Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

The Travellight World

Inspiração, informação e Dicas de Viagem

The Travellight World

Inspiração, informação e Dicas de Viagem

Qui | 30.11.17

Chá de Maçã com mel e especiarias

apple-cinnamon-tea-50202275.jpg

Quem não adora uma boa chávena de chá? No inverno principalmente, é tão agradável e reconfortante...

Partilho hoje, por isso, a receita de um chá que experimentei pela primeira vez na Turquia e que rapidamente se tornou num dos meus preferidos: Chá de maçã com mel e especiarias.

INGREDIENTES

* 1 maçã

* 2 cravinhos

* 1 anis estrelado

*  canela 

*  mel 

 

PREPARAÇÃO

1. Descasque a maçã, retire as sementes e corte-a em pedaços pequenos. Coloque as cascas da maçã e a polpa numa panela, junte água, os cravinhos, o anis e a canela. Depois de levantar fervura, deixe mais uns 5 a 8 minutos em lume brando.

2. Retire a mistura do fogo, passe por um coador e coloque numa chávena, junte uma colher de mel e mexa. beba quente.

 
Qua | 29.11.17

ERA UMA VEZ EM FLORENÇA...

Olá amigos viajantes,

 

Hoje trago-vos algo um pouco diferente 😉

 

Há uns tempos o João Freitas Farinha publicou um post com 3 fotos que tirou em Florença e desafiou os seus leitores a escreverem um conto inspirado nos animais que apareciam nas suas fotografias.

 

Eu respondi ao desafio e agora resolvi partilhar convosco o resultado, mas desta vez ilustrado por desenhos.

Se quiserem (re)ver as fotos maravilhosas do João e conhecer os animais reais que inspiraram esta pequena história vejam aqui

 

 

Era uma vez em Florença...

FullSizeRender (9).jpg

  

Zitto, o gato, olhava pachorrento para a bela Florença enquanto o sol se punha e mergulhava a cidade na penumbra. O dia tinha sido longo, como eram todos os seus dias.

 

fullsizeoutput_1ee2.jpeg

 

Não era fácil a vida de um gato de rua, mas ele não se queixava...

 

fullsizeoutput_1efa.jpeg

 

A comida nem sempre era certa mas os turistas que enchiam Florença ajudavam muito. Era só aproximar-se de uma das esplanadas à hora das refeições, fazer aquele olhar doce - que ele tinha bem treinado - dar uma pequena turrinha na perna de uma turista desavisada e pronto! Começavam os ahhhh e os ohhhh, e a a comida a cair à sua volta 😺.

 

florença bd 1.jpg

 

Zitto gostava de viver na cidade. Tinha aqui os seus amigos, o mais improvável dos quais era o cavalo Victorio.


Tinham-se conhecido era Zitto ainda um gatinho.

 

fullsizeoutput_1edc.jpeg

 

Na verdade Victorio salvara a sua vida…

 

Ele e os seus irmãos tinham sido retirados à sua mãe, por uma alma cruel, e deixados fechados dentro de um saco para morrer.


Victorio, o cavalo que, todos os dias orgulhosamente percorria a cidade com uma bonita carruagem, ouviu numa das paragens que fazia para descansar, o fraco miado dos pequenos.

 

fullsizeoutput_1ee1.jpeg

 

Curioso aproximou-se e tentou perceber de onde vinha o som. Logo descobriu o saco escondido a um canto escuro de um beco sujo.

 

fullsizeoutput_1f00.jpeg

 

Agarrou nele e entregou-o a Benito, o condutor da carruagem, relinchando e batendo com as patas no chão para explicar a urgência da situação.

 

Benito era um bom homem e um grande amigo dos animais a quem tratava com respeito. Rapidamente abriu o saco e deparou-se com o horror de 4 gatinhos mortos...

 

Da ninhada só um tinha sobrevivido - Zitto.

 

florença bd 2.jpg

 

A filha de Benito cuidou bem do gatinho e ele recuperou. Passado um tempo já corria e brincava com tudo o que mexia, principalmente com Victorio, que o apadrinhou e o deixava trepar pelas suas pernas para ele poder dormir em cima do seu dorso.

 

florença bd 4.jpgflorença bd 3.jpg

 

Tinha Zitto um ano quando Benito morreu e a sua filha teve de vender Victorio e imigrar. O gato foi parar à rua mas a amizade com o cavalo manteve-se forte e todos os dias encontravam-se para trocar histórias.

 

fullsizeoutput_1f07.jpeg

 

Enquanto Victorio comia e posava para as fotos dos turistas, como aquele Português simpático, chamado João, que tentava apanhar o seu melhor ângulo, Zitto contava-lhe como tinha arreliado Rocco, um cão desconfiado e psicótico que pertencia a uma Inglesa recém chegada a Florença.

 

fullsizeoutput_1ef0.jpeg

 

O pobre cão ainda não se tinha adaptado à vida em Itália e achava os locais demasiado intrusivos, sempre a tentar fazer-lhe festas e a falar muito alto. Era um inferno, não havia respeito! E depois, como se tudo isso não bastasse, ainda tinha Zitto a atazanar-lhe a vida.

 

fullsizeoutput_1f04.jpeg

 

 

Todos os dias, depois da sesta da manhã, o gato ficava à espera da hora em que a Inglesa ia tomar o pequeno almoço no café em frente a sua casa para irritar Rocco que tinha de ficar à porta do estabelecimento. Era a sua diversão preferida! Era hilário ver como o cachorro perdia a cabeça e chamava pela dona 😸.

 

fullsizeoutput_1eec.jpeg

 

florença bd 6.jpg

 

Victorio repreendia-o mas no fundo sabia que ele não fazia por mal, apenas queria brincar um pouco com aquele cão mimado. Algo no fundo do seu coração dizia-lhe que com o tempo, Rocco e Zitto se tornariam bons amigos 🐶💕😺 

 

fullsizeoutput_1f0c.jpeg

 

… E era assim que passavam os seus dias em Florença, um gato pachorrento, um cão desconfiado e um cavalo que gostava de posar para fotos.

