Com bons restaurantes, cafés, igrejas históricas, bonitos parques e uma das melhores coleções de arte moderna do mundo, Eindhoven, na Holanda, é um bom destino para uma escapadinha de fim de semana ou para umas mini-férias.
Fotos: Travellight e H. Borges
Localizada nas margens do rio Dommel, a cidade cresceu rapidamente com o estabelecimento da empresa Philips em 1891, e a sua importância industrial foi reforçada mais tarde com a fundação da DAF, o conhecido fabricante de caminhões.
Vincent Van Gogh, que viveu e pintou na vila vizinha de Nuenen, também é uma referência nesta cidade que transborda de criatividade. Ao contrário de outras cidades industriais que com o tempo foram ultrapassadas e caíram em ruína, Eindhoven soube sempre reerguer-se como uma fénix das cinzas.
Basta dar uma volta pela Strijp S para ver o que um pouco de imaginação pode fazer por um lugar: lojas pop-up e trendy cafés nas traseiras de velhas fábricas, restaurantes que ocupam antigos armazéns e até mesmo um hotel construído numa fábrica desativada... Eindhoven conseguiu manter-se fiel às suas raízes e ao mesmo tempo requalificar todo o seu antigo parque industrial.
Por causa da sua conexão com a gigante eletrónica Philips (que no inicio produzia lâmpadas de filamento de carbono), Eindhoven é conhecida como "Lichtstad", ou a Cidade da Luz.
Na verdade, poucos sabem que esta foi a primeira cidade a ter esta designação e não Paris. Alguns afirmam que a designação é ainda mais antiga e remonta a 1870 quando a primeira fábrica dos Países Baixos dedicada à produção de fósforos abriu nesta região.
Fazendo jus ao seu título, em Novembro festeja-se em Eindhoven o festival de luz GLOW. Um grande evento onde artistas e designers apresentam instalações artísticas e obras de arte inovadoras e únicas que usam a luz, novas tecnologias, sensores, animação e técnicas de projeção.
Artistas nacionais e internacionais participam do festival e as suas obras são montadas ao longo de uma rota que podemos percorrer a pé.
Mas Eindhoven tem mais para oferecer do que o Festival Glow. Há museus, parques e muitas atrações que vale a pena conhecer.
De entre os museus destaco o Van Abbemuseum, que possui uma das maiores coleções de pinturas do mundo de El Lissitzky — artista, designer, fotógrafo, tipógrafo e arquiteto russo — cuja obra exerceu grande influência na Bauhaus e nos movimentos construtivistas. Ele foi pioneiro nas técnicas de produção e soluções estéticas que viriam a dominar o design gráfico ao longo do século XX.
O Van Abbemuseum abriga também obras de Pablo Picasso e Kandinsky, entre outros.
O Museu Philips é outra atração incontornável da cidade, instalado perto da fábrica onde Gerard Philips produziu, pela primeira vez, as suas lâmpadas incandescentes, este espaço mostra como um pequeno negócio cresceu até se transformar numa das maiores empresas do mundo.
Quem gosta de futebol não pode perder o Museu doPSV Eindhoven. Uma visita guiada vai permitir conhecer toda a história do clube.
A cidade de Eindhoven, apesar da sua vertente industrial, tem belos espaços verdes e o Genneper Parken é um dos mais populares. Localizado junto dos rios Tongelreep e Dommel, tem trilhas agradáveis que podemos explorar a pé e descobrir coisas tão encantadoras como o Moinho de Genneper.
A Igreja de Santa Catarina, a mais bonita igreja de Eindhoven, merece igualmente uma visita. O edifício, em estilo neo-gótico, data de 1867 e foi muitas vezes danificado pela guerra e pelo fogo, mas conseguiu manter-se de pé e atualmente incorpora uma série de referências simbólicas ao trabalho de Joseph Thijm, um dos escritores mais conhecidos da Holanda.
As maiores atrações da igreja são os seus belíssimos vitrais e as duas torres góticas gémeas, cada uma com 73 metros de altura, conhecidas como David e Maria;
O meu último destaque vai para Nuenen, uma vila localizada a apenas oito quilómetros de Eindhoven, que se tornou famosa porque Vincent Van Gogh ali viveu e pintou entre 1883 e 1885.
Dentro da vila encontramos o Vincentre — um centro cultural dedicado ao pintor que nos permite descobrir mais sobre o seu trabalho e sobre o tempo em que viveu em Nuenen.
Uma das atividades do centro é realizar passeios que conduzem os visitantes a mais de 20 locais associados ao artista.Nestes locais, onde Van Gogh pintou e desenhou, foram instaladas colunas de informação que estão posicionadas de modo a que consigamos ver o que ele viu quando se sentou ali para desenhar ou pintar, e algumas estão equipadas com um comentário áudio. Ao pressionar o botão ouvimos uma história contada por 'Vincent'.
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Criado por mixologistas do clube Nova Iorquino Jekyll & Hyde com base numa receita que data dos anos 30 do século passado, o Zombie rapidamente se transformou num dos mais populares cocktails da cidade, principalmente durante as festas de Halloween.
Atenção que é forte, por isso já sabem: bebam com moderação se não querem transformar-se num zombie de verdade! 😃
INGREDIENTES 30 ml de rum claro 30 ml de rum escuro 30 ml de licor de damasco 60 ml de sumo de laranja Umas gotas de Angostura Bitters Gelo 30 ml de Bacardi 151 Rum fatia de ananás e cereja, para decorar
PREPARAÇÃO Junte o rum claro, rum escuro, licor de damasco e o sumo de laranja numa coqueteleira e mexa. Despeje num copo grande cheio de gelo. Cubra com a dose de Bacardi 151 e decore com a fatia de ananás e com a cereja.
Receita retirada com uma ligeira adaptação do site www.delish.com
Na Suíça, mais propriamente em Ennetbürgen, fica um hotel com uma das mais belas piscinas infinitas que já vi na vida — o Hotel Villa Honegg.
Fica a pouco mais de uma hora de carro do Aeroporto de Zurique, mas quem não quiser alugar um automóvel ou pagar uma fortuna num tranfer, pode apanhar um comboio do aeroporto até Lucerna (a cidade grande mais próxima) e depois dali apanhar um táxi até ao hotel.
