Quando vocês pensam em Dublin qual é a primeira coisa que vos vem à cabeça? Aposto que é a cerveja Guinness ou o dia de St. Patrick? 😏
Confesso que para mim também era assim, mas ainda que muitas das atracções tenham efectivamente cariz alcoólico e que o risco de acabar com uma tremenda ressaca seja grande, descobri, desde que visitei a cidade, que há muito mais para conhecer e explorar em Dublin.
Ao contrário de Londres ou Nova Iorque, esta é uma "pequena-grande" cidade. Aqui a população é jovem, as pessoas são mais calorosas e simpáticas e parecem realmente felizes e orgulhosas da sua cidade e do seu país, não é à toa que os Irlandeses são por vezes apelidados de “os latinos do norte da Europa”. 😊
Dublin está repleta de história, de bons sitios para comer e beber e de locais interessantes para visitar. Por isso deixo aqui a minha lista de atracções a não perder nesta fantástica cidade:
1- St. Stephen's Green
O jardim St. Stephen's Green é um santuário no centro da agitação de Dublin que vale bem a pena explorar. Está cheio de incríveis cantos e recantos. Tem um grande lago com patos e outras aves aquáticas e é um belo sitio para fazer um piquenique. Uma área do jardim é dedicada aos invisuais e tem plantas aromáticas e rótulos em Braille.
2. Church of Our Lady of Mount Carmel
Esta é só para românticos! Alguém aí sabia que São Valentim, o santo padroeiro do amor e dos namorados está enterrado em Dublin? Pois é, os restos mortais de São Valentim estão na Igreja Carmelita situada em Whitefriar Street. A igreja não é nada de especial mas se viajarem com o vosso "mais que tudo" e quiserem fazer algo de romântico podem sempre ir lá acender uma vela no altar dedicado ao santo e fazer juras de amor ou renovar votos de casamento pedindo a protecção do santo para a vossa relação, só não posso prometer que resulte ok? 😜
3 - Trinity College
Esta universidade fundada em 1592 é um lugar especial. Aqui podemos visitar (mediante o pagamento de uma entrada de 10 Euros) a sua bela biblioteca. É um lugar lindo, com tectos altos abobadados em madeira, 200.000 dos livros mais antigos do mundo - incluindo o livro de Kells um dos mais antigos conhecidos - e claro, um dos tesouros mais importantes da Irlanda: Uma harpa do século XV, o emblema do País.
4. O Liffey
O rio Liffey atravessa Dublin e é cruzado por diferentes pontes, cada uma com um estilo diferente. É muito agradável caminhar ao lado do rio, tirar fotos ou fazer um passeio de barco. Os cruzeiros no rio duram cerca de 45 minutos e tem um guia que nos explica a história de Dublin desde a chegada dos Vikings até aos tempos modernos.
5. Guinness Brewery
Ir a Dublin e não visitar a Guinness Brewery é, como se costuma dizer, ir a Roma e não ver o papa 😃.
A cervejeira oferece uma visita guiada que nos permite descobrir a história da marca irlandesa favorita em todo o mundo, ver como é fabricada a icónica stout preta e ainda provar algumas das suas variantes.
No 1837 Bar e Brasserie e no Arthur's Bar podemos experimentar alguns pratos inspirados na Guinness e, em seguida, visitar o Gravity Bar e desfrutar de um pint de Guinness (incluido no preço da visita), enquanto apreciamos as vistas de 360 graus de Dublin.
6. Cocktail Club Vintage (VCC)
Este bar fica no Beco Crown na zona de Temple Bar mas para quem não conhece pode passar completamente despercebido, só conseguimos entrar com reserva e quando chegamos temos de tocar à campainha. Quando nos abrem a porta e subimos somos levados para um espaço confortável, com ambiente intimista onde servem-se incríveis cocktails. Para fazer reserva tem de enviar e-mail ou telefonar. T: (01) 675 3547 | E: book@vccdublin.com
7. Jameson
Se apreciam um bom whisky, não podem deixar de fazer uma visita guiada à destilaria Jameson. Durante a visita são explicados os processos de destilação, a moagem e a maturação da bebida. No fim é feita uma degustação de whisky que ensina os menos versados nestas áreas a diferenciar a qualidade da bebida Irlandesa frente à escocesa e americana.