 
 Travellight
 
 
Ter | 28.11.17

O MAR MORTO

fullsizeoutput_1ebd.jpeg

   Crédito de fotos: Travellight, H.Borges e R.J. River

 

Estava um calor desgraçado e eu tinha pressa de chegar. Fiz o check-in no Hotel e corri para a praia.

 

Ali estava ele, bem na minha frente, o grande Mar Morto!


Esse enorme lago, localizado entre a Jordânia e Israel, e que não desmente o seu nome - tirando os turistas - quase não há sinais de vida na água. É um dos lugares mais estéreis à face da Terra.

 

fullsizeoutput_1ebe.jpeg

 

No entanto é um sitio cheio de curiosidades:

 

A água, disseram-me, mantém a temperatura constante de 22 graus o ano todo.

 

A salinidade é dez vezes superior à dos oceanos o que dá à agua quase a consistência de um óleo.


Não te aconselham a ficar mais de 15 minutos dentro do Mar, e assim que entras percebes porquê. Por mais que seja divertido flutuar ali - sim, porque com tanto sal, tu não afundas de maneira nenhuma - a tua pele em pouco tempo começa a arder e maior é o azar se ainda por cima te lembrares de esfregar os olhos com as mãos molhadas daquela água. Eu tive esse infeliz reflexo e fiquei a chorar por mais de dez minutos. Mesmo passando por água doce, os olhos não paravam de arder e lacrimejar.

 

IMG_4102.JPG

 

Mas o Mar Morto não tem só sal. Na verdade ele está cheio de outros minerais, como magnésio, brometo e potássio que dão à sua lama preta propriedades terapêuticas e ajudam no tratamento de várias alergias, doenças de pele e dos ossos. Não é por acaso que as suas margens, tanto do lado da Jordânia como do lado de Israel estão cheias de hotéis e SPAS que oferecem aos seus hospedes todo o tipo de tratamentos.

 

Nas praias dos hotéis costuma haver enormes vasos cheios desta lama medicinal. As pessoas espalham aquilo no corpo e ficam todos a parecer figurantes do filme O Monstro da Lagoa Negra. 😜

 

IMGP6935.JPG

 

Eu também espalhei um pouco da lama no corpo antes de entrar no mar, mas devo admitir que o cheiro não era muito agradável (cheirava um pouco a enxofre) mas depois de me lavar, a pele ficou super macia 😊

 

Este é também o lugar mais baixo da Terra, situa-se 420 metros abaixo do nível do mar e está a desaparecer rapidamente.

 

Imagem de 28-11-17 às 03.40.jpg

 

Nos últimos cinquenta anos o Mar Morto perdeu cerca de 35% da sua superfície. Para contrariar esta tendência, Israel, Jordânia e Autoridade Palestiniana assinaram um acordo para construir um aqueduto que transferisse água do Mar Vermelho para o Mar Morto, mas é um projecto controverso porque segundo os ambientalistas isso vai alterar a composição química do Mar Morto que é completamente diferente da de outras massas de água.

 

A descida do nível das águas tem uma consequência inesperadamente agradável (ainda que pouco duradoura): revela belos tesouros que antes estavam escondidos.

 

Surgem novas “praias de sal” com formações rochosas impressionantes e maravilhosas.

O fotógrafo Israelita Noam Bedein, que conhece bem a região acompanha turistas e outros interessados num passeio de barco que desvenda ilhotas, grutas, “cogumelos”, “chaminés” e tantas outras belezas únicas todas compostas de sal. O passeio pode ser marcado aqui 

 

DEAD SEA.jpg

 

A parte trágica da história é que uma vez não cobertas pela água, estas magnificas formações secam sob o sol e, eventualmente, desmoronam e desaparecem ...

 

Se tem interesse em conhecer este Património da Humanidade não esperem muito mais tempo, é possível que em breve ele desapareça por completo!

 


COMO CHEGAR:

 

Uma vez que não está localizado perto de nenhuma cidade importante, podem achar complicado viajar para o Mar Morto  por isso deixo aqui algumas informações básicas:

 

1- Podem optar por visitar a região na Jordânia ou em Israel. Ambas as áreas são bonitas e tem muitos hotéis, mas a margem Israelita tem águas mais claras e mais formações de sal.

 

2- Em Israel as três principais áreas turísticas da região são Ein Bokek, Ein Gedi e Masada. Os táxis são caros mas há autocarros que saem de Tel Aviv, de Jerusalém e do Aeroporto Ben Gurion para a área do Mar Morto e que param nestes três pontos mas a maneira mais rápida e conveniente de viajar para o Mar Morto é de automóvel. Existem várias empresas de aluguer localizadas em todas as principais cidades de Israel, bem como no aeroporto de Ben Gurion.

 

Distâncias:

Tel Aviv - Mar Morto: 170km
Jerusalém - Mar Morto: 100 km
Aeroporto Ben Gurion - Mar Morto: 160 km

 

3- Do lado da Jordânia é possível fazer uma excursão de um dia a partir de Amã ou de Aqaba ou apanhar um táxi. O táxi pode custar o equivalente a 25 ou a 50 Euros conforme for um táxi da cidade ou um arranjado pelo hotel.


Muitos hotéis tem também autocarros próprios que por uma taxa levam os hospedes de Amã para o Mar Morto.

 

Tchau!

Travellight

 

 
Qui | 23.11.17

DESTINOS DE LUA DE MEL | BOM BOM ISLAND RESORT

fullsizeoutput_1e96.jpeg

  Créditos das imagens: Travellight e H.Borges 

 

“Iniciamos a nossa descida para a Ilha do Príncipe” disse em Inglês, com um sotaque Russo a única hospedeira de bordo do pequeno avião de 18 lugares que meia hora antes tinhamos apanhado em São Tomé.