A localização do Villa Honegg, de frente para o Lago Lucerna é perfeita. As vistas de 180º são maravilhosas! As montanhas e vales verdejantes fazem qualquer um acreditar que acabou de entrar no cenário do filme "Música no Coração" 😃
Foto: Villa Honegg
O ar puro enche os nossos pulmões assim que deixamos o carro. Entrar no hotel é igualmente agradável. A impressão é de chegar a um lugar acolhedor e familiar. A decoração é luxuosa sem ser excessiva e a atenção ao detalhe é evidente desde o primeiro momento.
Os funcionários são simpáticos, competentes e sempre atentos às necessidades do hóspede.
O quarto tinha uma pequena varanda com uma vista impressionante para o Lago. Era confortável e oferecia tudo o que podemos desejar para passar uma noite perfeita. Os lençóis de cama eram super macios e a casa de banho tinha produtos de higiene pessoal da marca Hermès. Estava ainda disponível uma máquina de café (o que é sempre agradável 😊) e vários tipos de chá.
O pequeno almoço (incluído no valor da estadia) é uma delicia! É servido à carta até às 14h00 (horário que nunca tinha encontrado antes num pequeno almoço de hotel 😮).
Oferecia uma variedade de produtos como fruta, queijos, doces, pães, iogurte, ovos... e umas pequenas panquecas doces que eram uma perdição 😋
O restaurante do hotel, com o seu bonito terraço, também não decepciona. Aqui podemos desfrutar da culinária regional clássica com um toque moderno.
No lounge bar encontramos uma acolhedora lareira e um extenso menu de charutos e de cocktails.
O SPA é a verdadeira estrela do Hotel. A piscina infinita parece saída de um sonho! Apesar de estar no exterior é perfeita porque é aquecida o ano todo e mesmo nos meses mais frios as espreguiçadeiras de frente para o lago estão abertas e são complementadas com um cobertor bem quentinho para que o ar frio não nos impeça de apreciar as maravilhosas vistas.
O SPA tem sauna e oferece uma lista de tratamentos e massagens que tem de ser reservados com alguma antecedência porque o espaço é tão concorrido que é dificil conseguir disponibilidade de horário.
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Fazer as malas para umas férias de inverno pode ser uma verdadeira dor de cabeça. Para começar as roupas quentes ocupam muito mais espaço na mala do que os calções e t-shirts de verão, depois ainda temos de contar com espaços como restaurantes, museus, lojas e hotéis que são super-aquecidos e contrastam com as temperaturas frias exteriores.
Ao longo dos anos cometi muitos erros ao preparar a mala para um destino onde as temperaturas eram baixas, mas a experiência fez de mim uma profissional e agora estou aqui para vos ajudar 😉
Apontem aí as dicas:
1- Escolham as roupas tendo em atenção o material de que são feitas
Para viajar adoro roupa de algodão porque é leve e respirável, mas é uma péssima escolha para o inverno. Em vez de afastar a humidade e a transpiração, ele absorve-os, o que acaba por nos deixar gelados e inconfortáveis. Por isso ao preparar uma mala para um destino frio optem por roupa fabricada com materiais mais quentes, como a lã, ou fibras sintéticas que proporcionam um bom isolamento térmico.
A lã de merino é uma das melhores opções para viagem, pois é naturalmente resistente ao odor e é respirável (além de causar menos comichão do que a lã comum).
2-Não se esqueçam do chapéu ou do gorro
Para além de ficar sempre um charme, o chapéu (ou gorro) protege a cabeça e as orelhas do frio e evita a perda de calor corporal significativo. Um gorro feito de lã térmica absorve a humidade, evita a transpiração e mantém-nos bem quentinhos. Levem uma pequena escova de cabelo desdobrável se estiverem preocupados em ficar com o penteado estragado 😃
3- Não levem as luvas erradas
As luvas não manterão as mãos quentes se tivermos de as tirar com frequência para fotografar ou para usar o telemóvel, por isso procurem um par de luvas que sejam sensíveis às telas de smartphones e tablets ou luvas que “abrem” na parte de cima e permitem que, momentaneamente, só a ponta dos dedos fique destapada.
4 - Peças de roupa polivalentes e acessórios
As roupas quentes tendem a ser volumosas portanto, maximizem o espaço colocando na mala peças que tenham uma dupla função. Levem itens que possam ser usados de diferentes maneiras como calças e camisolas que combinem entre si. Cachecóis e lenços que permitam variar o look também são uma boa ideia porque pesam pouco e ocupam um espaço mínimo.
Um bom casaco de inverno é indispensável, mas como é uma peça pesada e volumosa o ideal é ir com ele vestido ou na mão na altura do embarque, assim evitam ultrapassar o limite de peso imposto pelas companhias aéreas para as malas de mão.
5- Pensem em usar a roupa por camadas
Quando as temperaturas estão realmente baixas e os ventos são fortes, uma camada de roupa simplesmente não chega. Idealmente, a roupa a levar deve incluir uma camada base (para afastar a humidade e manter-nos secos), uma camada isolante (para reter o calor) e uma camada externa (para evitar o vento e a água). Levem leggings forradas de lã ou um par de calças térmicas sob as calças, uma camisola mais fina e um pulôver de lã. Completem o look com um casaco impermeável por cima e estarão prontos para enfrentar o tempo mais frio que São Pedro vos conseguir enviar 😃.
6- Sapatos apropriados
Escolher os sapatos certos é importante. Para climas frios os sapatos devem ser impermeáveis, quentes e ter um bom isolamento térmico; proporcionar uma boa tração por causa do gelo e ser confortáveis para caminhar.
7- Óculos de sol e protetor solar
O sol pode ser surpreendentemente forte no inverno por isso é imprescindível levar na mala um par de óculos de sol e um protetor solar.
Bordéus… O seu nome, por si só, já evoca a riqueza e o prestígio da herança francesa num dos seus aspetos mais deliciosos e importantes: o vinho!
Foto: PxHere
São muitos os vinhos lendários produzidos na região de Bordéus, mas esta cidade tem mais para oferecer do que as suas vinhas e cultura do vinho. Desde a Place de la Bourse, com o seu magnífico cenário clássico, até ao incrível Miroir d'eau com as suas frescas névoas de água, passando pelos museus e por um vibrante panorama gastronómico, a capital e a maior cidade da Gironda, no sudoeste de França, tem tudo para agradar aos visitantes mais exigentes.
