na defesa do país face aos vários invasores que ao longo dos séculos tentaram a sua sorte.

Imagino como seria difícil conquistar esta aldeia. A conjugação das suas defesas naturais com aquelas que entretanto foram sendo construídas pelo homem transformaram Monsanto numa fortaleza inexpugnável.

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Ainda antes de entrar na aldeia podemos apreciar a bela vista proporcionada pelo  baluarte (que hoje funciona como parque de estacionamento).

Um pouco mais adiante, encontramos a Igreja Matriz — provavelmente construída no século XV, foi reformada durante o século XVIII, mas mantém o portal românico na sua fachada. No seu interior podemos admirar imagens e altares muito bonitos, em especial o altar-mor, bem trabalhado em talha dourada.

Do património histórico da aldeia fazem ainda parte o Pelourinho, a Antiga Capela do Socorro, a Porta de Santo António, a Capela de Santo António, a Igreja da Misericórdia e a Torre do Relógio que tem no cimo a Réplica do Galo de prata — símbolo do título de Aldeia Mais Portuguesa de Portugal.

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Já no caminho para o Castelo encontramos primeiro a Fonte do Ferreiro, onde um pequeno azulejo nos informa que “A água desta nascente matou a sede a obscuros heróis”; depois descobrimos uma interessante Gruta e junto do Forno Comunitário há um miradouro natural da campina e do casario de Monsanto que se estende pela encosta. Outro destaque é a "Casa de Uma Só Telha" cuja particularidade é ter uma cobertura de rocha granítica.

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O castelo de Monsanto hoje está, em grande parte, em ruínas, mas as suas duas portas — a Porta da Traição e a Principal — ainda são visíveis.

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No interior da muralha do Castelo, encontramos a Cisterna, a Torre de Menagem, a Casa dos Governadores e a Igreja de Santa Maria. Esta igreja, no mês de maio, é palco da Festa de Santa Cruz realizada em memória de um cerco a que a povoação resistiu.

Conta-se que nesta ocasião Monsanto estava sitiada há mais de um ano e só sobrava, para a população comer, um último saco de grãos de trigo e um bezerro. Sabendo que estavam à beira da rendição, o líder da aldeia decidiu então dar todos os grão ao bezerro e depois atira-lo encosta abaixo, enganando o invasor que levantou o cerco por pensar que ainda existiam víveres em abundância no interior do castelo.

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No lado de fora da muralha encontramos a Capela de São João, da qual resta apenas um arco e a Capela de São Miguel, construção do século XII/ XIII, de características românicas.

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Quando voltamos a descer pela Rua de Santa Maria do Castelo podemos ainda ver, perto do Chafariz do Meio, na Rua Fernando Namora, a casa onde este famoso médico e escritor exerceu medicina.

Monsanto é realmente uma aldeia extraordinária e um passeio por estes lados é uma experiência inesquecível!

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Travellight

 

Qui | 21.11.19

9 lugares únicos para visitar na Malásia  

A Malásia, localizada no sudeste asiático, é uma mistura incrível de culturas. No mesmo país, podemos explorar cidades modernas, vilas históricas, montanhas, relaxar em algumas das praias mais bonitas do planeta e caminhar por selvas verdejantes. Há muito para ver na Malásia, mas estes nove lugares são os mais especiais para mim.

1. PARQUE NACIONAL DE GUNUNG MULU

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Património Mundial da UNESCO, este parque é um dos destinos naturais mais majestosos e emocionantes do mundo.
Poucos parques nacionais possuem tantas maravilhas numa área tão pequena. Aqui encontramos uma floresta tropical secular, cavernas enormes e fenómenos geológicos como os extraordinários Pináculos — um conjunto de estruturas de calcário, pontiagudas e com aspeto afiado.

Entre os destaques do parque estão os seus dois picos mais altos: Gunung Mulu e Gunung Api. No meio, há montanhas, desfiladeiros profundos com rios cristalinos e uma variedade de habitats que  servem de casa a animais selvagens fascinantes e incrivelmente diversos.