Animada, espreitei pela janela e vi pela primeira vez aquela ilha que parecia saída do filme Jurassic Park.  Neblina, vulcões extintos e floresta exuberante. Não é à toa que o Príncipe foi eleito Reserva Mundial da Biosfera!

 

Saímos do avião e antes de entrarmos no minúsculo aeroporto tiraram-nos a temperatura para ter a certeza que não trazíamos a Malária para a ilha. O Príncipe tem feito um esforço grande (e tanto quanto sei, bem sucedido) para erradicar do território o mosquito que transmite a doença.

 

À nossa espera já estava o jipe que nos conduziu por uma estrada de terra através da floresta até um pequeno paraíso: o Bom Bom Island Resort.


O resort é composto por vários bungalows, espalhados ao longo de jardins cheios de palmeiras e de duas longas e belas praias desertas que se curvam uma para cada lado da península rochosa a partir da qual uma ponte de madeira leva a um ilhéu onde o resort tem o seu bar e restaurante.

 

fullsizeoutput_1e8e.jpeg

fullsizeoutput_1e92.jpeg

PA044120.JPG

 

Os bungalows são confortáveis, luminosos e decorados de forma simples mas com muito gosto. O resort tem Wi-Fi gratuito mas não funciona muito bem nos quartos.

 

bom bom 1 (1).jpg

 

O restaurante, talvez porque viajamos na época baixa, não tinha uma carta muito extensa. O menu de almoço e de jantar oferecia apenas duas opções, por isso a escolha não era muita mas os pratos eram bem apresentados e eram confeccionados com peixe fresco, frutas e vegetais locais por isso o sabor era óptimo.

 

PA044095 (2).JPG

PA044099.JPG

PA044102.JPG

PA044104.JPG

PA044128.JPG

 

Durante a noite a iluminação é muito fraca porque as luzes eléctricas são desligadas, o jantar é servido à luz de velas para não incomodar as espécies animais locais, por isso se estiver a chover ou o céu estiver nublado, e não houver lua ou estrelas no céu, atravessar a ponte de madeira é um pouco assustador pois só ouves o mar a bater ali em baixo e não consegues ver bem onde pões os pés. É verdade que no check in a recepção entrega junto com as chaves do bungalow, uma pequena lanterna, mas a luz é muito fraquinha.

 

PA044101.JPG

PA044168.JPG

O resort oferece room service para quem não quiser dirigir-se ao restaurante de noite.

 

Achei o buffet de pequeno-almoço bastante completo e saboroso.

 

bom bom 3.jpg

 

As duas praias são maravilhosas. Enormes, completamente desertas. O resort tem tão poucos quartos que tirando no restaurante, quase não te cruzas com ninguém. A água é quentinha e uma das praias tem ondulação suave e areia vulcânica tão fina, tão fina que parece aquela areia que usam nos tratamentos de SPA. A outra praia tem areia mais  dourada e a ondulação é um pouco mais forte mas o mar tem um bonito tom esverdeado.

 

fullsizeoutput_1e8f.jpeg

fullsizeoutput_1e95.jpeg

 

fullsizeoutput_1e91.jpeg

fullsizeoutput_1e92 (1).jpeg

 

O resort também tem uma bonita piscina, mas com um mar daqueles pela frente não tem muitos adeptos 😊

 

PA054212.JPG

 

Para aqueles que querem mais do que ficar a relaxar na praia ou na piscina, este resort é a base perfeita para explorar a ilha do Príncipe. Há muitas actividades disponíveis.

 

Destaco:
- As caminhadas pela florestas para observação de aves, anfíbios, repteis, plantas e outras espécies endémicas de São Tomé e Príncipe;
- A pesca, o mergulho e o snorkel
- As visitas a Santo António, capital do Príncipe, e a antigas roças.

 

PA054269.JPG

PA054239.JPG

 

De Dezembro a Março, pode também testemunhar-se a nidificação de tartarugas verdes na Praia Grande e de Julho a Setembro, pode observar-se as baleias que atravessam as águas do ilhéu Bom Bom para chegar às suas áreas de acasalamento.

 

Este resort não é uma opção muito barata de alojamento mas é um lugar que vale a pena conhecer e é com certeza um destino único para uma lua de mel 😊

 

Tchau!

Travellight

 
Qua | 22.11.17

CRUMBLE DE MANGA COM AVEIA

mango_crumble_2.jpg

 

O crumble nasceu e popularizou-se no Reino Unido. Foi uma receita inventada durante a Segunda Guerra Mundial devido à falta de ingredientes para as tartes tradicionais.

 

A versão mais conhecida é a de crumble de maçã, mas pode preparar-se crumble com muitas outras frutas como pêssego, amoras ou o meu preferido - manga.

 

Deixo-vos a receita em baixo:

 

INGREDIENTES
(para 5 pessoas)

* 1,200 kg de manga
* 200 g de açúcar
* 150 g de flocos de aveia
* 150 g de farinha
* 100 g de  manteiga
* 2 colheres (sopa) de farinha maizena
* 1 colher (sopa) de água
• 1 pitada de gengibre em pó


PREPARAÇÃO

1. Lave e descasque as mangas, tire o caroço, corte-as em cubos e deite-os para uma tigela. Junte 50 g do açúcar, a farinha maizena e o gengibre em pó, envolva suavemente e deite num pirex grande ou em vários pequenos.


2. Numa tigela, misture bem a farinha com o restante açúcar e a manteiga cortada em pedaços até ficar um género de areia grossa. Adicione depois os flocos de aveia e a água e envolva. 



3. Espalhe o preparado anterior por cima da mistura da manga e leve ao forno pré-aquecido a 180ºC durante cerca de 25 minutos ou até que fique bem dourado. Retire do forno, deixe arrefecer um pouco e sirva decorado a gosto. 