Ficou curioso? Não pense duas vezes. Marque os seus bilhetes para Bordéus na TAP e voe já para este maravilhoso destino!
EXPERIÊNCIAS VINÍCOLAS ÚNICAS
Bordéus, já todos sabemos, é uma das regiões vinícolas mais famosas do mundo, mas a verdade é que até recentemente este não era um lugar onde o turismo de vinhos tinha grande relevância. Os portões dos majestosos Châteaux estavam firmemente fechados a turistas e a maior parte do vinho era vendida En Primeur (um sistema antigo de pré-venda do vinho muito antes de este ser engarrafado).
Passar uma noite num desses castelos era ainda mais impensável. Mas os tempos mudaram e hoje encontramos com facilidade experiências magnificas e luxuosas como as oferecidas por Bernard Magrez no Château Pape Clément.
Marque uma experiência “L’éveil des Sens”, desperte os sentidos e deixe-se guiar por uma viagem sensorial que o vai levar a descobrir o vinho em toda a sua essência:
A experiência começa com um passeio por vinhas de casta Merlot, as mais antigas da região de Bordéus. Com a descoberta tátil de solos e materiais é colocado em evidência o sentido do toque. Já nas adegas, é o sentido do olfato que domina. Com deliciosos aromas a emanarem dos barris, a sua habilidade para identificar diferentes cheiros vai ser testada. Segue-se a visão — onde o visitante vê as mudanças que moldaram a vinha, de 1250 até os dias de hoje. Finalmente, chega o momento da degustação. O vinho de Bordéus é, predominantemente (mas não só), uma mistura de uvas Merlot e Cabernet Sauvignon e a mistura não ocorre até que a fermentação tenha sido concluída — geralmente em fevereiro ou março. Para entender os componentes individuais que entram num Bordeaux, é dado a provar ao visitante amostras de barris de Merlot e de Cabernet Sauvignon e depois são discutidas as diferenças.
Foto: The Travellight World
A degustação tem uma segunda parte que é realizada em diferentes contextos sonoros, para entender como estes podem influenciar a nossa apreciação do vinho ... Ao visitante é pedido para fechar os olhos e ouvir diferentes sons: pássaros a cantar no campo, carros a buzinar na cidade e ondas a bater na praia. Com cada som, é provado um vinho e depois o visitante é convidado a escrever o que achou, para perceber de que forma os sons afetam a nossa perceção do vinho que bebemos.
Foto: The Travellight World
Para uma experiência ainda mais completa e luxuosa, é possível passar uma noite no Château e acordar no meio das vinhas Grand Cru Classé, num dos cinco maravilhosos quartos do Castelo.
Quer explorar mais a região? Opte então por fazer um tour que combine vinhos com experiências gourmet ou culturais. Existem várias agências de turismo em Bordéus que criam excursões personalizadas, guiadas por especialistas que oferecem de tudo, desde incríveis passeios de helicóptero pelas vinhas até workshops sobre o tema. Escolha a que for mais adequada para si. Há tours de vinhos em Bordéus para todos os gostos (e bolsas!)
PASSEIO PELA CIDADE
Não é por acaso que, após a sua classificação em 2007 como Património Mundial da UNESCO, em 2015, Bordéus conquistou o título de Melhor Destino da Europa — para muitos esta cidade representa o melhor que a França tem para oferecer e é a essência do luxo e da elegância.
Para se familiarizar com a grandeza de Bordéus, comece na central Triangle-d'Or, onde pode apreciar todo o esplendor do século XVIII expressa no majestoso Palais de la Bourse (bolsa de valores) e no Miroir d'eau — o grande espelho de água que reflete o Palais de la Bourse.
Foto: PxHere
Passeie no Quais de Bordeaux e depois siga para o distrito medieval de St. Pierre. Veja o La Grosse Cloche — um campanário construído no século XV, que é um dos mais antigos de França e um dos poucos fragmentos remanescentes do período medieval da cidade de Bordéus. Pare também em Porte Cailhau e admire o portão que sobreviveu à ruína das antigas muralhas.
Tire uma selfie no belíssimo (e muito fotografado) Monument aux Girondins, na Esplanade des Quinconces. Veja a Catedral de Bordéus e, se estiver interessado em saber mais sobre a história da região, visite o Musée d'Aquitaine.
Foto: The Travellight World
Se o seu interesse é decoração e design, não deixe de conhecer o Museu de Artes Decorativas. Instalado numa mansão do século XVIII, o museu foi projetado para imitar os interiores de uma casa francesa, e representar a evolução do design.
Se gosta de arte, visite o Museu de Belas Artes e o Museu de Arte Contemporânea.
Para fazer compras, vá até a Rue Sainte-Catherine e pare num café para provar canelés — bolinhos típicos da região aromatizados com baunilha e rum.
Descubra a vibrante cena gastronómica da cidade. Vai perceber que bares de tapas estão lado a lado com restaurantes de fusão e de alta cozinha liderados por chefs premiados com estrelas Michelin.
Se é um foodie marque uma mesa no Le Pavillon des Boulevards, no Le Saint-James ou no Hostellerie de Plaisance — a excelência da comida e do serviço vão deslumbra-lo.
Merece também uma visita a mais recente atração da cidade — La Cité du Vin — um espaço dedicado à história do vinho e às culturas do vinho no mundo.
O edifício com design moderno e forma original, inspirado num decantador de vinho, foi projetado pelos arquitetos Anouk Legendre e Nicolas Desmazières e situa-se à beira do rio Garonne, um pouco afastado da principal área turística de Bordéus.
A sua loja de vinhos possui mais de 800 garrafas de vinho, das quais 200 são da França e mais de 600 de outros países.
Foto: PxHere
A vida, tal como o vinho, simplesmente parece mais rica e intensa em Bordéus. Viaje até lá e vai perceber porquê!
ARTIGO PATROCINADO PELA TAP E ORIGINALMENTE PUBLICADO NO SAPO LIFESTYLE
A Islândia é famosa por possuir uma natureza selvagem e uma beleza absolutamente hipnotizante. São muitas as maravilhas naturais deste país, mas para mim há uma que se destaca: O Glaciar e Parque Nacional Vatnajokull e as suas grutas de gelo.