As mais famosas atrações para quem gosta de fazer caminhadas são os Pináculos e a Trilha dos Caçadores de Cabeças — um antigo caminho de guerra tribal que vai até Limbang.

2. LANGKAWI

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Langkawi é um arquipélago composto por 99 ilhas na costa oeste da Malásia. Com praias de areia branca e águas azul-turquesa, Langkawi é conhecido por ser excelente para a prática de mergulho. O interior da ilha principal é igualmente interessante com cenários que vão de pitorescos arrozais a colinas cobertas de vegetação selvagem. 

As principais atrações de Langkawi aproveitam ao máximo as paisagens naturais, mas a ilha abriga também atrações históricas e uma vida noturna empolgante.

As praias imaculadas de Langkawi — nomeadamente Datai Bay, Pantai Cenang e Tanjung Rhu — são consideradas por muitos como algumas das melhores do mundo e o Parque Marinho Pulau Payar é um local popular para os entusiastas do mergulho e do snorkel. Este parque é composto por quatro ilhas, a maior das quais é Pulau Payar, e três ilhas menores (Pulau Kaca, Pulau Lembu e Pulau Segantang). Nenhuma das ilhas é habitada.

3. KUALA SELANGOR

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Esta tranquila cidade fica a menos de uma hora de carro de Kuala Lumpur e a sua principal atração é o Firefly Park Resort, que abriga uma das maiores colónias de pirilampos do mundo.

Quando o crepúsculo se aproxima, é possível apanhar um barco para os manguezais para testemunhar a maravilhosa sinfonia visual que resulta de milhões de pirilampos a iluminarem-se, muitas vezes de forma sincronizada, em redor das árvores — é um espetáculo mágico!

4. CAMERON HIGHLANDS

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Nestas belas montanhas, cobertas de verde, podemos apreciar plantações de chá e colher morangos frescos nas fazendas de fruta locais.

Quando a noite cai, podemos deliciar-nos com comida de rua e fazer compras no Pasar Malam ("mercado noturno" em malaio) na cidade de Brinchang que fica na região.

5. BANJARAN HOT SPRINGS

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Localizado entre colinas de calcário com milhões de anos, o Banjaran Hot Springs Retreat é um refúgio de bem-estar, luxuoso e revigorante cheio de cascatas, nascentes de água quente e florestas tropicais.

Dentro do resort há também uma caverna usada para curas metafísicas, um spa e um centro de bem-estar.

6. IPOH

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Esta cidade está repleta de cultura e cada esquina tem lojas e restaurantes tradicionais. Ipoh é conhecida em toda a parte pela sua comida, mas há muito mais para fazer aqui.

Para conhecer melhor o passado desta cidade antiga e carismática o ideal é visitar os seus templos e museus e apreciar os edifícios que mantém a arquiteturas colonial britânica intacta.

Entre as atrações a não perder estão a antiga estação de comboios — um lugar histórico da arquitetura mourisca, conhecido como o Taj Mahal da Malásia e o Café Branco da Cidade Velha, um lugar perfeito para almoçar.

Dê também um passeio até Kuala Kangsar, a cidade real de Perak e veja a majestosa Mesquita de Ubudiah, construída em 1917 e considerada por muitos a mesquita mais bonita do país.

Se tem filhos não perca o parque temático aquático “Mundo Perdido de Tambun”, eles vão adorar!

7. BUKIT TINGGI

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Se quiser fugir um pouco do calor visite Bukit Tinggi. Esta pequena cidade, que lembra mais a Europa do que a Malásia, fica numa floresta natural a cerca de 800 metros acima do nível do mar e tem uma brisa refrescante e agradável o ano todo.

8. KOTA KINABALU

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Kota Kinabalu é a encantadora capital de Sabah, que faz parte do leste da Malásia. Diferente da Malásia Peninsular, que abriga a moderna Kuala Lumpur, o leste da Malásia apresenta um lado mais rural, com selvas luxuriantes e picos altíssimos.