4. Se gostar, pode polvilhar com canela em pó.

 

Receita retirada daqui

 

 
Ter | 21.11.17

UMA VISITA AO MNAz

fullsizeoutput_1e77.jpeg

 

Instalado no mosteiro da Madre de Deus, o Museu Nacional do Azulejo (MNAz) é um dos mais interessantes e possivelmente um dos menos conhecidos dos museus Lisboetas. A sua singular colecção exibe azulejos que permitem um belo passeio através da história desta arte desde o século XV até aos dias actuais.

 

fullsizeoutput_1e47.jpeg

fullsizeoutput_1e6f.jpeg

fullsizeoutput_1e75.jpeg

 

Ao longo de várias salas, distribuídas por 3 pisos, podemos acompanhar a evolução dos processos de fabricação e de estilo do azulejo e visitar também exposições temporárias que transmitem uma perspectiva bem contemporânea e moderna desta arte secular.

 

MNAz 2.jpg

 

Aprendemos que o azulejo chegou a Portugal pelas mãos dos Mouros e que o seu nome deriva da palavra árabe que significa “pedra polida”. Podemos ver as técnicas utilizadas ao longo dos anos e participar de oficinas de modelação de cerâmica e/ou pintura de azulejo.

 

fullsizeoutput_1e36.jpeg

MNAz 1.jpg

fullsizeoutput_1e78.jpeg

 

Alguns dos painéis são maravilhosos, pintados à mão, cheios de detalhes e retratam cenas clássicas, mitológicas ou religiosas

 

Uma das peças de destaque do museu tem direito a um piso e sala própria. O painel “Grande Panorama de Lisboa”, atribuído a Gabriel del Barco e proveniente do antigo Palácio dos Condes de Tentúgal foi montado numa longa parede e é composto por 1.300 peças.

 

MNAz 2 (1).jpg

 

Foi feito em 1738 antes do Grande Terremoto em 1755 que mudou a paisagem de Lisboa por isso a sua observação, para quem gosta de história como eu, desperta muito mais curiosidade.😃


Mas o espaço mais incrível do MNAz é a bem conservada Igreja da Madre de Deus.

 

MNAz 6.jpg

MNAz 7.jpg

MNAz 8.jpg

 

fullsizeoutput_1e50.jpeg

 

A capela, parte do antigo mosteiro foi decorada em estilo barroco e tem uma opulência que te faz dizer “uau” assim que entras pelas suas portas.

 

A talha dourada, os painéis de azulejos, as figuras religiosas, as pinturas a óleo, os relicários. Tens tanto para ver e descobrir que é difícil saber para onde olhar.


Sentem-se uns minutos nos bancos e tentem admirar os detalhes. É uma capela absolutamente maravilhosa!

 

MNAz 5.jpg


Depois da visita ao museu podem comer ou descansar um pouco no café / restaurante do MNAz. O espaço é bastante agradável e tem um bonito jardim interior.

 

fullsizeoutput_1e7b.jpeg

MNAz 9.jpg

 

É um bom passeio para fazer no fim de semana. A entrada para adultos custa 5,00 €. Existe um desconto de 50% para idosos (+62 anos), estudantes e jovens.


Para mais informações sobre o horário e como chegar, por favor consultem o site do museu aqui 

 

Recomendo esta visita a todos que tenham curiosidade de saber um pouco mais sobre este símbolo emblemático da cultura Portuguesa: o Azulejo.

 

PB113390 (1).JPG

 

Tchau!
Travellight

 
Sex | 17.11.17

24 HORAS EM PARIS

fullsizeoutput_1df7.jpeg

  Fotos: Travellight e R.J. River

 

Paris é uma cidade onde não há falta do que ver ou fazer e onde não nos importamos de ficar sempre um pouco mais (eu pelo menos sou assim 😀).


Mas agora imaginem que apenas lá podem passar um dia. Que viajam a trabalho e tem pouco tempo ou que estão em transito para outro destino e querem aproveitar e fazer uma escala nesta cidade.

 

Como seria então um dia perfeito em Paris?

 

Para mim seria mais ou menos assim:

 

Acordem bem cedo e assistam ao nascer do sol no Sacré Coeur. Se o céu estiver limpo o amanhecer naquela catedral histórica da cidade é maravilhoso! 😊

 

IMG_6950.JPG

 

Desçam pela Rue de l'Abreuvoir. A vista voltada para o Sacré Coeur é considerada uma das mais bonitas e pitorescas da cidade.

 

fullsizeoutput_1e04.jpeg

 

Sigam depois pela Rue Girardon e depois pela Rue Lepic até chegar ao Boulevard de Clichy onde encontram o Moulin Rouge, o mais famoso cabaré de Paris, imortalizado pelas pinturas de Toulouse-Lautrec e pelo filme “Moulin Rouge”

 

fullsizeoutput_1dfc.jpeg

 

E falando em filmes, se gostaram d’ “O Fabuloso Destino de Amélie” podem parar para tomar o pequeno almoço no Café des 2 Moulins onde ele foi filmado. Vale a pena visitar o espaço nem que seja para provar o Crème Brûlée, sobremesa preferida da personagem. (Rue Lepic, 15).

 

IMG_6960.JPGparis 2.jpg

 

Apanhem depois o metro na estação Blanche e sigam para o Arco do Triunfo (estação Charles de Gaulle - Etoile), outro ícone de Paris. Continuem por uma das avenidas mais famosas do mundo, a Avenue des Champs-Élysées, onde encontramos algumas das lojas mais caras de Paris como a Louis Vuitton e a Ladurée, com os seus clássicos macarons (que agora também já temos em Lisboa 😋)

 

Se quiserem almoçar na zona dos Champs-Élysées, experimentem Le Drugstore. É localizado na Publicis Drugstore , que é um misto de livraria, café e padaria (Av. des Champs-Élysées, 133)

 

IMG_6970.JPG

 

Para algo mais requintado (e caro) optem pelo restaurante Le George (Avenue George V, 31).