São várias as grutas e cada uma tem um nome que, segundo os habitantes locais, representa a sua principal característica. A Gruta de Gelo de Cristal Azul também conhecida como Anaconda, é uma das mais conhecidas e talvez seja mesmo a mais bonita. É enorme e o seu gelo parece ser feito do mais puro cristal!
As paredes apresentam formas estranhas e onduladas que fascinam e nos fazem acreditar que estamos num outro mundo.
Logo à entrada percebes que estás num lugar especial. A luz do sol consegue penetrar até um certo ponto e isso permite ver imediatamente o gelo a brilhar com incríveis tons de azul.
O túnel em frente parece interminável e muito escuro, mas com as lanternas a incidirem nas paredes, um maravilhoso universo revela-se perante os nossos olhos…
O guia começa por explicar porque razão o gelo se forma daquela forma e como as grutas surgiram, mas devo confessar que estava tão fascinada com aquele espaço que não prestei a devida atenção à informação inicial 😕
Percebi, no entanto que o azul do gelo se deve à sua densidade — O gelo de um glaciar é muito mais espesso e denso do que o gelo comum que se forma, por exemplo, dentro do nosso congelador.
Se percebi bem a explicação que me deram, este é um processo que leva centenas e centenas de anos a acontecer. Comprime e recristaliza o gelo resultante de constantes nevões e elimina todas as bolhas de ar presas no seu interior. Quando um pedaço de gelo é denso demais para ter ar, a luz chega mais longe e quanto mais longe chega a luz, mais espectros vermelhos ela perde ao longo do caminho, fazendo com que o gelo pareça azul aos nossos olhos. É por isso que o gelo glacial é tão belo!
Água a correr perto da entrada das cavernas prova que as grutas de gelo são um fenómeno natural em constante mudança. De ano para ano as formas alteram-se, algumas galerias desaparecem e outras aparecem.
Durante o tour chegamos a um lugar, longe das aberturas existentes, em que os guias mandam, por um momento, apagar as luzes e nós ficamos ali, no silêncio total, como se o tempo tivesse parado. É uma experiência fantástica e ao mesmo tempo um pouco assustadora…
Só é possível visitar as grutas de gelo na Islândia no inverno, aproximadamente entre meados de novembro e meados de março. No resto do ano, a temperatura está mais quente e o glaciar derrete lentamente, fazendo correr rios de água pelas cavernas que em consequência podem desmoronar, não sendo portanto seguras.
Demora cerca de 5 horas para ir de Reykjavik até ao lado sul do glaciar Vatnajokull onde podemos visitar a Gruta de Gelo de Cristal Azul e outras cavernas mais pequenas.
O ponto de encontro para a maioria das atividades no Parque Nacional Vatnajokull é a área de estacionamento da Lagoa Glaciar Jokulsarlon (outra atracção popular na Islândia).
Qualquer visita às grutas tem, obrigatoriamente de ser feita com um guia oficial, por isso a melhor maneira de chegar até aqui é marcando um tour com uma das várias operadoras turísticas de Reykjavik.
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Bagna Càuda é um prato típico da região de Piemonte, Itália. Símbolo da amizade, surgiu nas antigas quintas onde após o intenso período de trabalho nas vindimas, agricultores, familiares e amigos reuniam-se ao redor de uma lareira e saboreavam a bagna càuda preparada no "dianet", recipiente de terracota (semelhante ao usado para fazer fondue).
É ótimo para servir como entrada. Deixo aqui a receita para quem quiser experimentar 😃
INGREDIENTES
150 g de filetes de anchovas
6 dentes de alho
200 g de azeite
50 g de manteiga
Pão
Legumes a gosto: pimentões em tiras cenouras em palitos couve-flor batatas cozidas cebolas talos de aipo
PREPARAÇÃO
1 - Descasque e pique finamente os dentes de alho.
2 - Escorra e coloque numa panela pequena, junto com os dentes de alho, as filetes de anchovas cortadas em pedaços pequenos.
3 - Adicione o azeite e leve a fogo lento.
4 - Mexa com uma colher de pau até obter uma creme, tendo cuidado para não deixar queimar o alho nem deixar ferver o azeite.
5 - Adicione a manteiga e cozinhe por mais dez minutos.
6 - Sirva imediatamente, se quiser na própria panela em que preparou a bagna càuda.
7 - Cada comensal deve então mergulhar os legumes ou o pão no creme quente e saborear o petisco acompanhado por um bom vinho
Poucas pessoas sabem que o Halloween ou Dia das Bruxas, hoje em dia celebrado um pouco por todo o mundo, nasceu na Irlanda e tem as suas origens num antigo festival celta de nome "Samhain” onde os pagãos honravam os seus deuses e recordavam os seus mortos. O "Samhain” servia também para dividir o ano, marcando o final do verão e o início do inverno.
Hoje, já não "Samhain”, mas o seu espírito e atmosfera permanecem de muitas formas em toda a Irlanda, fazendo deste país um dos melhores destinos para celebrar o Halloween.
Espreitem aqui tudo o que podem fazer se visitarem o país nesta época:
1 -Passeios à noite na Historic Gaol de Wicklow (só para adultos)
O Historic Gaol de Wicklow é uma prisão histórica que atualmente foi transformada num museu. Durante o Halloween realiza passeios noturnos onde os visitantes podem sentir a atmosfera de uma prisão irlandesa do séc. XVIII. Esta experiência única é para os mais corajosos porque O Gaol de Wicklow tem a fama de ser um dos edifícios mais assombrados da Irlanda. Supostamente é habitado por fantasmas dos prisioneiros que ali morreram vitimas de tortura, fome e pena de morte.
Foto: Vist-Irland
2- Samhain no Castelo Bunratty e Folk Park
O Bunratty Castle & Folk Park, localizados na cidade de Limerick, resgatam as raízes pagãs irlandesas e celebram o festival de Samhain de uma maneira única. Com foco nas antigas tradições irlandesas associadas a esta época do ano, os visitantes são convidados a vir e experimentar um Samhain tradicional irlandês, conhecer uma série de personagens assustadores, visitar o Castelo Assombrado, descobrir segredos assustadores na trilha interativa de Samhain / Halloween Clue, visitar a assustadora vila das fadas e muito mais.
