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The Travellight World

Inspiração, informação e Dicas de Viagem

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Qua | 28.11.18

Neuschwanstein | O castelo que inspirou Walt Disney

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   Fotos: Travellight e H. Borges


Situado na pequena cidade de Füssen, na Baviera, Alemanha, o Castelo de Neuschwanstein, é um dos castelos mais visitados do mundo e por um bom motivo: foi este edifício que inspirou Walt Disney a desenhar o palácio da Cinderela.

 

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O castelo parece realmente saído de um conto de fadas mas tem uma história curiosa.


Neuschwanstein foi projectado e mandado construir pelo rei Ludwig II - um rei mentalmente instável e obcecado por Wagner. As obras começaram em 1869 mas nunca foram terminadas porque o rei foi declarado insano e afastado do poder em 1886.

 

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Ludwig podia ser louco mas era também um visionário e o seu castelo pode ser considerado uma obra tecnologicamente à frente de seu tempo.


Os interiores de Neuschwanstein tem decoração romântica e fantasiosa mas o rei não poupou gastos a instalar inovações modernas, quase desconhecidas na altura: aquecimento central; vasos sanitários com descarga; água corrente aquecida e até um telefone, mas Ludwig só podia ligar para um lugar, que ficava na aldeia vizinha de Füssen 😁.

 

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  Foto: www.destination-munich.com 


A caminhada até ao castelo demora cerca de 30 a 40 minutos se for feita a pé mas para quem preferir há carruagens a cavalo que sobem e descem a estrada sinuosa. Eu optei por subir na carruagem e depois descer a pé. É uma caminhada bastante bonita 😊

 

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No topo, as vistas são maravilhosas. Como visitei Neuschwanstein no Inverno o cenário ainda era mais mágico!

 

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A única maneira de visitar o interior do castelo é reservar uma visita guiada. Se estiverem interessados em vir aqui, recomendo que comprem bilhetes on-line, com pelo menos uma semana de antecedência, para garantir um horário. O passeio dura 20 minutos, e infelizmente não é permitido tirar fotos, mas o lugar é espectacular.

 

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  Foto: www.destination-munich.com 

 

Eu pessoalmente adorei conhecer o verdadeiro palácio da Cinderela! 

 

Tchau!
Travellight

 

 

Sex | 23.11.18

Hammam Al Ándalus - Banhos Árabes | Córdova

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   Foto: Hammam al Andalus


Córdova é uma cidade onde a herança árabe está muito presente. Ela vive nas ruas, na catedral - que também já foi uma mesquita, e nos Banhos Árabes Hammam Al Andaluz.

 

O Hammam recupera o espírito do tradicional banho árabe e a geometria dos seus mosaicos, arcos, treliças e colunas finamente esculpidas, transportam o visitante ao encanto e esplendor de Al Ándalus.

 

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   Foto: Travellight

 

Entrar aqui é voltar no tempo e recuar a uma época diferente. É esquecer tudo lá fora e deixar-nos envolver pela atmosfera relaxante e pelo som suave da água e da música andaluz.

 

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    Foto: Hammam al Andalus

 

Somos recebidos com um chá de ervas e convidados a escolher, entre os diferentes óleos disponíveis, aquele que queremos usar na massagem. Os aromas são super agradáveis: flor de laranjeira, menta, âmbar…

 

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  Foto: Travellight

 

Os banhos árabes consistem em três atmosferas diferentes, marcadas pela água e pelas suas diferentes temperaturas,  que dão nome aos espaços (quente, temperado e frio).

 

O circuito, de uma hora e meia, é completado com salas de vapor, salas de descanso e salas de pedra quente, onde os clientes podem receber a massagem ou tratamento selecionado.

 

O circuito começa pela zona temperada, a mais ampla, onde podemos banhar-nos numa piscina de águas mornas enquanto contemplamos a cúpula e a luz que entra pelas pequenas claraboias, em forma de estrelas. É um lugar que parece saído de um sonho…

 

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Uma vez aclimatados à temperatura, é recomendado alternar entre os banhos na zona temperada, quente e zona fria. A intenção é ajudar os músculos a relaxar e recuperar da fadiga.

Entrar na piscina de água fria depois de estar no quentinho é difícil... (impossível, para mim 😬) . 