Se não quiserem gastar muito podem ir ao Five Guys (Av. des Champs-Élysées, 49-51 Não tem nada de francês mas os hamburguers são bons e o serviço rápido e assim ficam com mais tempo para descobrir a cidade luz. 😃


Depois do almoço voltem a apanhar o metro e saiam em Trocadéro a estação mais próxima da Torre Eiffel. É impossível visitar Paris e não ver o seu maior símbolo certo?

 

IMG_6956 (1).JPG

 

Depois das fotos da praxe caminhem até à Ponte Alexandre III, uma das pontes mais bonitas e românticas da cidade. (o percurso leva cerca de 20 minutos).

 

fullsizeoutput_1dfd.jpeg

fullsizeoutput_1dfe.jpeg

fullsizeoutput_1e00.jpeg

 

Depois de ver a Ponte Alexandre III, podem continuar até à Place de la Concorde, uma das praças Parisienses mais famosas e palco de importantes acontecimentos da história da França. Ao lado, está o Jardin des Tuileries, onde podem descansar as pernas e comer um gelado ou se estiver frio, tomar um vinho quente que se vende nos quiosques.

 

IMG_6975.JPG

 

Sigam para o Museu do Louvre. Comprem antecipadamente os bilhetes on-line para evitar as filas. O museu é muito grande por isso, se tiverem o tempo contado, decidam antecipadamente que secções querem ver e mesmo assim contem no mínimo com duas horas. 

 

fullsizeoutput_1df6.jpegparis3.jpg

fullsizeoutput_1d23.jpeg

 

Finalizada a visita ao Museu do Louvre, sigam pela Rue de Rivoli para chegar até à Place Vendôme e de lá, andem pela Rue de la Paix por cinco minutos até chegarem à bela Ópera Garnier.

 

 

IMG_6978.JPG

fullsizeoutput_1e02.jpeg

paris 4.jpg

 

Logo atrás, ficam as Galeries Lafayette. Entrem e admirem o seu interior, principalmente a cúpula de vidro. Se forem em Novembro ou Dezembro com certeza vão ficar encantados com as decorações e com a incrível árvore de Natal que todos os anos muda (a deste ano já foi montada!).

 

IMG_6984.JPG 

Sugiro jantarem na Galeria Lafayette Gourmet. Lá tem um pouco de tudo, desde frutas, queijos e presuntos, até vinhos e massas, frutos do mar, doces e pães deliciosos.

 

Para terminar o dia em beleza, se não se importarem de gastar mais, jantem e fiquem hospedados no Intercontinental Paris Le Grand. É um hotel fantástico e alguns quartos tem varandas com vistas incríveis para a Opéra.

 
Para algo bem mais em conta mas igualmente bom fiquem no Hôtel du Triangle d'Or, também na zona da ópera.

 

 

Bom fim de semana!
Travellight

 
Qui | 16.11.17

ESTUDAR E VIVER EM LISBOA

fullsizeoutput_1df5.jpeg

 

Há um ano atrás uma amiga minha Holandesa mudou-se para Lisboa. Ela vinha para cá estudar e a sua primeira preocupação foi, é claro, arranjar casa para ficar. Ela queria ficar perto da Universidade mas quando chegou hospedou-se uns dias em minha casa para poder procurar com calma um alojamento mais de acordo com as suas necessidades. Eu já lhe tinha avisado que ia ser difícil mas ela nunca acreditou que arrendar um quarto ou um T0 em Lisboa fosse tão complicado e caro.

 

Começou então uma odisseia de pesquisas na Internet, contactar imobiliárias, senhorios, ver quartos e apartamentos e acho que, com o orçamento apertado que ela tinha e não falando Português, se ela não tivesse tido a minha ajuda, tudo teria sido um pouco mais complicado.

 

Por isso quando este ano um outro amigo meu me disse que vinha do estrangeiro para estudar em Lisboa, preparei-me para mais dificuldades e desapontamentos mas para minha surpresa ele chegou e sem qualquer ajuda da minha parte ou de outros amigos que tinha em Portugal, dali a menos de uma semana estava instalado.

 

Quando lhe perguntei como ele tinha conseguido tal prodígio ele explicou-me que tinha pesquisado na Internet “rent rooms in Lisbon” (alugue casas em Lisboa) e tinha descoberto o site de uma empresa chamada InLife Portugal que levava estudantes num único dia, num tour personalizado de acordo com os suas preferências, a várias casas da cidade e depois ajudava em todo o processo de arrendamento. Ele tinha gostado também que um profissional desta empresa o tivesse ido buscar ao aeroporto com um pacote de boas-vindas que continha um cartão SIM para o telemóvel e um mapa da cidade de Lisboa.

 

Eu achei esta ideia excelente.
Qualquer coisa que ajude estudantes a encontrar mais facilmente casa em Lisboa, acho eu, é positivo, por isso resolvi partilhar esta informação convosco. Tanto quanto sei o serviço é oferecido não só a estrangeiros mas também a estudantes Portugueses que vem de fora de Lisboa.

 

Por isso, para quem precisar, ou conhecer alguém que precisa, fica aqui a dica.

Tchau!
Travelight

Qua | 15.11.17

Tarte de Nozes de Engadin

2015-09-05_lif_12344101_I2.JPG

A tarte de nozes da Engadin, é uma especialidade regional de St. Moritz e um dos símbolos da gastronomia Suíça. É feita com uma massa amanteigada e recheada de nozes e caramelo. É muito difícil de resistir a provar uma fatia quando sentimos o aroma delicioso desta tarte.