A principal jóia da coroa de Sabah é o Monte Kinabalu — a montanha mais alta do Sudeste Asiático — que fica do lado de fora da capital, e é um dos principais motivos pelos quais as pessoas viajam até esta região.

Mas há uma quantidade enorme de coisas para fazer na própria cidade. Alguns dos destaques incluem os mercados de artesanato; excelentes restaurantes especializados em frutos do mar; belos miradouros e museus.

Quem se aventurar a ir para fora da cidade, pode esperar viagens panorâmicas de comboio, fontes termais e passeios de barco no rio.

Em resumo, quer escolha ficar no centro da cidade ou decida explorar mais longe, há muito para se  manter ocupado.

9. MALACA

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Não podia deixar de mencionar Malaca, o estado histórico da Malásia, pela sua rica história e ligação a Portugal.

Malaca foi colonizada pelos portugueses, mas também pelos holandeses e pelos ingleses, e, como tal, aqui encontraramos influências de todas essas antigas potências coloniais. O passado reflete-se  na arquitetura, na gastronomia local e até no idioma.

A cidade também possui uma grande comunidade chinesa conhecida como Peranakan, que levou ao surgimento da cultura Nonya (uma mistura de influências malaias e chinesas) e gerou uma culinária completamente única.

Há um grande número de museus e outras atrações culturais em Malaca. Os fãs de História vão adorar! Grande parte da cidade permaneceu inalterada por séculos e ainda hoje é possível encontrar fortes, igrejas e edifícios com as suas fachadas tradicionais, introduzidas durante o período colonial.

Em suma, Malaca oferece uma visão fascinante da história da Malásia e é o local ideal para quem procura explorar um lado diferente do país, longe de grandes cidades como Kuala Lumpur.

 

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Travellight

 

 

 

Qua | 20.11.19

Vai viajar numa companhia aérea americana? Pense duas vezes antes de beber café ou lavar as mãos no avião

Recentemente um estudo do Hunter College NYC Food Policy Center, descobriu que a água usada nos voos — a mesma água usada para lavar as mãos e para tomar café e chá — pode não ser saudável.

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Durante a última década, o Hunter College NYC Food Policy Center analisou os alimentos das companhias aéreas norte americanas para determinar a qualidade das refeições e dos lanches servidos nos aviões. Este ano porém, a equipa de pesquisadores voltou a sua atenção para a água usada nos aviões  e os resultados obtidos foram, no mínimo, preocupantes.

De acordo com o estudo, realizado no início deste outono — que analisou 10 grandes companhias aéreas norte americanas e 13 companhias regionais — a qualidade da água fornecida a bordo dos voos, apresentou resultados positivos para E. coli e para bactérias coliformes.

Apenas três companhias aéreas — Alaska Airlines, Allegiant Air e Hawaiian Airlines — apresentaram água de qualidade aceitável. A JetBlue e a Spirit Airlines tiveram o pior resultado. Isto apesar do Regulamento da Água Potável (Aircraft Drinking Water Rule), da Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) exigir que a água fornecida aos passageiros e à tripulação nos aviões seja potável segura e confiável.

As companhias aéreas são obrigadas a tomar medidas corretivas quando ocorrem falhas nos procedimentos de embarque da água ou quando a água embarcada não atende aos padrões regulamentares, mas são as próprias companhias que enviam as amostras de água a um laboratório para testar os níveis de E. coli e de bactérias coliformes e só depois comunicam os resultados à EPA. É precisamente aí que reside o problema.
Os dados fornecidos podem facilmente ser manipulados pelos interessados (neste caso as companhias aéreas) para apresentarem valores normais.

A água usada para fazer café e chá, em principio é fervida, mas tem de ser fervida pelo menos durante um minuto para eliminar as bactérias nocivas e não há garantias que este tempo é respeitado a bordo. Por isso para segurança do passageiro a  Hunter College NYC Food Policy Center aconselha:

- NUNCA beba água a bordo que não esteja numa garrafa selada e aberta por si;
- Não beba café ou chá a bordo,
- Não lave as mãos na casa de banho, traga antes um desinfetante sempre consigo.