Foto: Bunratty Castle & Folk Park
3 - Halloween no EPIC — The Irish Emigration Museum
O EPIC em Dublin, criou um evento que permite aos visitantes do museu ficar cara a cara com monstros horríveis, bruxas malvadas e todas as criaturas horríveis do Halloween.
O EPIC oferece também eventos online, incluindo Pimpin ’Pumpkins e Transforming Turnips Online Workshop e um Family Ghost Story Online Workshop.
Foto: EPIC — The Irish Emigration Museum
4 -Halloween no Lullymore Heritage Park
Este evento de "Halloween Happenings" dura uma semana e tem lugar em Kildare no Lullymore Heritage Park. Mistura terror e diversão numa experiência arrepiante, mas cheia de alegria.
Há hologramas de fantasmas, viagens num comboio assombrado, caça ao tesouro e até ataques de zombies. Para as crianças, existem áreas próprias de lazer (interiores e exteriores) além de jogos e muita diversão de Halloween.
Foto: IntoKildare
5 - Samhain Tours no Museu GAA
O GAA Museum localizado no Estádio Croke Park em Dublin, celebra o antigo festival irlandês de Samhain com passeios e histórias. O Samhain costumava marcar o final da temporada de colheita na tradição celta e é com isso em mente que o GAA Museum convida as famílias a participarem em caças ao tesouro temáticas e a ouvir os principais contadores de histórias da Irlanda. Produtos de agricultores locais também estão disponíveis para compra durante esta noite especial.
Foto: The Irish Times
6 - Halloween em Greenan Maze
O Greenan Maze, em Wicklow, não muito longe de Dublin, organiza todos os anos o evento de Halloween "The Haunted Maze” (o labirinto assombrado) e o “Pesadelo no Museu”, do Museu Greenan.
Estão também disponíveis passeios para toda a família e muitas atividades, incluindo salões de chá, uma quinta pedagógica com animais e passeios cénicos pela natureza selvagem.
Foto: Greenan Maze
7 - Belfast Monster Mash and Fireworks Display (Irlanda do Norte)
Este é o maior e melhor evento de Halloween em Belfast, Irlanda do Norte. Com música ao vivo “assustadoramente” boa, teatro de rua, workshops, comida e muito mais, este evento é perfeito para toda a família!
Bruxas, bruxos e vampiros são convidados a aparecer, vestindo os os trajes mais imaginativos. Há prémios para as melhores roupas e máscaras e as que forem mais assustadoras ganham sempre.
A noite termina com uma enorme exibição de fogo de artificio. Doces e brinquedos alusivos ao tema do Halloween estão disponíveis para compra numa feira de diversões, montada no local do evento, que tem atrações arrepiantes.
Foto: Visit Belfast
8 - Castleview Open Farm
Esta quinta, localizada no Condado de Laois permite a cada visitante escolher a sua própria abóbora da plantação local e esculpi-la a seu gosto. Castleview promove também o "Evento Spook" que ocorre no fim de semana de Halloween. Neste evento muitas criaturas assustadoras tomaram conta da quinta e assustam os visitantes.
O Bicerin foi uma criação do Conde Cavour em 1763 e rapidamente se transformou numa bebida adorada pelos aristocratas. A adição de cacau em pó e canela ao café conferia à bebida um paladar especial, mas como estes ingredientes eram extremamente caros na época, o prazer de saborear esta bebida estava restrito às classes mais abastadas.
Com o tempo a bebida popularizou-se e hoje em dia é uma das mais populares na cidade italiana de Turim.
Em frente ao santuário da Consolata, no centro de Turim, o Café Bicerin, inaugurado em 1910, é famoso por servir esta especialidade. O Café sempre pertenceu e foi administrado por mulheres e justamente por isso, era o único local da cidade que as mulheres podiam frequentar sozinhas naquela época.
Os ingredientes do bicerin são conhecidos, mas o segredo do original está guardado a sete chaves. Entre os antigos clientes do Café estão celebridades como o filósofo alemão Friedrich Nietzsche e o escritor francês Alexandre Dumas.
O Café Bicerin é tão tradicional que abastecia a família real italiana até mesmo durante o exílio em Portugal. Em 1950, o rei Humberto II fez até questão de mandar uma carta a agradecer o chocolate enviado à cidade de Cascais.
Apontem aí a receita para experimentar esta delicia!
INGREDIENTES
30 ml de café expresso 1.5 a 2 colheres de chá de cacau em pó 1 colher de chá de açúcar (ou açúcar a gosto) 1 pitada de canela Natas
PREPARAÇÃO
Colocar cacau numa chávena e adicionar uma pequena quantidade de água quente. Mexer até obter uma massa cremosa. Adicionar o café. Polvilhar com canela e em seguida, com muito cuidado, adicionar as natas batidas.
Conhecida por ser a sede do império automóvel da Fiat (e a casa da Juventus onde joga Cristiano Ronaldo 😉), Turim é uma das maiores cidades do norte da Itália. Pode não ser a cidade mais bonita ou até a mais interessante do país, mas tem alguma coisa que atrai, tem algo que apaixona…
Mesmo com a brisa dos Alpes a substituir a brisa do mar, a cidade da região do Piemonte ainda lembra o Mediterrâneo. Mesmo no Inverno, quando o clima arrefece, tem um toque alegre que toca a alma do visitante: Há gargalhadas de jovens na zona comercial e idosos a conversar no parque. Há esplanadas e bancos de jardim ao sol; cafés cheios de doces deliciosos e bonitas arcadas. Turim respira vida!
É uma cidade grande? Sim é, mas tem muitos cantos perfeitos para parar e descansar. Pode ser num café centenário, na loja de flores ou na piazza… As pessoas são simpáticas, gostam de falar com o turista, de comprar pão fresco na padaria, beber o seu café expresso, discutir o último jogo de futebol, de viver o momento! 😊
A cozinha é outra coisa que nunca desaponta em Turim, ou não fosse esta uma cidade italiana.
É grande a variedade de iguarias na região de Piemonte: Da trufa branca, servida com macarrão ou risotto a pratos como o bollito misto (cozido misto) ou a bagna càuda — um molho feito à base de alho, azeite, natas, manteiga e anchovas, onde depois se mergulha vegetais como brócolos, cenouras, aipo, couve-flor… É uma das entradas preferidas dos habitantes de Turim.