8.Grafton Street
Grafton Street pode ser uma das mais caras ruas para fazer compras em Dublin, mas é também uma das mais animadas. Esta rua é um palco privilegiado para artistas de rua. Em Grafton podemos ver violinistas, bandas irlandesas e homens-estátua.
9. Catedral de St. Patrick’s
A catedral foi construída em 1191 e é a maior igreja na Irlanda. Lá dentro podemos encontrar belíssimos vitrais.
10. Temple Bar
A área de Temple Bar, situada na margem sul do rio Liffey, preservou a sua planta medieval, com muitas ruas estreitas e empedradas e é o lugar ideal para jantar e beber um copo à noite. Há restaurantes e pubs animados com música ao vivo e outros mais tranquilos como o restaurante Rustic Stone que combina o moderno com o rústico irlandês e tem boa comida preparada com produtos locais e sazonais.
11. McDaids
Este famoso pub já foi uma morgue, uma capela e é também o pub mencionado na abertura do conto de James Joyce 'Grace' . Este era o lugar favorito do poeta irlandês e de outros grandes escritores e dramaturgos Irlandeses. No McDaids podemos ouvir jazz e blues e encontrar uma atmosfera relaxada, autentica e cheia de história.
12. Dublinia
Este museu/exposição permite-nos descobrir como era Dublin no tempo dos Vikings e na era medieval. É uma atracção divertida para ir com crianças porque elas podem pegar em objectos, como espadas e armaduras, tocar nos personagens e vestir as suas roupas.
Espero que tenham gostado e que possam visitar Dublin em breve 😃
Eu com a Molly Molone, uma figura emblemática da cidade de Dublin 😃
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Tirei esta foto em São Petersburgo, Russia durante as celebrações das Noites Brancas.
A cidade não dorme durante estes dias em que o sol (quase) não se põe.
Eventos culturais ocorrem por toda a parte e anjos percorrem as ruas...
Anjo És
Almeida Garrett, in 'Folhas Caídas'
Anjo és tu, que esse poder Jamais o teve mulher, Jamais o há-de ter em mim. Anjo és, que me domina Teu ser o meu ser sem fim; Minha razão insolente Ao teu capricho se inclina, E minha alma forte, ardente, Que nenhum jugo respeita, Covardemente sujeita Anda humilde a teu poder. Anjo és tu, não és mulher.
Anjo és. Mas que anjo és tu? Em tua fronte anuviada Não vejo a c'roa nevada Das alvas rosas do céu. Em teu seio ardente e nu Não vejo ondear o véu Com que o sôfrego pudor Vela os mistérios d'amor. Teus olhos têm negra a cor, Cor de noite sem estrela; A chama é vivaz e é bela, Mas luz não têm. - Que anjo és tu? Em nome de quem vieste? Paz ou guerra me trouxeste De Jeová ou Belzebu?
Não respondes - e em teus braços Com frenéticos abraços Me tens apertado, estreito!... Isto que me cai no peito Que foi?... - Lágrima? - Escaldou-me... Queima, abrasa, ulcera... Dou-me, Dou-me a ti, anjo maldito, Que este ardor que me devora É já fogo de precito, Fogo eterno, que em má hora Trouxeste de lá... De donde? Em que mistérios se esconde Teu fatal, estranho ser! Anjo és tu ou és mulher?
Quem aí adora o Alentejo? E Évora? Ok, é como eu pensava, já estou a ver muitas mãos no ar! 😃
Prestem então atenção a este post.
Hoje vou levar-vos até um dos meus hotéis favoritos de Portugal - O Convento do Espinheiro Hotel & Spa
Situado no cimo de uma colina nos arredores da histórica cidade de Évora, o hotel de 5 estrelas Convento do Espinheiro, é o local perfeito para ficar durante uma escapadinha de fim de semana a dois.
É ideal para apreciar as atracções culturais de Évora, os vinhos e a gastronomia local e, ao mesmo tempo, explorar um lugar belíssimo e cheio de história.