 

Gostava muito que um estudo semelhante fosse realizado a nível mundial, para saber em que situação se encontram as outras companhias aéreas…

Ter | 19.11.19

Kuala Lumpur | Uma cidade eletrizante!

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A próspera capital da Malásia é uma metrópole moderna onde muitas culturas e religiões se unem para dar vida e cor a uma cidade vibrante e agitada.

Passei várias vezes por lá a caminho de outros destinos porque o aeroporto de Kuala Lumpur é um dos mais importantes do Sudoeste Asiático e sempre que posso paro dois ou três dias para conhecer melhor a Malásia e claro, a sua capital.

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Descobri rapidamente que Kuala Lumpur nunca pára, nunca dorme, tem a energia de uma cidade jovem que ainda está em crescimento e que nos encanta com a sua comida de rua e os seus simpáticos habitantes.

As três principais etnias presentes na cidade são a malaia, a chinesa e a indiana. Há décadas que  elas coexistem e contribuem para a riqueza da capital da Malásia com a sua língua, a sua cultura, a sua religião, história, tradições e claro, com a sua gastronomia. Kuala Lumpur é um paraíso para quem gosta de comer bem! Sabores fortes e exóticos, cheiros únicos, apimentados… tudo é uma tentação.

A comida de rua destaca-se, mas não há falta de restaurantes com estrelas Michelin para quem gosta de algo mais sofisticado.

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Para uma cidade com tantas diferenças culturais, todos parecem dar-se muito bem, sem grande tensão ou racismo e isso é bonito de ver 😃. Há igualmente uma próspera comunidade de expatriados vindos de todo o mundo que acrescenta mais variedade e energia à cidade.

As pessoas geralmente são gentis e amigáveis e quase todos falam inglês o que facilita muito a comunicação e ajuda a criar amizades.

fullsizeoutput_4237Foto: Jodie Dewberry 

Depois há impressionantes templos hindus, mesquitas, street art, lojas antigas, arranha-céus de luxo, com piscinas de borda infinita e design moderno. 

Certas zonas de Kuala Lumpur até parecem saídas de um filme futurista...

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Há também muitos espaços verdes e bonitos como o enorme jardim botânico Perdana.

fullsizeoutput_4244fullsizeoutput_4245fullsizeoutput_4248fullsizeoutput_4247Fotos : Travellight e H. Borges

O centro comercial Suria KLCC, que fica na base das Torres Petronas, é um dos mais conhecidos da   cidade e alberga lojas de todas as grandes marcas internacionais.

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Como tantas cidades do Sudoeste Asiático, Kuala Lumpur realmente ganha vida quando o sol se põe e as temperaturas caem. O clima é quente e húmido por isso é natural que as pessoas prefiram sair à noite.

Os bares ficam abertos praticamente até ao amanhecer e consegue-se encontrar comida literalmente 24 horas por dia, sete dias por semana, e não apenas fast-food. Também não são só jovens que vemos a sair à noite, muito pelo contrário. Não é de todo estranho ver famílias inteiras, com avós e crianças muito pequenas a jantar, por exemplo à 01h00 da manhã 😮.

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Acho que o que me faz gostar tanto de Kuala Lumpur são exatamente os seus contrastes. É incrivelmente moderna, mas tem uma forte cultura local e tradicional. É um país muçulmano onde ouvimos, várias vezes por dia a chamada para a oração, mas é uma cidade onde o álcool parece fluir livremente… mulheres com lenços na cabeça caminham lado a lado com mulheres que vestem calções e tops curtos e centros comerciais luxuosos coexistem com mercados noturnos de rua que vendem todo o tipo de bugigangas.

É nisto que reside a magia de Kuala Lumpur — uma das cidades mais eletrizantes que conheço!

 

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Travellight

 

Sex | 15.11.19

Tortilla Argentina

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A tortilha ou tortilla, é uma receita de origem espanhola, mas que rapidamente se transformou num clássico das mesas argentinas.