Deixo a receita para experimentarem:

INGREDIENTES PARA A MASSA

* 200 g de manteiga
* Casca ralada de 1 limão
* 180 g de açúcar refinado
* 1 ovo e 1 gema
* 400 g de farinha de trigo
* Manteiga para untar a forma
* Farinha para polvilhar a forma

INGREDIENTES PARA O RECHEIO

* 250 g de açúcar refinado
* 300 ml de natas
* 4 colheres (sopa) de mel
* 400 g de nozes picadas
* 20 ml de vodca
* 1 gema
* 1 colher (sopa) de leite
* Açúcar de confeiteiro para decorar

PREPARAÇÃO

1. Comece pela massa: bata na batedeira a manteiga com as casca de limão e o açúcar até que fique cremoso e clarinho. Acrescente o ovo inteiro e a gema e adicione aos poucos a farinha, sem parar de bater. Forme uma bola com a massa, embrulhe-a em película aderente e deixe no frigorífico por meia hora.

2. Faça o recheio: numa panela pequena, derreta o açúcar em fogo brando. Adicione as natas e o mel, misture bem e, quando ferver, junte as nozes e a vodca. Tire do fogo e deixe arrefecer. Unte uma forma de 26 cm com manteiga e pré-aqueça o forno a 180⁰.

3. Sobre um superfície lisa e enfarinhada, abra metade da massa com o rolo. Transfira a massa aberta para a forma, deixando 2 cm além das bordas. Distribua a mistura de nozes sobre a massa. Abra a massa restante até ficar do tamanho da forma e cubra o recheio de nozes.

Fure a superfície da massa com um garfo, várias vezes. Pode formar um desenho se quiser que fique mais bonito. Misture a gema com o leite e pincele a superfície da tarte.

4. Asse no forno pré-aquecido por cerca de 45 minutos. Nos últimos 10 minutos, cubra a tarte com papel de alumínio. Retire a forma do forno, deixe esfriar, desenforme e corte em fatias. Polvilhe com o açúcar de confeiteiro e sirva.

 

Receita tirada com algumas adaptações do site www.arquitetandoestilos.com 

 

Seg | 13.11.17

ATTERO | UMA EXPOSIÇÃO A NÃO PERDER

PB113578.JPG

 

Às vezes não é preciso ir muito longe para ver cenários diferentes e ser transportado para outros mundos. A arte tem essa capacidade de nos fazer viajar sem sair do lugar. Neste fim de semana tive a oportunidade de fazer uma dessas viagens quando visitei a extraordinária exposição "ATTERO" de Bordalo II em Xabregas, Lisboa.

 

PB113580.JPGBordalo 1 (1).jpg

PB113582.JPG

Bordalo 2.jpg

PB113585.JPG

 

O artista de rua Português Artur Bordalo, mais conhecido como Bordalo II, que há anos aborda o problema do lixo urbano através da sua fantástica arte da rua, transforma sucata, latas velhas, pneus, pedaços de madeira, peças electrónicas, e outras coisas que habitualmente encontramos no lixo, em bonitos animais coloridos e fantásticos cenários.

 

Das suas colagens resultam criações que dão nova vida a paredes antes tristes ou edifícios abandonados e provam o velho ditado que diz que o lixo de um homem pode ser o tesouro de outro.

 

PB113586.JPG

PB113587.JPG

PB113591.JPG

 

As suas obras apelam à nossa consciência social e moral. Fazem-nos pensar sobre o desperdício e sobre as toneladas de lixo que produzimos diariamente.

 

Quando vemos animais e cenários naturais criados a partir de materiais que em última análise podem ser responsáveis pela sua destruição, isso dá-nos que pensar.

 

fullsizeoutput_1ddc.jpeg

 

Bordalo 3.jpg

Bordalo 4.jpg

Bordalo 5.jpg

 

PB113568.JPG

 

As nossas atitudes e comportamentos estão a deixar o nosso mundo doente e é isso que Bordalo II nos mostra de uma forma original e maravilhosa.

 

PB113608.JPG

Bordalo 7.jpg

 

Fiquei muito contente de ver tantas crianças a visitar esta exposição com os pais. Da educação vem a mudança. Se a mensagem que Bordalo II tenta passar chegar a estas jovens mentes, pode ser que o futuro seja bem melhor 😊

 

A SABER:

ONDE: Rua de Xabregas nº 49

ATÉ QUANDO: Até 26 de Novembro 2017

PREÇO: Exposição gratuita

HORÁRIO: de Quarta-feira a Domingo das 14h00 às 20h00

MAIS: - No âmbito da exposição Bordalo II criou três peças de rua, que fazem parte da série “Big Trash Animals”: uma raposa na Avenida 24 de Julho, um sapo na Rua da Manutenção e um macaco no pátio do armazém onde está patente “Attero”

 

Bordalo 6.jpg

 

-“Attero” inclui também várias actividades, como visitas para as escolas mediante marcação, apresentações de produtos ecológicos e inovadores parceiros da exposição, apresentação de um projecto da Câmara de Lisboa e ‘workshops’ para crianças”.

 

Não deixem de visitar!

 

PB113549.JPG

 

DICA: Se depois da exposição quiserem ir jantar a um lugar onde podem continuar a apreciar obras de Bordalo II parem na Taberna Moderna, a comida é boa, o serviço atencioso e o espaço super agradável.

 

PB113192.JPG

Bordalo 8.jpg

 

Tchau!

Travellight

Sex | 10.11.17

SBITEN

fullsizeoutput_1dd7.jpeg

 

Com o frio a chegar já começa a apetecer alguma coisa mais quente para beber, não é?

Lembrei-me então de partilhar convosco a receita de sbiten, uma bebida tradicional Russa feita com mel e especiarias  e popular nesse país desde a Idade Media.