 

Depois dos banhos, segue-se a massagem. O Hammam tem pacotes básicos que incluem o circuito dos banhos e uma massagem relaxante que dura cerca de 15 minutos, que pode ser de corpo inteiro ou concentrar-se na área que mais nos interessa (pernas, costas ou pescoço). Quem quiser pode escolher um pacote, um pouco mais caro, com uma massagem mais demorada.

 

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   Foto: Travellight

 

No fim da experiência é oferecido um chá refrescante e frutas, para repor forças e fazer subir a tensão.

 

Estes banhos árabes, os maiores da Europa, estão localizados no coração de Córdova, a poucos metros da grande Mesquita-Catedral e merecem mesmo uma paragem se estiverem de visita à cidade 😊.


Tchau!
Travellight

Qui | 22.11.18

Franzbrötchen | Uma especialidade Alemã

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Este pãozinho folhado, de açúcar e canela é uma especialidade da cidade alemã de Hamburgo. É semelhante a um croissant achatado e leva bastante manteiga.



Conta-se que o franzbrötchen foi inventado durante a ocupação francesa de Hamburgo, no século XIX, quando os padeiros da cidade começaram a fazer baguetes à moda francesa, chamando-as de franzbrot (franz =francês e brot=pão). Um deles terá tido a ideia de assar o pão com açúcar e canela, criando o franzbrötchen que hoje tem presença garantida nas padarias de Hamburgo.

 

Actualmente, além do tradicional, há versões com passas, chocolate, nozes ou maçã.

 

Anotem aí a receita:

INGREDIENTES
(para 12 pãezinhos)

Massa
500 g de farinha de trigo
40g de fermento biológico
70 g de manteiga (amolecida)
70g de açúcar
Sal
1 colher (chá) de raspas de limão
¼ l de leite

 

Recheio
200 g de manteiga
200 g de açúcar
2 colheres (chá) de canela


PREPARAÇÃO

Colocar a farinha numa tigela, juntar a manteiga, o açúcar, uma pitada de sal e as raspas de limão. Abrir um buraco no meio e juntar o fermento.
Aquecer o leite e despejar sobre o fermento.

 

Misturar todos os ingredientes, a partir do meio, com as mãos, trabalhando a massa até que se descole da tigela.

 

Polvilhar com farinha e deixar descansar em temperatura ambiente por 15 a 20 minutos, coberta com um pano.

 

Abrir a massa sobre uma superfície enfarinhada até obter um retângulo de cerca de 30 x 25 centímetros.

 

Cortar a manteiga em fatias finas e distribuí-las sobre uma das metades da massa. Dobrar a outra metade da massa por cima, e pressionar as bordas.

 

Abrir a massa novamente com o rolo até obter um retângulo de 50 x 30 centímetros. Dobrar um terço da massa em direção ao meio e depois o terceiro terço por cima, de modo que a massa fique com três camadas. Colocar no frigorífico por 15 minutos.

 

Abrir a massa novamente até obter um retângulo de 80 x 40 centímetros. Pincelar com um pouco de água, e polvilhar com a canela e o açúcar misturado.

 

Enrolar a massa a partir do lado mais comprido até formar uma espécie de torta de cerca de 6 centímetros de largura. Cortar depois essa torta em pedaços de cerca de 4 centímetros de largura e pressionar, no meio, a parte de cima de cada um, com o cabo de uma colher de pau.

 

Dispor os pãezinhos, a uma distância de 4 ou 5 centímetros entre eles, sobre duas formas untadas e polvilhadas de farinha.

 

Cobrir com um pano e deixar descansar por 15 a 20 minutos.

 

Assar em forno pré-aquecido a 200°C por 15 a 25 minutos ou até os pãezinhos ficarem dourados.

 

Retirar do forno e servir quentinho.

 

Receita retirada com algumas adaptações do site www.dw.com

 

Qua | 21.11.18

Um fim de semana em Hamburgo

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  Fotos: Travellight e H. Borges

 

Recentemente passei um fim de semana em Hamburgo - a segunda maior cidade da Alemanha, e gostei muito.

 

Localizada nas margens do Rio Elba que liga a cidade ao Mar do Norte, Hamburgo é uma metrópole vibrante repleta de história, bares e uma vibrante cena musical.