Dificilmente existe uma receita mais simples, saborosa e irresistível do que uma boa tortilha. É um prato tão antigo que já é mencionado nas notas de Francisco Martínez Mortiño, o cozinheiro de Felipe III, rei da Espanha e Portugal no início do século XVII.

Não existe uma receita única para a preparar e os ingredientes são adicionados de acordo com o gosto do chef.

Esta tortilha argentina provei em Buenos Aires e gostei muito. Anotem aí a receita se quiserem experimentar:

INGREDIENTES:
* 2 e 1/2 batatas médias
* 100 gramas de abóbora
* 100 gramas de batata doce
* 1 cebola grande
* 6 ovos
* 10 colheres de sopa de azeite
* Sal a gosto

PREPARAÇÃO:

Descasque e pique a cebola. Corte a abóbora, a batata e a batata-doce em cubos pequenos.
Coloque a abóbora, a batata-doce e a batata numa bacia com água fria.

Aqueça 2 colheres de sopa de azeite numa frigideira. Adicione a cebola picada e em fogo médio cozinhe até que esta esteja macia e translúcida.

Numa panela com água a ferver cozinhe a batata, a abóbora e a batata-doce por 2 a 3 minutos.
Aqueça 8 colheres de sopa de azeite numa frigideira. Adicione os pedaços das batatas e da abóbora até que fiquem macios, mas firmes.

Bata os ovos e despeje a cebola, a batata, a abóbora e a batata doce no mesmo recipiente. Mexa, tempere com sal e se quiser adicione ervas aromáticas a gosto.

Coloque a mistura numa frigideira anti-aderente com uma gota de azeite. Cozinhe por 3 minutos, em seguida, cubra com outra frigideira anti-aderente (algumas pessoas usam um prato) para cozinhar do outro lado. Depois é só servir.

 

Receita retirada com adaptações do site culinaria.culturamix.com

Qui | 14.11.19

La Boca | Uma explosão de cor em Buenos Aires

fullsizeoutput_41caFotos: Travellight e R.J. River

Famoso pelas suas casas coloridas, pelo tango e pela sua equipa de futebol, La Boca, é uma paragem obrigatória para quem visita a capital argentina.

No seu centro encontra-se El Caminito, ou "pequeno caminho" — uma faixa pedestre animada por artistas de rua, feiras de artesanato, dançarinos de tango e lojinhas que vendem todo o tipo de lembranças. É um verdadeiro caleidoscópio de cores!

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Os historiadores dizem que os espanhóis desembarcaram em La Boca pela primeira vez em 1536 e nesta área, durante o período colonial, viveram muitos escravos africanos. Quando a Argentina conquistou a independência, muitos dos libertados decidiram ficar. Mais tarde, durante a revolução industrial, La Boca transformou-se numa zona industrial onde proliferavam as fábricas de curtumes.

Em 1830, um fluxo de imigrantes de Génova, Itália vem dar nova vida ao bairro. Conta-se que na época, havia tantos genoveses em La Boca que alguns dizem que o seu nome deriva de “Boccadasse”, um bairro italiano, apesar de o mais certo ser o nome resultar da sua localização perto da margem (boca) do Rio Riachuelo.

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Os recém-chegados ampliaram o bairro e pintaram as suas casas com cores fortes. Rapidamente juntaram-se aos italianos outros imigrantes vindos da Espanha, França, Inglaterra, Irlanda, Grécia, entre outros. Os trabalhadores das fábricas e do porto reuniam-se para conviver e dançar nas ruas centrais do bairro e a mistura cultural deu origem a um modo de vida muito próprio e a uma dança original — O tango.

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La Boca também desempenhou um papel fundamental na criação da gíria argentina, lunfardo. O vocabulário surgiu do cocoliche, uma mistura de italiano e espanhol usado pelos imigrantes, que ainda hoje se mantém relevante. 

