Dicas e conselhos básicos para visitar a China
A China é um dos destinos de viagem mais fascinantes do mundo. É um país com uma cultura milenar, monumentos e atrações espantosos.
Cada vez mais turistas visitam a China por isso resolvi compilar algumas dicas e conselhos básicos para quem está a pensar viajar para este maravilhoso país.
1- Documentação necessária
Passaporte com validade de 6 meses e visto.
Para obter o visto de entrada na República Popular da China, deverá deslocar-se à Secção Consular, situada na Rua de São Caetano Nº2, Lapa, em Lisboa. A emissão do visto demora 4 dias úteis.
Quem viaja em turismo deve solicitar o visto “L – Viagem turismo” e necessita de apresentar os seguintes documentos:
- Formulário devidamente preenchido;
- Passaporte com validade de pelo menos 6 meses além de validade de visto pretendida;
- Fotocópia da folha de identificação do passaporte;
- Uma fotografia original atualizada;
- Cópia da reserva de voo de ida e volta com o nome do próprio solicitante;
- Declaração da entidade patronal comprovativa da profissão, timbrada, carimbada e assinada. No caso de ser trabalhador independente ou desempregado deverá apresentar uma declaração a explicar o seu tipo de profissão, qual o motivo da viagem e juntar o saldo bancário disponível no valor igual ou superior a 1.000,00€, que permita suportar a despesa mínima de 80,00€.
Pode solicitar o visto de 1 ou 2 entradas.
Hong Kong, Macau e Taiwan são regiões especiais da China.
Se sair da China Continental para visitar Hong Kong, Macau ou Taiwan e voltar a entrar de novo precisa de um visto com duas entradas.
Um cidadão Português pode permanecer em Hong Kong e Macau 90 dias sem visto; em Taiwan 30 dias sem visto.
Entrou em vigor a isenção de vistos para 59 países, incluindo Portugal, para estadas até 30 dias na província de Hainan.
mais informações em http://pt.china-embassy.org/pot/lqsw/Consulate01/t1081047.htm
2- Vacinas
Não são exigidas vacinas obrigatórias para viajar de Portugal para a China. Vacinas para Hepatite A, Hepatite B e outras podem ser recomendadas dependendo da zona do país que vão visitar. Podem fazer a consulta do viajante on-line aqui.
3 - Dinheiro
Nas transações em cash apenas é aceite uma moeda — o Yuan Renmimbi — a moeda oficial da China, também designada por CNY ou RMB.
Embora mais e mais empresas (principalmente as grandes cadeias hoteleiras e restaurantes) aceitem cartões Visa e Mastercard, existe ainda a preferência pelo pagamento em cash no comercio local.
Existem ATM’s (caixas de multibanco) disponíveis em todas as grandes cidades, mas podem ser mais difíceis de encontrar em zonas menos turísticas.
4 - Língua
Nas cidades maiores, como Pequim ou Xangai, é possível encontrar quem fale inglês (principalmente nos hotéis e restaurantes mais caros), mas por regra a comunicação é difícil para quem não fala a língua local.
A aplicação Google Translate e a sua possibilidade de usar a câmara do telemóvel para fazer traduções instantâneas pode ser de grande valia.
Mesmo em modo offline, a app traduz as frases escritas, para o chinês e ajuda bastante na hora de comunicar com os locais. Demora, mas funciona, e é uma forma curiosa de quebrar a barreira da língua e entrar em contacto com a população.
Não se esqueçam de fazer o download da aplicação antes da viagem, já que, uma vez em território chinês, os produtos do Google deixam de estar disponíveis.
5- Comida e água
A comida chinesa é realmente bem diferente daquela que estamos acostumados, mas apreciem a gastronomia sem medo provavelmente vão se surpreender pela positiva. Os pratos variam de cidade para cidade, refletindo a diversidade cultural do país. Muitos misturam o doce e o salgado, o agridoce e o picante, o frio e o quente. Experimente o famoso yakisoba, os rolinhos de primavera e o tofu recheado, três especialidades do país.
A água da torneira na China não é potável, mas a água engarrafada é muito barata e pode ser comprada na maioria dos locais.