O Hotel informa quem não sabe que "Desde o século XV reis, rainhas, princesas e fidalgos elegeram o Convento do Espinheiro como o seu local favorito para retiro espiritual ou, simplesmente, para desfrutar dos magníficos espaços da antiga hospedaria dos frades Jerónimos.
As Cortes de D. João II de 1481 tornaram estes místicos recantos conventuais no palco perfeito de encontro dos representantes do reino onde pela primeira vez se afirmou o papel político do rei e se alicerçou o conceito da centralização política e administrativa do estado moderno em Portugal.
São inúmeras as lendas, os milagres e as «estórias» deste mosteiro em que tropeçamos a cada passo. Tudo nos fala ao íntimo de nós próprios. Até a retorcida oliveira milenar que, apesar dos seus 1098 anos de idade, ainda dá azeitonas de onde se extrai um excepcional azeite extra virgem."
Tal como o nome indica, o Convento do Espinheiro foi em tempos um convento e no seu interior ainda hoje encontramos uma belíssima capela do séc XV decorada com lindos frescos e azulejos pintados à mão.
Durante o dia, a capela, que ainda hoje é utilizada para casamentos e missa (uma vez por mês), tem uma iluminação natural maravilhosa.
À noite é ainda mais especial. Se pararmos para uma visita vamos sentir-nos transportados para outro tempo pela música ambiente que ecoa por entre as suas belas paredes.
Mesmo longe da capela há uma verdadeira sensação de calma aqui. Na área dos claustros, por exemplo, podemos sentar-nos e relaxar com uma bebida enquanto apreciamos o fim da tarde.
Os quartos são confortáveis e bem decorados, variando entre o moderno e o mais tradicional.Eu fiquei num quarto tradicional, com terraço, mobilada num estilo mais clássico, convenientemente posicionada no coração do hotel, perto do restaurante e do bar.
A casa de banho é grande e bem equipados com uma variedade de produtos de higiene pessoal e um excelente chuveiro.
O restaurante Divinus, serve comida deliciosa e tem um serviço atencioso. Tem uma atmosfera íntima e privada criada pelos tectos abobadados e arcos em pedra que nos recordam que um dia aquele local já foi um convento..
Mas se o jantar é uma delícia, o pequeno almoço é um verdadeiro espectáculo, há um pouco de tudo: waffles, panquecas, ovos, bacon, frutas frescas, uma selecção de pães, bolos e pastéis de nata - de perder a cabeça e esquecer totalmente a dieta, mas também no Alentejo quem é que quer fazer dieta não é? 😜
O hotel tem um spa que oferece uma gama alargada de tratamentos, uma relaxante piscina interior e ginásio Há também jardins e uma piscina exterior com um animado bar de cocktails.
No edifício principal existe igualmente uma moderna adega e bar abastecido com bons vinhos da região do Alentejo, onde se realizam degustações semanais.
Em suma, este hotel tem tudo para um fantástico fim de semana, ou umas férias mais alargadas.
Hoje vou falar-vos sobre um local em Paris que adoro e que nunca me canso de visitar, um dos meus museus preferidos - O Museu Rodin.
O Museu Rodin é um oásis inesperado de calma e beleza artística no centro da movimentada Paris. Apesar de toda a sua dimensão, é um museu que nunca perde a atmosfera intimista.
Há tantas galerias e museus em Paris que os mais pequenos podem ser esquecidos ou ofuscados pelos maiores e mais famosos, como o Louvre ou o Musée d'Orsay. No entanto, se vocês são fans de escultura, o Museu Rodin é incontornável. Por isso não me canso de o visitar e de o recomendar a amigos que vão a Paris.
Mesmo quem não sabe nada sobre escultura fica maravilhado com as belas obras de arte e com a paz e a tranquilidade que se respira nos seus jardins.
O museu contém 6.000 esculturas e mais de 7.000 obras em papel. algumas obras são exibidas no interior do edifício e outras são exibidas pelos jardins. Visitar é um prazer. Podemos ir ao nosso próprio ritmo sem sentir que estamos no caminho de alguém.
Este museu e as suas obras "mexem" comigo.
Arte para mim é emoção, e Auguste Rodin era um mestre a transmitir emoções, a mostrar a alma humana naquilo que tem de bom e naquilo que tem mau.