Na viragem do século XIX, a área era a segunda zona mais povoada de Buenos Aires, mas a construção de um novo porto em Puerto Madero e a deslocação de muitos moradores para outras zonas da Argentina, levou ao declínio do bairro.

O renascimento de El Caminito e de La Boca só aconteceu nos anos 50 do século passado. Foi liderado pelo artista, Quinquela Martín, um dos pintores mais famosos da Argentina e um dos principais filantropos do bairro.

Quando a linha ferroviária General Roca, que passava por La Boca fechou em 1954, Martín começou a trabalhar para salvar o bairro. Ele reuniu os vizinhos para pintar as casas com cores vivas, imitando os primeiros imigrantes e atraiu artistas para a região. Foi também por insistência de Martín, que em 1959, a cidade de Buenos Aires declarou oficialmente a rua El Caminito um museu ao ar livre. O nome é uma homenagem ao amigo de Martín, Juan de Dios Filibrito, um ex-morador de La Boca que é co-autor da música de tango com o mesmo nome.

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Hoje as casas coloridas do Caminito abrigam lojas, ateliers, restaurantes e cafés. Fora da rua museu também merece atenção a Calle Magallanes, conhecida com a Calle de los Artistas e o Patio Quinquela, ocupado por artesãos e artistas e suas lojas de artesanato e souvenirs.

Destaco também o Museu Benito Quinquela Martín, uma casa-atelier que celebra o artista e expõe algumas as suas obras e as de outros artistas locais e o Teatro de la Ribera, que fica mesmo ao lado e é um bom lugar para assistir a uma peça de teatro, um bailado ou até a um tradicional tango.

Já o Museu de Cera em Caminito é uma atração mais estranha. É um lugar pequeno, com pouca luz, com bonecos em cera que relembram a história e o passado do bairro, é interessante, mas acho que se tiverem pouco tempo,  podem passar ao lado...

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O Espaço Cultural Usina del Arte, pelo contrário, é um imponente prédio renascentista, datado de 1916, que funcionou no passado como uma usina, e hoje serve como palco para concertos e festivais de dança e jazz.

Vale igualmente a pena visitar a Fundação PROA, na Avenida Pedro Mendonza. Tem uma livraria, exposições temporárias e um aconchegante café. No Café Proa podemos relaxar em confortáveis poltronas e apreciar a bonita vista do terraço para o Rio Riachuelo.

A Puente Transbordador, é outra das atrações do bairro. Esta ponte antiga foi construida no inicio do século passado e é hoje considerada Monumento Histórico Nacional.

Espetáculos de tango são comuns nas ruas de Caminito. Alguns restaurantes colocam pequenos palcos para a apresentação da dança, às vezes com música ao vivo.

Quem gosta de futebol não pode perder o La Bombonera. O estádio do Boca Juniors fica a cerca de 500 metros de El Caminito e oferece visitas guiadas a quem esteja interessado em conhecer mais sobre a história deste grande clube argentino.

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La Boca é o tipo de lugar onde é bom vaguear e parar para observar as galerias de arte, ouvir os sons dos artistas de rua ou sentir o cheiro delicioso da carne grelhada que sai dos restaurantes, mas apesar de ser uma das áreas mais visitadas da cidade, não é de todo a mais segura. Pequenos furtos e roubos são constantemente relatados, mas se nos mantivermos no lado mais turístico, entre a rua museu El Caminito e as ruas mais próximas e usarmos de bom senso não devemos ter problemas. Se mesmo assim tiverem receio, podem sempre optar por ir numa excursão com mais pessoas.

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Travellight

Qua | 13.11.19

Feijoca Serrana

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A par da paisagem natural, do ar puro, das águas cristalinas e do património edificado, as gentes de Manteigas convidam-nos a sentar à mesa para saborear os paladares da serra e da terra.