6 - O que visitar
Há 5 cidades que devem fazer parte de qualquer roteiro pela China: Pequim, Xi’an, Shanghai (com Suzhou e Hangzhou), Guilin e Chengdu.
Em Pequim visite a Cidade Proibida, a Grande Muralha da China e o Templo do Céu — Património da Humanidade.
Na cidade de Xi’An conheça o enorme exército de guerreiros de terracota mandado construir pelo Imperador Qin, saboreie a cozinha tradicional chinesa num jantar da Dinastia Tang, acompanhado com um espetáculo típico, e visite ainda a impressionante muralha da cidade, o Pagode do Grande Ganso Selvagem e o Quarteirão Muçulmano.
Em Shanghai não deixe de visitar o Tempo de Confúcio e Suzhou e Hangzhou (que ficam apenas a uma hora de distância de comboio).
Guilin é o sítio ideal para escapar à agitação da cidade e mergulhar na vida do campo. Visite as plantações de arroz de Longsheng e conheça a minoria étnica Yao.
O destaque de Chengdu são os pandas gigantes, a Ópera de Sichuan (famosa pelas suas máscaras) e o Grande Buda de Leshan.
7- Transporte público
A China é servida por uma fantástica rede de autocarros e comboios, incluindo os G-Trains de alta velocidade que podem levar-nos por todo o país em questão de horas. As tarifas são acessíveis e para comprar um bilhete é preciso apresentar o passaporte e para viagens de longo curso convém reservar com 2 ou 3 dias de antecedência.
Por vezes fica mais barato viajar de avião dentro do país, mas não contem com pontualidade. Os aviões na China são conhecidos por chegarem e partirem sempre atrasados.
O metro funciona bem nas grandes cidades, é barato e pontual e muitas estações tem placas e explicações em inglês.
Os táxis na China são baratos e abundantes, mas a maioria dos motoristas não fala inglês, por isso, é bom pedir ao rececionista do seu hotel para escrever em chinês o endereço de destino.
8- Internet
A Internet chinesa é controlada através de uma firewall, que bloqueia o acesso a sites como Facebook, Twitter, YouTube, e Google, Instagram ainda pode ser usado. Apenas Hong Kong e Macau não são abrangidos pelo bloqueio.
9- Segurança
A China é bastante segura mas é preciso atenção com alguns “esquemas” usados para enganar os turistas. O mais usual é o chamado “golpe do chá” e acontece em cidades como Pequim e Xangai.
Ele funciona mais ou menos assim: o turista está a passear na rua quando é abordado por uma simpática menina chinesa. Ela começa a conversar dizendo que só quer praticar o seu Inglês e que gosta de conhecer estrangeiros e passado um tempo sugere que a acompanhem a uma casa de chá. Depois de terminar o chá, o turista recebe uma conta altíssima e percebe que foi enganado, mas nessa altura já está rodeado por um grupo de homens fortes e mal encarados que insistem que a conta seja paga.
10- Poluição
As maiores cidades chinesas têm problemas sérios de poluição, particularmente Pequim. Muitos locais usam máscaras, mas para quem não está habituado é mais seguro evitar grandes esforços (como correr ou andar de bicicleta).
11-Casas de banho públicas
Uma das coisas a saber antes de ir para a China é que a maioria das casas de banho públicas não tem papel higiénico e muitas não tem sabão. Hotéis e restaurantes disponibilizam, mas fora, é sempre boa ideia levar um rolo de papel higiénico ou uma embalagem de lenços de papel e uma pequena embalagem de desinfetante para as mãos
12- Questões culturais
Os chineses não dão gorjeta e não é esperado que os turistas o façam.
Nos mercados e lojas de comércio local é aceitável regatear. Nunca aceite o preço marcado ou o primeiro preço oferecido.
A China é um lugar super povoado e os locais se acostumaram a um espaço pessoal muito menor do que estamos acostumados no ocidente por isso não se surpreendam se forem empurrados numa fila - é apenas parte da cultura chinesa.
Quando cumprimentarem um grupo de pessoas, dirijam-se primeiro à pessoa mais velha. é um sinal de respeito.
Os apertos de mão na China tendem a ser suaves e um aperto de mão demasiado firme pode ser interpretado como um sinal de agressão.