Considerado por muitos como um dos escultores mais talentosos de sempre e pai da escultura moderna, Rodin modelava como poucos, representando o corpo humano com bastante realismo e individualidade.
Como aconteceu com tantos génios, durante a sua vida, Rodin viu muitas de suas esculturas mais notáveis serem duramente criticadas mas ele trabalhava com tal intensidade que conseguia comunicar com as suas obras um leque imenso de emoções humanas.
Sua crença de que nada faz a arte mais comovente do que uma representação do sofrimento é clara em alguns de seus trabalhos.
A obra “Os Portões do Inferno” retrata pessoas em tormento.
“O Pensador” desperta-nos a curiosidade - os músculos das costas parecem tensos, a sua testa está franzida - em que pensará ele? o que vai na sua alma?
O “Beijo”, - é uma verdadeira homenagem ao amor - mostra toda a sensualidade e paixão dos enamorados.
A título de curiosidade partilho convosco que a versão exposta em Paris é anatomicamente correcta, ao contrario da versão que está em Londres onde o órgão sexual masculino foi “amputado” (sempre que lá vou não resisto a espreitar 😜)
Uma das suas obras que mais admiro é “La Danaide”.
Na mitologia Grega, as filhas de Danao, as Danaides, foram obrigadas a encher repetidamente um barril sem fundo com água como punição por matar os seus maridos na noite do casamento.
Em vez de representar a Danaide com o barril, como na iconografia convencional, Rodin construiu uma bonita e sensual "paisagem" feminina, destacando a curva das costas e o pescoço para mostrar o desespero de Danaide quando percebe a inutilidade e o absurdo de sua tarefa. Exausta, ela chora enquanto descansa a cabeça no braço. O seu cabelo flui e funde-se com a água do seu vaso virado.
A peça foi esculpida por Jean Escoula, segundo modelo de August Rodin e é uma escultura belíssima.
Este Museu, que nos jardins tem também um restaurante /café muito agradável, é um dos locais favoritos para lançamento de produtos de marcas de luxo como a Christian Dior e a Guerlain.
Se forem a Paris não deixem de visitar (ou re-visitar) 😊
O Porto Flip é um cocktail clássico criado no final do século XIX, nas tabernas da América do Norte, numa altura em que se verificava um decréscimo no consumo de vinho do Porto que estava a ser preterido por destilados como o conhaque ou o whisky escocês.
Ingredientes:
45 ml Vinho do Porto
15 ml de Brandy
1 Gema de ovo
1 Colher de chá de açúcar (opcional)
1 Pitada de noz-moscada
Preparação:
Deitar a gema de ovo, o brandy, o vinho do Porto e o açúcar num shaker e juntar gelo.
Agitar vigorosamente e coar para um copo de cocktail.
Considerada uma das 7 maravilhas do mundo, a Grande Muralha da China não precisa de muitas apresentações para ser reconhecida. Uma imagem basta para que pessoas de todo o mundo a identifiquem.
Fotos: Travellight e H. Borges
Tem centenas de anos e é um exemplo incrível de arquitetura militar. Foi construída para impedir a entrada de invasores na China e por isso estende-se por milhares de quilómetros.
Ao contrário da crença popular, a Grande Muralha não é uma obra individual, mas antes um conjunto de vários muros, construídos por secções. As secções mais bem preservadas e extensas foram erguidas durante a dinastia Ming (1368–1644) e estendem-se por quase todo o interior da China. A construção procurou respeitar as características naturais do terreno, parecendo quase uma serpente que se move por vales e colinas.
Nas secções mais bem preservadas conseguimos ver e explorar elementos militares como torres de vigia, fortalezas, quartéis e ameias, onde as tropas chinesas se reuniam quando os invasores se aproximavam.
Protegeu o Império Chinês durante muitos séculos, mas quando começou a ser erguida, o Império Qin não corria qualquer perigo efetivo, daí que a ideia da muralha parece ter nascido da obsessão do Imperador Shi Huang Di pela segurança e da sua paixão por grandes projetos.