A feijoca guisada com carnes de porco assume nesta mesa uma relevância especial, uma vez que se trata de um produto fundamental para a agricultura local. A feijoca de Manteigas, variedade de feijão graúdo que ao ser cultivada em altitude e regada pelas águas cristalinas da bacia do Zêzere, adquire um sabor único, de textura aveludada, merece ser divulgada, mas, principalmente, degustada, por isso partilho convosco hoje esta deliciosa receita da tradicional Feijoca Serrana:
 
INGREDIENTES
(para 4 pessoas)

750g de Feijoca
1 chouriço
2 cebolas grandes
segurelha q.b.
6 alhos
folha de louro q.b.
1 cenoura
350g de entrecosto
2 chispe de porco
2 orelhas de porco
1 malagueta
azeite q.b.
vinho branco q.b.
pimentão (2 colheres de sopa)
 
 
PREPARAÇÃO

1º - demolhar as feijocas de um dia para o outro;
 
2º - levar a cozer as feijocas na panela de pressão com água, sal, uma folha de louro, 2 dentes de alho cortados às rodelas; deixar cozer durante 15 minutos;
 
3º - levar a cozer as carnes na panela de pressão com água, sal, 1 folha de louro, 2 dentes de alho picados; deixar cozinhar durante 15 minutos e reservar as carnes e o caldo da cozedura;
 
4º - numa panela, colocar azeite, pimentão, malagueta, segurelha, a cebola picada, os 2 alhos picados; juntar a cenoura às rodelas, o chouriço cortado às rodelas e também uma folha de louro;
 
5º - juntar um pouco de vinho branco, um pouco do caldo das carnes e deixar estufar;
 
6º - cortar as carnes aos pedaços e juntar ao preparado anterior; juntar também a Feijoca e deixar cozinhar em lume brando até apurar o molho.
Pode acompanhar com arroz branco ou arroz de carqueja (que se obtém adicionando arroz, cozido na água da feijoca, a um refogado de cebola e alho que foi apurado com um ramo de carqueja.

 

Receita retirada do site www.feijocademanteigas.pt

Ter | 12.11.19

Casa de São Lourenço, Burel Panorama Hotel | Manteigas

Um pouco difícil de chegar, mas muito mais difícil de partir... 

Foi com estas palavras que fui recebida na Casa de São Lourenço e devo dizer que quando chegou a hora de dizer adeus não podia estar mais de acordo com elas.

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Situado em Manteigas, a 1200 metros de altitude, a Casa de São Lourenço é uma verdadeira pérola da nossa hotelaria.
Foi concebida em 1940 por Rogério de Azevedo e inaugurada em 1948 como uma das primeiras Pousadas de Portugal. A mão da Maria Keil, uma das mais relevantes designers portuguesas do século XX, ocupou-se do conforto dos interiores e da conceção de todo o mobiliário que se mantém até hoje.

Respeitando esta história única, o Burel Mountain Originals — o mesmo grupo que gere a Casa das Penhas Douradas — fez renascer a Casa de São Lourenço, agora como um hotel de 5 estrelas, renovado e ampliado.

fullsizeoutput_41fcFotos: Travellight e H. Borges

Eu ia com muitas expectativas e não me desiludi. Na verdade acho até que as expectativas foram superadas 😃.

A beleza da paisagem ajuda bastante, mas todos os detalhes, pensados para proporcionar o máximo de conforto ao hospede, fazem a diferença.
Um copo de vinho do porto e uma toalha quente à chegada; um buffet de delicias — doces e salgados — incluído no valor pago por noite e servido até às 18h00; uma piscina interior e exterior aquecida e com jacuzzi, confortaveis cantinhos de leitura; uma lareira deliciosa e música a acompanhar o jantar são apenas alguns dos destaques.

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O quarto em que fiquei (premium panorama) era absolutamente lindo. Tinha um design moderno, contemporâneo e janelas do teto ao chão.
O melhor de tudo? a vista panorâmica para o Vale Glaciar do Zêzere, para a Serra e para Manteigas lá em baixo.

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… E depois todos os pequenos pormenores que davam um toque de aconchego e de conforto: os chinelos feitos de burel (tecido artesanal português, feito de lã); a manta quentinha no cesto; os chás biológicos; os docinhos escondidos dentro do pote de cerâmica e aqueles que eram deixados ao fim da tarde; a roupa de cama macia... tudo tão bom!