 

Comecei o meu passeio pela cidade num dos marcos mais populares de Hamburgo: a Igreja St. Michaelis, uma das igrejas barrocas mais bonitas da Alemanha.

 

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Caminhei depois até ao porto...

 

O distrito de Speicherstadt é um símbolo da importância do comércio e da indústria que transformou a cidade portuária de Hamburgo numa das mais ricas da Alemanha. Um enorme complexo de armazéns, que antes era movimentado com mercadores e marinheiros e agora é Património Mundial da UNESCO.

 

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Hamburgo possui, ainda hoje, o terceiro maior porto da Europa.

 

Gostei de o visitar e de dar uma volta por St. Pauli Landungsbrücken (as docas) para admirar os edifícios históricos que se encontram à beira-mar. Vi também o navio-museu "Rickmer Rickmers". Não entrei, mas acredito que seja interessante para quem goste de veleiros antigos.

 

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No porto há ainda lojas e restaurantes variados e uma outra atracção: O Alter Elbtunnel (antigo túnel do Elba).

 

Este túnel foi inaugurado em 1911, tem 3 km de extensão e conduz a uma pequena ilha de onde podemos apreciar a paisagem urbana de Hamburgo.

 

De regresso ao centro, parei no lago Binnenalster e continuei até à Jungfernstieg, a principal avenida comercial da cidade e perdi-me pelas ruas laterais, apreciando a maravilhosa mistura de prédios antigos e lojas modernas.

 

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Conhecida por ter mais pontes do que qualquer outra cidade do mundo, (mais de 2.300 segundo li) Hamburgo tem também muitas igrejas importantes, como a de São Nicolau, que foi o edifício mais alto do mundo por um curto período de tempo no século XIX.

 

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É fácil de caminhar pelos canais e rapidamente chegar à praça principal do centro da cidade de Hamburgo: a ”Rathausmarkt”.

 

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Aqui fica a Câmara Municipal de Hamburgo, um edifício neo-renascentista de 1886, considerado um dos mais belos e maiores edifícios da cidade.

 

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Um pouco à frente, perto da estação central de comboios, está o museu Hamburg Kunsthalle, um dos melhores museus de arte da Alemanha que possui uma impressionante coleção de pinturas do século XIX ao século XXI.

 


Já ao entardecer fui conhecer a zona de Reeperbahn, o centro da vida noturna de Hamburgo. Esta área está cheia de excelentes restaurantes, bares, teatros e discotecas.

 

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   Foto: Site Hamburg.de


Os clubes onde os Beatles tocaram na década de 1960; o Indra Club e o Kaiserkeller estão localizados numa rua lateral chamada "Große Freiheit".


No segundo dia visitei o Miniature Wonderland e achei fascinante esta exibição de comboios miniatura que reproduz linhas férreas nos Alpes, Estados Unidos Escandinávia e Itália.

 

Dei também um passeio pelo bairro de Schanzenviertel para ver o que de melhor Hamburgo tinha para oferecer ao nível de street art e experimentei o famoso Fischbrötchen de Hamburgo, que nada mais é do que um pedaço de peixe com pickles no pão (devo confessar que não me convenceu… por mim, fico com a nossa sardinha assada no pão que é bem melhor 😜).

 

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No geral gostei bastante da cidade, por isso digo que se Hamburgo não estiver na vossa lista de lugares a visitar na Alemanha, deveria estar. Pode não ter os palácios de Munique ou os Museus de Berlim, mas é uma cidade com uma vibração jovem, uma vida noturna activa e atracções suficientes para garantir um fim de semana muito bem passado 😃.

 

Tchau!
Travellight

 

Qui | 15.11.18

O Rio Perfume e a Cidade Imperial de Hue | Vietname

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No Vietname existe um rio com o nome poético de Rio Perfume… lindo não é?

 

O rio foi assim chamado devido ao agradável cheiro que exalava no outono quando as muitas flores que existiam nas suas margens caiam à água e eram transportadas pela corrente.

 

Hoje em dia o aroma floral não é tão percetível, mas o Rio Perfume mantém-se como um dos marcos turísticos mais populares da cidade de Hue.