Mas há muito mais. Na fábrica de macarrão Pastificio Defilippis, fundada em 1872, ainda se enrolam nhoques à mão e a Gelateria Pepino, que abriu em 1884, continua a vender o famoso "Pinguino” — o primeiro gelado coberto de chocolate do mundo.
E por falar em chocolate, sabiam que Turim é considerada a capital italiana do chocolate? É verdade! O famoso gianduja, uma pasta de avelã e chocolate que está na origem da Nutella foi criado aqui. Resultou diretamente de um embargo inglês sobre o cacau durante as guerras napoleónicas.
Conta a história que para fazer face à escassez de cacau provocada pelo embargo, os fabricantes tiveram a ideia de misturar avelãs (muito abundantes em Piemonte), à mistura do chocolate, criando assim o clássico creme que faz sucesso até hoje 😋
Outro ícone da cidade, baseado em chocolate, é o bicerin, uma bebida feita com café expresso, chocolate e natas.
A cidade conta com um enorme número de cafés. Na Via Po, casa sim, casa não, encontramos um café, uma confeitaria ou uma pastelaria. Só a Piazza San Carlo, uma das principais praças de Turim, conta com três cafés históricos.
Provavelmente não há outra cidade no mundo com tantos cafés históricos ainda em funcionamento. Quando nos sentamos num deles, parece que ainda conseguimos sentir a atmosfera revolucionária e literária do século XIX.
Turim foi um centro literário durante muitos séculos, desde o estabelecimento da corte do Ducado de Sabóia até ao período posterior à Segunda Guerra Mundial. Nietzsche, Alexandre Dumas, Puccini, Rossini, Cavour e Cesare Pavese, todos foram clientes e frequentaram estes famosos cafés.
É uma cidade perfeita para descobrir a pé. Uma vez disseram-me que basta caminhar em qualquer direção e quando chegar a um cruzamento, escolher a via que parecer mais bonita. Posso comprovar que isto é verdade. A cada cruzamento, há um novo lado da cidade por descobrir, com magníficas igrejas, bonitas estátuas e portas antigas.
Muita gente não sabe, mas Turim foi, por um curto espaço de tempo, a capital da Itália e possui ao todo 14 locais — entre palácios, villas e pavilhões de caça — pertencentes à Casa Real de Saboia, classificados como Património Mundial pela UNESCO. É um verdadeiro tesouro para quem se interessa por história.
Enquanto Roma está associada à Antiguidade Clássica e Florença ao Renascimento, Turim é por excelência a cidade real de Itália. Outras cidades italianas tiveram dinastias nobres no poder, mas estas reinavam com príncipes, reis ou imperadores sobre cidades-estado. O país só foi unido por Vittorio Emanuele II em 1861 e só Turim pode reivindicar a honra de ter sido a primeira capital da Itália unificada.
A grandeza de Turim pode ser testemunhada por toda a cidade: no Palazzo Reale, no Palazzo Madama, no Palazzo Carignano, nas grandes e majestosas avenidas e ruas comerciais, e, claro, em La Venaria, o equivalente de Versalhes em Turim.
A arte está muito presente. Existem inúmeros museus e galerias assim como esculturas que embelezam locais públicos no centro da cidade.
De entre os museus destaca-se o fantástico e divertido Museu Nacional do Cinema, que traça a história da sétima arte desde os primórdios até hoje. Turim é a cidade onde o cinema italiano nasceu. As principais invenções e melhorias feitas em Turim contribuíram para transformar o cinema em tudo o que ele é hoje.
Está alojado no edifício mais famoso da cidade, o Mole Antonelliana e o seu design e estrutura tornam-o único no mundo.
Dignos de nota são igualmente o Centro Storico Fiat, incontornável para quem quer conhecer melhor a história da marca; O Museu Egípcio (o mais importante do mundo fora do Egito); Algumas peças históricas como o auto-retrato de Leonardo da Vinci e seu Codex sobre o voo das aves e ainda relíquias religiosas como o famoso Sudário de Turim.
A vida noturna também é animada, seja nas margens do rio Po (o Murazzi), na Piazza Vittorio Veneto, em San Salvario ou no Quadrilatero Romano. A cidade tem muitos lugares perfeitos para sair com amigos e apreciar um bom vinho Barolo.
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Parkin é um bolo de gengibre tradicionalmente feito no norte da Inglaterra (mais propriamente na região de Yorkshire) com aveia e melaço. É habitualmente consumido no Outono, durante a Bonfire Night também conhecida como a noite de Guy Fawkes, onde os céus de Londres se iluminam com centenas de fogos de artificio.
É um bolo que exige tempo e uma preparação antecipada para estar no ponto na hora de servir, mas vale a pena porque é uma delicia 😋
INGREDIENTES
250 g de farinha Uma pitada de sal 2 colheres de chá de fermento em pó 2 colheres de chá de gengibre moído 50 g de manteiga 50 g de margarina 250 g de aveia 100 g de açúcar 150 g de Golden Syrup (costuma haver nos supermercados do El Corte Inglês) Se não encontrar pode usar mel 150 g de melaço de cana 4 colheres de sopa de leite
PREPARAÇÃO
Unte uma forma de bolos e forre com papel manteiga Peneire a farinha, o sal, o fermento e o gengibre numa tigela
Corte a margarina e a manteiga em pedaços pequenos e esfregue na farinha até que esta ter uma consistência que se assemelhe a migalhas de pão.Misture a aveia e o açúcar.
Aqueça a calda (golden syrup) e o melaço e despeje no centro dos ingredientes secos, junto com o leite, e bata levemente com uma colher de pau até ficar bem misturado. Despeje a mistura na forma já preparada.
Asse no forno a 180 graus C por cerca de 45 minutos ou até que o bolo comece a afastar-se dos lados da forma
Retire da forma e deixe arrefecer. Envolva em papel de alumínio por cerca de uma semana - o armazenamento torna o Parkin realmente húmido.
Passado uma semana, retire o papel de alumínio, corte o bolo em quadrados e sirva.