 

Experimentem que vão ver que vos aquece até a alma! 😊

 

INGREDIENTES

½ chávena de açúcar

½ chávena de mel

2 cravinhos

4 grãos de cardamomo

6 rodelas de gengibre

1 pau de canela

1 colher (chá) raspas de limão

1 colher (sopa) folhas de hortelã, picadas

 

PREPARAÇÃO

Numa panela com 1 litro de água coloquem todos os ingredientes e deixem ferver.

 

Depois de ferver tirem do fogo, cubram e deixem descansar por 15-20 minutos.


Passem a mistura por um coador e voltem a aquecer antes de servir.


Guardem o que sobrar no frigorífico e sempre que quiserem beber é só voltar a aquecer.

 

NOTA: Se não quiserem que a bebida fique tão adocicada, coloquem menos açúcar ou adicionem ½ chávena de conhaque logo antes da fervura para cortar um pouco no doce.

 

Qua | 08.11.17

PÃO ROTI COM ESPECIARIAS

Indian-Chapati-Square.jpg

 

Roti é um tipo de pão feito sem fermento, típico do sul da Índia e países vizinhos.  Na índia é possível ver a preparação deste tipo de pão nas ruas, servido com diferentes recheios. Muito semelhante a este pão é o Naan. A diferença entre ambos é basicamente o tipo de farinha usada (o naaan usa farinha com fermento).

 

Deixo em baixo uma receita tradicional de roti com especiarias. 

 

INGREDIENTES

1 chávena de farinha de trigo sem fermento;

¼ de uma colher de chá de sal;

½ chávena de água

1 colher de azeite

1 colher de sopa de sementes de sésamo

1 colher de sopa de piri-piri moido (pode ser menos se não gostarem de picante)

1 colher de sopa de tomilho seco (se quiserem podem usar fresco)

 

PREPARAÇÃO

Numa vasilha misture bem a farinha de trigo e o sal. Faça uma cavidade no centro da mistura.  Em seguida adicione a água e o azeite misturando e amassando até produzir uma massa elástica e bem lisa. Deixe descansar por 10 min. Enquanto isso prepare as especiarias.


Numa vasilha coloque as especiarias e as 4 colheres de azeite.  Misture bem e reserve. Corte a massa em pequenas porções, mais ou menos do tamanho de uma bola de golfe, polvilhe uma superfície lisa com farinha.


Pressione as bolas entre a palma das mãos e em seguida passe essa massa, dos dois lados, na farinha de trigo. Com o auxilio de um rolo de cozinha, abra bem a massa até ficar com a forma de um disco. Evite adicionar muita farinha de trigo para abrir a massa pois isso fará com que o pão fique seco;

 

Aqueça bem uma frigideira anti aderente. Quando estiver bem quente, coloque as rodelas de massa.

Deixe cozinhar. Surgirão algumas bolhas, isso indica que deve virar a massa para cozinhar bem dos dois lados.

Quando a massa estiver assada e com um aspecto levemente tostado.

Retire do fogo e pincele com a mistura de azeite e especiarias. Sirva quente.

 

Receita retirada com algumas adaptações daqui

Ter | 07.11.17

MURANO | A ILHA DO VIDRO

fullsizeoutput_1db4.jpeg

Fotos: Travellight e H. Borges

Murano, é uma ilha que fica a cerca de 1 km do centro de Veneza.

Para ser exacta, apesar de ser conhecida como uma ilha, Murano é na verdade um arquipélago de sete ilhas menores, unidas entre si por pontes.

fullsizeoutput_1d8d.jpeg

É um lugar bem mais calmo que Veneza. Não há tantos turistas e conseguimos andar mais à vontade. A maioria nem chega a vir até aqui e os que vem é para ver aquilo pelo qual a ilha é mais famosa: O vidro.

Murano é reconhecido internacionalmente pelas maravilhosas e delicadas obras em vidro que são produzidas pelos seus artificies locais.

fullsizeoutput_1da0.jpegMURANO 1.jpgP3191072.JPG

O fabrico de vidro na ilha de Murano remonta a 1291, quando os fabricantes instalados no centro de Veneza foram forçados a mudar-se para lá como medida preventiva para evitar que um incêndio de grandes proporções e potencialmente devastador ocorresse em Veneza. A maioria das pontes e casas eram na altura construídas em madeira por isso o perigo de incêndio era bem real. Começou então aí a longa história de Murano como um dos centros mais proeminentes de fabricação de vidro no mundo.

fullsizeoutput_1da2.jpegfullsizeoutput_1dad (1).jpeg

Apesar de ao longo dos últimos anos muitas fabricas terem fechado, ainda hoje é possível ver os artesãos a fabricar vidro nas várias fundições da Ilha. Muitas delas tem salas de exposição e locais onde os turistas podem assistir a todo o processo de fabrico das diferentes peças decorativas e candeeiros.

A fundição onde estive tinha uma sala de exposição muito bonita e foi muito interessante ver os vários componentes do vidro e assistir à forma como é moldado até se transformar em belas e espantosas peças de arte.

P3191147 (1).JPGMURANO 3.jpgmurano 2.jpg

Quem quiser saber mais detalhes sobre a história do vidro pode ainda visitar o Museu que lhe é dedicado e aprender que em Murano inicialmente eram produzidos espelhos depois evoluiu-se para a produção de jóias, depois para candeeiros e candelabros e finalmente para peças decorativas e artísticas.

fullsizeoutput_1da9.jpegfullsizeoutput_1dac.jpegfullsizeoutput_1db3.jpeg

Mas o fabrico de vidro, não é a única coisa que há para ver em Murano.