Podem ter existido também razões mais pragmáticas: a construção da muralha dava emprego aos milhares de soldados que, depois do fim da guerra entre estados e da formação do império, tinham ficado sem trabalho. Primeiro participariam na sua construção e depois da muralha terminada, seriam colocados em toda a sua extensão. Shi Huang Di assegurava-se dessa forma que grande parte do exército era mantida bem longe da capital. Foi um trabalho árduo e muitos homens pagaram um preço alto para concluir a obra. Para além dos soldados, trabalharam na muralha prisioneiros condenados a trabalhos forçados, camponeses e inimigos do Imperador. Estima-se que 400.000 pessoas morreram durante o processo de construção, um número assustador e chocante…
A Grande Muralha da China é cercada por lendas e mitos. A mais famosa de todas fala de uma mulher chamada Meng Jiang Nü que, ao descobrir que o seu amor tinha morrido na construção e enterrado nas suas fundações, chorou tanto que parte da muralha cedeu e devolveu à mulher os ossos do seu marido.
O tempo não foi gentil com esta maravilha arqueológica. Erosão, terramotos e até vandalismo cobraram o seu preço, especialmente nas secções mais antigas.
Hoje é difícil de acreditar, mas uma das razões pelas quais partes da Grande Muralha começaram a desmoronar, deve-se a uma carta do governo, emitida por Mao Zedong na década de 1950, onde o líder comunista incentivava os agricultores a derrubar partes da Muralha e a usar as pedras para construir as suas casas. Estima-se que muitos quilómetros de muralha tenham sido perdidos e que apenas uma pequena percentagem esteja atualmente em boas condições. De lá para cá, no entanto, principalmente desde a década de 1980, o governo chinês tem implementado várias campanhas de restauração e preservação deste património mundial da UNESCO, visto agora como um grande símbolo da China.
As secções principais da Muralha são atualmente Mutianyu, que possui lindos cenários naturais; Shanhaiguan, conhecida pelos seus magníficos portões e por ser perto da cidade de Qinhuangdao; Jinshanling, que deslumbra o visitante com as suas maravilhosas trilhas e vistas impressionantes e Badaling — a secção mais visitada da Grande Muralha da China.
Quando tive de decidir a secção a visitar optei por Mutianyu por ser uma das mais bem preservadas, ter mais torres de vigia e (supostamente) atrair menos visitantes. A escolha revelou-se correta pois acabei por fazer uma passeio relaxado, longe das multidões de turistas que todos os dias “invadem” a Muralha.
A obra em si impressiona — é como um dragão sinuoso que representa a força e a longevidade da civilização chinesa.
Mutianyu fica a cerca de 65 km do centro de Pequim e é fácil chegar até lá de transportes públicos ou de táxi. Além disso é equipada com um teleférico que torna confortável a visita a pessoas que tenham problemas de mobilidade, idosos ou crianças pequenas.
Para descer podemos optar por apanhar o teleférico ou vir num tobogã. Quem opta por ir a pé leva cerca de uma hora, sempre a subir, para ir do estacionamento no sopé da montanha até à Grande Muralha.
Na parte de baixo da Muralha existe uma pequena vila cheia de lojinhas de lembranças e outros espaços próprios de um lugar turístico.
A maior parte dos visitantes da muralha são turistas que vem de outras partes da China e que preferem ir de autocarro até esta atração, por isso se formos cedo e de táxi conseguimos escapar às verdadeiras multidões.
Eu cheguei às 08:00 da manhã, assim que abriu. E foi fantástico porque não havia quase ninguém. Durante uma hora e meia pude explorar e apreciar a grandiosidade do local em paz e fotografar à minha vontade. As vistas das torres de vigia são maravilhosas e num dia claro consegue-se ver até os desertos da Mongólia.
Valeu a pena madrugar porque quando a manhã avançou o lugar encheu-se (muito rapidamente) de centenas e centenas de pessoas.
Devo referir ainda que a visita não vale só pela muralha — o cenário natural circundante é igualmente de tirar o fôlego!
Há montanhas verdejantes de ambos os lados que variam de cor conforme a época do ano. Eu visitei no final do verão, inicio do outono e a maioria das árvores ainda mantinha a folhagem verde, mas em algumas já se notavam bonitos tons de vermelho e amarelo. Disseram-me que no inverno ficam cobertas de neve e na primavera de flores, o que também deve ser lindo de ver.