 

Atravessei-o numa bonita manhã, de céu azul e temperatura agradável, com uma brisa suave a acariciar-me a cara. O meu destino final era a Cidade de Hue, património mundial da UNESCO.

 

O barco onde fiz a travessia — um tradicional barco Vietnamita, designado barco dragão — tem uma origem chinesa  que remonta a mais de 2.000 anos. 

 

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Estes barcos originalmente eram usados para transportar a família Imperial e eram construídos para se assemelharem a um dragão, com a cabeça do mítico ser esculpida na parte da frente do barco e a sua cauda esculpida na parte de trás.

 

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Atualmente estes barcos transportam turistas e servem igualmente de habitação para dezenas de famílias que ganham o seu sustento no rio. A simpática família que me transportou rio acima vendia bonitos cartões com figuras tradicionais e paisagens Vietnamitas recortadas à mão. Os cartões eram lindos 😊

 

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Por um século e meio, Hue foi a capital real do Vietname e lar da dinastia Nguyen, que se estabeleceu na cidade no início do século XIX e aqui viveu, governou e aqui foi subsequentemente enterrada.

 

Os antigos governantes do Vietname passavam tanto tempo a preparar-se para a morte que a maioria dos túmulos reais tinha uma dupla função: Antes do monarca “montar as costas do dragão” — o eufemismo para a morte real — ele usava o futuro túmulo ​​como casa de campo.

 

Parece um conceito estranho, mas os “túmulos” eram verdadeiros retiros campestres, cuidadosamente planeados para receber a família real tanto em vida como na morte.

 

O Rio serpenteia através de Hue, revelando maravilhas a cada curva. Um palácio e oito túmulos reais relativamente intactos estão espalhados ao longo do vale do rio Perfume e das colinas baixas em redor. Estiveram escondidos durante anos por votos de sigilo, mas agora estão abertos ao público e podem facilmente ser visitados. Os três mais bem conservados são os túmulos de Tu DucMinh Mang Khai Dinh. 

 

O barco deixou-me na margem e eu segui por um caminho ladeado por bambu até encontrar o primeiro túmulo: o Túmulo de Tu Duc.

 

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Não me pareceu de todo um túmulo, mas antes um velho palácio. Cheirava a poeira e madeira húmida, mas ainda assim era impressionante.

 

Passeando por ali, ficas com uma noção do que era a vida deste Imperador… Durante os dias, ele pescava no lago ou ia caçar a uma ilha minúscula, que os seus serviçais abasteciam com cervos mansos. Depois retirava-se para o pavilhão Xung Khiem — o Palácio para Admirar a Lua e Declamar a Poesia — onde as suas concubinas faziam-lhe serenatas e o imperador escrevia poesia (Tu Duc escreveu mais de 4.000 poemas).

 

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Destaca-se também nestas ruínas um antigo teatro, cujo único assento era uma enorme cadeira real. Disseram-me que Tu Duc passava as noites a assistir à representação de peças que chegavam a ter 1.000 episódios (eram o equivalente às novelas atuais 😃).

 

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A tumba em si, está um pouco mais longe, no lugar onde soldados de pedra parecem aguardar instruções do falecido rei. Mas dizem-me que na praça quadrada, aberta para o céu e cercada por ciprestes não está enterrado Tu Duc. 

 

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A verdadeira localização do túmulo não é conhecida, apenas se sabe que ele está sob as pedras do pátio, escondido em algum lugar num vasto labirinto de túneis…

 

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Mais adiante fica o mausoléu do maior dos governantes NguyenMinh Mang, o avô de Tu Duc.

 

Minh Mang era apaixonado por arquitetura e o seu túmulo é considerado um dos edifícios mais interessantes do Vietname.
 
 
Rodeado por belos jardins e lagos, é um lugar que dá gosto visitar. As salas frescas dos templos proporcionaram um agradável refúgio ao calor do meio-dia.

 

 

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Minh Mang, levou mais de quatorze anos para encontrar o local ideal para o seu mausoléu e foram precisos dez mil operários e três anos para construí-lo. Mas valeu a pena, pois este mausoléu de influência chinesa é magnífico com os seus lagos, jardins e pavilhões vermelhos.

 

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A norte do terreno, Minh Mang está enterrado dentro de um pequeno monte cercado por um pitoresco lago em forma de lua crescente.
 