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Até o sinal de "não incomodar" era engraçado: Na porta existia um pedaço de burel, vermelho de um lado e verde do outro, que nós podiamos virar para indicar se a camareira podia ou não entrar no quarto.

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A casa de banho era espaçosa e tinha um excelente chuveiro. Os produtos de higiene pessoal eram de boa qualidade e, para além dos roupões disponibilizados em qualquer hotel 5 estrelas, encontramos também, um cesto com toalhas e havaianas para levar para a piscina.

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O jantar foi outra surpresa maravilhosa!

Assim que o elevador se abriu entramos no salão, que à primeira vista recordava um English gentleman's club, mas que era tão despretensioso que mais parecia a sala de estar de um amigo.

No canto, alguém tocava piano, ao centro, no meio de poltronas e cadeiras confortáveis, uma enorme lareira aquecia o ambiente. Um simpático empregado de mesa ofereceu-nos um copo de vinho ou de espumante.. Com a chuva a cair forte lá fora, o cenário não podia ser mais perfeito e agradável!

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A comida não desiludiu. Os temperos e o sabor estavam lá. Apesar de haver um ou outro pormenor que podia ser melhorado, não é nada que, face a tudo o resto, eu sinta que mereça ser mencionado.

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O pequeno almoço é maravilhoso. Bolos caseiros, doces, queijo da serra (é claro!), marmelada, bacon, ovos mexidos, mel, salmão fumado, fruta, cereais, croissants, vários tipos de pão, sumos naturais, iogurte… tudo o que precisamos para começar o dia bem dispostos 😃.

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Outro destaque do hotel é o SPA.
Com sauna, hammam e uma piscina aquecida que tem saída para o exterior e para um jacuzzi, este espaço é um dos locais mais disputados da Casa de São Lourenço.
À noite, se tivermos sorte e não estiver a chover, é super agradável relaxar no jacuzzi quente e ver as estrelas a brilhar no céu 😊

O SPA disponibiliza ainda tratamentos e massagens que usam óleos de ervas da serra e águas da montanha.

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Em Manteigas não há falta do que fazer (vejam aqui se precisarem de ideias), mas o hotel recomenda uma atividade que vale a pena: uma visita guiada à Burel Factory, uma fábrica de lanifícios ancestral, propriedade do hotel (os bilhetes estavam incluídos na estadia).

Se procuram um refugio romântico para o inverno (e não só), já sabem, fujam para a Serra da Estrela e venham descobrir a Casa de São Lourenço! 😊

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Travellight

Seg | 11.11.19

Mousse de Castanhas

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Em dia de São Martinho, partilho convosco a receita de uma mousse de castanhas que provei há alguns dias na região de Manteigas. É (mais uma) forma deliciosa de comer castanhas 😃

 

INGREDIENTES

500 gr de castanhas

Leite

150 gr. de açúcar

4 ovos

30 gr. de manteiga

1 colher de sopa de chocolate em pó

2 colheres de sopa de conhaque (brandy).

 

PREPARAÇÃO

Corte as castanhas no topo e cozinhe em água a ferver por 5 minutos. Depois desse tempo, escorra e quando as castanhas estiverem frias, descasque-as.

Coloque numa panela, cubra com o leite e cozinhe até as castanhas ficarem bem moles. Retire do lume e passe tudo com a varinha mágica.

Adicione a manteiga à mistura, mexendo bem até ter uma massa homogénea, e depois adicione o conhaque, o chocolate e o açúcar. Continue a misturar e a seguir adicione as gemas uma a uma, para que elas fiquem bem integradas.

Bata as claras em castelo até ficarem bem firmes e junte-as à mistura anterior, misturando cuidadosamente para que não percam o volume.

Distribua a mousse por copos individuais, decore com um pouco de nozes picadas e coloque no frigorífico uma hora antes de servir.