Receita retirada com pequenas adaptações do site www.bawarchi.com
“A vida é feita de nadas: De grandes serras paradas; À espera de movimento; De Searas onduladas pelo vento. De casas de moradias, caídas e com sinais, De ninhos que outrora havia nas Beiras; De poeira, de sombra de uma figueira; de ver esta maravilha: meu pai a erguer uma videira, como uma mãe que faz uma trança à filha”
É com este poema de Miguel Torga que a aldeia de xisto de Gondramaz, localizada na Serra da Lousã, concelho de Miranda do Corvo, recebe os seus visitantes.
E como são apropriadas estas palavras…
Num mundo onde todos andamos a correr, ligados 24h por dia e preocupados com o tempo, chegar a um lugar como este, põe tudo em perspetiva.
Dá-nos espaço para respirar, para partilhar um “bom dia” com a senhora que varre a entrada de sua casa, ou uma gargalhada com o artesão que vende bonecos “malandros” na pequena loja de souvenirs da aldeia.
Tempo para parar na capela e rezar uma pequena oração e tempo para sentar no banco de jardim a olhar as árvores.
Pequena, mas tão bonita com as suas casas em xisto de tonalidade distinta. Restaurada na perfeição.
Gondramaz é hoje a casa de artistas plásticos e local de paragem obrigatória para praticantes de desportos como downhill ou BTT.
É uma das mais belas aldeias de Portugal.
Percorro as suas ruas estreitas e sinuosas, fotografo o gato no telhado e todos os outros pequenos detalhes que encontro pelo caminho, como as pequenas estátuas que evocam santos ou figuras populares mais brejeiras….
…E outro poema ecoa na minha cabeça:
“Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo... Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer Porque eu sou do tamanho do que vejo E não, do tamanho da minha altura... Nas cidades a vida é mais pequena Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.”
Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema VII" Heterónimo de Fernando Pessoa
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Londres, a capital da Inglaterra, é uma cidade especialmente agradável para visitar no outono. As multidões do verão desaparecem e as folhas douradas dos parques oferecem um cenário mágico para passeios inesquecíveis. Os pubs tradicionais servem confort food em frente a lareiras crepitantes e o frio sazonal proporciona a desculpa perfeita para visitar alguns dos melhores museus e galerias de arte do mundo.
Veja aqui tudo o que não pode perder:
1- Visite a Bermondsey Street
Esta rua é endereço de galerias de arte como a White Cube Gallery que pertence ao negociante de arte Jay Joplin e foi a primeira a apresentar exposições individuais de muitos jovens artistas britânicos, como a Tracey Emin. Abriga também o Museu de Moda e Têxtil, o café Fuckoffee, bares como o The Hide Bar, o Two One Four, que servem cocktail fantásticos e três restaurantes excelentes - Pizarro (espanhol), Flour & Grape (italiano) e Casse-Croûte (francês).
2 - Passeie pelos parques da cidade
Escolha um parque, qualquer parque. Pode ser o Richmond, o Hyde Park, Hampstead Heath, Clapham Common ou qualquer outra área ajardinada da cidade. Vista um casaco, um cachecol e um chapéu e deixe-se deslumbrar pelas espetaculares cores do outono.
3- Visite os museus de Londres à noite
Explore alguns dos principais museus da cidade depois do anoitecer durante o fim de semana do Museums at Night (este ano de 31 de Outubro a 2 de Novembro). Este evento inclui excursões com temas de Halloween, exibição de filmes e workshops. Muitos dos locais têm entrada gratuita, mas algumas atividades especiais implicam o pagamento de um bilhete.
4- Pare num pub tradicional
Os fãs de história devem visitar o Spaniards Inn, nos arredores de Hampstead Heath, um pub do século XVI onde Charles Dickens e John Keats costumavam beber ou o Mayflower, em Rotherhithe, onde supostamente bebiam os peregrinos antes de partirem em navios para explorar o Novo Mundo. O Gun em Canary Wharf abriga recantos aconchegantes e lareiras, e o Ship Tavern, em Holborn, serve excelentes assados na sua sala de jantar à luz de velas. Outro lugar, bastante mais recente, que tem vindo a conquistar adeptos é o Epic Pies em St Paul’s.
5- Faça um Ghost Tour pela cidade
Explore o lado mais oculto de Londres no Halloween com uma visita a uma das muitas casas, pubs e teatros assombrados da cidade. Os destaques incluem a Sutton House e Breaker's Yard, com quase 500 anos de idade. Uma casa antiga e escola em Hackney, onde fantasmas são frequentemente vistos a vaguear pelas salas decoradas com painéis de carvalho e o Cemitério Highgate, onde supostamente um vampiro de 1,80 m de altura e uma freira aparecem para assombrar os túmulos góticos.
6- Coma nos melhores restaurantes de Londres
O London Restaurant Festival (que em 2019 decorre de 01 a 31 de Outubro) celebra alguns dos melhores restaurantes da cidade. Mais de 250 restaurantes participam em cerca de 70 eventos culinários que incluem cozinhas abertas, menus de degustação especialmente projetados, rotas culinárias pela cidade e workshops com chefs de renome. Esta é a altura ideal para conhecer a cena gastronómica de Londres.
Ainda no campo da alimentação: merecem uma visita o Maltby Street Market e o Flor — um wine bar em Shoreditch. Também funciona como uma padaria e pastelaria durante o dia, e os doces são incríveis. O GŌNG Bar é outra paragem obrigatória. Fica no piso 52 do Shangri-La Hotel, no The Shard e é o o bar de cocktails mais alto da cidade. Oferece vistas espetaculares de Londres. O seu menu de cocktails apresenta um cocktaill chamado Like a Rockstar, inspirado na primeira guitarra elétrica, que é imperdível!
7- Celebre a Bonfire Night
Veja o céu de Londres acender-se com fogos de artifício na noite de 5 de novembro, para comemorar a data em que em 1605, Guy Fawkes falhou na tentativa de explodir as Casas do Parlamento e assassinar o Rei protestante James I para substituí-lo por um chefe de estado católico. Durante o evento é comum ver bonecos a imitar Fawkes no topo das fogueiras.
Os principais fogos de artifício de Londres acontecem no Alexandra Palace, no Battersea Park e no Southwark Park, lugares onde também se pode experimentar doces tradicionais como toffee apples (maçãs do amor) e parkin cake (bolo de gengibre).