 
No topo de uma colina fica a tumba de Khai Dinh. Para alcançar este mausoléu tem de se subir mais de cem degraus, passando por terraços onde guardas de pedra parecem condenados a ficar eternamente alerta.
 
 
A vista do topo é linda e vale a subida. Aqui, há apenas uma estrutura principal — um grande templo — que ostenta uma fusão desenfreada de estilos vietnamitas, europeus e chineses. O interior está repleto de uma miscelânea de estatuetas, dragões e minúsculos mosaicos de porcelana e vidro. No centro fica uma estátua de bronze em tamanho natural do Imperador Khai Dinh.
 
 
 

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De uma perspetiva arquitetónica, cada um dos túmulos de Hue são a expressão única da personalidade dos monarcas que os mandaram construir e refletem as suas tendências e gostos pessoais.
 
 
A minha viagem continuou pelo Rio Perfume, com uma pequena paragem no imponente Thien Mu Pagoda, antes de finalmente chegar à aguardada Cidade Imperial de Hue.
 
 
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A Cidade Imperial de Hue é uma fortaleza murada e palácio, idealizada como uma cópia da Cidade Proibida dos imperadores chineses em Pequim.

 

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Ela integra a Cidade Púrpura Proibida e o Museu Real de Antiguidades. 

 

O bombardeamento norte-americano de 1968, em resposta à tomada de Hue pelos comunistas, arrasou a maior parte da cidade.

 

Entre os poucos edifícios que sobreviveram contam-se o Templo Thai Hoa, o Templo Can Thanh, o Mieu e o Hieu Lam Cac.

 
É um passeio inesquecível que recomendo a todos que querem conhecer melhor a história e a herança cultural do Vietname.
 
 
 
Tchau!
Travellight
Ter | 13.11.18

Pessoas gentis fazem o mundo melhor!

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Em viagem como na vida, encontrar alguém simpático pode mudar totalmente a nossa visão de um determinado momento ou lugar. Quando estamos perdidos, a quilómetros de casa e ainda por cima não falamos o idioma é fácil sentir medo e vulnerabilidade.

 

O que acho fascinante sobre actos aleatórios de bondade é o quanto são frequentes e notórios quando estás em viagem, muitas vezes restaurando completamente a minha fé na humanidade.

 

Perdi a conta às vezes que estranhos pararam o que estavam a fazer para me dar direcções meticulosas ou sairam do seu caminho para me acompanhar até ao lugar que estava com dificuldades de encontrar ou partilharam comigo a única coisa que no momento tinham para dar,  sem quererem nada em troca.


Essa generosidade espontânea é comovente e muitas vezes impossível de pagar, excepto com um sincero e enorme “obrigado”.

 

Como dizia Mark Twain:

A bondade é a única língua que até os surdos conseguem ouvir e os cegos ver.

 

Dias maus todos temos, mas um sorriso e uma boa palavra ajudam sempre a melhorar não é?

 

Vamos ser gentis sim? Não custa nada 😃

Qui | 08.11.18

Viagens imperdíveis #11

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Olá amigos viajantes!
 

Já pensaram em conhecer Tel Aviv? Uma das mais vibrantes cidades do mundo?

 

Tel Aviv é uma cidade moderna e cosmopolita, com praias lindas, uma arquitectura incrível, muita história e uma vida nocturna agitada, isto para não falar na boa comida e nos excelentes restaurantes.

 

É uma cidade multicultural que mistura tradição e modernidade e nunca foi tão fácil ir conhece-la.

 

A companhia Aérea Israelita EL Al inaugurou no passado dia 31 de Outubro, uma nova rota com voos directos de Lisboa para Tel Aviv que conta com dois voos semanais durante o Inverno, (aos domingos e quartas-feiras) e a partir 28 de Março de 2019, com cinco ligações, com voos todos todos os dias da semana, à excepção de sextas-feiras e sábados.

 

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O primeiro voo a aterrar em Lisboa foi baptizado com o tradicional arco de água que simbolicamente juntou água recolhida do Rio Tejo e do Rio Jordão.

 

O bilhete ida e volta fica por volta de 319,00 € se for marcado com antecedência, por isso não percam esta oportunidade! 😃

 

Podem saber mais sobre Tel Aviv e Israel aqui, aqui e aqui.

