UM BRINDE A 2018
À meia-noite de 01 de Janeiro, o dia muda de Domingo para Segunda, uma transição normal e habitualmente sem importância nenhuma, a não ser a chatice do fim de semana estar mais perto de acabar. Porém para aqueles que como nós seguem o calendário Gregoriano isso não é bem assim.
Algures num passado distante foi decidido que esse momento termina o Ano Velho e começa o Novo Ano.
É um segundo revestido de um simbolismo muito especial se tivermos em conta toda a energia e recursos que geralmente investimos na sua celebração. É o momento em que paramos, olhamos para trás, fazemos balanços e estabelecemos um novo conjunto de resoluções.
Porquê fazemos tudo isso?
Em tempos li um artigo que dizia que essa necessidade resultava de algo muito enraizado em nós, a nossa motivação para sobreviver. E se pensar bem, isso faz todo o sentido.
Esta celebração (a par do nosso aniversário) proporciona-nos a chance de celebrar mais 365 dias vividos, de erguer os nossos copos em brinde e dizer “mais um ano, e ainda aqui estamos!”
E as resoluções de Ano Novo? Nada mais são que um exemplo do desejo humano universal de controlar aquilo que está por vir. Para nós é difícil aceitar que o futuro é algo incerto e imprevisível. Daí planeamos comer melhor, fazer dieta, mais exercício físico, parar de fumar, passar mais tempo com aqueles que amamos, poupar mais, viajar…
Tudo aquilo que achamos que nos vai ajudar a (sobre)viver mais tempo nesta Terra.
Os rituais de boa sorte são outro bom exemplo. Cada país e cultura tem os seus. Em Portugal comemos 12 passas e pedimos 12 desejos, em Espanha comem uvas, os Holandeses comem rosquinhas porque para eles o circulo é um símbolo de sucesso, no Rio de Janeiro vestem-se de branco e entregam flores ao mar para dar sorte … enfim, fazemos o que podemos para sentir que vamos ficar mais seguros e prosperar na vida. É fascinante!
Os U2 tem uma canção intitulada“New Year’s Day” em que dizem “ nada muda no dia de Ano Novo” e eles até podem ter razão, mas a verdade é que mesmo que muitos objectivos e resoluções fiquem pelo caminho e não se concretizem ao longo do ano, ainda assim eu acho positivo fazer o balanço e traçar metas para que o nosso futuro seja melhor. Pode ser um mecanismo de sobrevivência mas comigo tem resultado bem.
As minhas prioridades e alguns dos objectivos pessoais que pus na lista de Ano Novo do último ano (e que a equipa do Sapo, que desde já agradeço, teve para minha surpresa, a bondade de destacar no topo do meu blog) concretizaram-se e Deus sabe que depois de mudar de vida eu bem precisava de sentir alguma segurança (imaginária ou não), por isso venham de lá essas passas, os nossos desejos e o champanhe e vamos todos brindar a 2018!
Que este seja o melhor ano das nossas vidas! (até aqui é claro!) 😀
Tchau!
Travellight