8- Conheça as tradições africanas
No final de Outubro,, em homenagem ao Mês da História Negra, a conhecida Trafalgar Square acolhe a África na Europa. Música, danças africanas, artesanato, mercado e muitas barraquinhas de comida, convidam o visitante a passar por lá . As crianças podem aproveitar o show de talentos para jovens artistas e pintura de rosto, além de participar de workshops gratuitos para fazer mosaicos e tingir roupas no estilo batik.
O Loch Ness é um lago grande, frio, bastante profundo e escuro que fica no coração das Terras Altas da Escócia e alimenta, há muitas décadas, a imaginação daqueles que ainda acreditam em monstros.
Fotos: Travellight e H. Borges
A história do monstro de Loch Ness é conhecida por todos e é regularmente reavivada por relatos de moradores e turistas que confirmam ter visto uma criatura não identificada, com um pescoço longo, a nadar nas águas deste lago.
O relato mais antigo remonta ao século VII, mas o Monstro do Lago Ness só se transformou numa sensação internacional em 1933, quando George Spicer e a sua esposa, que passeavam de carro pela região, avistaram uma enorme criatura preta de pescoço comprido a atravessar a estrada e a entrar na água. A notícia foi publicada por um jornal Londrino e a criatura ficou conhecida como “Nessie”. Nome que mantém até hoje.
Algumas pessoas acreditam que Nessie é um plesiossauro, uma espécie de dinossauro que sobreviveu aos tempos modernos por viver isolado do mar em Loch Ness. Uma teoria recente defende que o "monstro" é apenas uma enguia gigante...
As fotos que supostamente comprovavam a existência de Nessie, foram forjadas (isto já está provado). Mas o monstro do lago Ness poderia ainda assim ser real? Um animal pré-histórico poderia morar no lago sem nunca ter sido descoberto durante todo este tempo?
Analisando os factos diria que é muito, mas muito difícil, mas não completamente impossível (mas eu sempre tive uma imaginação fértil para estes assuntos 😉).
Segundo me disseram o Loch Ness tem uma área de 56km, o seu ponto mais profundo tem 230 metros e o lago possui mais água do que todos os outros lagos da Inglaterra, Escócia e País de Gales juntos. Também está cheio de turfa, uma espécie de vegetação comum nas Terras Altas da Escócia que deixa a água incrivelmente escura e com pouca visibilidade. Por isso suponho que ainda poderia existir uma espécie não descoberta, escondida neste lago… … mas considerando que já foi tão pesquisado e por entidades tão conhecidas como a Oxford University o MIT, o Discovery Channel, New York Times, BBC, etc, é difícil de acreditar 🙁.
Mas, independentemente do “monstro” um passeio de barco pelo lago vale a pena! A paisagem é maravilhosa e durante o cruzeiro podemos aprender alguns factos e histórias sobre a região e sobre o mito de “Nessie”.
Existem várias empresas que partem de diferentes pontos do Loch, mas Fort Augustus é o principal porto. É daqui que saem os barcos do Cruise Loch Ness que oferecem todo o conforto e imagens de sonar ao vivo das profundezas do lago. A empresa oferece também barcos que percorrem o Loch a alta velocidade para quem gosta de emoções fortes.
Um passeio pela margem do Canal Caledonian permite observar toda a extensão do Loch Ness e ver pessoas e barcos a passar e até fotografar alguns patos que por ali vivem 😃.
Junto à ponte sobre o Canal Caledonian, encontramos o Iceberg Glass, uma oficina e loja de vidros. O seu exterior simples esconde obras de arte impressionantes e se tivermos a sorte de lá estar na hora certa podemos assistir um dos funcionários da loja a criar novas peças bem na nossa frente.
Foto: Iceberg Glass
O Caledonian Canal Center deve ser visitado por quem procura mais informações sobre o Loch Ness e funciona igualmente como um Airbnb onde podemos reservar quarto. Um agradável café e uma loja de souvenirs cheia de produtos locais, completam o espaço.
O Clansman Center, é outro lugar nas margens do Canal Caledonian que merece uma visita. É dedicado aos clãs escoceses do século XVII e reproduz o interior de uma típica casa de Highland. Qualquer fã de Outlander, vai adorar!
Outros destaques da região são os faróis (considerados os mais pequenos do Reino Unido) e o Castelo de Urquhart que fica empoleirado nas margens do Lago Ness e tem uma história dramática que inclui a sua invasão por Edward I.
Fort Augustus é uma excelente base para quem deseja aproveitar a abundância de atividades disponíveis nas Terras Altas da Escócia. Caminhar, andar de bicicleta, praticar caiaque e canoagem, fazer rafting, vela, rapel, andar a cavalo… Tudo isto é possível a poucos passos de Fort Augustus. Consultem os sites dos operadores turísticos Monster Activities ou Great Glen Adventures para mais informações.
The Brasserie do The Lovat Hotel é um dos melhores lugares para para comer em Fort Augustus. Tem um ambiente acolhedor e serve produtos de qualidade, confecionados de forma a serem uma felicidade para os olhos e para o paladar.
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Localizado junto à praia, na Ilha de São Tomé e muito próximo do aeroporto, o Omali Lodge é uma boa opção para quem visita a ilha e procura um lugar confortável para se hospedar. É um hotel simples, mas encantador.
O quarto onde fiquei era grande, confortável e muito limpo. A decoração era básica, mas funcional e com alguns apontamentos interessantes. A casa de banho tinha um bom chuveiro e as amenities oferecidas pelo hotel tinham um cheiro agradável.
O pequeno almoço, servido em buffet, oferece uma variedade de frutas frescas, doces e salgados. É um tanto ou quanto limitado, se compararmos com outros hotéis da mesma categoria, mas tem panquecas, queijo, fiambre… e mel que é uma delicia!
O restaurante do hotel também serve boa comida e tem opções vegetarianas no menu. Gostei especialmente dos pratos de peixe e das sobremesas. Podemos comer na esplanada com vista para a marginal, junto à piscina ou no interior do hotel.
A equipa foi sempre atenciosa, simpática e disponível para ajudar em tudo.
Em frente do hotel existe uma praia. Não é má, mas há praias muito melhores na ilha.
O jardim e a área da piscina é o maior destaque do Omali Lodge. É um espaço agradável e tranquilo. Ideal para relaxar.
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