 

 

 

Qua | 07.11.18

Lángos | A pizza Húngara

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Lángos, um prato Húngaro muito popular, é uma massa simples, feita com farinha, fermento, sal e água, uma espécie de pão achatado, que depois é frito e no fim coberto com vários ingredientes, tal como uma pizza. A palavra "láng" - que significa "chama" em húngaro -, refere-se ao facto de que originalmente, esta massa costumava ser assada num forno de tijolos.

 

O lángos tradicional era servido com uma cobertura de sour cream (comercializado em Portugal com o nome de natas ácidas) e queijo ralado, mas nos dias de hoje cada pessoa pode escolher o seu topping favorito, e este pode ser doce ou salgado.

 

As receitas de lángos são bastante variadas, algumas incluem batatas, ovos e iogurte na massa. A que partilho aqui é a minha preferida e leva iogurte.

 

INGREDIENTES

 

800 gramas de farinha
170 gramas de iogurte natural
200 ml de água
5 gramas de fermento
1 colher de chá de açúcar
1 colher de café de sal
Óleo
Alho
Queijo ralado ou em alternativa, requeijão ou cream cheese

 


PREPARAÇÃO

 

Junte a água, o fermento e uma colher de farinha numa vasilha e deixe-a coberta por 15 minutos.

 

De seguida, adicione aos poucos, a restante farinha misturando tudo com uma das mãos. Acrescente depois o açúcar, o iogurte e o sal.

Mexa tudo até obter uma massa homogénea e lisa. Caso a massa fique seca, adicione um pouco de água.

 

Amasse por pelo menos 10 minutos e depois deixe a massa descansar por 1 hora.

Terminado o tempo de descanso divida a massa em 10 partes iguais e com as mãos abra cada pedaço até formar um circulo

 

Frite no óleo a 160°C.

 

Retire da frigideira e deixe escorrer num prato forrado com papel de cozinha.

 

Corte um alho ao meio, e esfregue na massa, tempere com sal e adicione queijo, requeijão ou cream cheese.

 

 

Receita tirada com adaptações do site: musicaparacozinhar.blogspot.com

Ter | 06.11.18

Temppeliaukio | A Igreja da rocha

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  Fotos: Travellight e H. Borges

 

A original Igreja de Temppeliaukio, também conhecida como Rock Church ou a Igreja da Rocha, é uma das mais belas da Finlândia e uma das mais incríveis que já visitei.

 

Localizada em Helsínquia, esta maravilha arquitectónica é uma das atracções mais populares da metrópole escandinava.

 

À primeira vista, não parece nada de especial, apenas um aglomerado de pedras e uma entrada que parece levar a uma gruta, mas um olhar mais atento revela rapidamente um edifício extremamente interessante e moderno.

 

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Projectada em 1961 pelos arquitectos e irmãos Timo e Tuomo Suomalainen, o interior desta igreja luterana foi propositadamente escavado na rocha para respeitar as características do terreno onde foi construída.

 

O tecto de 24 m de diâmetro é composto por uma cúpula revestida de chapa de cobre, conectada à parede de rocha natural por 180 vidros que permitem a entrada de luz natural.

 

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Devido à altura variável da parede de rocha, cada vidro tem um tamanho diferente. Esta disposição ajuda a conseguir  uma iluminação mais forte na área do altar.

 

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Um bónus imprevisto do projecto foi a excelente acústica criada pelas superfícies rochosas que compõem as paredes internas.


Hoje, quando não está a ser usada como uma casa de culto, a Igreja da Rocha serve muitas vezes como local para concertos.

 

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É curioso notar que mesmo com um design do meio do século XX, a Igreja da Rocha mantém uma aparência moderna e contemporânea, eu diria quase futurista. 

 

Os Finlandeses apreciam muito a natureza, por isso não surpreende ver nesta obra arquitectónica cores que reflectem os vários tons de granito e outros tipos de pedra do país.

 

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Os bancos são de bétula nativa e canais foram especialmente projectados para transportar a água que escorre das fendas na rocha. O pavimento é de concreto polido e o altar é feito de granito cortado.

 

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Temppeliaukio é um lugar de rara beleza e sem dúvida um produto do engenho Finlandês.

 

Tchau!

Travellight