Deixei a muralha convencida de que tinha caminhado num pedaço da História: um lugar belo e imponente, onde lendas, mitos e lágrimas se confundem com pedras e argamassa.
Se são fãs de Laura Croft e viram o primeiro filme Tomb Raider, interpretado por Angelina Jolie, são capazes de reconhecer o lugar de que vos vou falar hoje - Ta Prohm.
Ta Prohm - um dos lugares mais inacreditáveis que já visitei na vida - é o nome de um dos templos de Angkor, na Província de Siem Reap, no Cambodja.
Construído no final do século XII e início do século XIII Ta Prohm está localizado aproximadamente um quilometro a leste de Angkor Thom, antiga capital do Império Khmer e, diferentemente da maioria dos templos de Angkor, foi deixado, na sua maior parte, no mesmo estado em que foi encontrado.
A decisão de manter o templo como estava foi sábia porque, de outro modo, não seria possível reproduzir a atmosfera mágica criada pelas árvores que crescem a partir das ruínas e da selva envolvente e que transformam este lugar num sitio único e incrivelmente fotogénico.
Os templos cobertos de raízes mostram exactamente o que a mãe natureza pode fazer quando assume o controle.
Explicaram-me que as raízes das árvores fixaram-se ao arenito poroso das paredes, extraindo a água das chuvas que ficava retida nas próprias pedras, e ao longo do tempo foram crescendo, lentamente esmagando os edifícios ao mesmo tempo que os seguravam e transformavam.
É um prazer explorar este lugar cheio de recantos e formas especiais - formas naturais e formas esculpidas, já que os edifícios que compõe o templo estão cheios de interessantes gravuras.
Aqui temos a sensação de estar perante uma grande, original e inovadora obra arquitectónica, assinada em conjunto por dois fantásticos arquitectos: a natureza e o homem 😊.
Em Ta Prohm existem obras continuas de restauração que se traduzem principalmente por reparos que visam impedir uma maior deterioração dos edifícios, mas muitos deles já foram completamente tomados pelas árvores, e agora é difícil parar o seu crescimento.
A minha máquina fotográfica infelizmente não é profissional por isso as imagens não conseguem transmitir a beleza e a luz mágica deste local mas pelo menos ficam com uma ideia.
Alguma vez estiveram numa exposição ou num museu de arte 3D?
Este tipo de museus são comuns nos países asiáticos, mas em Portugal não tenho conhecimento de nenhum, apesar de saber que houve uma exposição deste género há uns anos, se não me falha a memória no Porto, mas na altura não tive oportunidade de visitar.
Por isso resolvi fazê-lo quando estava em Manila, nas Filipinas, porque o museu Art in Island é anunciado como sendo o maior museu 3D do mundo e eu achei que não custava nada passar por lá!
Quem tem lido os meus posts já percebeu que tenho um lado muito criança e um museu como este leva-me directamente e sem quaisquer desvios para os meus 8 anos de idade 😀
O Art in Island tem mais de 200 murais incluindo a reprodução de obras de mestres da pintura, animais, paisagens naturais, etc, etc quase tudo em 3D. Estas obras dão a ilusão de profundidade quando são vistas de um determinado ângulo, e estão pensadas para servir como cenários para fotografias surreais.
Tudo no museu gira à volta da interacção das pessoas com as obras de arte, e na verdade é isso que torna este espaço especial, ver crianças e adultos a comportarem-se como se tivessem todos a mesma idade, a fazer poses malucas e caretas estranhas e a rirem-se que nem uns perdidos com a figura de uns e outros.
Num lugar destes a diversão é garantida, espero que uma nova exposição destas volte a Portugal porque gostaria muito de repetir a experiência 😀
O Kir Royal é um cocktail de origem francesa famoso em todo o mundo.
Conta-se que esta bebida foi criada por Kir, um padre francês, herói da Segunda Guerra mundial que mais tarde tornou-se presidente da câmara da cidade de Dijon.