A ilha tem uma atmosfera relaxada e é muito agradável passear por ali, ver e fotografar pequenos detalhes...

fullsizeoutput_1d92.jpegMURANO 4.jpgMURANO 6.jpgfullsizeoutput_1d94.jpeg fullsizeoutput_1da8.jpegP3180066.JPGfullsizeoutput_1db1.jpeg

Há algumas igrejas interessantes que também vale a pena visitar como por exemplo a Basílica de Santa Maria e San Donato que data do início do século XII e tem um piso de mosaico em mármore e vidro que se assemelha ao da Basílica de San Marcos. E a igreja de San Pietro Martire, que foi construída no século XV, e contém algumas telas feitas por Bellini.

Outro lugar muito popular na ilha é o Campo Santo Stefano, onde se destaca uma torre do relógio que data do século XIX e uma escultura enorme toda em vidro que embeleza ou, segundo alguns, enfeia a praça (eu pessoalmente não gostei). 

O Campo Santo Stefano está localizado do outro lado do canal da Igreja de San Pietro Martire e é um ponto de encontro para os locais e para turistas porque tem à volta cafés e restaurantes.

P3191205.JPGP3191193.JPG

Por toda a ilha encontramos lojas que vendem todo o tipo de peças em vidro. Desde pequenas lembranças até peças de design moderno.

fullsizeoutput_1d96.jpegMURANO 7.jpgfullsizeoutput_1d9e.jpegfullsizeoutput_1db0.jpeg

Para chegar a Murano a partir de Veneza basta apanhar um vaporetto na paragem Fondamenta Nuove. A travessia leva cerca de 10 minutos. 

fullsizeoutput_1dae.jpegfullsizeoutput_1d9b.jpeg

 

Tchau!

Travellight

Seg | 06.11.17

SOLUÇÕES PARA O AQUECIMENTO GLOBAL EM DISCUSSÃO NA WEB SUMMIT DE LISBOA

climate-change.jpg

 

Até os mais distraidos devem ter ouvido dizer que hoje começa em Lisboa a Web Summit.

 

Um dos oradores convidados para discursar é Al Gore, ex-vice-presidente dos Estados Unidos e vencedor do Prémio Nobel da Paz que desafia a comunidade tecnológica a ajudar a resolver um dos maiores problemas do planeta: O aquecimento global.

 

Penso que todos nós, uns mais outros menos, preocupamos-nos com as alterações climáticas que nos últimos anos a Terra tem vindo a registar.

Mas uma coisa é ouvir falar sobre o clima e o aquecimento global, outra coisa é ver os seus efeitos de perto, de forma inequívoca e palpável.

 

Tive essa experiência quando visitei o glaciar Serrano no Chile, um dos muitos que existem no país.

 

Para terem uma ideia o Chile possui cerca de 24.133 glaciares - 82% de todos os glaciares da América do Sul. 

Essas vastas massas de água gelada, com bonitos tons de branco e azul, constituem não só uma das maiores reservas de água doce do mundo como também são vitais para a preservação de vulneráveis ecossistemas locais e tem neste momento a sua própria existência ameaçada.

 

Lembro-me perfeitamente quando desci do barco e fui olhar de perto o glaciar. O guia que nos acompanhava explicou  que todos os anos, desde os anos 70, o glaciar diminuía de tamanho e recuava dezenas de metros.

 

fullsizeoutput_1d81.jpeg

 

O aumento das temperaturas causava fracturas no gelo que se soltava em mil pedaços e ia cair no oceano derretendo ao sol.

 

fullsizeoutput_1d86.jpeg

fullsizeoutput_1d6f.jpeg

 

O aquecimento global é uma realidade diária no Chile. Estudos feitos sobre o assunto sugerem que os glaciares no geral e os da Patagónia Chilena, em particular estão a recuar e a diminuir a um ritmo alarmante provocando um aumento mensurável do nível do mar eustatico (variação global relativa do nível do mar) .

 

Não é por acaso que este ano a Conferência da Convenção das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, que também começa hoje na cidade Alemã de Bona, tem pela primeira vez na presidência as ilhas Fiji. Este arquipélago é um dos mais ameaçados pela subida do nível das águas provocada pelo aquecimento global.

 

Eu sei que há divergência de opinião quanto às causas do aquecimento global. A posição dominante (defendida por Al Gore) diz que as concentrações de dióxido de carbono na atmosfera provocam um efeito de estufa que faz subir as temperaturas. Outros defendem que este aumento se deve a causas naturais porque o principal factor que influencia o clima da Terra é o Sol, e não os gases atmosféricos. Segundo esta corrente de pensamento a actividade solar é cíclica e tem períodos mais intensos em que as temperaturas aumentam e períodos mais calmos em que as temperaturas baixam.

 

Não sou cientista mas a primeira teoria faz mais sentido para mim porque realmente parece haver uma correlação entre o aumento de CO2 na atmosfera, o efeito de estufa e as temperaturas altas registadas nos últimos anos.

 

A Organização Mundial de Meteorologia, por exemplo, revelou que as concentrações de dióxido de carbono na atmosfera atingiram um nível recorde em 2016 e este ano, as temperaturas - não há como negar - estiveram também acima da média, trazendo com elas tempestades e furacões mais fortes, inundações e incêndios monumentais.

 

Independentemente das causas deste fenómeno quero acreditar que podemos fazer algo para impedir o sobreaquecimento do nosso planeta, evitar novas tragédias climáticas e ajudar a salvar maravilhas naturais como as Maldivas, as Ilhas Fiji ou os belos glaciares do Chile.

 

Por isso acho particularmente relevantes duas das palestras da Web Summit :

 

Dia 07 Nov - 14h55
Can technology save us from climate change?

  • Freya Burton (Chief Sustainability Officer, LanzaTech) 

  • Christoph Gebald (Founder & Director, Climeworks) 

  • Jyoti Kirit Parikh (Executive Director, Integrated Research and Action for Development) 

  • Vann R. Newkirk II (Staff Writer, The Atlant)

 

Dia 09 Nov - 16h30

The innovation community's role in solving the climate crisis

  • Al Gore

 

Tenham uma boa semana!

Travellight

Pág. 1/2