Kir criou a bebida, originalmente chamada de Blanc-Cassis, com o intuito de valorizar 2 produtos locais que sustentavam a pequena economia da região: o vinho branco local, feito da uva Aligoté, e o cremè de Cassis, feito da fruta. A bebida começou por ser servida em jantares preparados para delegações estrangeiras e comitivas políticas e depressa ganhou fama.
Com o tempo o vinho foi substituído por Champagne, o cremè por Licor de Cassis, e foi adicionada uma cereja, transformando a bebida no Kir Royal que conhecemos hoje.
Ingredientes 1 dose de licor de cassis Champagne
Preparação Coloque o licor de cassis numa taça alta (flute) e complete com o champagne.
Desde que li "Viagem ao Centro da Terra" de Jules Verne quando tinha 8 anos de idade que sou fascinada por grutas.
Por isso na minha lista de locais a visitar estão as grutas de Hang Son Doong no Vietname.
Estas cavernas são consideradas das mais bonitas do mundo.
Foto Alamy
Foto Alamy
São tão grandes que têm o seu próprio sistema climático. Dizem que no ponto mais alto das cavernas pode caber um edificio de 40 andares. Entrar lá é como visitar um novo mundo.
Apenas 500 visitantes são permitidos nas cavernas por ano, e os lucros são canalizados para iniciativas locais e de protecção ao ambiente.
Oxalis, uma empresa de turismo de aventura vietnamita, é a única operadora que oferece viagens para estas cavernas e a lista de espera para visita-las já é de dois anos!
Não vai ser tão cedo que vou conseguir lá ir, por hora tenho que me contentar com as grutas de Mira de Aire que por sinal também são lindas😊
Recentemente passei um fim de semana na cidade Sueca de Malmö.
Malmö é a terceira maior cidade da Suécia e fica apenas a cerca de 35 minutos de Copenhaga. A partir da capital Dinamarquesa pode-se chegar lá facilmente de comboio.
Apesar de pequena, a cidade é encantadora, tem bastante vida e as suas praças estão cheias de agradáveis restaurantes e cafés.
Malmö fez parte, até meados do século XVII, da Dinamarca, por isso, grande parte da arquitectura da cidade mostra uma forte influência dinamarquesa.
É uma cidade fácil de visitar. A maioria das atracções turísticas da cidade estão a uma curta caminhada da estação ferroviária.
De entre as atracções que vale a pena ver está o Castelo.
Construído pelos dinamarqueses em 1530, o Castelo de Malmö já foi uma fortaleza, uma residência real e, até 1937, foi uma prisão.
Hoje funciona como museu e é o lugar ideal para descobrir a história de Malmö desde a idade da pedra até à actualidade.
O museu possui também uma bonita colecção de arte sueca e uma colecção de história natural com peixes vivos e répteis.
Outro ponto de interesse na cidade é o Museu Marítimo e Tecnológico que tem em exposição, entre outras coisas, um submarino U3 da época da Segunda Guerra Mundial, um caça Saab, carros históricos, caminhões e motocicletas.
A Praça Lilla Torg é um dos sítios mais agradáveis da cidade e está repleta de restaurantes e esplanadas.
Esta praça é datada do Séc. XVI e ainda tem edifícios da época que a embelezam e a tornam mais especial.
Na parte moderna de Malmö, encontramos o “Turning Torso” arranha-céus futurista projectado pelo arquitecto espanhol Santiago Calatrava considerado o edifício mais alto da Escandinávia, e o mais alto edifício residencial da União Europeia.
Na cidade também podemos fazer passeios de barco (os passeios custam 15 euros por pessoa).
O barco leva-nos ao longo dos canais e pontes da cidade enquanto um guia explica-nos mais sobre a história, monumentos e personalidades importantes de Malmö.
O passeio dura cerca de uma hora e permite ver a cidade de outra perspectiva.
No local de inicio do passeio existe uma pastelaria que serve entre outras coisas, bolos e panquecas com chantilly e doce. Eles convidam-nos a montar a nossa própria cesta de piquenique para comer durante o passeio turístico 😋 .
Gostei muito do fim de semana que passei aqui. A cidade tem uma atmosfera tranquila e relaxada que apreciei muito.